Por Redação

Audiência teve presença do prefeito Jânio Darrot e participação do Ministério Público para discutir políticas para o setor

Apurações têm como foco a divulgação de planilhas de custos das empresas, a qualidade do serviço e os últimos contratos firmados com o Paço Municipal

De acordo com a PRF, embarcação estava sendo levada de Itumbiara, a 211 quilômetros de Goiânia, para Brasília

Motivo da desavença, segundo a polícia, teria sido o fato da vítima vender mais pamonhas do que os suspeitos. William Moraes foi preso em Quirinópolis

Saneago irá efetuar a interligação de uma nova adutora na avenida 85, comprometendo o fornecimento de água para diversos bairros da capital goiana

[caption id="attachment_32001" align="alignnone" width="620"] Foto: Luria Correa[/caption]
O espetáculo “Clowns-tô-folia”, do grupo Imagem – Artes Integradas, reúne quadros miméticos clownescos, que contam histórias de amor e humor. São cenas cotidianas da vida, com desajeito e descontrole: um vendedor de bonecas e sua solidão amorosa; um casal de amores brutos; um atleta e sua academia aberta e uma boneca com sua procura pelo amor ideal. O Grupo tempera “Clowns-tô-folia” com artes circenses, descansado pela cultura de massa e adoçado com gotículas de ironia, e apresenta o amor sob o olhar inocente e imediato do palhaço. Os ingressos custam R$ 10, a inteira.
Serviço
Grupo Imagem – Artes Integradas
Espetáculo: Clowns-Tô-Folia
Data: 5 de abril (domingo)
Horário: 17h

Parte da programação da Semana Santa, concerto será apresentado pelo grupo Academia dos Renascidos
[caption id="attachment_31993" align="alignnone" width="620"] Divulgação[/caption]
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Ministério da Cultura, por meio de sua Superintendência em Goiás, promove mais uma edição do Concerto de Páscoa, realizado tradicionalmente no Sábado Santo, como parte da programação da Semana Santa na cidade de Goiás. Essa será a 10ª vez que o evento é realizado, sempre na Igreja do Rosário, e, neste ano, conta com a apresentação da Academia dos Renascidos.
O grupo, fundado em 2010, é liderado pela pianista Andréa Teixeira e o tenor Alberto Pacheco. O nome Academia dos Renascidos é uma homenagem à Academia Brasílica dos Renascidos, formada em 1759, em Salvador (Bahia), com o objetivo de fomentar a produção literária da cidade. É com essa mesma proposta que a pianista e o tenor conduzem o grupo, destacando o repertório de câmara ou de salão produzido durante o antigo império luso-brasileiro, apresentando modinhas, lundus, hinos e recitativos de salão. “Assumimos como compromisso pessoal fazer pelo menos uma estreia moderna por concerto”, destacam os músicos, referindo-se às músicas que são encontradas em arquivos e resgatadas para a atualidade dentro do repertório da Academia.
A apresentação faz parte de uma extensa programação que envolve a Semana Santa no município, englobando as tradições do calendário católico. Além do Iphan, o Concerto de Páscoa conta ainda com o apoio da Prefeitura Municipal de Goiás, do Restaurante Flor de Ipê, do escritório de advocacia Felicissimo Sena e Advogados S/S e da Diocese de Goiás.
Serviço
Concerto de Páscoa
Data: 04 de abril de 2015 (Sábado Santo)
Horário: 18h
Local: Igreja do Rosário – Cidade de Goiás

Em artigo publicado, Demóstenes acusou senador de "judas" e afirmou que parlamentar o acusou para se promover politicamente

Fotos e ilustrações que retratam Goiás no período serão apresentadas durante a Semana Santa
[caption id="attachment_31936" align="alignnone" width="620"] Divulgação[/caption]
As fotógrafas Cidinha Coutinho, Eliane de Castro, Rosa Berardo e Rosary Esteves e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), do Ministério da Cultura, convidam o público, que prestigiará a Semana Santa na cidade de Goiás, a conhecer um pouco mais da história goiana. Elas assinam a curadoria da exposição fotográfica itinerante “Um Círculo do Ciclo”, que apresenta fotos e ilustrações do século XVIII e XIX, representativas do chamado ciclo do ouro em Goiás. Os músicos Andréa Teixeira e Euler Amorim abrem a exposição na noite de hoje, com um showzinho regado a bandolim, violão, piano e flauta.
Craveiro, João Basílio de Oliveira, Hercílio Fleury, Hilda Curado e A. Bonvicino são os responsáveis pelos registros de Corumbá de Goiás, Goiás, Jaraguá e Pirenópolis, criteriosamente selecionados pelas fotógrafas responsáveis pela exposição após uma extensa pesquisa em acervos particulares. Os desenhos de Lúcia Curado e do inglês William John Burchell também são representativos do momento do início do desenvolvimento das cidades goianas, despertado pela corrida dos bandeirantes em busca de ouro.
A exposição acaba por retratar também a evolução de alguns processos de revelação da fotografia, englobando negativos de vidro, películas e as atuais fotografias digitais. Todas as obras são acompanhadas por fragmentos de textos de diversos escritores goianos consagrados, como Cora Coralina, Félix de Bulhões, José Mendonça Teles e Augusto Rios.
A exposição será montada no escritório técnico do IPHAN na cidade de Goiás, e fica aberta ao público de hoje, 31 de março, a domingo, 5 de abril. Essa é a segunda etapa da itinerância da exposição, que já passou por Pirenópolis e, depois da temporada em Goiás, deve seguir para Corumbá de Goiás e Jaraguá.
Serviço
Exposição: “Um Círculo do Ciclo” – Exposição Fotográfica Itinerante
Data: de 31 de março a 05 de abril de 2015
Horário de visitação: das 08h às 17h
Local: Escritório Técnico do IPHAN em Goiás (Praça Zacheu Alves de Castro, 01, Casa do Bispo)
“Ludovica” é um mar de boas intenções mas navega em águas tempestuosas. Se não achar uma ilhazinha para repensar, vai virar almoço de tubarão

O vice-presidente da atual diretoria da Associação dos Procuradores do Estado de Goiás (Apeg), Tomaz Aquino, foi eleito presidente da entidade para o biênio 2015/2017.
A eleição do novo conselho diretor e da diretoria da Apeg foi realizada na última sexta-feira (27/3), na sede da entidade.
Candidato único, Aquino concorreu pela chapa "Valorização", composta, ainda, por Raimundo Donato (1º vice-presidente), Ana Paula de Guadalupe (2ª vice-presidente), Bárbara Gigonzac (1ª secretária), Washington de Oliveira (2º secretário), Frederico Meyer (1º tesoureiro) e Daniel Walner (2º tesoureiro).
A posse da nova diretoria será realizada no dia 30 de abril, no Castro’s Park Hotel, às 19 horas, no encerramento do III Encontro Nacional das Procuradorias Fiscais.

A educação no Brasil tem sido objeto de papagaiadas e há muitos mantras hipócritas sobre sua importância. E dizem que o novo ministro só sabe escrever artigos. Isso é muito bom

Maria Estela Guedes
Especial para o Jornal Opção
De Lisboa, Portugal
[caption id="attachment_31725" align="alignleft" width="250"] Retrato de Herberto Helder por João Dionísio[/caption]
Herberto Helder (1930-2015), falecido a 23 de março, vinha construindo a sua vida, ou a sua obra, desde há largos anos, com viva atenção às relações da Poesia com o mundo venal que nos asfixia. E porque era muito sensível ao que podia ser considerado comercial, criador de vínculos manipuladores, recusou prémios valiosos em prestígio e valor monetário e furtou-se à vida mundana que televisão, rádio e jornais propiciam.
Mesmo na relação com instituições académicas se mantinha à distância, e selecionava as que certamente lhe pareciam mais idóneas, caso de um recente colóquio na Sorbonne, com cujos organizadores por exceção colaborou. Não quer isso dizer que fosse uma pessoa difícil; não, era afável, conversador e mesmo carinhoso com os amigos. Apenas se furtou a exibições, à falsa glória gerada pelos meios de comunicação de massa.
Acrescentando a isto a sacralidade em que mergulham os poemas, unidos ao símbolo, ao sinal alquímico, ao andamento musical dos longos versos livres, às formas crípticas de dizer, tornou-se um poeta de culto.
A sua importância é enorme junto dos mais novos que ele, que ora o imitam sem querer ora, querendo-o, tentam afastar-se o mais possível, para alcançarem voz própria. Porém o seu impacto não se cinge aos poetas, alcança também outros artistas, plásticos, músicos e outros, que o tomam como tema de exposições, vídeos, filmes.
Internamente e no Brasil, é facto cada vez mais pacífico o de o autor de “A colher na boca”, “Última ciência”, “A máquina lírica” e tantas outras obras ser um dos mais altos poetas de sempre a manejar uma língua que nos últimos tempos queria só dele, já não o português, sim o herbertianês.
Por isso a sua escrita mais recente pode causar algum sobressalto a quem abra pela primeira vez “A faca não corta o fogo”, “Servidões”, ou “A morte sem mestre”, obras duras, de voz áspera, contrastando com os livros de juventude e maturidade – “O amor em visita”, “Poemacto”, “As musas cegas”, “Cobra”, “O corpo o luxo o obra” – luxuriantes, luxuosos, de beleza estonteante. Beleza dos corpos, ele é um poeta do vivo, do erotismo, daquilo que é biológico.
Herberto não é só autor de poesia. Ele publicou prosa também, dispersa alguma, outra concentrada em “Photomaton & vox” e num livro de referência para a narrativa portuguesa mais inovadora, “Os passos em volta”, de 1963. E há também a considerar as versões de textos alheios, alguns deles poesia étnica, nas colectâneas: “As Magias”, “Ouolof”, “Poemas ameríndios” e “Doze nós numa corda”, publicadas nos anos 80 e 90.
Se bem que seja lento o movimento de assimilação da poesia, sobretudo em língua que não é a materna, a sua obra está a caminho de ser conhecida em muitos países. Conta com edições brasileiras de várias obras e saíram traduções em Itália, França, Espanha, Reino Unido e em outros países. Universidades portuguesas e estrangeiras vão incluindo o poeta nos cursos de literatura, promovem encontros sobre a sua obra e o seu estudo entre mestrandos e doutorandos. Os livros sobre ele vão-se somando, em Portugal e fora de fronteiras, desde o primeiro, de 1979, “Herberto Helder, poeta obscuro”, meu.
A partir de 1973, data de edição dos dois volumes de “Poesia Toda”, Herberto Helder começou a reunir todos os livros de poesia em um só, com títulos diversos, pois se trata sempre de inéditos, dada a anexação do último, saído isoladamente. Um deles, “Ou o poema contínuo”, dá a entender que os seus poemas, além de serem um só, não têm princípio nem fim limitantes.
Neste domínio, “Poemas completos”, de 2014, é a obra dele ainda disponível nas livrarias. Com tiragem reduzida em cada edição, sendo esta única, os seus livros esgotam-se depressa e os mais antigos, nos alfarrabistas, começam a custar pequenas fortunas, o que reforça a imagem de culto prestado a este sacerdote da palavra que só pedia, apesar de ateu: “Meu Deus, faz com que eu seja sempre um poeta obscuro!”.
Maria Estela Guedes é escritora portuguesa, atualmente Investigadora no Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa

Adelto Gonçalves
Especial para o Jornal Opção
[caption id="attachment_31722" align="alignleft" width="250"] Herberto Helder foi o autor de uma obra consistente, mas que viveu uma vida em construção | Foto: publico.pt[/caption]
Se Fernando Pessoa (1888-1935) foi a figura de proa da poesia portuguesa na primeira metade do século XX, na segunda esse espaço foi ocupado por Herberto Helder (1930-2015), um poeta fascinado pelo poder encantatório da linguagem, decorrente do uso ritual da palavra, como observou Maria Estela Guedes num dos dois livros que escreveu sobre essa personagem mítica, “Herberto Helder, o poeta obscuro” (Lisboa, Moraes Editores, 1979).
De fato, como observa a autora no segundo livro que dedicou à produção do poeta, “A obra ao rubro de Herberto Helder” (São Paulo, Escrituras, 2010), em todos os seus poemas está presente um tipo de magia fundada no trabalho poético sobre as palavras. E que, especialmente, procura imagens na Natureza. Esse trabalho pode ser sintetizado nestas palavras de Helder, que estão no o prefácio de seu livro “As magias”: “(...) Mas as palavras não são apenas palavras. Tem longas raízes tenazes mergulhadas na carne, mergulhadas no sangue, e é doloroso arrancá-las”.
Arrancar palavras da alma parece ter sido a obsessão desse poeta que, a exemplo de José Saramago (1922-2010), único Prêmio Nobel da Literatura Portuguesa, não colocou na parede diploma de nenhuma universidade. Se Saramago, que também foi bom poeta, além de excepcional romancista, não frequentou os bancos de nenhuma faculdade, Helder chegou a matricular-se na Universidade de Coimbra, mas não concluiu nenhum dos cursos que fez. Formou-se, isso sim, na universidade da vida. Sem contar que sempre foi um ávido leitor, não só de poetas e romancistas europeus, como de poetas latino-americanos como o mexicano Octavio Paz (1914-1998), o argentino Jorge Luís Borges (1899-1986) e o chileno Vicente Huidobro (1893-1948).
Como se lê na biografia “Herberto Helder, a obra e o homem” (Lisboa, Arcádia, 1982), que escreveu a professora Maria de Fátima Marinho, vice-reitora da Universidade do Porto, o poeta, nascido no Funchal, sempre esteve na contramão da sociedade bem comportada. Por isso, sua figura, a partir da notoriedade de seus versos, passou a ganhar uma aura mítica, que só aumentou nos últimos anos, depois que se refugiou num pretenso anonimato, recusando-se a receber prêmios literários, como o Fernando Pessoa, na década de 90, e a conceder entrevistas e até a deixar-se fotografar.
Em linhas gerais, viveu uma vida em construção, sem muito apego a valores burgueses: foi propagandista de produtos farmacêuticos, redator de publicidade e outros ofícios. Sabe-se também que viveu precariamente como imigrante em países como França, Holanda e Bélgica, onde igualmente desempenhou trabalhos que os naturais do lugar se recusam a fazer. Em Antuérpia, teria sido guia de marinheiros e turistas nos meandros da zona do meretrício. E até cantor de tangos. Só em 1960, depois de voltar a Lisboa, conseguiu um emprego mais estável como encarregado das bibliotecas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian que viajavam pelas vilas e freguesias do país. Foi ainda repórter e redator por dois anos de uma revista em Angola, às vésperas da derrubada do regime colonial.
Morto o poeta, naturalmente, agora abundam os elogios das fontes oficiais, mas a verdade é que Herberto Helder, ainda que tenha publicado uma vasta obra, foi um poeta marginal e desconhecido em Portugal por muito tempo – e mais ainda pelo público e até mesmo pelos acadêmicos brasileiros. Só nos últimos tempos passou a ser mais reverenciado e seus livros procurados – um ou outro chegou a alcançar tiragem de cinco mil exemplares, o que é surpreendente em se tratando de poesia. Se sua poesia transcendeu a de Fernando Pessoa, ainda não se pode dizer. Se não chegou a tanto, passou perto.
Adelto Gonçalves é doutor em Letras na área de Literatura Portuguesa pela USP
Haroldo Caetano
Especial para o Jornal Opção
[caption id="attachment_31716" align="alignleft" width="192"] Adolescentes no crime: redução da maioridade não resolve[/caption]
Nada como um inimigo comum para fazer desaparecer diferenças políticas, religiosas, sociais e até futebolísticas. Se existe algo com enorme capacidade de unir pessoas é o ódio. Seja em pequenos ou grandes grupos, homens e mulheres se juntam para celebrar o ódio aos gays, aos negros, aos judeus, aos muçulmanos, aos presos, aos drogados, aos corruptos, aos petralhas ou tucanalhas.
Eis que agora reaparece um antigo inimigo comum, novamente indesejável da hora: o adolescente infrator. E as agendas da política e da grande mídia voltam à carga com a velha e cansada proposta de redução da maioridade penal para 16 anos. Os adolescentes infratores são, pela enésima vez, os novos inimigos.
O número da proposta de emenda constitucional que trata do tema é sugestivo: 171. Mesmo número do artigo do Código Penal relativo ao estelionato, crime praticado mediante fraude contra vítimas que muitas vezes sucumbem ao afã de levar vantagem em algum negócio, mas que acabam mesmo é caindo no conto do vigário e ficando com o prejuízo.
Estamos diante de uma clara tentativa de estelionato. A população mais pobre, aquela mesma de onde vêm os prisioneiros de todos os cárceres Brasil afora, agora é usada como massa de manobra para uma iniciativa que promete trazer segurança pública, mas que na prática está fadada a produzir ainda mais violência, principalmente contra ela própria. Ou alguém acredita que adolescentes das classes sociais mais favorecidas serão levados à prisão? Isso por acaso já acontece com os criminosos adultos?
Entretanto, seduzidos e entorpecidos pela ideia de que o inimigo comum deve ser combatido com todas as forças, também os mais pobres apoiam a iniciativa. Acreditam, tal qual a vítima do estelionato, que será uma vantagem para eles próprios. Que terão paz. Ledo engano. Aprovada a medida, não tardará em aparecerem aos montes os enganados, as vítimas da PEC 171.
Se não temos uma educação de qualidade, se a greve dos professores não é sequer notícia na televisão, se o governo oferece um salário de miséria para seus professores, se não temos conselhos tutelares decentes, se não há creches para as crianças, se não existem praças de esporte e lazer nos bairros periféricos, se não temos acesso a serviços públicos dignos, como transporte e saúde, se temos meninas e meninos marginalizados pelas ruas da cidade... Tudo isso não importa tanto para uma causa comum.
Não! Se nada disso nos une, vamos então apoiar a exclusão dos adolescentes nas masmorras de sempre. Eles são os reais culpados pela violência que impera nas cidades, pela nossa depressão e pela alta do dólar. Não os “nossos” adolescentes, fazemos questão de ressaltar. O problema não é nosso, mas do outro, do filho do vizinho do lado de lá do muro.
Se as causas que poderiam levar à transformação da realidade brasileira para melhor não nos mobilizam, vamos, então, nos unir em torno do ódio, esse sentimento tão gostoso de sentir, em que projetamos toda nossa ira e ignorância para um inimigo imaginário, porém comum. E o inimigo é aquele rapaz, compleição física de homem feito, drogado, coincidentemente negro, pobre, analfabeto e desempregado, mas que pode até votar. Olhe lá! Ele está com uma arma na mão!
Movidos pelo ódio vamos, então, defender a redução da maioridade penal. Mas vamos assumir desde agora, com o mesmo rubor de vergonha da vítima do conto do vigário, que aceitamos o discurso fácil que vem de Brasília e que ecoa na televisão e nas redes sociais. É que para que o estelionato aconteça não basta o vigarista; é preciso também o otário.
Haroldo Caetano da Silva é promotor de Justiça e mestre em Direito.