Caso Isadora Cândido: namorado reconhece retrato falado de suspeito de matar assessora parlamentar como autor do crime

05 junho 2014 às 20h09

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Homem que assassinou a assessora parlamentar Ana Maria Duarte, em março, pode ser o mesmo que matou Isadora Cândido no último final de semana. Circunstâncias dos crimes são semelhantes
O namorado da adolescente Isadora Aparecida Cândida dos Reis, 15 anos, morta durante uma suposta tentativa de assalto no último domingo (1º/6) reconheceu o assassino por meio de um retrato falado. Clayton César Pimenta Júnior afirma que o homem que atirou nas costas de Isadora tem as mesmas feições de um homem caracterizado em um retrato falado suspeito de ter matado a assessora parlamentar Ana Maria Victor Duarte, de 26 anos, no dia 15 de março deste ano.
Isadora caminhava com Clayton em direção à casa dela, na Vila São José, quando foram abordados por um motociclista que, segundo relatos do próprio namorado, usava roupa e capacete pretos. O homem anunciou o assalto. No momento que a adolescente entregava o celular, o aparelho caiu no chão e o suspeito atirou na menina. O homem fugiu sem levar nada.

Já a assessora parlamentar Ana Maria foi morta num sábado. A vítima estava com o namorado e uma amiga em frente a uma lanchonete, no Setor Bela Vista. Por volta das 23h um homem deu voz de assalto. O namorado e a amiga de Ana Maria entregaram os aparelhos celulares. A vítima não estava com o celular. Em seguida, o criminoso efetuou dois disparos em direção a ela. O primeiro falhou, mas o segundo atingiu a assessora no tórax. Ela morreu ainda no local. Imagens mostram que o motociclista de camisa verde acompanhou a vítima durante o trajeto que ela fez entre a sua residência e a sanduicheria.
No dia 8 de maio outras duas jovens foram assassinadas na capital em situações parecidas. Uma em um bar, no Jardim América, e outra em um ponto de ônibus do Setor Bueno. No dia 23 outra adolescente foi morta no Setor Sudoeste no final da tarde. Em todos esses casos os criminosos não chegaram a levar os pertences das vítimas.
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O Jornal Opção Online entrevistou no dia 24 o delegado Murilo Polatti, titular da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH), onde afirmou que os casos dessas jovens assassinadas mereciam uma atenção especial. Semana passada, depois da divulgação de um áudio pelo aplicativo de celular WhatsApp, surgiram rumores que um assassino em série estava atuando na cidade. Essa versão foi refutada pela polícia.
Agora com o reconhecimento por parte de Clayton, as investigações devem mudar. O retrato falado do caso de Ana Maria foi realizado após relatos de testemunhas e com base nas imagens de câmeras de segurança de edifícios próximos à lanchonete. Nesta sexta-feira (6/5), Clayton César vai se reunir com o secretário de Segurança Pública do Estado, Joaquim Mesquita para falar sobre as investigações
