Por Euler de França Belém
A Polícia Civil de Goiás libertou Paulo Antônio Batista Filho (de uma família de produtores rurais), de 22 anos, na segunda-feira, 27, numa fazenda do município de Goianira. Ele havia sido sequestrado por um grupo de criminosos, que recebe resgate no valor de 216 mil reais. “O Popular” (textos de Vandré Abreu e Eduardo Pinheiro) publicou as reportagens “Sequestro — Quadrilha pediu dois resgates”, “Família deixou fazenda desde o sequestro” e “Bateria de celular retirada após ligações”. “O Hoje” publicou um só texto (de autoria de Anderson Costa), de qualidade inferior aos do concorrente. O “Diário da Manhã” foi “furado”.
“O Hoje” diz que o sequestro ocorreu há 30 dias, embora mencione que Paulo Antônio foi sequestrado no dia 26 de março e libertado no dia 27. “O Popular” informa que o sequestro foi articulado há 32 dias.
“O Hoje” escreve “fazenda Jaboticabal” (no título) e “Fazenda Jaboticabal” (na reportagem).
O “Pop” publica Paulo Antônio Batista, mas, ao contrário de “O Hoje”, não acrescenta “Filho”.
O “Pop” diz que a polícia prendeu quatro pessoas — dois homens e duas mulheres — supostamente envolvidas no sequestro. “O Hoje” menciona três prisões e afirma que um dos criminosos havia “sido morto”. O “Pop” não menciona nenhuma morte.
“O Hoje” diz que Nova Fátima é “distrito de Hidrolândia”. Não é. O “Pop” está certo: Nova Fátima é um município.
Relata “O Hoje”: “A família e nem a polícia informaram se o resgate pedido foi pago”. O “Pop” revela que a família pagou 216 mil reais e os criminosos exigiram “mais 800 mil reais”.
[Imagem acima foi feita a partir de cena de televisão]
O repórter Rogério Borges pediu demissão de “O Popular” na segunda-feira, 27. Em caráter irrevogável.
Rogério Borges, repórter e colunista do "Magazine", é dono de um dos melhores textos do jornal. Ele escreve bem, tem cultura e é criativo. É uma das maiores perdas do “Pop” nos últimos anos.
Ele é professor de jornalismo na PUC-Goiás. Ele tem mestrado pela Universidade Federal de Goiás e doutorado pela Universidade de Brasília (UnB).
Motivos das saída
Procurado pelo Jornal Opção na terça-feira, 28, enquanto dava aulas na PUC, Rogério Borges preferiu não se pronunciar. “Não vou falar sobre o assunto”, disse.
O Jornal Opção ouviu três fontes do jornal. Todas apresentaram duas versões para o pedido de demissão.
Primeiro, a insatisfação com a demissão da editora do “Magazine”, Rosângela Chaves, e a indicação de uma profissional inexperiente para o cargo. “Os dois tinham uma sintonia perfeita, porque têm cultura e apostam em jornalismo de qualidade”, afirma uma das fontes.
Segundo, e mais decisivo, Rogério Borges teria ficado chateado com o veto da direção de Jornalismo a um texto que havia preparado sobre os 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Quem vetou teria mandado dizer que o assunto está muito bem descrito em dezenas de textos na internet e que o jornal deve priorizar a publicação de reportagens que dão acesso. “Foi a gota d’água”, admite um funcionário do jornal.
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O jornal “O Popular” errou ao publicar que o prazo para o ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM) responder à interpelação do senador Ronaldo Caiado (DEM) se encerrou na segunda-feira, 27. Na verdade, como foi citado nesta segunda, Demóstenes tem 10 dias de prazo para responder às indagações. Porém, considerando que interpelação não é processo judicial, deve esperar a ação, que foi prometida por Caiado.
Como Caiado é senador, Demóstenes deve pedir exceção da verdade e apresentar as provas do que sugeriu num artigo publicado no “Diário da Manhã” no Supremo Tribunal Federal.
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Na sua autobiografia “Fala, Galvão!” (Globo Livros, 311 páginas), Galvão Bueno relata que o “Bem, Amigos!”, com mais de uma década no ar, “nunca deixou de ser o programa de maior audiência do Sportv”. O principal narrador esportivo da televisão brasileira confirma que tentou contratar Jorge Kajuru.
“Talvez o público não saiba, mas quando Luiz Fernando Lima e Carlos Henrique Schroder me pediram para montar o programa, eu disse que queria meu parceiro Arnaldo Cezar Coelho comigo e mais uma pessoa para arrumar confusão. Então, originalmente, os três fixos seriam eu, Arnaldo e Jorge Kajuru. Mas as conversas de Kajuru com a Globo não deram certo e me lembrei de Renato Maurício Prado, que é igualmente polêmico”, conta Galvão Bueno. A informação está na página 263. O narrador não esclarece o motivo de a Globo não ter contratado Kajuru. Mas, nos bastidores, comentou-se, à época, que Kajuru era incontrolável e, por isso, não se enquadrava no padrão Globo. Chegaram à conclusão de que era mais adequado contratá-lo a demiti-lo logo após, com grande repercussão na mídia.
Em 2004, quando estava internado no Hospital Albert Einstein, em decorrência de uma queda de cavalo, Galvão Bueno era visitado por dezenas de pessoas, como Pelé. “E todos os dias e recebia a visita de dois colegas de profissão, amigos queridos e solidários, Silvio Luiz e Jorge Kajuru”, conta o narrador.
[Na foto acima, Galvão Bueno aparece de roupa preta e Jorge Kajuru veste calça jeans; os dois eram mais jovens]
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[caption id="attachment_33965" align="alignright" width="620"] Lúcia Vânia: a senadora pode ser o trunfo da base governista na disputa para a Prefeitura de Goiânia. E Vanderlan pode bancá-la | Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O empresário Vanderlan Cardoso, presidente do PSB goiano, pode ser o candidato do governador Marconi Perillo a prefeito de Goiânia em 2016? A aposta seria outra: o tucano-chefe lançaria Jayme Rincón para prefeito, pelo PSDB, não faria oposição radical à candidatura de Vanderlan. A base governista teria, por assim dizer, dois candidatos — Rincón, o oficial, e Vanderlan, o quase-oficial (a ideia é que ele não seja apresentado como candidato governista, porque os eleitores da capital “apreciam” manter um político de oposição no Paço Municipal). No caso de segundo turno — aposta-se que, se candidato, Iris Rezende, do PMDB, estará na disputa final —, o governismo adotaria um jogo preciso. Se Vanderlan for o adversário de Iris, a base marconista o apoiará; porém, se Rincón for o adversário, Vanderlan o apoiará.
Mas há outro jogo, ao qual se precisa prestar mais atenção. A senadora Lúcia Vânia — a caminho de se filiar ao PSB — sempre teve o sonho de administrar Goiânia. A surpresa de 2016 pode ser sua candidatura a prefeita da capital. Lúcia, política leal, não vai pressionar Vanderlan, para que se retire do páreo. Não é de seu feitio. Porém, Vanderlan, se Lúcia disser que quer disputar, tende a abrir mão.
Candidata a prefeita de Goiânia, sobretudo se eleita, Lúcia facilitaria as articulações para 2018. Neste ano, serão eleitos dois senadores. O governador Marconi Perillo deve ser candidato a senador pelo PSDB e sobra uma vaga para a negociação política. Júnior Friboi — ou Vanderlan Cardoso — pode postular mandato de senador, em aliança com o tucano-chefe. Lúcia, que considera o Senado como sua casa, e é de uma dedicação exemplar, poderia sair do páreo? Sim, desde que eleita prefeita de Goiânia. Se não, disputa o Senado pela terceira vez.

[caption id="attachment_33961" align="alignright" width="620"] Foto: Fernando Leite[/caption]
O economista tucano Valdivino Oliveira, professor da PUC-Goiás, consultor em vários Estados e empresário (tem uma empresa que produz água mineral, a Itiquira), diz que está abandonando a política. “A política é muito cara para quem tem mais ideias do que dinheiro. Assim, estou optando pela economia, meu verdadeiro campo.” Ao avaliar o quadro econômico de Goiás, o especialista apresenta uma análise que qualifica de mais ortodoxa do que heterodoxa: “O governador Marconi Perillo buscou para a Secretaria da Fazenda uma economista, Ana Carla Abrão Costa, conceituada nacionalmente. Mas falta-lhe conhecimento da atividade pública. De fato, o governo tem de ser austero, mas é preciso ter um programa de investimento, porque senão ‘seca’ a economia. Se não há queda da receita do governo, se a arrecadação não caiu (cresceu mais de 10%), o governo não pode apenas cortar — tem de investir e ‘animar’ o mercado. É preciso cortar gastos? Sim, é. Mas não se pode prejudicar a produção, a realização de obras. Agora, se o governo não incentiva a produção, se contribui para parar a economia, é óbvio que, a curto ou a médio prazo, a arrecadação tende a cair. “
Valdivino sublinha que, se a arrecadação subiu 13,8% e os gastos encolheram, o governo tem superávit. “Portanto, o governo tem de investir mais. Se não o faz, como vai incentivar o mercado privado a investir? No plano nacional, não é muito diferente. O país não cresce, os empresários não investem e o governo da presidente Dilma Rousseff não consegue reverter o pessimismo do mercado. Cria-se, assim, um círculo vicioso.”
O déficit público do governo federal permanece elevado, apesar da “maquiagem”. “Déficit provoca inflação. O que se deve fazer? Não é parar de gastar, e sim qualificar o gasto, aplicando os recursos naquilo que gera mais renda. Por exemplo: é vital investir na construção de obras de infraestrutura, porque gera renda, movimenta o mercado de maneira global e, ao mesmo tempo, cria empregos.”
O clima de pessimismo geral alimenta a crise econômica, avalia Valdivino. “O setor empresarial não acredita no governo petista e reduz os investimentos. Empresários precisam ter tranquilidade e segurança jurídica para investir. Se não têm, ‘recolhem-se’, esperando a crise passar. Porém, se não investem, a crise não passa; pelo contrário, potencializa-se.”
Perguntado sobre a crise do governo do Distrito Federal, Valdivino afirma que o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) é “bem intencionado”. “Porém, deveria ter feito as mudanças mais drásticas logo no início da gestão. O fato é que recebeu um governo não-administrável. O ex-governador Agnelo Queiroz montou uma estrutura, com subsídios excessivos — tinha até auxílio-aluguel para cerca de 10 mil famílias e complemento para a Bolsa Família —, que travou o governo. Destravá-lo não é impossível, mas é muito difícil.”
Aos 63 anos, Valdivino se considera um "jovem com experiência em gestão pública” e, ao mesmo tempo, um conhecedor dos meandros da economia privada. “Agnelo Queiroz mantinha um governo com 42 secretarias, com vários gestores nas cidades satélites, funcionários estudando no exterior a um custo de 6 milhões de reais. Os aumentos salariais, examinando de um posto do realismo econômico, das regras mínimas de mercado, eram e são impraticáveis. Fazer política com dinheiro público, para agradar ‘A’ ou ‘B’, se beneficia grupos específicos, é quase sempre nocivo para a sociedade. A saída de Rollemberg é enxugar o Estado ao máximo e, aos poucos, avançar no campo das obras públicas de utilidade comprovada.”
Embora esteja deixando a política — “que é ingrata com aqueles que não aplicam fortunas nas campanhas eleitorais” —, Valdivino diz que está acompanhando as articulações para a Prefeitura de Goiânia. “Como conheço o PMDB bastante bem, pois acompanhei vários de seus governos e fui vice do prefeito Iris Rezende, posso sugerir o que deve acontecer em 2016. Iris é candidatíssimo, pois seu elemento é a política. Ele não dá conta de não disputar. Vanderlan Cardoso (PSB), como disputou duas campanhas para governador, está com o nome ‘fresquinho’ na memória do eleitorado. Mas, sem uma aliança política consistente, sem um grupo confiável e dinâmico, não tem chances eleitorais reais. Entretanto, se aderir ao grupo do governador Marconi Perillo, a população vai ficar desconfiada. Os eleitores não aprovam, para disputas majoritárias, aquele oposicionista que fez discurso radical e depois se alia àquele que foi criticado.”

O PSDB de Aparecida de Goiânia é quase uma ficção. Seus principais líderes — os deputados João Campos, Waldir Soares, Fábio Sousa e Mané de Oliveira — são de Goiânia. Aos poucos, o quadro pode mudar. Para disputar com o candidato a prefeito apoiado pelo prefeito Maguito Vilela (PMDB) — que só não elege uma pedra porque esta não sabe assinar o próprio nome —, o tucanato precisa lançar um candidato que seja, por assim dizer, parecido com o peemedebista. Quer dizer, precisa ter estatura e ter a imagem de gestor. O presidente da Associação Comercial de Industrial de Aparecida, Osvaldo Zilli, está sendo disputado quase a tapa pelo PMDB e pelo PSDB. É o objeto de desejo dos dois partidos. O PMDB o quer como vice de Euler Morais. Já o PSDB planeja bancá-lo para prefeito. Porém, como em política quem fica parado é poste, o PSDB articula também noutros fronts e pode lançar, no caso de recusa de Zilli, o empresário Eduardo Dantas, o Eduardo Boa Morada, para prefeito.
Se Zilli e Boa Morada não emplacarem, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Sílvio Benedito, pode ser a aposta do tucanato. Mas o que se quer mesmo, apesar de sua resistência, é o delegado-deputado Waldir como candidato. Ele lidera as pesquisas feitas na cidade, com relativa folga, mas frisa que não planeja disputar. Se for candidato, tem dito, será a prefeito de Goiânia — município em que o meio de campo, no tucanato e na base aliada, está por demais congestionado.

[caption id="attachment_33992" align="alignright" width="620"] Stephen Beaumont, tenente da força aérea da Inglaterra com seu ursinho de pelúcia da sorte: o piloto combateu os ferozes nazistas de Hitler e sobreviveu[/caption]
A Alemanha de Adolf Hitler quase invadiu a Inglaterra no início da década de 1940. Pilotos nazistas bombardearam de maneira intensa o país, notadamente Londres, e deixaram a população tão assustada que alguns políticos chegaram a cogitar a rendição. Porém, o primeiro-ministro Winston Churchill, alguns nobres, políticos e militares decidiram resistir, contando com a compreensão do sofrido povo inglês. Se Hitler não dominou a terra de Shakespeare, por meio da Luftwaffe (a força aérea alemã), isso ter a ver, em larga medida, com a reação da RAF, a força aérea britânica. Pelo menos 20% dos pilotos da RAF morreram em combate. O “Daily Mail” publicou que “dos 3 mil aviadores que serviram neste período [1940] um sexto morreram em combate”. Por isso Churchill disse: “Nunca tantos deveram a tão poucos”.
Pilotos, como outros soldados, têm seus amuletos. Alguns guardavam cartuchos de balas, fotografias de namoradas ou familiares, imagens de santos. O tenente Stephen Beaumont combateu duramente os ingleses no céu de Londres e cidades próximas. Ao seu lado, na cabine do avião, para “protegê-lo” e fazer companhia, estava sempre o ursinho de pelúcia “Beaumont”. A história voltou à tona porque a família do piloto decidiu vender o ursinho por 10.000 libras “numa conhecida casa de leilões britânica”, relata o jornal “ABC”, da Espanha.
Na Batalha da Inglaterra, em 1940, como ficou conhecida a guerra aérea entre alemães e ingleses (poloneses, americanos, entre outros, participaram da refrega), Stephen Beaumont era um dos mais corajosos e eficientes. Ele, que derrubou vários aviões dos nazistas, pilotava um Spitfire. Por que levava o ursinho de pelúcia?, perguntavam os outros pilotos e seus chefes. O corajoso militar britânico respondia que o ursinho lhe dava sorte.
O ursinho — ou os deuses da vida — deu mesmo sorte a Stephen Beaumont, um dos sobreviventes. Muitos pilotos ficavam quase loucos — viviam sob tensão e dormiam poucas horas por dia —, mas o jovem de 30 anos, tendo “Beaumont” ao lado, ficava tranquilo, sereno. Era seu “medicamento”.
Quando deixou os aviões, após ser promovido a comandante de esquadra, tornou-se instrutor de novos pilotos, a quem ensinou pilotar e usar de maneira mais produtiva Spitfires e Hurricanes. Stephen Beaumont participou da equipe que planejou a invasão da Normandia, em 1944.
Com o término da guerra, Stephen Beaumont, condecoradíssimo, voltou para sua cidade. Atuou como advogado — já era formado quando se tornou piloto — e, mais tarde, como delegado de polícia. Ele morreu aos 87 anos. Detalhe: nunca se desfez do ursinho da sorte.
Recomenda-se aos leitores que se interessam pelo assunto a leitura de “Os Eleitos — Os Nobres Pilotos Norte-Americanos Que Arriscaram Tudo Pela Grã-Bretanha” (Record, 336 páginas, tradução de Renato Aguiar), do jornalista e historiador Alex Kershaw.
Na semana passada, um professor de Goiânia foi condenado a indenizar outro professor devido a ofensas divulgadas numa rede social. Até pouco tempo, jornais informavam: “Não nos responsabilizamos por artigos publicados por terceiros”. Na verdade, são corresponsáveis pelos textos e até por cartas que saem nas versões impressa e online. As seções reservadas aos leitores, sobretudo na versão online — que se tornaram uma espécie de democracia de araque; na verdade, uma anarquia sem o mínimo de responsabilidade —, já estão gerando processos judiciais. Tanto para quem escreve os textos quanto para os jornais. O jornalista que edita as “cartas” ou “mensagens” precisa ter o máximo de cuidado. Primeiro, porque, ao publicar denúncias ou achincalhes, o jornal se torna corresponsável, portanto tão passível de processo quanto quem escreveu os textos. Segundo, parte dos textos às vezes contém assinatura — nomes completos —, mas em geral trata-se de fake. No caso de ação judicial, os jornais dificilmente conseguirão localizar o autor, que pode ter enviado o texto de uma empresa, de uma repartição pública ou de uma lan house. Para a Justiça, o “autor” passa a ser o jornal que publicou a “denúncia” ou “agressão”.
Os sites e portais de notícias (UOL, Globo) estão praticamente iguais e, para piorar, superficiais (em termos de mídia, quem quer ficar igual, mas não tem estrutura, acaba sucumbindo). Todos dão a mesma coisa e raramente procuram analisar os fatos. Os editores, inclusive dos portais gigantes, alegam que não há tempo. Não é uma explicação convincente, pois a “Veja”, apesar do excesso de posicionamento ideológico, uma espécie de liberalismo de combate, põe alguns de seus melhores articulistas para examinar os fatos do dia. Na internet um modelo que funcionou bem, mas não do ponto de vista financeiro, foi o “no mínimo”. Do ponto de vista editorial tanto deu certo que serviu de modelo para a excelente revista “Piauí”.