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Livro conta a estupenda história do vidente do nazista Adolf Hitler

42244004Erik Jan Hanussen tornou-se conhecido como o “vidente de Hitler”. Sua história está contada no livro “A Sessão Nazista — A Curiosa História do Vidente Judeu no Círculo de Hitler” (Globo Livros, 264 páginas, tradução de Rafael Longo), de Arthur J. Magida. Diga-se logo que se trata de um livro sério. Sinopse divulgada pela Livraria Cultura, possivelmente encaminhada pela editora: “Ele era uma celebridade — Erik Jan Hanussen magnetizava plateias com exibições de seus poderes mentais — lia pensamentos, fazia adivinhações, hipnotizava espectadores, previa o futuro. Lançava profecias em seu próprio jornal e dava consultas particulares para gente poderosa. Dizia coisas nas quais as pessoas acreditavam — porque queriam e precisavam acreditar em alguma coisa na Alemanha que ressurgia das cinzas da Primeira Guerra Mundial. “E ele também era uma fraude; Hanussen não passava do pseudônimo de Hermann Steinschneider, artista circense judeu com talento para inventar mentiras e, sem escrúpulos, conviver com aquelas que mais lhe rendessem vantagens. Um mestre na arte de iludir os outros — e a si mesmo — que ocultou sua origem para travar relações com o então ascendente movimento nazista, patrocinou as tropas de assalto de Hitler, a temível SA, e fez de seu jornal um veículo de propaganda para o Führer. “A envolvente narrativa de 'A sessão nazista' resgata a trajetória desse polêmico personagem histórico. Amparado em ampla pesquisa, que incluiu entrevistas com a filha nonagenária de Hanussen e com mágicos e ilusionistas da atualidade, o autor Arthur J. Magida apresenta uma consistente reconstituição da vida do mentalista. “O livro se concentra principalmente nos acontecimentos do início da década de 1930, no curto período em que Hanussen se torna amigo (e credor das imensas dívidas) de uma estrela nazista em ascensão, o conde Wolf-Heinrich von Helldorf, antissemita radical que viria a ser chefe da truculenta SA, e circula pela cúpula do Partido Nacional-Socialista, chegando a fazer sessões particulares de vidência para o próprio Hitler. O trânsito livre entre os virtuais donos do poder na Alemanha infla a já enorme autoconfiança de Hanussen, levando o chamado ‘maior oráculo da Europa desde Nostradamus’ a um destino que ele mesmo se mostra incapaz de prever.”

Jornal de 105 anos da Venezuela vai deixar de circular porque não tem papel

O jornal “O Estado de S. Paulo”, fundado em 1875, tem 139 anos. É, portanto, um patrimônio do Brasil. O jornal foi perseguido em duas ditaduras — a de Getúlio Vargas e a civil-militar de 1964-1985. Mas sobreviveu. Na democradura da Venezuela, um jornal centenário, “El Universal”, informa que, por falta de papel, e não de dinheiro para comprá-lo, deve deixar de circular a partir de quinta-feira, 15. O presidente Nicolás Maduro, aquele que “sente” Hugo Chávez até em cocô de passarinho, faz o impossível para travar as importações de papel, que não considera prioritárias — como se jornal, espécie de alma de uma nação, como entendia muito bem o americano Thomas Jefferson, não fosse prioridade.

Patriotismo de Wanderley Silva não me representa. É pura velhacaria

[caption id="attachment_3686" align="aligncenter" width="620"]Wanderlei Silva e Chael Sonnen: brigada real e jogada comercial Wanderlei Silva e Chael Sonnen: brigada real e jogada comercial[/caption] O escritor britânico Samuel Johnson morreu há 230 anos, mas, por intermédio de uma frase, manda uma cotovelada curta e certeira para Wanderlei Silva, o lutador de MMA: “O patriotismo é o último refúgio de um patife” (“A Vida de Samuel Johnson”, de James Boswell), na tradução de Paulo Rónai, ou, na versão de Ruy Castro, “o último refúgio dos canalhas”. Wand, como é chamado pelos íntimos, ou Cachorro Louco, como é mencionado por aqueles que transitam pelo passado, siderados, é, ao lado do americano Chael Sonnen, treinador do Tuf Brasil. Lutadores desconhecidos entram no octógono em busca de um contrato com o UFC, o principal promotor de lutas de MMA do mundo. Enquanto jovens batalham no octógono, Wanderlei Silva ameaça e, até, ataca fisicamente Chael Sonnen — sempre sugerindo que o gringo ganha dinheiro na terra de Machado de Assis e Eder Jofre e fala mal do país. Como se o brasileiro não ganhasse dinheiro nos Estados Unidos. Por certo, até fala mal da nação (cacófato apreciável) de Norman Mailer (“A Luta”, seu livro sobre boxe, é superior à sua literatura) e Muhammad Ali (o James Dean do boxe). Falar mal de países e de indivíduos é o esporte número um da humanidade, diria o bem-humorado Mark Twain. Sonnen é especialista, como fazia Muhammad Ali com seus adversários — no Zaire, derrotou George Foreman primeiro com a boca e, depois, com os punhos —, na arte de desestabilizar seus adversários. Nem sempre funciona, mas é, no geral, intimidador. Com Wanderlei Silva, a tática não deu muito certo, porque, quando não responde na mesma moeda, com uma língua afiada e nacionalisteira — tenta jogar os patropis contra o americano —, o brasileiro reage com os punhos, o que, se não intimida Sonnen, o coloca na defensiva. A “briga” entre Wanderlei Silva e Chael Sonnen é “real” ou faz parte de um marketing destinado a promover a luta da dupla? As duas coisas, possivelmente. Os rivais e o UFC de Dana White certamente ganharão com o clima de guerra que está sendo criado. Cautas ou não, as pessoas começam a esperar a luta entre “campeões”... decadentes, mas com meio por cento de elegância. Chael Sonnen, aparentemente menos desgastado, ganhará. É minha aposta. Wanderlei Silva está mais Louco do que Cachorro. Uma coisa é certa: o Cachorro Velho, opa, Louco, não me representa. Talvez represente apenas seus negócios. O que Wand quer, como Cachorro Manso fingindo-se de Cachorro Louco, é, quem sabe, uma aposentadoria polpuda. Para terminar aquilo que não termina, o engana-trouxa que é o mundo do espetáculo, citemos, para aderir à nossa cultura bacharelesca, sempre pródiga em citações (não raro sem o mínimo de contexto), Ambrose Bierce, o escritor americano que desapareceu no México, ao lado de Cain Velasquez, ops, de algum revolucionário mexicano: “No famoso dicionário do dr. Johnson, o patriotismo é definido como o último recurso de um patife. Com todo o respeito devido a um lexicógrafo bem informado, mas inferior, permito-me sugerir que é o primeiro” (do “Dicionário do Diabo”). Difícil discordar de Bierce e de Johnson, mas fácil discordar daquele que foi, de fato, o Cachorro Louco do octógono.

Polêmica criada por stalinistas acabou por beneficiar Sheherazade, que teve contrato renovado por quatro anos

A jornalista, além de participação ativa no “SBT Brasil”, vai comandar um programa semanal de debates

Correio Braziliense demite Tereza Cruvinel e mais cinco jornalistas

Diretor de redação admite que o jornal passa por dificuldades econômicas

“Correio Braziliense” demite 70 funcionários. Seis são jornalistas

Entre os 70 funcionários demitidos pelo “Correio Braziliense” nesta semana seis são jornalistas. Mesmo cobrada pelo Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, a direção da empresa não divulgou a lista dos afastados. O coordenador-geral do SJDF, Jonas Valente, disse ao Portal Imprensa que a cúpula do grupo “ficou de dar a lista de funcionários” até quinta-feira, 8. Jonas Valente informa que foram demitidos dois diagramadores, três subeditores e um repórter.

Livro conta a história da morte da suposta amante de Ricardo Teixeira e revela os negócios do empresário

Quatro repórteres vasculharam os vários negócios de Ricardo Teixeira e contam a história de Adriane de Almeida Cabete e Lorice Sad Abuzaid

Editores do Le Monde pedem demissão. Eles discordam da impressão do jornal e da edição online  

Os franceses são o PT do jornalismo. Os jornalistas da terra de Flaubert e Proust fazem reunião para tudo e, no geral, mandam de fato nas redações — como se as relações de mercado, o negócio, fossem quase ficcionais. Quando discordam dos dirigentes, caem fora, e em grupo. Os proprietários dos jornais são tratados quase que como funcionários. Segundo o Portal Imprensa, alegando falta de “confiança e comunicação com a direção” do “Le Monde”, vários editores, como Cécile Prieur, François Grump e Nabel Walim, pediram demissão. Em nota publicada no “Libération”, os editores disseram: “Durante vários meses enviamos muitas mensagens de alerta para assinalar problemas importantes, além da falta de confiança e comunicação com a direção da redação. Isso nos impede de cumprir o nosso trabalho como editores”. Os jornalistas discordam até do “novo método de impressão” do “Le Monde”. Discordam também da “coordenação da edição online” e denunciam “uma suposta crise financeira”.

História da paixão de um militar da SS nazista por uma judia no campo de extermínio de Auschwitz

A judia Helena Citrónová e o nazista alemão Franz Wunsch, soldado da SS no campo de extermínio na Polônia, se apaixonaram, em circunstâncias difíceis. No final, apesar do esforço de Wunsch, a bela jovem preferiu ficar com sua história, renegando o amor

Subestimados, soviéticos e judeus mataram nazistas e fugiram do campo de extermínio de Sobibór

“A maior fuga de prisioneiros da Segunda Guerra Mundial” aconteceu em Sobibór, na Polônia, em 14 de outubro de 1943

Irmãos Bielski enfrentaram nazistas e salvaram 1.200 judeus

“Não posso garantir que não enfrentaremos privações na floresta, mas pelo menos temos uma chance de viver. Saiam imediatamente", disse Tuvia Bielski

A história de um jovem de 21 anos que está envolvido em mais de 40 assassinatos. Ele chamaria a atenção da máfia

[caption id="attachment_3198" align="alignright" width="300"]Alessandro Souza Santos / Foto: Reprodução/TV Record Alessandro Souza Santos / Foto: Reprodução/TV Record[/caption] Você conhece o Jardim Ingá? Como o Entorno do Distrito Federal — ou de Brasília — é uma região desconhecida da maioria dos goianos, talvez por considerá-la mais parte da capital federal do que de Goiás, poucos sabem onde fica o Jardim Ingá, de belo nome. A reportagem “Preso suspeito de 40 homicídios” (“Pop”, de 23 de abril), de Rosana Melo, revela que o Jardim Ingá reúne 24 bairros de Luziânia e tem população estimada em 100 mil habitantes. Lá, ao lado de cidadãos decentes — a maioria —, traficantes vendem drogas e matam seus adversários. Rosana Melo conta a história de Alessandro Souza Santos. Aos 21 anos, com feição de recém-saído da adolescência, Souza Santos, conhecido como Japinha, está envolvido em mais de 40 homicídios. É o inominável, diria Samuel Beckett. Fica a sugestão para Rosana Melo vasculhar, durante algum tempo, os “29 inquéritos de assassinato” nos quais é mencionado como autor ou coautor. “A maioria de suas vítimas foi morta a tiros em disputa territorial por causa do tráfico de drogas”, informa a excelente repórter. Mas quem são tais vítimas? Muitos não seriam apenas usuários e, às vezes, usuários-pequenos traficantes de drogas? Quem não acredita que uma pessoa possa matar tanto talvez deva ler o livro “O Nome da Morte: A História Real de Júlio Santana — O Homem Que Já matou 492 Pes­soas” (Planeta do Brasil, 245 páginas), do jornalista Klester Cavalcanti. Trata-se de uma grande reportagem e, ao mesmo tempo, um livro assustador. Júlio Santana matou Mária Lúcia Petit, na Guerrilha do A­raguaia, quando estava a serviço da Polícia Militar e do Exército, e o sindicalista Nativo da Natividade, em Goiás, já como pistoleiro. Ele “trabalhou” como assassino profissional durante 35 anos.

Só pode vencer Jon Jones aquele que não luta por suas regras. Glover Teixeira não seguiu a lição de Gustafsson

O peso-pesado Fabrício Werdum venceu Travis Browne porque adotou as táticas corretas. Primeiro, fustigava e fugia, para evitar o contato mais direto com um lutador maior, mais forte e nocauteador. Atuou como guerrilheiro. Segundo, “enrolou”, para a luta durar cinco rounds, com o objetivo de cansar Browne. Cansou e ganhou por pontos, mas poderia ter nocauteado, se arriscasse um pouco mais. Agora, para enfrentar Jon Jones, a tática de Werdum não funciona. O meio-pesado Jon Jones parece incansável, quase sempre muito bem condicionado fisicamente. Para vencê-lo, o oponente tem de partir para o ataque, desde o início, e tem de escapar, rapidamente, das cotoveladas e chutes. Dada sua envergadura, isto é quase impossível. O sueco Alexander Gustafsson deve ter examinado as lutas anteriores de Jon Jones e, com a ajuda de técnicos experientes, parece ter percebido que, quando estão no octógono contra o americano, os lutadores costumam esperar os ataques, quedando-se numa posição defensiva. É tudo o que Jon Jones quer. Gus­tafsson, pelo contrário, não se intimidou e, desde o começo, postou-se como atacante, surpreendendo o campeão, abrindo, digamos, suas “defesas psicológicas”. “Crí­ticos” de MMA dizem que Gus­tafsson venceu, mas isto não ocorreu, porque, nos dois últimos rounds, principalmente, cansou-se e Jon Jones retomou o controle da luta. Mas, de fato, quase derrotou a maior fera do UFC. Porque, no octógono, comportou-se como se fosse um segundo Jon Jones — um “atacante”, um “guerrilheiro”. O brasileiro Glover Teixeira é um lutador excepcional. O que fez na luta contra Jones Jones o levaria a vencer qualquer outro meio pesado, até Gustafsson e Daniel Cormier, mas não o campeão americano. Glover Teixeira, inteligente e perceptivo, deve ter estudado a luta entre Jon Jones e Gustafsson com a devida atenção, porque nesta batalha de cinco rounds acentuou-se os pontos fracos do americano — que, sob ataque intensivo, não desmoronou, mas ficou abalado e “entrou” no jogo do adversário. Porém, se a estudou, se aprendeu um ou dois segredos sobre Jon Jones, não pôs em prática a lição na luta recente. Por quê? Glover Teixeira tem orientadores do primeiro time, como Chuck Liddell, mas, no octógono, a prática reformula a teoria. Como Jon Jones parecia mais motivado do que na luta anterior — mais “mordido”, quem sabe —, o que se viu foi um Glover Teixeira na defensiva, uma espécie de anti-Gustafsson. O americano atacava e o brasileiro se defendia. Foi assim praticamente durante os cinco rounds. Glover Teixeira e Jon Jones estavam bem fisicamente. Se o brasileiro não fosse forte, teria sido nocauteado. O que vai acontecer daqui pra frente? Como é capaz de limpar a área — derrotando Anthony Johnson, Daniel Cormier e mesmo Gustafsson (que certamente perderá para Jon Jones) —, Glover Teixeira possivelmente lutará mais uma vez com Jon Jones. Mas precisará se movimentar mais, para não se tornar um alvo fixo, um saco de pancadas, para lutadores mais ágeis. Sobretudo, precisará entender, no octógono, que não pode lutar segundo as “regras” de Jon Jones. É vital desconcertar, para desconcentrar, o duríssimo americano.

Morte do coronel Paulo Malhães comprova que mídia às vezes age como barata tonta

imprensa 6O jornalismo é a barata tonta da realidade. O coronel reformado do Exército Paulo Malhães (a cara de Saddam Hussein), depois de ter admitido que ele e alguns companheiros de caserna torturaram, mataram e deram fim aos corpos de guerrilheiros, foi “assassinado”. Na imprensa, em depoimentos, saíram várias versões. A esquerda prontamente apresentou a versão de “queima de arquivo”. A direita silenciou-se, mas, nos bastidores, não faltou quem dissesse que o militar poderia ter sido morto pela esquerda (haveria, entre os médicos cubanos, até agentes do G2 cubano no Brasil). Os jornais acolheram as várias versões — dando ênfase, é claro, à teoria da “queima de arquivo”, ancorada por várias “autoridades”. Em seguida, saiu a notícia de que o coronel morreu durante um assalto do qual participou o caseiro de seu sítio. O caseiro estaria participando de alguma conspiração? Aguardam-se os lances das baratas tontas.

Repórteres sem Fronteiras lista Lúcio Flávio Pinto como herói da liberdade de informação. Nada mais merecido

imprensa 5A organização francesa Re­pórteres sem Fronteiras pôs em sua lista de Heróis da Liberdade de Informação o brasileiro Lúcio Flávio Pinto, que, sozinho, escreve e edita o “Jornal Pessoal”. No “mundo administrativo”, no qual o jornalista é cada vez mais um burocrata, Lúcio Flávio, o Izzy Stone patropi, não se verga. Pelo contrário, apesar das ameaças dos poderosos da Sicília Verde — cada vez menos verde, sugere o repórter —, Lúcio Flávio continua publicando notícias quentes, furando os jornais tradicionais, sobre o envolvimento de setores da elite do Pará com traficantes e em outros negócios escusos. Ao mesmo tempo, faz uma defesa contundente e muito bem informada da Floresta Amazônica. Lúcio Flávio não é “um” mas “o” jornalista.