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TSE: Mais de 2 mil candidatos já ocupam algum cargo eletivo no Brasil

Entre os candidatos à Presidência da República, nove têm nível superior completo e apenas dois ainda não têm um diploma

Programas de governo são superficiais, criticam cientistas políticos

No caso dos candidatos à reeleição, cientistas sociais afirmam que os programas de governo, o eleitor pode comparar as promessas da eleição anterior com as realizações do primeiro mandato Ao registrarem as candidaturas, os concorrentes aos cargos de governador e presidente da República protocolaram, na Justiça Eleitoral, seus programas de governo. Originalmente, os documentos deveriam servir para detalhar diretrizes e metas. No entanto, cientistas políticos criticam a superficialidade dos programas, que não passam de mera formalidade e não significam necessariamente compromissos futuros. Para o cientista político Otaciano Nogueira, os programas apresentados no registro das candidaturas são inúteis e não fariam falta se não fossem exigidos pela Justiça Eleitoral. “São coisas absolutamente superficiais. Os candidatos não vão, antes da eleição, prometer nada que vão efetivamente cumprir. Vão prometer tudo para ganhar votos, mas só saberemos se aquilo vai ser cumprido depois da eleição”, diz. Segundo o professor, a maior parte dos eleitores não lê os documentos e, quando lê, não os considera como compromisso válido. Para ele, seria mais interessante se o programa fosse apresentado pelo candidato vencedor somente após a posse. “O Brasil tem o segundo maior eleitorado do mundo ocidental. Depois da democratização, a participação dos eleitores tem sido intensa, mas há uma distância entre votar e julgar os candidatos depois de eleitos”, opina. O professor de ciência política da Universidade de Brasília (UnB), David Fleischer, também critica a qualidade dos programas de governo. Ele considera os documentos generalistas e semelhantes entre si. “São coisas muito comuns: criar mais empregos, reduzir os juros, aumentar o crédito disponível para a classe média e a baixa. As promessas são muito gerais, mas ninguém diz como pretende fazer tudo isso”, comenta. Fleischer, no entanto, não defende o adiamento da apresentação dos programas de governo para depois das eleições. Para ele, o eleitor poderia ir mais esclarecido para as urnas se os eleitores cobrassem o detalhamento das propostas durante a campanha e os debates eleitorais. “Os debates na televisão, que têm boa audiência, deveriam centrar-se nas promessas de campanha e desafiar cada candidato a detalhar e mostrar no que se difere dos demais”, aponta. No caso dos candidatos à reeleição, o professor da UnB acredita que os programas de governo tornam-se ainda mais importantes porque o eleitor pode comparar as promessas da eleição anterior com as realizações do primeiro mandato. “Nas reeleições, o eleitor deveria olhar se o prefeito, governador ou presidente cumpriu as propostas no primeiro governo. Seria útil para o eleitor saber se o candidato é confiável”, acrescenta. O coordenador do Núcleo de Estudos Eleitorais, Partidários e Democracia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Michel Zaidan Filho, diz que a forma de o eleitor votar tira o foco dos projetos partidários. Segundo ele, as candidaturas não são fruto de debates internos nos partidos, mas de projetos pessoais. Ele considera ainda que o eleitor brasileiro personaliza o voto, elegendo a pessoa, não a ideia. “As candidaturas não são fruto de consenso, de um projeto coletivo. Pensar num programa de governo pessoal é muito difícil, porque ele não é fruto de um debate. No geral, esses programas são verdadeiros álibis”, destaca Zaidan Filho. Para ele, somente um debate racional e crítico durante a campanha melhoraria a qualidade desses documentos. “Hoje, os programas de governo acabam sendo uma mera formalidade feita por consultorias especializadas em investigar o que as pessoas querem ouvir. Não são para valer”, define. Por meio da assessoria de imprensa, o Tribunal Superior Eleitoral informou que a exigência dos programas de governo no registro da candidatura está prevista na Constituição e na Lei Geral das Eleições e é disciplinada por uma resolução do tribunal. O eleitor pode ter acesso a eles no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).   

Campanhas eleitorais começam a esquentar com divulgação de documentos de grupos criminosos

Movimentações e listas de pagamentos de propinas do doleiro Fayed Trabouse serão divulgadas em breve

Prefeita petista reconhece trabalho suprapartidário e republicano de Marconi Perillo

Selma de Oliveira, prefeita da cidade de Goiás, disse que o governo estadual transformou a cidade de Goiás em um canteiro de obras

Homem é encontrado carbonizado dentro de casa, em Aparecida de Goiânia

Polícia ainda não tem pista dos autores e nem a motivação do crime. A investigação será feita pela Delegacia de Investigações de Homicídios Um homem foi encontrado carbonizado na noite desse sábado (26/7) em Aparecida de Goiânia. Segundo a Polícia Militar, o homem de 37 anos foi assassinado, pois testemunhas informaram que ouviram barulho em sua residência e depois viram dois homens fugindo do local. O crime aconteceu na Rua JI-9 esquina com a Rua JI-33,no Jardim dos Ipês. Logo após a fuga dos suspeitos, a casa começou a pegar fogo. Vizinhos acionaram o Corpo de Bombeiros para apagar o incêndio e em seguida a PM foi chamada para averiguar a situação. Dentro da residência os policiais encontraram o corpo de um homem carbonizado. Ele apresentava sinal de perfuração por faca no tórax. A polícia ainda não tem pista dos autores e nem a motivação do crime. A investigação será feita pela Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH). Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) no inicio deste mês, apontam que o mês passado foi o mais violento em Goiás com 233 homicídios. Nos primeiros seis meses deste ano 1.254 pessoas foram mortas, um crescimento de 4,1% comparado com o mesmo período do ano passado. Já a capital goiana figura entre as regiões mais violentas do país. Segundo levantamento da Organização não-governamental Conselho Cidadão pela Seguridade Social Pública e Justiça Penal, Goiânia é 28ª cidade mais violenta do mundo. Por isso, numa tentativa emergencial de inibir o crescimento da violência urbana, o governador Marconi Perillo assinou, no dia 8 desse mês, um decreto que implantou o Grupo de Trabalho da Segurança Pública e o apoio às ações de controle e redução de criminalidade.

Governador Marconi Perillo rebate críticas da oposição goiana sobre empréstimos feitos em sua gestão

“Ninguém empresta dinheiro e realiza operação de crédito com quem não tenha lastro e condições de pagar", disse o governador

Hamas anunciou que aceita trégua de 24 horas

A operação em Gaza começou em 8 de julho e deixou, até agora, 1.053 palestinos mortos e 6 mil feridos [caption id="attachment_11158" align="alignleft" width="620"]Untitled 1 Por um pedido das Nações Unidas, os movimentos da resistência aceitaram uma trégua humanitária de 24 horas[/caption] O movimento islamita Hamas disse neste domingo (27/7) que aceita uma trégua humanitária de 24 horas na faixa de Gaza a partir das 14h locais (8h em Brasília), poucas horas depois de Israel ter retomado a ofensiva naquele território. "Em resposta a um pedido das Nações Unidas, os movimentos da resistência aceitaram uma trégua humanitária de 24 horas que começará às 14h de hoje", disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, em comunicado. Zuhri disse que o cessar-fogo ocorrerá antes dos três dias de feriado muçulmano Eid al-Fitr, que marcam o fim do Ramadã e que deverá começar segunda-feira (28). Nesse sábado (26), o Hamas assumiu ter efetuado disparos de foguetes contra Israel ao final das 12 horas de cessar-fogo. Antes dos ataques, Israel havia anunciado que estava disposto a estender a trégua humanitária, que terminou às 20h (horário local). Segundo a Agência Lusa, Israel não reagiu ao anúncio do Hamas, e os ataques israelitas continuam em Gaza. A operação em Gaza começou em 8 de julho e deixou, até agora, 1.053 palestinos mortos e 6 mil feridos. Na manhã deste domingo, Israel anunciou que retomaria os ataques a Gaza, depois dos "incessantes" disparos do Hamas. Pelo menos oito palestinos morreram desde a retomada da ofensiva israelita no território. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 70% dos mortos são civis. Do lado israelense, 37 soldados morreram em combate, além de dois civis e um trabalhador rural tailandês, atingidos por tiros de morteiro.

PRF apreende 100 kg de pasta base de cocaína, em Anápolis

Droga seria entregue na capital federal e renderia 500 kg de cocaína. Criança de 12 anos acompanhava mulher que fazia o transporte do entorpecente [caption id="attachment_11154" align="alignleft" width="620"]droga O destino da droga seria Brasília | Foto: PRF[/caption] A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu neste sábado (26/7) no km 43 da BR-414, próximo a Base Aérea, em Anápolis, cerca de 100kg de pasta base de cocaína. A droga foi encontrada em um VW Tiguan, que era conduzido por uma mulher de 32 anos. No carro, além da mulher, estavam outros três passageiros: um homem de 27 anos, uma mulher de 19 anos e uma criança de 12 anos. A equipe  fazia ronda na região para coibir assaltos na rodovia e suspeitaram do veículo. Durante a abordagem, seus ocupantes prestaram informações contraditórias e assim o veículo foi conduzido até o Posto PRF de Anápolis, onde após inspeção, a droga foi encontrada no compartimento de carga e no assoalho do automóvel. A condutora do carro informou para a PRF que pegou a pasta base da cocaína em Pontes e Lacerda, cidade do Mato Grosso, a mais de 1300 km de onde foi flagrado pelos policiais. A droga seria entregue na capital federal e renderia aproximadamente 500 kg de cocaína. Ocorrência encaminhada para a Polícia Federal em Anápolis.

Pequenas e médias empresas resistem à crise e pagam mais impostos em 2014

Queda do pagamento de tributos pelas grandes empresas foi puxada pelas entidades financeiras, cuja estimativa mensal de IRPJ e CSLL caiu 32,77% neste ano O baixo crescimento da arrecadação federal no primeiro semestre, de apenas 0,28% acima da inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), não se deve ao desempenho de todos os setores da economia. De acordo com a Receita Federal, a queda na arrecadação está sendo puxada pelas grandes empresas, principalmente do setor financeiro. Ainda com lucros maiores em relação ao ano passado, as pequenas e médias empresas continuam a pagar mais impostos em 2014. Segundo o Fisco, o pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas que declaram pelo lucro presumido – modalidade que abrange as menores companhias – cresceu 6,38% acima da inflação no primeiro semestre, de R$ 22,32 bilhões nos seis primeiros meses de 2013 para R$ 23,74 bilhões em 2014. O pagamento com base na estimativa mensal de lucro, que abrange as maiores empresas, caiu 14,29%, também descontado o IPCA, de R$ 55,49 bilhões para R$ 47,56 bilhões na mesma comparação. A queda do pagamento de tributos pelas grandes empresas foi puxada pelas entidades financeiras, cuja estimativa mensal de IRPJ e CSLL caiu 32,77% neste ano descontada a inflação, de R$ 22,14 bilhões para R$ 14,88 bilhões. Contribuiu para a diferença o pagamento de R$ 3 bilhões de Imposto de Renda decorrente da oferta inicial de ações na bolsa de valores da BB Seguridade, unidade de seguros do Banco do Brasil. O desembolso, que inflou a arrecadação federal em maio do ano passado, não se repetiu em 2014. Como as grandes empresas são as principais pagadoras de tributos no país, esses fatores frearam o crescimento da arrecadação em 2014. De acordo com o Fisco, o Imposto de Renda Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido são os tributos cuja receita mais caiu em 2014: R$ 4,49 bilhões em valores corrigidos pela inflação acumulada. Em relação às pequenas e médias empresas, parte do desempenho favorável está relacionado à manutenção do consumo, apesar da desaceleração da economia. De dezembro de 2013 a maio de 2014, as vendas cresceram 1,71% em relação ao mesmo período anterior (dezembro de 2012 a maio de 2013), de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O fenômeno beneficia principalmente o comércio, ramo que abriga a maior parte das empresas de pequeno e médio porte. Tradicionalmente, o crescimento das vendas seria refletido em maior arrecadação de outros  tributos, como o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). No entanto, em 2014, os dois tributos acumulam queda real de 2,54% – R$ 3,2 bilhões em valores corrigidos pelo IPCA. A queda na arrecadação desses dois tributos, no entanto, não se deve ao comportamento do comércio, mas às mudanças no PIS/Cofins das mercadorias importadas, que tiveram o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) retirado da base de cálculo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado.

Transferência da capital é marcada por homenagens e por discurso político contra retrocesso em Goiás

Presidente da Assembléia Legislativa em Goiás, o tucano Helder Valin, asseverou em tom político que Goiás  "não admite  retrocessos" e que está voltado para o progresso [caption id="attachment_11148" align="alignleft" width="1158"]unnamed (1) “Sou apaixonado pela nossa Vila Boa, capital nos nossos corações e nas nossas lembranças”, disse o governador | Foto: Rodrigo Cabral[/caption] A tradicional transferência simbólica da capital para a cidade de Goiás ocorreu neste sábado (26/7). Solenidade homenageou pessoas que lutaram pela redemocratização do Brasil durante o período negro da Ditadura Militar no Estado de Goiás. O governador Marconi Perillo (PSDB) entregou medalhas aos anistiados e, em seguida assinou o termo que transfere os trabalhos administrativos para a antiga Vila Boa. A prefeita do município, Selma de Oliveira (PT), aproveitou a oportunidade e anunciou a doação de um terreno de 1.512 mil m² da prefeitura, para a construção de uma sede para o Ministério Público. Representando os anistiados políticos, o presidente da Associação dos Anistiados, Marcantônio Dela agradeceu a iniciativa. “Vemos com bons olhos o gesto de reconhecer, em ato público, os goianos que resistiram em favor da democracia e aqueles que levantaram a voz contra o autoritarismo”, disse. Referindo-se aos anistiados, o governador atribuiu a eles a liberdade “que hoje todos os brasileiros gozam”. O tucano Helder Valin, presidente da Assembléia Legislativa em Goiás, salientou em tom político que foi na cidade de Goiás que nasceu um Estado que "não admite  retrocessos" e que está voltado para o progresso. “É por esse Goiás que a Alego reafirma seu compromisso de trabalho e lealdade que também é compartilhado pelo Executivo e Judiciário”, disse. Durante evento, a petista Selma de Oliveira destacou a gestão de Marconi Perillo. “O governo  estadual fez muito pelo nosso município através de obras importantes como a duplicação da GO-070. Esta será, sem dúvida a obra mais marcante do governador em nossa região”, disse. Além do governador, o ato contou com a presença do vice-governador José Eliton, do presidente do Tribunal de Contas do Estado, Edson Ferrari e do candidato ao Senado pela chapa governista Vilmar Rocha (PSD)

A Cidade 

A transferência simbólica ocorre desde 1961 por decreto do ex-governador Mauro Borges.  A instalação dos Três Poderes –– Executivo, Legislativo e Judiciário  –– é realizada pela 31ª vez e neste ano o evento foi realizado em frente a casa da poetisa Cora Coralina, ao lado do Rio Vermelho. A cidade de Goiás, que completa 287 anos neste sábado, foi considerada patrimônio da humanidade em 2001 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Ronaldo Caiado se manifesta contra as novas penitenciárias em Aparecida de Goiânia

“Não vão implantar mais um presídio em Aparecida", afirma o deputado

Circuito Palco Giratório promove intervenção teatral nas ruas de Goiânia

Intervenção poética e teatral produzida pelo Circuito Palco Giratório do Sesc e a rede Desvio Coletivo propõe uma reflexão sobre as formas de cegueira

Disputa pelo controle da campanha do PT envolve a volta de Lula ao Planalto em 2018

A ideia de lulistas é evitar que deficiência de gestão do governo de Dilma inviabilize a continuidade do partido no poder

A alternância no poder depois de 12 anos pode ser o legado imposto a Dilma pela crise

[caption id="attachment_11081" align="alignright" width="620"]Vice-presidente Michel Temer: interesse em ter Lula na campanha do PMDB, o que choca com interesse do PT Vice-presidente Michel Temer: interesse em ter Lula na campanha do PMDB, o que choca com interesse do PT[/caption] A vitória da oposição na disputa presidencial nunca foi tão possível desde a primeira eleição de Lula contra o tucano José Serra em 2002. A 70 dias do primeiro turno presidencial em outubro, as urnas dificilmente deixarão de ser abertas num momento de inquietação social com preços em alta, economia paralisada e empregos em risco. E depois? Virão os reajustes inevitáveis em preços administrados, como os de combustíveis, transportes e da energia elétrica. Se Dilma não se reeleger, poderá afrouxar a corda mais dois meses e deixar os desgastes para o sucessor, seja quem for. O concorrente tucano Aécio Neves não admitiu a necessidade de medidas rigorosas? Então que as assuma. O impasse do PT infla o fator Lula 2018. Os companheiros lulistas desejam a presença do líder desde logo à frente da campanha a tempo de influir com autoridade em reajustes na economia que serão legados por Dilma – a si própria, se reeleita. Com ou sem reeleição, há a necessidade petista de evitar que a impopularidade inviabilize o brilho da estrela do PT nas urnas de 2018. A preliminar da futura sucessão presidencial está em jogo desde a atual eleição. E o jogo de hoje é a prorrogação de uma gestão federal que o próprio Lula propôs, iniciou-se em 2011 e chegou aonde está. O ex-presidente tem, pois, suas razões para não deixar a sucessora muito solta na gerência das políticas de governo. O que se pretende, no lulismo, é o controle em cadeia de Dilma Rousseff desde logo para não comprometer o futuro. O jogo que virá depois desta sucessão presidencial interessa, além do PT, aos nove partidos aliados com os quais a presidente se reuniu na terça-feira, no aconchego do Alvorada, para animar todos a seguirem em frente unidos com trabalho e confiança. O símbolo da fala de Dilma foi o fato de que estão todos no mesmo barco com o PT, para aventura ou desventura. Como se desejasse tranquilizar os aliados, ela disse que a maior vantagem de sua candidatura são os 11 minutos e 48 segundos à disposição diária do horário de televisão e rádio a partir de 19 de agosto. O PSDB tem 38,3% disso. O PSB de E­duardo Campos, 8,6%. A propósito, o vice-presidente Michel Temer observou a Dilma que o PMDB cedeu o tempo do par­tido ao latifúndio petista para colaborar na reeleição (o que in­clui a dele) quer ocupar nesse ho­rário um tempo digno para promover seus candidatos ao Senado e Câmara. Aí, a porca torce o ra­bo. Porque o PT do poder, historicamente, esmaga os aliados. Nesse capítulo, Temer tocou no foco do delicado impasse na cú­pula do PT. Mostrou interesse pe­la presença de Lula na campanha do PMDB. Era uma reiteração no sentido de que os petistas não podem cuidar apenas dos candidatos do partido deles. Os peemedebistas desejam espaço na jornada em busca de votos e preferem a companhia de Lula nos pa­lanques à da presidente.

Outra vez, Lula tenta constranger um tribunal, agora para salvar a sucessora no TCU

[caption id="attachment_11078" align="alignright" width="620"]Antes, o ministro Gilmar Mendes foi constrangido por Lula da Silva; agora, foi a vez do ministro José Múcio Antes, o ministro Gilmar Mendes foi constrangido por Lula da Silva; agora, foi a vez do ministro José Múcio[/caption] É a segunda vez em dois anos. A primeira foi em abril de 2012. Lula veio a Brasília, procurou o ministro Gilmar Mendes e tentou uma chantagem diante da iminência de o Supremo Tribunal Federal iniciar o julgamento do mensalão. “O Zé Dirceu está muito preocupado”, disse o ex a Mendes antes de insinuar que Mendes poderia ser in­vestigado pela CPI do Cachoeira por causa de sua relação com o ex-se­nador Demóstenes Torres. Não deu certo. O ministro resistiu à pressão. A segunda ocorreu na terça-feira, na véspera de o Tribunal de Contas da União julgar a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras. Lula chamou a São Paulo o ministro José Mú­cio e disse que estava “muito pre­ocupado” com o en­vol­vimento da presidente Dilma Rousseff no caso. Deu certo. O TCU absolveu por unanimidade os conselheiros da petroleira. Em fevereiro de 2006, num processo sumário, dez conselheiros ad­mi­nistrativos da Petrobrás, sob a pre­sidência de Dilma, então Chefe da Casa Civil de Lula, aprovaram por unanimidade a compra de Pa­sadena, numa operação que rendeu à petroleira o prejuízo de 792,3 mi­lhões de dólares, pelo cálculo fechado na quarta-feira pelo TCU durante o julgamento. Os conselheiros não levaram em conta que a tramitação da análise técnica da compra foi feita em 20 dias pela auditoria da Petrobrás. No fim do prazo os auditores devolveram o processo à chefia, em 31 de dezembro, com a reclamação, em relatório confidencial, de que o tempo para a análise foi “muito curto” Dois dias depois, o negócio de 1,25 bilhão de dólares foi aprovado pelo conselho. Naquele ano, cada um dos conselheiros, agora absolvidos recebeu da Petrobrás 176 mil dólares, entre bônus e jetons, para aconselhar a em­presa em seus negócios. Apro­va­ram a operação Pasadena numa única sessão com base num sumário de contrato que a detalhista Dilma considerou “técnica e juridicamente falho”. A absolvição dos conselheiros que não aconselharam corretamente deixa, entre outras, uma dúvida no ar. Para que servem os conselhos de administração das estatais se não são responsáveis na função? Em moeda de hoje, o pagamento feito pela Petrobrás há oito anos corresponde a R$ 400 mil. Ou R$ 33,33 mil mensais para cada conselheiro. Generosos com os conselheiros, os ministros do TCU foram duros com 11 atuais e antigos dirigentes da petroleira. Eles tiveram bens bloqueados para a hipótese de futuro ressarcimento à empresa. No grupo, o companheiro e presidente na época José Sérgio Gabrielli e os antigos diretores Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró. Eles prometem recorrer para argumentar que a responsabilidade é do conselho. Argumentam que o estatuto da Petrobrás atribui ao conselho responsabilidade pela aquisição de ativos – e não a diretores. Dilma era a presidente do conselho. Com pretensões ao governo da Bahia, o companheiro Gabrielli se deu mal, mas é a vítima do PT, além de pessoa não muito simpática à presidente Dilma, mas a reeleição recebeu um refresco do tribunal e respira com alívio no Planalto e no partido. Mas a absolvição não deixa de ser mais um tema ético para a oposição questionar na campanha presidencial.