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Maior nome da poesia marginal, Chacal oferece oficina gratuita de escrita criativa em Goiânia

Chacal foi um dos pioneiros da geração mimeógrafo e é o convidado da semana para falar na série de oficinas da UBE-GO [caption id="attachment_67240" align="alignright" width="300"]Chacal_1 Chacal foi um dos pioneiros da geração mimeógrafo[/caption] A série de oficinas de escrita criativa promovida pela União Brasileira dos Escritores (UBE) – Seção Goiás continua nesta semana e o convidado da vez é um dos maiores expoentes da poesia brasileira: trata-se de Ricardo de Carvalho Duarte, o Chacal. A oficina será no próximo sábado, 4 de junho. A poesia marginal surge com o endurecimento do regime militar após o AI-5, no fim da década de 1960 — que fez da arte o principal meio para que qualquer tipo de contestação política fosse realizado. Por isso, nessa época, houve um surto de produções poéticas “clandestinas”, movimento que ficou conhecido como poesia marginal — ou geração mimeógrafo. O nome já diz muito sobre a característica do movimento, que publicava seus livros de maneira artesanal, indo de encontro com o mercado editorial. Vários poetas se destacaram nesse período e um dos primeiros a usar o mimeógrafo como ferramenta para divulgar sua poesia foi Ricardo de Carvalho Duarte, o Chacal. Nascido no Rio de Janeiro, Chacal inovou no fazer poético, sobretudo em relação à forma, que levava uma pontuação nem sempre presente, abreviações de palavras, versos breves e uma métrica variada; tudo para retratar a desordem e os resíduos do mundo. A poesia de Chacal, muitas vezes, satiriza as antipatias sociais e o modo de vida vigente utilizando-se da própria cultura. Assim, Chacal vem a Goiânia para falar sobre esse fazer poético e das várias influências do cotidiano na poesia, principalmente de “como o corpo invade a cena”. As inscrições para a oficina são gratuitas e as vagas limitadas. Os interessados devem se inscrever exclusivamente pelo site www.ubeoficinas.com.br. O local: a sede da UBE-GO, localizada na Rua 21 nº 262, no Centro, ao lado do Colégio Lyceu de Goiânia. Serviço: Oficina de Escrita Criativa Data: 4 de junho de 2016 Local: União Brasileira dos Escritores – Seção Goiás | Rua 21 nº 262, no Centro, ao lado do Colégio Lyceu de Goiânia Horário: 9h às 12h e 14h às 17h

Clarice Lispector, a mulher que se tornou um mito

Sucesso nos Estados Unidos, volume único dos contos da escritora é lançado no Brasil

As diversas formas de se contar uma história

Em “A angústia da relevância”, a ficção é elevada a um exercício que põe à prova os limites do fazer literário

Estão abertas as inscrições para o Prêmio Jabuti 2016

[caption id="attachment_66598" align="alignnone" width="620"]Foto: Divulgação Foto: Divulgação[/caption] Estão abertas, desde o dia 16 de maio, as inscrições para o maior prêmio literário do Brasil, o Jabuti. São 27 categorias e o vencedor de cada uma ganha, além do Troféu Jabuti, um prêmio no valor de R$ 3.500. As principais categorias são: Livro do Ano — Ficção e Li­vro do Ano — Não Ficção, cujos vencedores recebem, cada um, R$ 35 mil. Para concorrer, a obra tem que ser inédita e escrita por um autor brasileiro, além de publicada em língua portuguesa no Brasil, em primeira edição, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2015. As inscrições vão até 15 de julho e podem ser feitas tanto pelo autor, co­mo pela editora da obra, no site www.premiojabuti.org.br, onde es­tá disposto o regulamento completo da premiação. Esta é a 58ª e­di­ção do Prêmio Jabuti e as inscrições vão até o dia 15 de julho de 2016.

Ex-editor da Playboy dá oficina gratuita de escrita criativa em Goiânia

Edson Aran chega à cidade a convite da União Brasileira dos Escritores – Seção Goiás [caption id="attachment_66348" align="alignright" width="280"]Aran Edson Aran: “O escritor precisa ser lido, mesmo que seja em um blog”[/caption] A série de oficinas criativas promovida pela União Brasileira dos Escritores (UBE) — Seção Goiás está em sua segunda edição. A primeira, ocorrida em 2014, atraiu centenas de pessoas interessadas em literatura, o que fez o evento crescer. Naquele ano, foram seis oficinas; neste, 11. E o único escritor convidado a estar nas duas edições é Edson Aran. Aran é escritor, roteirista, jornalista e cartunista. É ex-editor da revista Playboy e também dirigiu as publicações Sexy e Vip, tendo vencido o Prêmio Abril de Jornalismo por duas vezes. Desde 2013, se dedica à literatura e publicou mais de dez livros, sendo o mais conhecido “O amor é outra coisa”, que reúne alguns de seus melhores tuítes envolvendo o meme criado por ele e que se tornou um dos mais populares da rede social. Ele explica que sua oficina será para deixar claro: “O escritor precisa ser lido, mesmo que seja em um blog”. Mas para que isso ocorra é necessária alguma preparação, mas ressalta: “O que precisa ser dito é que quem escreve precisa de alguém que o leia. No mínimo, os textos precisam ir para as redes sociais”, diz. De fato, existem pessoas fazendo literatura pelo Twitter, Facebook e blogs, mas Aran alerta que muitos autores têm apostado nos livros digitais, dada a “facilidade” de se publicar um livro hoje em dia. “Atualmente, existe o autor-empreendedor, aquele que escreve, edita e publica seu próprio livro. O mercado de livros digitais cresceu no Brasil”. Mas não apenas livros têm aparecido nesse “novo mercado editorial”. Aran explica que as pessoas estão fazendo novelas “radiofônicas” na internet, por meio de podcasts e videocasts. “Já vi romances policiais nesse formato e isso precisa ser conhecido pelas pessoas e é sobre isso que vamos falar na oficina”, relata. A oficina de Edson Aran acontece no sábado, 21 de maio, das 9h às 12h e das 14h às 17h. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Os interessados devem se inscrever exclusivamente pelo site www.ubeoficinas.com.br. O local: a sede da UBE-GO, localizada na Rua 21 nº 262, no Centro, ao lado do Colégio Lyceu de Goiânia.

Centro Lusófono russo prepara antologia de contos brasileiros

Diretor do Centro, professor Vadim Kopyl, conta que a antologia reunirá mais de 30 autores e será dedicada à memória do ex-embaixador do Brasil em Portugal (1979-1983), Dário Moreira de Castro Alves (1927-2010) [caption id="attachment_65847" align="alignnone" width="620"]Herzen-estudantes Estudantes no Centro Lusófono Camões da Universidade Herzen, em São Petersburgo: importante trabalho de difusão da Língua Portuguesa na Rússia | Foto: Divulgação[/caption] O Centro Lusófono Camões, da Universidade Estatal Pedagógica Herzen, de São Petersburgo, está preparando a publicação de uma antologia de contos brasileiros contemporâneos em edição russo-portuguesa. Segundo o diretor do Centro Lusófono, professor Vadim Kopyl, responsável pela publicação, a antologia reunirá mais de 30 autores e será dedicada à memória do ex-embaixador do Brasil em Portugal (1979-1983), Dário Moreira de Castro Alves (1927-2010), antigo sócio honorário da instituição, que exerceu postos na Embaixada do Brasil em Moscou, foi chefe de gabinete no Ministério das Relações Exteriores e presidente do Conselho Permanente da Organização de Estados Americanos (OEA), em Washington, entre outros cargos. Os contos são, em geral, de autores que enviaram ao Centro seus trabalhos, que estão sendo traduzidos por professores-tradutores ligados à instituição. Entre os autores selecionados, estão Adelto Gonçalves, Adriano Edson Macedo, Anderson Braga Horta, Branca Maria de Paula, Caio Porfírio Carneiro, Carlos Pessoa Rosa, Carlos Trigueiro, Ciro de Mattos, Cunha de Leiradella, Dilermando Rocha, Edmar Monteiro Filho, Edson Amâncio, Eltânia André, Francisco Magno, Helena Parente Cunha, Iacyr Anderson Freitas, Ivan de Castro Alves, Ivan G. Ferreira, Luiz Ruffato, Jaime Prado Gouvêa, Lustosa da Costa (1938-2012), Oleg Almeida, Ozias Filho, Pedro Maciel, Rejane Machado, Ronaldo Cagiano, Rubens Neco da Silva e Susana Fuentes, entre outros. Em abril, na Embaixada do Brasil em Moscou, foi lançado o romance “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, de Lima Barreto (1881-1922), publicado por uma editora de Moscou. Nos anos anteriores, foram apresentados ao público os livros “Contos de Machado de Assis” e “Contos Escolhidos de Machado de Assis”, publicados em edição bilíngue russo-portuguesa pelo Centro Lusófono Camões em 2006 e 2007, respectivamente, com prefácios do escritor e professor Adelto Gonçalves, doutor em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP). Desde a sua fundação, em 1999, o Centro publicou também em edições bilíngues os livros “Guia de Conversação Russo-Portuguesa Contemporânea”, “Poesia Portuguesa Contemporânea” (2004), que reúne poemas de 26 poetas portugueses, e “Vou-me embora de mim” (2007), do poeta português Joaquim Pessoa. Em 2013, a Embaixada do Brasil em Moscou apoiou a publicação da segunda edição revista do livro “Contos Escolhidos de Machado de Assis”. O Centro Lusófono Camões mantém estudantes nos níveis zero, médio e superior. Biblioteca Segundo o professor Kopyl, o Centro Lusófono Camões recebeu por correio, desde agosto de 2011, mais de 300 livros de instituições e autores do mundo lusófono que vêm enriquecendo o seu acervo, a tal ponto que teve de instalar novas estantes em sua biblioteca. As instituições, editoras e autores interessados devem enviar os seus livros para o seguinte endereço: Prof. Vadim Kopyl Centro Lusófono Camões Moica 48 — Universidade Estatal Pedagógica Herzen K. 14 São Petersburgo — Rússia

George Martin publica capítulo inédito de “Game of Thrones”

Em seu blog, autor publicou uma prévia de "Winds of Winter", o sexto livro da saga "Crônicas de Gelo e Fogo". Vale conferir [caption id="attachment_65775" align="alignright" width="300"]George Martin George R.R. Martin publica capítulo, mas o livro ainda parece estar longe de ser publicado[/caption] Ansioso por "Winds of Winter"? Todos estamos, afinal, parece que o livro não fica pronto nunca. Porém, para saciar um pouco da curiosidade dos fãs, George R.R. Martin publicou em seu blog um capítulo do novo livro. "Winds of Winter" era esperado para janeiro, mas teve sua publicação adiada novamente. À época, o autor não só anunciou que o livro estava inacabado como também se recusou a prever uma data. A saga dá base para a série de TV "Game of Thrones", que deu início à sua sexta temporada sem um "livro de apoio", visto que a nova obra de Martin ainda não está pronta. Leia o capítulo aqui.

É possível ter formas fixas na poesia atual? Escritor dá a resposta em oficina gratuita

No terceiro encontro da série de oficinas promovidas pela UBE-GO, poeta Aidenor Aires fala que, mesmo defendendo formas livres, a liberdade literária não permite a escrita de qualquer “bobeira” [caption id="attachment_65733" align="alignright" width="300"]Aidenor Aires Aidenor Aires: "Estamos no tempo em que conseguimos contemplar a todos os movimentos" | Foto: Fernando Leite[/caption] Depois de Marcelo Mirisola e Claufe Rodrigues, é a vez de Aidenor Aires ministrar oficina na série de oficinas de escrita criativa promovida pela União Brasileira dos Escritores (UBE) — Seção Goiás, que convidou 11 escritores reconhecidos nacionalmente para debater literatura e difundir conhecimento sobre o tema. No último sábado, 7, o poeta Claufe Rodrigues, do Rio de Janeiro, ministrou oficina com casa cheia, falando sobre poesia contemporânea e contando um pouco de sua história na literatura, que começou ainda na década de 1970. Nesse dia, o auditório da UBE-GO se transformou em palco para um sarau. A oficina de Aidenor é neste sábado, 14, quando falará sobre “As formas fixas da poesia lírica”. Ele explica que vai abordar a dinâmica e a evolução das formas líricas ao longo dos anos, analisando principalmente o que acontece na poesia atualmente, que, de uma forma ou de outra, sempre se remete à tradição. Segundo ele, vivemos em um tempo simultâneo. “Atualmente, existe a defesa pelas formas livres, mas vemos que o campo da liberdade não permite que as pessoas escrevam qualquer bobeira. Isto é, é necessário ter coerência estilística. Fora isso, estamos no tempo em que conseguimos contemplar a todos os movimentos. Veja que o soneto, que tem uma forma extremamente rígida e fixa, ainda é utilizado por vários poetas”, explica. Ou seja, a defesa pela não rigidez das formas não impede que as formas fixas sejam usadas. “Os próprios poetas da década de 1930 imitaram os parnasianos, que eram muito preocupados com a forma. E é sobre isso que vou falar, partindo do clássico e passando pelo barroco, pelo neoclássico, modernismo e simbolismo, mas tendo como foco a poesia que é praticada hoje”, relata. Aidenor é baiano, mas mora em Goiás e pertence à Academia Goiana de Letras (AGL) e já ganhou vários prêmios, entre eles o Fernando Chinaglia e o Bienal Nestlé de Literatura Brasileira. Seus poemas já foram traduzidos para o espanhol e para o francês. As inscrições para as oficinas são gratuitas e as vagas são limitadas. Os interessados devem se inscrever exclusivamente pelo site www.ubeoficinas.com.br. Todas as oficinas acontecerão na sede da UBE-GO, localizada na Rua 21 nº 262, no Centro, ao lado do Colégio Lyceu de Goiânia. Serviço Oficina: As formas fixas da poesia lírica Palestrante: Aidenor Aires Data: 14 de maio (Sábado) Horário: 9h às 12h — 14h às 17h Local: UBE-GO Rua 21 nº 262, Centro, ao lado do Colégio Lyceu de Goiânia Inscrições: www.ubeoficinas.com.br. Contato imprensa: Edival Lourenço | (62) 9972-7110

Documentário “Outro Sertão” conta dos anos de Guimarães Rosa na Alemanha Nazista

Guimarães

“O diabo na rua, no meio do redemoinho...” João Guimarães Rosa, “Grande Sertão Veredas”
Yago Rodrigues Alvim “Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de ho­mem não, Deus esteja. Alvejei mira em árvores no quintal, no baixo do cór­rego. Por meu acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde mal em minha mo­cidade. Daí, vieram me chamar. Causa dum bezerro: um bezerro branco, er­roso, os olhos de nem ser — se viu —; e com máscara de cachorro. Me disseram; eu não quis avistar. Mesmo que, por defeito como nasceu, arrebi­tado de beiços, esse figurava rindo feito pessoa. Cara de gente, cara de cão: deter­mi­naram — era o demo”, assim começa João Guimarães Rosa a extraordinária obra “Grande Sertão Veredas”, de 1956. Romancista, cronista e contista brasileiro, o mineiro Rosa (1908-1967) também era um diplomata. Recentemente, por meio da página “Letras in.verso e re.verso”, na rede social Facebook, o público pôde ver um trecho do documentário “Outro Sertão” (2013), dirigido e produzido por Adriana Jacobsen e Soraia Vilela. Agraciado na Competição Oficial do Festival de Brasília 2013, como vencedor da categoria, a obra fala da estadia de Rosa na Alemanha nazista, entre 1938 e 1942, quando vice-cônsul em Hamburgo. [caption id="attachment_65538" align="alignleft" width="180"]Foto: Reprodução/Editora Nova Fronteira Foto: Reprodução/Editora Nova Fronteira[/caption] São imagens de arquivo da época, documentos e testemunhas, além de uma entrevista inédita com o próprio Rosa, na qual revela alguns detalhes de sua vida. “Imagens, em grande parte feitos por amadores alheios à estética oficial da propaganda nazista, esboçam o cenário no qual ele viveu. Trechos de cartas, contos e anotações em off revelam suas impressões pessoais”, detalha a sinopse do documentário na página “Outro Sertão”, também no Facebook. No vídeo, o escritor fala de seu sobrenome, que tem uma relação com a Alemanhã; de seus ofícios de diplomacia e escrita; e de suas obras, a exemplo “Grande Sertão Veredas” e “Primeiras Estórias”, de 1962. Veja o vídeo:

Poesia contemporânea é foco de oficina de escrita em Goiânia

Poeta reconhecido desde a década de 1970, o escritor e jornalista Claufe Rodrigues é o segundo escritor a debater literatura na série de oficinas promovida pela UBE-GO [caption id="attachment_65076" align="alignright" width="300"]claufe rodrigues Claufe Rodrigues: "Movimentos de apresentação pública estão acontecendo nas cidades, embora ainda não sejam reconhecidos"[/caption] Acontece no sábado, 7 de maio, a oficina “A poesia brasileira contemporânea e suas aplicações”, ministrada pelo escritor Claufe Rodrigues, do Rio de Janeiro. O encontro faz parte da série de oficinas de escrita criativa promovida pela União Brasileira dos Escritores (UBE) — Seção Goiás. Esta será a segunda das 11 oficinas que irão acontecer até o dia 16 de julho. A primeira oficina foi realizada no dia 30 de abril pelo escritor paulista Marcelo Mirisola, que falou sobre insubmissão, atrito, confronto e literatura de deslocamento, assim como tratou das dificuldades do escritor que tem algo a dizer em detrimento dos interesses do mercado e de suas várias áreas. Um dos objetivos dessa série de oficinas gratuitas promovidas pela UBE-GO é oferecer às pessoas interessadas em literatura, profissionais ou não, mecanismos que possibilitem adquirir ferramentas de boa escrita. É ao encontro dessa meta que Claufe Rodrigues chega a Goiânia para falar de poesia contemporânea. O que é isso? Claufe explica: “Atualmente, tudo pode ser poesia, então, é preciso fazer um recorte. Trabalho com a poesia das últimas três décadas e que está consolidada e não é de internet. Essa poesia tem início com a poesia marginal, que surge rompendo com a tradição. Depois, a poesia acaba fazendo um retorno à tradição, mas agora com traços maiores de oralidade”. Em linhas gerais, essa é a poesia contemporânea. Claufe também falará sobre as aplicações dessa poesia, sobretudo nas escolas e nos saraus que tomaram as cidades — Goiânia é uma delas. “Movimentos de apresentação pública estão acontecendo nas cidades, embora ainda não sejam reconhecidos. Temos muitos saraus, mas as pessoas não enxergam esse movimento e isso é uma falha. Então, precisamos falar sobre isso”, relata o escritor. Para ele, essa falha passa pela falta de divulgação de quem promove os movimentos, mas também pelo não interesse dos veículos de comunicação. “Os recitais da década de 1970 agora são os chamados saraus. Essas apresentações públicas atraem os autores, mas não a imprensa. Hoje, os jornalistas pouco saem da redações para ver o que acontece na cidade; não conhecem os movimentos culturais”, argumenta. As inscrições tanto para a oficina de Claufe quanto para as outras são gratuitas e as vagas, limitadas. Os interessados devem se inscrever exclusivamente pelo site da UBE-GO. Todas as oficinas serão realizadas na sede da UBE-GO, localizada na Rua 21 nº 262, no Centro, ao lado do Colégio Lyceu de Goiânia.

Dificuldades de ser escritor no Brasil incentivam projetos de publicação coletiva

Antologias e coletâneas têm sido a saída para várias pessoas que pretendem fazer arte escrita no País, mas não têm acesso ao grande mercado editorial

20 anos sem Carmo Bernardes, o Guimarães Rosa “goiano”

Por mais que acompanhe seu nome o termo “goiano”, o escritor se fez goiano. É que Carmo nasceu em Minas; chegou ao mun­do no finalzinho de 1915, em 2 de dezembro, e dele se despediu no dia 25 de abril de 1996 [caption id="attachment_32669" align="alignnone" width="620"]Reprodução "E onde está o homem está o perigo, custava nada ter cautela” | Foto: Reprodução[/caption]

“Certas horas, ficar calado é golpe.”
Yago Rodrigues Alvim [relacionadas artigos="32665"] Fora em dezembro de 1915 que nascera ele, Carmo Bernardes — um dos quatro filhos que no ano passado fizeram festa na memória das letras goianas. O escritor, ainda que mineiro, fez história em nossas terras e, aqui, eternizou sua literatura, por mais que tão pouco reconhecida e valorizada. No dia 25 de abril, Carmo se despediu do mundo. Nesta terça-feira, 25, completa-se, então, 20 anos da ida de Carmo para outra vida, que não esta. Como diz o jornalista Hélverton Baiano, Carmo aqui viveu de seus 15 anos de idade até os 80, quando faleceu. Foi nestas terras onde aprendeu quase tudo que pôs em letras. “Para mim, é um Guimarães Rosa desvalorizado, meio esquecido”, diz Baiano. “Jurubatuba”, livro do mineiro goiano, se parelha a “Grande Sertão: Veredas”, o de Rosa. Nele, Carmo ensina de um tudo quanto há na roça — de passarim a mania de gente, de pau do matos a destampatório. “É bonito demais!”, felicita o Baiano. “Tem aquela infuca de quebrar um ovo na nuca, deixar correr espinhaço abaixo e aparar com a frigideira no fim do arregoado atrás, fritar e dar ao freguês pra comer em jejum. Aí diz que o cabra enrabicha que dana, vira um trem doido, conforme desconfiei que Ermira tinha feito comigo.” De deixar saudade, né não?

Marcelo Mirisola abre série de oficinas literárias em Goiânia

Escritor paulista será o primeiro de 11 renomados escritores e críticos a ministrar oficinas na sede da União Brasileira dos Escritores. Evento começa neste sábado, 30

“Norwegian Wood”, uma obra de amadurecimento humano

Ambientado no Japão de 1960, o romance de Haruki Murakami é magistral quanto ao amor, vida e morte

O mundo dos homens sob o olhar feminino

“Para Fugir dos Vivos”, recém-lançado livro de Eltânia André, se divide em narrativas íntimas de dois irmãos e de seus distintos universos