Polêmica criada por stalinistas acabou por beneficiar Sheherazade, que teve contrato renovado por quatro anos
08 maio 2014 às 18h43
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A jornalista, além de participação ativa no “SBT Brasil”, vai comandar um programa semanal de debates
A perseguição de uma deputada stalinista não deu resultado. Mesmo pressionado — poderia perder seu quinhão das verbas do governo federal —, o SBT de Silvio Santos não cedeu e renovou o contrato da apresentadora Rachel Sheherazade por mais quatro anos. A jornalista, o vice-presidente do grupo, José Roberto Maciel, o diretor de Jornalismo, Marcelo Parada, e o diretor de Produção, Leon Abravanel, bateram o martelo na quinta-feira, 8. A cúpula da rede concluiu que, nos últimos anos, Sheherazade foi um dos poucos fatos que movimentaram sua modorrenta programação. Antes, falava-se do primeiro lugar da Globo, com alguns programas em decadência, como o “Fantástico”, e da ascensão da Record, que tomou o segundo lugar da concorrente. A jornalista repôs o SBT no mapa do país, que passou a discutir seu jornalismo.
Sheherazade fica no “SBT Notícias” e vai comandar um programa semanal de debates. Aqueles que planejavam derrubá-la, como a “filha” tardia de Stálin, contribuíram para fortalecê-la. Segundo o colunista do UOL Flávio Ricco, o dono da Rede Bandeirantes, Johnny Saad, queria contratá-la e ofereceu um salário irrecusável, mas o SBT antecipou-se, deu um aumento para a jornalista e vai mantê-la em seus quadros, para a infelicidade geral da nação stalinista que milita num partido patropi que se tornou, ou sempre foi, a vanguarda do atraso do país.