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O “Zero Hora”, principal jornal do Rio Grande do Sul, publicou reportagem no domingo, 19, assinada por Humberto Trezzi, com o título de “Perícia particular conclui que a mãe de Bernardo foi morta”. Bernardo Boldrini é o menino que foi assassinado em abril deste ano, no município de Frederico Westphalen, por sua madrasta, com o apoio de outra mulher.
Mas surge um fato novo – se desconfiava que a versão anterior era falsa – a respeito da morte da mãe de Bernardo, Odilaine Uglione. Na versão que prevaleceu, ela teria se suicidado. No entanto, sua família contratou um perito e o laudo sugere que Odilaine não se matou, e sim foi assassinada, possivelmente pelo pai de Bernardo (ou outra pessoa) e marido de Odilaine. No sábado, 18, o advogado Marlon Taborda, que representa a família de Odilaine, divulgou a perícia.
Casada com o médico Leandro Boldrini – suspeito de ter articulado o assassinato do filho –, Odilaine iria assinar o divórcio, em 2010, quando morreu. Pelo acordo firmado, ela iria receber R$ 1,5 milhão, com o acréscimo de uma pensão mensal de R$ 10 mil. A perícia da Polícia Civil avaliou que a jovem cometeu suicídio, atirando na sua boca, no consultório do marido. A jovem pode ter sido morta para não receber o dinheiro e a pensão mensal.
Além de Leandro, havia mais alguém no consultório e que pode ter ajudado o médico a matar Odilaine? A reportagem do “Zero Hora” diz que “um dos indícios seriam lesões (arranhões, equimoses) no braço direito”. Sérgio Saldiaz, da empresa Sewell Perícia Criminal Forense, autor da perícia particular, avalia que, pela “trajetória da bala (que entrou na boca da vítima), o disparo teria sido feito por outra pessoa, que não a vítima. Contribuiu também o fato de não existir pólvora na mão direita de Odilaine, que era destra”.
O advogado Taborda sublinha: “O ângulo não era compatível com o de uma pessoa que segura a arma e a dispara contra si própria”. Outro detalhe chama a atenção: o advogado garante que “uma gase estava sobre o cabo do revólver que disparou, ‘como se alguém quisesse disfarçar impressões digitais’”.
Com a nova perícia nas mãos, o advogado assegura que vai pedir, nesta semana, a reabertura das investigações. A Polícia Civil não quer reabrir o caso e um juiz negou-se a revisá-lo. Taborda vai recorrer ao Tribunal de Justiça, apresentando os novos indícios.
Se o caso for reaberto e for comprovado que se trata de assassinato, a situação do médico, que teria contribuído para matar o filho, se complica mais ainda.

A ex-presidente da Juventude do PMDB de Goiânia, Denise Castro, explicou ao Jornal Opção Online na semana passada os motivos que a levaram a apoiar a candidatura do tucano Marconi Perillo contra a do decano peemedebista Iris Rezende. Segundo ela, existe falta de diálogo e de espaço para os jovens na legenda. Por sua vez, o núcleo nacional de juventude do partido, o JPMDB, manifestou, por meio de nota, que a filiada "não exerce qualquer papel de direção" em Goiás. Leia a nota na íntegra:
A Juventude do PMDB Nacional vem, por meio desta, se manifestar sobre a filiada Denise Castro. Desde o começo do processo da escolha dos candidatos a governador do partido, em Goiás, a JPMDB foi amplamente ouvida e decisiva para a homologação do nome de Iris Rezende.
O presidente Nacional, Zeca Melo (Paraná), o secretário Geral, Bruno Júlio (Minas Gerais), e o vice-presidente Nacional, Pablo Rezende (Goiás), se reuniram no mês de maio com o então pré-candidato Iris Rezende, evidenciando a participação da JPMDB na vida diária do partido.
A executiva Nacional da JPMDB comunica a todos que a filiada Denise Castro não exerce qualquer papel de direção na Juventude e a desautoriza a falar em nome de nosso núcleo. A sua posição de apoiar o candidato do PSDB é exclusivamente pessoal. Reafirmamos o apoio e o compromisso de toda Juventude com a candidatura de Iris Rezende. Esse anseio da JPMDB reflete a vontade de todo povo goiano: eleger Iris governador de Goiás.

Em Goiânia, o maior colégio eleitoral do Estado, os dois candidatos aparecem com empate técnico, 41,3% para cada um
[caption id="attachment_15842" align="alignleft" width="620"] Na pesquisa espontânea, Marconi Perillo (PSDB) tem 47,8% das intenções de voto, enquanto Iris Rezende (PMDB) tem 34,7%[/caption]
A segunda rodada de pesquisa para o governo de Goiás do Instituto Serpes divulgado neste domingo aponta que o governador e candidato à reeleição tem 51,9% das intenções de voto contra 36,8% de Iris Rezende (PMDB). No cálculo dos votos válidos, o tucano apresenta 58,51% e Iris, 41,49%.
No levantamento, realizado dos dias 14 a 17 de outubro, cerca de 6% dos eleitores goianos ainda estão indecisos e não sabem em quem votar neste segundo turno, que ocorre no próximo domingo (26). Além disso, 5% disseram que votarão nulo.
Em Goiânia, o maior colégio eleitoral do Estado, os dois candidatos aparecem com empate técnico, 41,3% para cada um. A capital registrou ainda o maior número de indecisos, mais de 12% não sabem em quem votar.
Cerca de 23% dos eleitores ouvidos pelo instituto responderam que não votariam de jeito nenhum no decano peemedebista Iris Rezende. A rejeição do tucano foi de 21,8%.
Na pesquisa espontânea, em que os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, o governador Marconi Perillo (PSDB) tem 47,8% das intenções de voto, enquanto o ex-governador Iris Rezende (PMDB) tem 34,7%. O índice de indecisos salta para 11,9%. Outros 5,6% responderam querer votar nulo ou que não vão às urnas.

Uma avaliação psiquiátrica no suspeito está agendada para esta segunda-feira (20/10). Caso fique comprovado que o vigilante sofre alguma doença mental ele será considerado inimputável

Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) volta a proibir os vocábulos “mentira” e “mentiroso” no programa do decano peemedebista O juiz Fabiano Abel de Aragão Fernandes, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO), concedeu liminar favorável à coligação Garantia de um Futuro Melhor para Goiás na tarde desse sábado (18/10). Nesta nova decisão, a coligação do candidato Iris Rezende (PMDB) não pode usar os vocábulos “mentira” e “mentiroso”. O magistrado também reforçou que é irregular a utilização da animação “rei mandão” no programa do peemedebista. [relacionadas artigos="18456,18450"] “O horário eleitoral foi concebido não para ser local de ataques e ofensas recíprocas, de índole pessoal, mas sim para a divulgação e discussão de ideias e de planos políticos, lastreados no interesse público e balizados pela ética, pelo decoro e pela urbanidade”, afirmou o juiz Fabiano Abel. A ação foi movida após o programa irista de quinta-feira (16) chamar o governador e candidato à Marconi Perillo (PSDB) de “mentiroso”. Na liminar, o juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) salientou também que o parecer visa “estabelecer nos programas eleitorais gratuitos propagandas programáticas, propositivas”. A decisão do TRE-GO afirmou que utilização de vocábulos tais como “mentira” e “mentiroso” conduz a “uma crítica de cunho pessoal” e, assim, é estranha aos paradigmas fixados pela Justiça. Em caso de descumprimento da decisão, o juiz fixou multa de R$ 10 mil para cada veiculação.

Acidente ocorreu por volta das 11h, no entanto, o corpo de Thayanara Gonçalves Gontijo só foi encontrado no final da tarde
Uma estudante de 17 anos morreu nesse sábado (18/10) após cair de uma das cachoeiras do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso, cidade a 444 quilômetros de Goiânia. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu por volta das 11h, no entanto, o corpo de Thayanara Gonçalves Gontijo só foi encontrado no final da tarde.
A adolescente era moradora da cidade de Formosa, situada a 75 quilômetros de Brasília, e cursava o último ano do ensino médio no Colégio dos Sagrados Corações e planejava, segundo familiares, prestar vestibular para o curso de Direito.
O enterro está marcado para acontecer neste domingo (19).
O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural Mundial. Devido à sua paisagem e história peculiar, a região recebe inúmeros turistas ao longo do ano.

Coordenador da campanha de Marconi Perillo (PSDB) afirma que é “natural” que a oposição tente criar, “ainda que falso, certo clima de virada”

Petista também contestou a proposta do seu adversário Aécio Neves (PSDB), que disse que manteria os investimentos no pólo naval do Rio Grande do Sul

Estatal também rebateu a acusação de favorecimento de candidaturas petistas

Decisão do TRE ressalta que propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV deve ser propositiva

Ao todo, a lei prevê 14 hipóteses de inelegibilidade, quem for pego um uma delas está sujeito a ficar até oito anos longe da disputa como candidato
A radicalização do debate de campanha se tornou algo mais do que o jogo da verdade nua e crua: o tucano quebrou o mito sagrado em torno da presidente
[caption id="attachment_18348" align="alignright" width="310"] Eleitores indecisos: agora o grande alvo dos dois candidatos à Presidência[/caption]
A pesquisa do Datafolha divulgada na quinta-feira revelou que 9% dos eleitores escolheram seus candidatos apenas no dia da votação do primeiro turno, há duas semanas.
São os eleitores tardios que esperam pelo estalo mágico diante das urnas. Outros 6% disseram que se decidiram na véspera.
Eles, os indecisos, abrem brecha para o empate técnico entre o tucano Aécio Neves e a presidente Dilma, sendo que a reeleição da segunda possui o dobro do potencial de crescimento do desafiante pelos cálculos do Datafolha: 13 contra 6%. Mas a contas revelam ainda que este é o segundo turno mais disputado desde a volta da eleição direta em 1989, há 25 anos.
Os indecisos eram 6% dos eleitores nos dados apurados pelo Datafolha há uma semana, contra outros 6% de nulos ou brancos. Na pesquisa do Ibope, coletada na mesma época e divulgada também na quinta, os indecisos eram 5%, contra 7% de votos nulos ou brancos.
Rejeição
Nesta corrida final, Aécio tem contra si o aumento da rejeição pelos eleitores, que encosta no número dos que prometem não votar em Dilma de jeito nenhum. No Datafolha, a rejeição a Aécio cresceu de 34 para 38% no espaço de uma semana. A de Dilma, no mesmo período, caiu de 43 para 42%. Na pesquisa do Ibope, a rejeição a Aécio subiu de 33 para 35%. A de Dilma desceu de 41 para 36%.
No Datafolha, os eleitores que dizem votar em Dilma estão em queda. Na última pesquisa antes do primeiro turno, ela tinha 48%, desceu a 46 e agora ficou com 43. Aécio está em alta. Tinha 42%, foi a 44 e chegou a 45. Ambos em empate técnico, considerando a margem de erro de dois pontos para cima ou para baixo.
No Ibope, as promessas de votos em Dilma estão em queda como no Datafolha. Eram de 45% antes do primeiro turno, desceram a 44 e chegaram 43. As promessas a Aécio subiram bem, mas depois cairam. Eram de 37%, saltaram a 46 e caíram a 45. Novamente, os dois candidatos estão empatados diante da margem de erro de 2%.
[caption id="attachment_18347" align="alignright" width="620"] Juiz federal Sérgio Moro: os petistas não querem que ele faça seu trabalho de apurar ação de quadrilha na Petrobrás[/caption]
Na mira das denúncias sobre corrupção no governo, a presidente Dilma, em defesa da reeleição vai ao ataque para denunciar manobras golpistas em série vindas da oposição. Trata-se de uma inovação da candidata ao inverter papéis: há um hábito político onde o golpe costuma ser instrumento de poder, vindo de cima para baixo contra a oposição.
A presidente confiou na base governista do Congresso e tentou algo assim quando, depois das manifestações de rua de junho do ano passado, lançou a ideia de uma constituinte para tratar exclusivamente da reforma política.
Se a exclusividade do tema já é algo exótico, a proposta incluía a excêntrica realização de um plebiscito prévio para o povo definir os itens passíveis de mudança na Constituição pelos constituintes. Considere-se ainda que a eleição de uma assembleia para mudar a Constituição não é sugestão que caiba a iniciativa do Executivo.
A ênfase na denúncia de golpismo surgiu na entrevista em que Dilma saiu da defensiva por um momento e foi ao ataque contra a oposição. Acusou oposicionistas de explorarem eleitoralmente a exibição na televisão de trechos em áudio de depoimentos à Justiça Federal pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef a respeito da corrupção na Petrobrás.
Acuada pelas delações dos dois corruptos a respeito da coleta de propinas entre 13 empreiteiras, todas fornecedoras da Petrobrás para financiar o PT e os aliados PMDB e PP numa reedição do mensalão, a presidente considerou golpista a divulgação do áudio. Para beneficiar seu desafiante na sucessão presidencial, Aécio Neves (PSDB).
Numa entrevista à imprensa, a candidata à reeleição usou três vezes o termo golpe neste conjunto de 19 palavras com final atrapalhado:
— Agora, na véspera eleitoral, sempre querem dar um golpe. Estão dando um golpe. Esse golpe, nós não podemos concordar.
Se a oposição queria um golpe, o PT veio com o contragolpe, que não passa de outro golpe. No começo da semana, uma delegação petista, à frente o presidente do partido, Rui Falcão, denunciou o responsável pelo processo da Petrobrás, juiz federal Sérgio Moro, ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria Geral da República.
Os petistas desejam que o juiz seja forçado a oferecer ao partido o acesso a todo o depoimento concedido por Costa e Youssef em troca da redução da pena criminal deles pela delação premiada. O acesso abrangeria as provas contra políticos que os dois réus apresentaram. Os petistas ainda acusam Moro pelo vazamento de informações sobre o processo.
Bem, aquela entrevista de Dilma sobre golpe. Ao acusar a oposição de “manipulação eleitoreira”, ela confundiu os processos jurídico e policial da apuração do roubo na petroleira. Considerou que o áudio foi deliberadamente vazado para ajudar a oposição. “Eu acho muito estranho e muito estarrecedor que, no meio de uma campanha, façam esse tipo de divulgação”, espantou-se.
A presidente preocupou-se com a carga explosiva de relatos criminais que prejudicam a reeleição, mas não deu bola ao conteúdo das denúncias. Assim como ignorou que os depoimentos de Costa e Youssef não eram secretos, ao contrário dos testemunhos na Polícia Federal. Nem poderia a Justiça interromper o seu trabalho de apuração por causa de campanha eleitoral.
Há dois anos, o Supremo Tribunal Federal não suspendeu o julgamento do mensalão, embora Lula, como quem chantageava, apelasse ao ministro Gilmar Mendes para evitar que mensaleiros fossem julgados no mesmo semestre de campanha eleitoral nos municípios. Ele queria o julgamento depois das eleições, ou seja, na prática, no ano seguinte.
A quadrilha ou ciranda da presidente Dilma em torno de golpe como mote da reeleição pode derivar do vezo de Lula em pressentir conspiração contra o partido ou governo deles em meros gestos de oposição ou de crítica ao sistema. Lula, com a mania de usar expressões fortes como meio de impressionar a clientela política e popular.
É um hábito esquisito na medida em que o golpe geralmente é associado a quem detém poder. Em 1964, a maioria militar estava na oposição ao governo Jango, mas exercia o poder armado. Recordemos um confronto de poder que ocorreu há 48 anos, em outubro de 1966 — mês também de eleições nos Estados.
A ditadura rompeu um acordo político com as lideranças governistas e cassou seis deputados do velho MDB, destinado pelo regime a fazer oposição. A Câmara não aceitou a ruptura do trato com os militares. Os cassados se refugiaram ali mesmo no plenário da casa, sob a proteção do presidente, Adauto Lúcio Cardoso, mineiro da Arena que se elegia deputado pelo Rio.
Certo dia, o marechal Castello Branco, ocupante do Planalto, mandou cortar a água e a luz do prédio. À noite, sob sua ordem, uma tropa militar invadiu a Câmara para retirar os cassados e fechar o Congresso. “Eu sou o poder militar. E o senhor quem é?”, o coronel Meira Mattos, chefe da operação, interpelou Adauto, que o encarou e rendeu-se:
— Eu sou o poder civil e curvo-me à força dos canhões.
Aquele, sim, era golpe de verdade, conflito entre poderes, que resultou no fechamento de um deles, o Legislativo. Dois anos antes, Meira Mattos se credenciou a fazer política com tropa armada ao comandar a intervenção em Goiás com a deposição do governador Mauro Borges. Era outro golpe.
E os golpes que Dilma observa na oposição? Sem usar a o termo, ela pressentiu golpe ao comentar com repórteres a ideia do rival Aécio Neves (PSDB) a favor do fim da reeleição em troca do mandato presidencial de cinco anos. “Quero saber que negociação está por trás dessa questão”, suspeitou da proposta e especulou:
“É uma negociação entre tucanos? É isso? É uma negociação para aumentar para cinco anos e depois prorrogar? É o tipo de proposta que tem de vir para a mesa clarinha, para a agente poder se pronunciar. Ninguém consegue fazer um governo efetivo em quatro anos.”
A malícia é um dom político, mas parece que Dilma subestimou o poder do PT e aliados em frear no Congresso a proposta de Aécio. É como se bastasse ao tucano, no próximo domingo, derrotar a reeleição que está em jogo para impor a mudança no mandato.
Na verdade, a presidente tem a missão de preservar a reeleição como regra do jogo para tentar garantir mais oito anos a Lula no Planalto a partir da sucessão em 2018. Façamos a conta Se Dilma se reeleger agora e Lula conquistar mais dois mandatos o PT completará 24 anos de poder sucessivo. Não é nada não é nada, trata-se de um quarto de século. Mas o PT quer mais.