Dilma Rousseff admite desvio na Petrobras e promete ressarcir o País
18 outubro 2014 às 19h59

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Petista também contestou a proposta do seu adversário Aécio Neves (PSDB), que disse que manteria os investimentos no pólo naval do Rio Grande do Sul

A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) admitiu, durante entrevista coletiva neste sábado (18/10), nove dias antes do segundo turno, que houve desvio de dinheiro público em contratos da Petrobras e que, diante disso, vai tomar as medidas necessárias para ressarcir a “tudo e a todos”. Ela afirmou também que quem cometeu irregularidades deve pagar.
“Ninguém sabe ainda o que é que deve ser ressarcido, porque a chamada delação premiada, onde tem os dados mais importantes, não foi entregue a nós. Agora, eu farei todo o meu possível para ressarcir o País se houve desvio de dinheiro público. Nós queremos ele de volta”, disse, admitindo irregularidades na administração da estatal.
Ao ser questionada sobre se o pagamento de R$ 10 milhões por Paulo Roberto Costa ao ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, morto no início deste ano, tiraria dos tucanos a bandeira da ética, a petista salientou que “ninguém está acima de suspeita”.
“Acho que qualquer integrante de partido que tenha cometido crime, delito, mau feito, tem de pagar por isso. Acho que ninguém está acima de qualquer suspeita no Brasil”, rematou a presidente.
Dilma Rousseff também contestou a proposta do seu adversário Aécio Neves (PSDB), que disse neste sábado que manteria os investimentos no pólo naval do Rio Grande do Sul. Para a petista, “é estarrecedor” que o tucano se manifeste a favor desses investimentos, porque o programa de governo do PSDB sugere a revisão da política de conteúdo local, na qual se baseiam o desenvolvimento dos pólos navais pelo país.