Por Redação

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Corrupção vai ter peso decisivo na eleição presidencial de 2022?

Tendo ou não, estará no centro do debate, com o “sujo falando do mal lavado”. Mas recomenda-se que os candidatos verifiquem os humores das classes médias

Hilda Mendonça e o difícil ofício de contar histórias

A técnica despojada da condensa, entre linguagem e símbolos, toda uma mescla de caracteres humanos, ao longo da construção elaborada de sua narrativa ficcional

“Naqueles Morros, Depois da Chuva”, a epopeia literária de Edival Lourenço

A paródia que permeia o enredo mostra que a intenção do autor não é uma transposição literária da História, mas sua reinvenção crítica e bem-humorada

Vilmar Mariano e Gustavo Mendanha
Processo eleitoral pode ser mais prejudicial para Aparecida de Goiânia

Prestes a assumir prefeitura de Aparecida, Vilmar Mariano terá que administrar, presidir partido e fazer campanha para Gustavo

Petróleo, Guerra, Sanções e Hipocrisia

Pode-se afirmar que a energia é um importante fator de desenvolvimento social e econômico. Tendo em vista o petróleo, sua importância é bem explicada pela história e pelas mudanças nos preços e na disponibilidade que continuam a afetar a economia, a segurança internacional e a estabilidade política dos países consumidores.

Companhia das Letras compra 70% da Editora JBC, que publica mangás no Brasil

Uma coleção da JBC vendeu 600 mil exemplares. Entre seus sucessos estão “Cavaleiro do Zodíaco”, “Akira” e “Fullmetal Alchemist”

Personal trainer flagra traição da esposa com morador de rua e história termina em agressão; veja vídeo

O educador físico encontrou a mulher mantendo relações com a vítima dentro do carro do casal

10 snipers mais letais da História. Uma mulher figura na lista

O campeão foi o homem-exército Mão Branca. Saiba que uma mulher, Lyudmila Pavlichenk, está na lista dos franco-atiradores mais letais da história

Após 23 anos e com R$ 141 milhões em caixa, Encol é alvo de protestos em Goiás e São Paulo

Prejuízos gerados pela empresa atingiram cerca de 42 mil compradores de apartamentos e 25 mil funcionários, sendo que cerca de 7,5 mil estariam aguardando até hoje para receber verbas trabalhistas as quais teriam direito

Menino que nasceu com dois pênis faz cirurgia para remover um dos órgãos

Segundo um estudo a respeito desse caso, publicado na revista Science Direct, essa anomalia biológica tem incidência rara

“Espero que deste caso fique a lição de que a justiça é possível”

Filho do radialista executado há quase dez anos relembra o percurso do inquérito e fala da expectativa pelo júri dos acusados do crime

Dissonância cognitiva: como lidar com novas informações e a cultura do cancelamento

Por Dr. Adiel Rios*

Toda pessoa carrega uma bagagem de informações, ideias, emoções, valores e crenças que funciona de modo harmônico e coerente, garantindo sua adaptação ao mundo real. No entanto, a cada momento, surge uma nova informação que pode ter de uma a três características: ela é indiferente aos seus interesses, podendo ou não ser absorvida por você; ela é coerente ou consistente aos seus interesses, sendo rapidamente captada, sem maiores preocupações na verificação de sua veracidade; e, por último, ela é incoerente ou incongruente, causando desconforto ou estresse à mente. Nesta terceira situação, a tendência automática é rejeitar ou eliminar esta informação (quer seja verdadeira ou falsa) para que o sistema de informações recupere sua coerência e homogeneidade.

Esta teoria, proposta por Leon Festinger, em 1957, é conhecida como a Teoria da Dissonância Cognitiva. Se, por um lado, a rápida rejeição da informação incoerente permite ao sistema de informações recuperar harmonia e consistência, por outro, esta eliminação sumária da informação independe de sua veracidade ou falsidade.

Do mesmo modo, a informação coerente aos seus objetivos é rapidamente incorporada por você, sem que haja uma prévia avaliação crítica de sua veracidade. Ambas as situações trazem consigo um problema: servem apenas para manter atualização no seu sistema de informações, mesmo que haja alguma distorção ou uma visão enviesada da realidade. 

A rápida e quase automática incorporação ou rejeição da nova informação está relacionada, em geral, a uma tomada de decisão de caráter emocional, tal como uma paixão, quando o racional fica em segundo plano. Muitas vezes, a nova informação requer uma assimilação significativa, trazendo insegurança e desconforto.

Na história da humanidade, um exemplo mostra bem esta situação: durante muitos séculos, acreditou-se que a Terra era o centro do universo e que o sol girava em torno dela, até que o astrônomo Nicolau Copérnico demonstrou o contrário - a Terra não é o centro do universo, ela simplesmente gira em torno do sol. A humanidade demorou um bom tempo para absorver tal “dissonância cognitiva”.

E como lidar com uma nova informação incongruente com o seu sistema cognitivo? O primeiro passo é buscar um certo distanciamento emocional. Só assim, é possível fazer uma análise mais racional sobre essa nova informação. Além disso, é preciso buscar outras fontes que auxiliem na compreensão e, nos tempos atuais, que verifiquem se ela é verdadeira. Concluída esta etapa, o desafio seguinte é reformular o sistema de informações de modo que este ganhe um novo patamar de harmonia e coerência.

Adiel Rios | Foto: Divulgação

Podemos extrapolar esse conceito para a cultura do cancelamento, tão evidente nas redes sociais. É óbvio que há comportamentos que não são mais aceitos, e a sociedade cobra por posicionamentos responsáveis, especialmente de quem tem um grande número de seguidores e os impacta com suas opiniões.

Contudo, o processo de banalização, como divergências naturais e opiniões contrárias, também pode ser alvo do ato de cancelar. Ao invés de promover um debate saudável sobre temas importantes e conflituosos, a cultura do cancelamento se reduz à ameaça ao emprego e as formas de sobrevivência de quem é cancelado.

No lugar das críticas construtivas e do diálogo transformador, o que vemos são comentários revestidos de ofensas e acusações igualmente cruéis. A velha máxima volta à tona: “Só acredito e aceito o que você diz, se disser o que eu quero eu ouvir”. Como podemos observar, apesar da cultura do cancelamento parecer ter um caráter de justiça social, os atos de rejeição em massa afetam gravemente a saúde mental das pessoas canceladas.

Adiel Rios é mestre em Psiquiatria pela UNIFESP e pesquisador no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP

Alma da Europa

Por Márcio Coimbra*

As gerações recentes vivem em período de relativa paz desde a derrota de Hitler, em que nazistas e fascistas foram vencidos pelos Aliados. A paz desta geração, entretanto, foi sacudida com a invasão da Ucrânia pela Rússia, colocando em xeque a paz da Europa. Apesar disso, a construção da União Europeia (UE) permanece firme, garantindo a saudável convivência entre nações tão diferentes, porém unidas por laços em comum.

Talvez o grande erro da Ucrânia, e também de outros países como a Moldávia e Geórgia, tenha sido ter esperado tanto para solicitar o ingresso na União Europeia. Isto tornou estes países vulneráveis aos possíveis ataques externos, como já vimos no passado na região do Cáucaso e hoje nas fronteiras da UE com a invasão da Ucrânia. Um acesso anterior à Europa poderia ter mudado todo este cenário.

Fato é que o concerto europeu conseguiu atingir um sucesso que muitos duvidavam. A essência do bloco vai muito além da economia, que é sua pedra angular, mas se estende de maneira inteligente para as relações pessoais, familiares, culturais e educacionais que se fundiram de forma estratégica ao longo de décadas. Esta construção evitou guerras e conseguiu, ao longo do tempo, manter o equilíbrio e a paz.

Ao longo deste período, a Europa jamais viu ascender ao poder um líder com os traços de Putin. O continente conseguiu um intercâmbio importante de valores na medida que seu bloco se ampliava, especialmente para o leste, com os antigos países da Cortina de Ferro que optaram pela influência europeia, escapando da ascendência russa -- a prova inequívoca que a construção europeia se tornou um êxito. 

Com as economias entrelaçadas, livre circulação de pessoas e intercâmbios na área de educação, o bloco se firmou como elemento integrador entre as diversas nações, que passaram a se unir também por laços familiares, avanços na área de pesquisa e trocas culturais. As economias passaram a conversar na mesma medida que outros elementos passaram a se unir e a união monetária se consolidou. 

Neste sentido é que entendo que a ampliação do bloco poderia ter levado estabilidade para a Ucrânia antes das ações violentas da Rússia que violam sua soberania. A entrada na OTAN seria uma blindagem militar para uma realidade econômica pujante, algo que certamente teria ampliado a percepção de um número cada vez maior de ucranianos, especialmente em Luhansk e Donetsk, que viveram sob domínio indireto de Moscou nos últimos anos. 

Certamente a alma da Europa é a maior construção do pós-guerra, um movimento que aos poucos criou harmonia entre diversas nações e países que durante muito tempo viveram em conflito. Estender esta obra talvez seja o melhor caminho para evitar outras guerras no futuro. O conflito na Ucrânia, que pode transbordar para os domínios da União Europeia e da OTAN, é o melhor exemplo disso. O bloco europeu mostrou ao longo de décadas que é possível encontrar convergência mesmo entre culturas diferentes e visões únicas como forma de preservar a liberdade e a democracia.

*Márcio Coimbra é Presidente da Fundação da Liberdade Econômica e Coordenador da pós-graduação em Relações Institucionais e Governamentais da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília. Cientista Político, mestre em Ação Política pela Universidad Rey Juan Carlos (2007). Ex-Diretor da Apex-Brasil e do Senado Federal

Se Lissauer for para o TCE, ocupação de sua vaga pode se tornar briga na justiça

Decisão do presidente da Alego em desistir de disputar vaga de deputado federal mexe em várias frentes do xadrez político do Estado