Vanderlan Cardoso: apoio da classe média é fundamental para sua ascensão
Vanderlan Cardoso: apoio da classe média é fundamental para sua ascensão

Os eleitores de classe média são desconfiados e avessos a controles políticos. No geral, falam mal de todos os políticos, afirmam que vão anular o voto, mas em cima da hora votam, quase sempre escolhendo aquele candidato que avaliam como menos pior. Na reta final do segundo turno, quase em cima da eleição, assistiu-se um fenômeno curioso: alguns eleitores que sinalizavam que votariam em Vanderlan Cardoso acabaram optando por Francisco Júnior. Os motivos? Podem ser elencados pelo menos dois. Primeiro, o postulante do PSD apresentou, de fato, um discurso diferente e quase nada populista, mais palatável às classes médias. Segundo, as classes médias possivelmente quiseram dar um “susto” nos líderes — Iris Rezende e Vanderlan Cardoso.

Com as classes médias ampliadas, apesar da crise econômica, o eleitorado de Goiânia é largamente instruído e vota menos com emoção e mais pela razão. No segundo turno, com o jogo aparentemente zerado, elas vão optar pelo candidato que apresentar um discurso que chame sua atenção, não pela retórica, e sim pela praticidade. Ganhará o candidato que apresentar um programa competente e criativo para a capital. É o recado das classes médias, as “maiores abandonadas”.

As classes médias não se sentem representadas pelos partidos políticos, que, acreditam, representam os ricos e os pobres, mas as rejeitam.