Por Alexandre Parrode

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Maior parque aquático da América do Sul será construído na região metropolitana de Goiânia

Dream Park contará com piscina de ondas, simulador de surfe e toboáguas a 50 quilômetros da capital

Em Goiânia, Nando Reis explica por que “erra” letras das músicas em shows

Cantor se apresentou na capital no último domingo (9/10) a um Teatro Rio Vermelho lotado durante mais de 2h30

FHC refuta extinção do PT e espera que Lula não seja preso

Para ex-presidente tucano, uma eventual prisão do petista seria "ruim para o país"

Com casa cheia, Filarmônica de Goiás faz belíssima apresentação neste domingo (9/10)

No Palácio da Música, orquestra deu verdadeiro show. Quem reclama de falta de "cultura" em Goiânia só pode estar mal informado

Serpes mostra Iris e Vanderlan empatados no segundo turno

Na pesquisa divulgada neste domingo (9/10), ex-prefeito teria 51,6% contra 48,4% do candidato do PSB

Marconi é novamente apontado como possível nome do PSDB para a presidência em 2018

Em artigo no Brasil 247, colunista Leonardo Attuch aposta na renovação dentro do tucanato e também do PT

Críticas à PEC do Teto de Gastos são “corporativistas e ideológicas”, avalia Thiago Peixoto

Deputado federal goiano, que faz parte da comissão que analisa proposta, defende limite de gastos para controlar desequilíbrio fiscal

Quatro PECs em tramitação no Senado extinguem a reeleição para o Executivo

Projetos criticam possibilidade de presidentes, governadores e prefeitos de serem reconduzidos ao cargo

Rodrigo Maia rebate PGR e diz que PEC do Teto de Gastos é “compromisso sólido” com o país

Presidente da Câmara garantiu constitucionalidade da proposta: "Objetivo é impedir a deterioração das instituições do Estado"

Reforma administrativa vai abrir espaço para Sandes e Eurípedes Júnior na Câmara dos Deputados

2 O governador Marconi Perillo (PSDB deve proceder uma reforma administrativa até dezembro? É o que se comenta nos bastidores. O que se diz é que, depois das eleições, o tucano-chefe planeja contemplar a nova correlação de forças políticas com o objetivo de reformatar sua base tanto para governar — com uma equipe mais motivada — quanto para a disputa das eleições de 2018. Como Heuler Cruvinel (PSD) não foi eleito prefeito de Rio Verde, o suplente Sandes Júnior (PP) deixa a Câmara dos Deputados, em novembro. Porém, tanto em consideração a Sandes quanto atendendo pedido do senador Wilder Morais, presidente do PP, Marconi Perillo deve mexer no xadrez do governo com o objetivo de manter o parlamentar em Brasília. O presidente do PROS em Goiás, Eurípedes Júnior, relatou a dois parlamentares que Marconi prometeu-lhe que emplaca 2017 na Câmara dos Deputados. Porém, se quer levar Sandes Júnior e Eurípedes Júnior para o Parlamento, Marconi precisa retirar dois deputados federais de Brasília e colocá-los em seu governo. Cotado para a Secretaria da Fazenda (ou para a Secretaria de Desenvolvimento), Giuseppe Vecci, do PSDB, disse ao Jornal Opção que não planeja deixar a Câmara dos Deputados. “Aliás, não fui convidado”, sublinha. O deputado federal Célio Silveira, do PSDB, admitiu a um parlamentar que, se convidado para a Secretaria da Saúde, aceitará o cargo. Sua vaga seria ocupada por Sandes Júnior. O secretário da Saúde, Leonardo Vilela, seria, assim, transferido para a Secretaria de Desenvolvimento ou então indicado para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) ou para o Tribunal de Contas do Estado (TCE). O deputado Heuler Cruvinel também é cotado para assumir uma secretaria, possivelmente a de Desenvolvimento Econômico. Ele quer? Um deputado afirma que, se convidado, aceitará o cargo. Ao contrário do que comenta o baixo clero, Vilmar Rocha deverá ser mantido na Secretaria das Cidades e Meio Ambiente. O presidente do PSD teria aresta com o tucano-chefe? Nada que a realpolitik, agora conhecida como 2018, não possa levar à superação. O prefeito de Catalão, Jardel Sebba, do PSDB, que perdeu a reeleição, deve ocupar um cargo de proa no governo. Além de aliado, é amigo de Marconi Perillo. Teria recebido um recado de que não será “abandonado”. O tucanato sabe que, numa cidade estratégica como Catalão, é preciso manter uma força política com alguma estrutura. Marconi Perillo está de olho, há algum tempo, no deputado Francisco Júnior. Seu bom desempenho na eleição de 2016, sobretudo a percepção de que se trata de um político de ideias modernas, teria agradado o tucano-chefe. A Secretaria mais “empacada” do governo é a de Educação. Há o consenso de que Raquel Teixeira entende de educação, ao menos na teoria, mas falta-lhe aptidão para a área de gestão. Um secretário-gestor teria dado conta de implantar o sistema de organizações sociais ao menos em parte das escolas públicas. É consensual que o sistema de OSs na educação já teria implantado por um gestor, como Marcos Tucano das Neves. Mas, frise-se, Raquel Teixeira está prestigiada e, portanto, deve ser mantida no cargo. O deputado federal Marcos Abrão, do PPS, prefere ficar em Brasília, segundo uma fonte do governo. No entanto, se quiser, pode ocupar uma secretaria de prestígio na equipe de Marconi Perillo. Para o lugar de Ana Carla Abrão, que deixará a Secretaria da Fazenda em dezembro, Marconi Perillo ainda não definiu um sucessor. Tanto pode ser uma pessoa do mercado, de fora do Estado, quanto um de seus auxiliares ou o presidente da Celg, Fernando Navarrete.

Vanderlan Cardoso reúne força política de Goiânia e Iris Rezende busca “alienígenas”

[caption id="attachment_77274" align="aligncenter" width="620"]87978 Francisco Júnior, Virmondes Cruvinel e Djalma Araújo: apoio consistente para Vanderlan Cardoso em Goiânia[/caption] O candidato do PMDB a prefeito de Goiânia, Iris Rezende, desesperou-se com o fato de que, no segundo turno, o candidato do PSB, Vanderlan Cardoso, conseguiu ampliar sua frente política. Para contrapor às boas notícias do postulante pessebista, os luas vermelhas peemedebistas adotaram uma tática que, se chama atenção, não rende votos: convocaram prefeitos eleitos e líderes municipais do partido para participarem da campanha na capital. Gustavo Mendanha, prefeito eleito de Aparecida de Goiânia, e Maguito Vilela, prefeito de Aparecida, estão fazendo caminhadas em Goiânia. A tática pode não funcionar e soar como uma espécie de “invasão alienígena” e, deste modo, contribuir para aumentar a rejeição de Iris Rezende. Em Jataí, Maguito Vilela interferiu, retirou o candidato do PMDB e bancou o candidato do DEM, o milionário Victor Priori, para prefeito. O prefeito Humberto Machado, sentindo-se humilhado, não apoiou o postulante democrata, liberou seus aliados para votar em quem quisesse (ele mesmo votou em Vinicius Luz, do PSDB) e passou a cuidar apenas da gestão municipal. De camarote, assistiu a derrocada de Priori e a ascensão e, finalmente, a vitória de Vinicius Luz, um jovem de 40 anos. Portanto, longe de provar força, ao atrair prefeitos eleitos para Goiânia, Iris Rezende dá mostra de fraqueza eleitoral, pois não conseguiu incorporar nenhuma força política significativa de Goiânia à sua campanha no segundo turno. Vanderlan Cardoso, pelo contrário, está conseguindo o apoio expressivo de forças políticas da capital e, também, de partidos políticos enraizados na capital. O PR de Waldir Soares (mesmo que este tenha se declarado neutro), Magda Mofatto e Flávio Canedo já está na campanha do postulante do PR. Certo, Magda Mofatto e Flávio Canedo são de Caldas Novas, também “alienígenas”, mas o PR bancou candidato na capital, que, bem ou mal, chegou em terceiro lugar. O deputado Virmondes Cruvinel (PPS) e sua mãe, a ex-vereadora Rose Cruvinel (PMN) — vice do delegado Waldir Soares no pleito deste ano —, já estão no palanque de Vanderlan Cardoso. O parlamentar representa uma força jovem considerável e em ascensão. O deputado Francisco Júnior, que ficou em quarto lugar na disputa pela Pre­feitura de Goiânia, mas fez grande figura, conquistando a simpatia da classe média, é, quem sabe, a grande conquista da campanha de Van­derlan Cardoso. A Rede de Djalma Araújo é uma força progressista que, no segundo turno, acompanha Vanderlan Cardoso.

Classes médias devem decidir eleição em Goiânia. Ideias racionais e verdadeiras podem conquistá-las

[caption id="attachment_75914" align="aligncenter" width="620"]Vanderlan Cardoso: apoio da classe média é fundamental para sua ascensão Vanderlan Cardoso: apoio da classe média é fundamental para sua ascensão[/caption] Os eleitores de classe média são desconfiados e avessos a controles políticos. No geral, falam mal de todos os políticos, afirmam que vão anular o voto, mas em cima da hora votam, quase sempre escolhendo aquele candidato que avaliam como menos pior. Na reta final do segundo turno, quase em cima da eleição, assistiu-se um fenômeno curioso: alguns eleitores que sinalizavam que votariam em Vanderlan Cardoso acabaram optando por Francisco Júnior. Os motivos? Podem ser elencados pelo menos dois. Primeiro, o postulante do PSD apresentou, de fato, um discurso diferente e quase nada populista, mais palatável às classes médias. Segundo, as classes médias possivelmente quiseram dar um “susto” nos líderes — Iris Rezende e Vanderlan Cardoso. Com as classes médias ampliadas, apesar da crise econômica, o eleitorado de Goiânia é largamente instruído e vota menos com emoção e mais pela razão. No segundo turno, com o jogo aparentemente zerado, elas vão optar pelo candidato que apresentar um discurso que chame sua atenção, não pela retórica, e sim pela praticidade. Ganhará o candidato que apresentar um programa competente e criativo para a capital. É o recado das classes médias, as “maiores abandonadas”. As classes médias não se sentem representadas pelos partidos políticos, que, acreditam, representam os ricos e os pobres, mas as rejeitam.

Vitória maciça da base no Entorno de Brasília fortalece José Eliton para 2018

Até líderes consagrados do PMDB assustaram-se com a vitória acachapante da base do governador Marconi Perillo na maioria dos municípios do Entorno de Brasília. O marconismo conquistou 15 dos 20 prefeitos eleitos na região. O que os peemedebistas temem é que, com uma base forte no Entorno do Distrito Federal e com sua base ampliada em Goiânia, com a absorção de Vanderlan Cardoso, do PSB, o grupo de Marconi Perillo consiga eleger mais uma vez o governador do Estado, em 2018. Sem base forte na região, dona do segundo maior PIB eleitoral de Goiás, é muito difícil eleger um governador. Virtual candidato a governador, José Eliton saiu fortalecido — como uma base eleitoral ampliada — do pleito desse ano.

Lêda Borges elege Mossoró e confirma que é uma das grandes forças políticas do Entorno de Brasília

leda-borges-pabio-foto-reproducao Há algum tempo, a secretária de Cidadania e Trabalho do governo de Goiás, Lêda Borges, compareceu à redação do Jornal Opção e disse que o PSDB iria eleger o prefeito de Valparaíso. Com a campanha em curso, ao menos até a metade, seu candidato, o vereador Pábio Mossoró, patinava, atrás de Afrânio Pimentel, do PR. Porém, abertas as urnas, Pábio Mossoró foi eleito prefeito com 51,76%, enquanto Afrânio Pimentel, o segundo colocado, ficou com apenas 36,87% dos votos. Pábio Mossoró não é nenhum poste e trabalhou como um “condenado”. Mas sua força advém mesmo é do prestígio de Lêda Borges, que agarrou suas mãos e o levou a todos os cantos do município. A ex-prefeita é popular e tem a imagem de política vinculada ao social. O deputado Célio Silveira colaborou para a vitória do tucano.

Oposição o “velho” em Aparecida de Goiânia e Maguito Vilela ganhou com o “novo”

[caption id="attachment_74556" align="aligncenter" width="620"]maguito-gustavo-foto-facebook Maguito e Gustavo Mendanha[/caption]

Os políticos “antigos” de Aparecida de Goiânia se comportam como os peemedebistas em termos de Estado. Os peemedebistas perderam cinco eleições para o governo, porque não souberam entender seus adversários e, sobretudo, não renovaram seus candidatos. As cinco eleições foram disputadas por Iris Rezende, três vezes, e Maguito Vilela, duas vezes.

Em Aparecida, não é muito diferente, ou melhor, a diferença é que, lá, a oposição, tanto do PSDB quanto do PSB, cometeu o mesmo erro do PMDB: lançou figuras “velhas” da política para prefeito — Marlúcio Pereira (PSB) e Alcides Rodrigues (PSDB). O eleitor parece ter percebido que, se votasse em qualquer um deles, estaria voltando ao passado — o de José Macedo e Ademir Menezes — e não avançando rumo ao futuro.

Astuto como poucos, Maguito Vilela, do PMDB, poderia ter bancado Ozair José para prefeito, mas seria, se o fizesse, uma volta ao passado. Daí, intuindo que era preciso pôr o novo para confrontar o velho, bancou o jovem Gustavo Mendanha, que começou lá embaixo, cresceu e foi eleito no primeiro turno.

Maguito Vilela não é um intelectual, mas tem visão político. E é muito mais astuto e articulador do que parece.