Jovem reafirma que retrato falado de suspeito de matar Ana Maria é muito parecido com o assassino de sua namorada

06 junho 2014 às 11h25

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Especialista em saúde mental garante que mesmo em estado de choque uma pessoa pode registrar os traços do rosto e os gestos de um criminoso
Clayton Junior, 18 anos, namorado da adolescente Isadora Cândido, 15 anos, morta no último final de semana numa suposta tentativa de assalto, esclareceu ao Jornal Opção Online, nesta sexta-feira (6/6), que após o crime teve acesso ao retrato falado do suspeito de matar a assessora parlamentar Ana Maria Victor Duarte, de 26 anos, no dia 15 de março deste ano. “O rosto do retrato falado é muito parecido com o rosto do homem que matou Isadora, até a camiseta, a expressão, tudo”, afirmou Clayton com a voz embargada.

O jovem disse que logo após o assassinato de sua namorada, alguns amigos lhe mostraram o retrato falado do caso de Ana Maria, divulgado pela Polícia Civil (PC) doze dias depois do crime.
O caso de Isadora Cândido está com a equipe do delegado Eliton Carlos Miranda da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH). Nesta sexta-feira o delegado disse à reportagem que ainda não existe nenhum termo de reconhecimento oficial. “Essa informação é temerária, ainda mais partindo do pressuposto de uns amigos terem mostrado essa imagem”. No entanto, ainda muito abalado, Clayton assegurou que informou às autoridades acerca da semelhança do retrato falado com o assassino de Isadora.
Consultado pela reportagem, o psicólogo clínico e especialista em saúde mental Marcio Ferreira de Freitas assevera que em situações traumáticas, perigosas ou dolorosas as pessoas registram na memória os traços mais fortes – nariz, olho, sobrancelhas – dos indivíduos causadores dessas circunstâncias. “Quando uma pessoa vê a morte de uma namorada, ela registra a imagem traumática no cérebro. Depois da situação, a pessoa vai lembrar desses traços mais fortes como um mecanismo de proteção. Assim, ela pode identificar o autor”, certifica Marcio Ferreira de Freitas.
Na tarde de hoje a família da menina e o namorado irão se reunir com o secretário de Segurança Pública do Estado, Joaquim Mesquita. O encontro será no gabinete do secretário. A família pede agilidade nas investigações.