Tocantins
Na quarta-feira, 16, o governador interino Mauro Carlesse (PHS) disse que vai analisar as demandas das comunidades residentes no setor Norte da capital, após participar de reunião da sede da Federação das Associações Comunitárias de Moradores do Tocantins. Os moradores reivindicam a continuidade das obras da Avenida NS-15 e a construção de infraestrutura na ALC-33, no entorno do condomínio Parque da Praia, já concluído, e que vai beneficiar centenas de famílias. A via pública facilitará o acesso da população à região central da cidade e às universidades. “Entendemos que se trata de uma via de extrema importância para a capital e merece a nossa atenção. Já acionamos nossos técnicos e também a empreiteira, para que possamos reiniciar a obra o mais rápido possível”, pontuou o governador.

Carlos Amastha e Kátia Abreu estavam na mesma situação quanto a prazo de desincompatibilização para a eleição suplementar, mas só a candidatura dele foi vetada
Em suma, é grande o “balaio de gatos” nesta eleição, curta por natureza e disputada como nunca. O PSDB do senador Ataídes Oliveira, inclusive ele, quer ficar com Vicentinho (PR), mas os deputados estaduais (Olyntho Neto e Luana Ribeiro) optaram por Carlesse (PHS) e têm arrastado prefeitos. O MDB de Marcelo Miranda também ensaiou ir para o lado de Vicentinho, mas o grupo – como sempre – não é coeso e algumas figuras de proa do partido, ainda relutam. O PV de Claudia Lelis quer Vicentinho, mas um líder exponencial da sigla, o prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia, não quer nem pensar na hipótese de se aliar ao inimigo histórico. Segundo pessoas próximas, Maia faz sinal da cruz quando o assunto é abordado e prefere apoiar a pedetista Kátia. Até mesmo o histórico aliado, quem diria(?), o DEM de Siqueira Campos e da deputada federal Professora Dorinha, não apostou suas fichas na candidatura do senador Vicentinho, optando pelo governador interino, Mauro Carlesse. O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, que recentemente se desfiliou do PR, também rejeita declaradamente o candidato republicano e entende que Carlesse é a melhor opção nesse momento. Em suma, muitos outros apoios, antes considerados como certos pelo candidato Vicentinho, vão “pular fora do barco” até o dia da eleição. É que, corre à boca pequena, nos bastidores da política e, também, por intermédio de áudios em grupos do aplicativo WhatsApp –, que tanto após as eleições de 2010 (que o elegeu a senador e seu filho Vicentinho JR à Câmara Federal), quanto após o pleito de 2014 (que reelegeu Vicentinho JR), o republicano não cumpriu os compromissos de campanha que assumiu junto aos correligionários. Ao contrário, foge deles como o diabo da cruz. Desse modo, os apoios vão minguando a cada dia.

Vice na chapa do governador para a eleição suplementar, deputado afirma que a história do Tocantins passa pela continuação do ex-presidente da Assembleia Legislativa à frente do Palácio Araguaia

O Ministro do STF demorou 21 dias para analisar o pedido do emedebista

No mesmo dia, a Corte Eleitoral permitiu que Vicentinho Alves seja candidato

Com o discurso de combate à corrupção, procurador da República afirma que sua candidatura a governador na eleição suplementar nasce do desejo de tocantinenses que anseiam por mudanças

Na quarta-feira, 9, o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-TO) deferiu, por unanimidade, a requisição de forças federais ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir a segurança nas terras indígenas situadas na 23ª ZE de Pedro Afonso, 32ª ZE de Goiatins e 5ª ZE de Miracema. As solicitações partiram dos juízes eleitorais das referidas zonas eleitorais, considerando a realização das eleições suplementares, no dia 3 de junho. Em Pedro Afonso (23ª ZE), por exemplo, a equipe de segurança deverá atuar na aldeia indígena Lajeado, que é sede do local de votação Escola Indígena Wakrero Kâtopkuze, onde funcionará a seção eleitoral n.º 104, com um total de 52 eleitores. Na Aldeia Lajeado também votam os povos indígenas das aldeias Santo Antônio, Olho D'água e São José. O apoio das Forças Armadas para garantir a lei e a ordem durante as eleições está previsto no Código Eleitoral: “Compete, privativamente, ao Tribunal Superior requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões, ou das decisões que os Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração”. Segundo Resolução TSE nº 21.843/2004, os Tribunais Regionais Eleitorais deverão encaminhar ao TSE as relações das localidades onde se faz necessária a presença de tropas federais. Esses pedidos, além de conterem a justificativa, deverão ser apresentados separadamente para cada zona eleitoral, com indicação do endereço e do nome do juiz eleitoral a quem o efetivo da Força Federal deverá se apresentar.
O presidente da Associação Tocantinense de Municípios, prefeito de Pedro Afonso, Jairo Mariano (PDT), acompanhado de outros prefeitos tocantinenses que serão diretamente beneficiados com a construção das BRs 010 e 235, se reuniu na quinta-feira, 10, com o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casemiro, durante solenidade de assinatura da autorização para a contratação de obras de pavimentação dessas rodovias federais em solo tocantinense. Com a autorização assinada, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) dará início ao processo licitatório das obras de pavimentação. No trecho da BR-010, entre os municípios de Aparecida do Rio Negro e Santa Maria do Tocantins, serão pavimentados 168,7 km de estradas, bem como a construção de ponte sobre o Rio Perdido, na divisa do Tocantins com Goiás. Além disso, serão pavimentados 69 km de estradas pertencentes a BR 235, entre a divisa Maranhão/Tocantins e as proximidades do município de Centenário. O ministro elencou os próximos passos a serem dados para que as obras sejam iniciadas. “Esse ato autorizou a nossa superintendência no Tocantins para fazer o processo licitatório de início das obras. O projeto já está pronto, e vamos colocar o edital na praça. Posteriormente, receberemos as propostas e assinaremos os contratos”, disse. Casimiro ordenou que a construção da ponte sobre o Rio Perdido seja a primeira obra ser iniciada. “Já trará benefícios imediatos à população”, disse, ao enfatizar que as eleições presidenciais de 2018 não afetarão o ritmo das obras. “Recursos de bancada, logo serão colocadas nas devidas rubricas”, antecipou.

Na sessão ordinária realizada na quinta-feira, 10, os vereadores da bancada de oposição apontaram problemas de diversos setores da capital e solicitaram a atenção do Executivo, em especial em demandas por serviços na área da infraestrutura. O vereador Milton Neris (PP) destacou dívidas deixadas pelo ex-gestor Carlos Amastha (PSB) e cobrou um posicionamento da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB). “A cidade está um caos, mato está tomando conta da cidade inteira”, apontou. “Acho que essa Casa não tem sido ouvida pela prefeita, ela pode achar que o parlamento não tem serventia, mas estamos apenas alertando o que está acontecendo no município. Dívidas e mais dívidas herdadas e a prefeita não veio a público para se posicionar. Hoje estive na Secretaria de Infraestrutura e o maquinário está parado por falta de pagamento e a prefeita não se manifesta sobre o assunto”, contou Neris. O vereador Filipe Fernandes (PSDC) também destacou que já foram solicitadas informações a respeito de dívidas da gestão. “Já solicitamos que a Secretaria de Finanças repasse essas informações, inclusive pedimos o apoio ao Ministério Público de Contas que faça o pedido à gestão”, pontuou o parlamentar. A necessidade de posicionamento do Executivo também foi destacada pelo vereador Leo Barbosa (SD). “Que a prefeita venha a sentar na cadeira e trabalhar, mostrar a que veio", ressaltou. Neris relatou que os presidentes das quadras 403, 405, 407, 409, 605 e 607 Norte e o presidente do Sonho Meu, juntamente com os representantes do Conselho Municipal das Associações de Moradores e Entidades Comunitárias de Palmas (Comam), foram até a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos na tentativa de se reunirem com o secretário da Pasta, Rafael Marcolino de Souza, mas foram impedidos de entrar. O pepista não poupou críticas. "Eles são credenciados pelo povo, os presidentes de bairro não ganham nada pelo seu serviço, eles largam trabalho e suas famílias para ir lá na secretaria obter uma resposta e o secretário não dá, isso é vergonhoso", afirmou. Além disso, o oposicionista disse que o secretário é "laranja" de Luiz Teixeira, ex-secretário de Saúde e ligado ao grupo de Amastha, e representa o ex-prefeito dentro da atual administração. "Luiz Teixeira é um iluminado, ele ganha R$ 25 mil em um cargo que só paga R$ 9.600,00 para qualquer ser normal. Ele não assina nenhum documento por medo de sujar o CPF e perder o cargo e o hospital dele, daí colocaram um laranja (Rafael Marcolino de Souza) nomeado pela prefeita recentemente. A Cinthia deveria mandar o Luiz embora porque o mínimo que um secretário deve fazer é dar respostas ao povo, porque dar respostas é obrigação, até mesmo se disser que não vai fazer, mas tem que dizer algo", bateu duramente Milton Neris.

[caption id="attachment_125176" align="alignleft" width="620"] Foto: Divulgação / Facebook[/caption]
As pesquisas eleitorais, devidamente registradas junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-TO), começam a ser divulgadas. A primeira, encomendada pela Fecomércio ao Ibope, trouxe números surpreendentes. O dado básico, que interessa ao grande público, é que a candidata Kátia Abreu (PDT) tem 22% das intenções de voto, seguida por Carlos Amastha (PSB) e Vicentinho Alves (PR), ambos com 15% e Mauro Carlesse (PHS) com 10%. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.
O que chama a atenção são as outras variáveis da coleta de dados. A despeito da senadora Kátia liderar a pesquisa com 22% das intenções de votos, ao mesmo tempo é a mais rejeitada com 37%, seguida pelo outro senador-candidato, Vicentinho, com 24%, Amastha com 21% e Carlesse com 15%.
Já a popularidade do ex-governador Marcelo Miranda (MDB) também foi testada após a sua cassação pelo TSE. Questionados, apenas 12% dos eleitores disseram que aumentaria as chances deles votarem em um candidato apoiado pelo emedebista. Em contrapartida, 46% opinaram que o apoio do ex-governador diminuiria a vontade deles de votar no candidato.
No mesmo diapasão, de forma indireta, a popularidade do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) também foi auferida e 20% dos eleitores demonstraram que teriam mais interesse em votar num candidato apoiado pelo deputado carioca. Contudo, 33% teriam essa vontade diminuída, caso o candidato a governador tivesse o apoio do militar da reserva.
Evidentemente que, pelos números apresentados pelo Ibope, nas eleições de 2010, na disputa havida entre os ex-governadores Carlos Gaguim e Siqueira Campos, como também na disputa pelo senado em 2014, entre Kátia Abreu e Eduardo Gomes, a pesquisa do referido instituto foi recebida, principalmente pelos palmenses, com sérias ressalvas.
Entretanto, como dizia o velho ditado, pesquisa boa será sempre aquele que colocar o candidato do leitor/eleitor na frente. As outras, para esse mesmo eleitor, certamente não prestam. É e sempre foi assim. É melhor, portanto, aguardar a divulgação de outros resultados feitos por outros institutos e, no dia 3 de junho, conferir de perto qual deles passou mais perto da verdade.
Preso influencia voto
Um outro dado apurado pela pesquisa Fecomércio/Ibope é intrigante: no pobre Estado do Tocantins, cuja última apuração do IBGE certificou que 250 mil pessoas vivem do Programa Bolsa Família e onde os ex-presidentes Lula e Dilma ganharam as eleições de 2006, 2010 e 2014 com ampla margem de votos, a influência do presidente enclausurado ainda persiste.
Os eleitores tocantinenses disseram que as chances de votar num candidato a governador apoiado pelo ex-presidente petista, que está na cadeia, aumentaria em 47%. Apenas 21% estariam propensos a deixar de votar no candidato eventualmente apoiado por Lula.
A bem da verdade, a constatação não é intrigante, mas sim, preocupante. Um povo cuja tendência de votos baseia-se na influência de um corrupto condenado, definitiva e infelizmente não sabe usar o poder que a democracia lhe dá.

Dianteiros nas pesquisas para a eleição de junho, Kátia Abreu, Carlos Amastha, Vicentinho e Carlesse mostram que não querem se expor

O governador interino e candidato ao governo do Estado na eleição suplementar Mauro Carlesse (PHS) surpreendeu e confirmou na quinta-feira, 10, que vai implementar o Ressarcimento de Despesas da Extensão Rural (Redater) no âmbito do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado (Ruraltins). A decisão foi vista como mais uma ação de desburocratização da administração pública estadual pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe). Segundo o presidente do Sindicato, Cleiton Pinheiro, a implementação do Redater é uma luta dos servidores do órgão que vem desde 2014. “É uma luta antiga da categoria, desde que foi implementada a extensão rural no Estado. O trabalho do Ruraltins é muito parecido com o da Adapec, que dispõe do Ressarcimento de Despesas de Atividade de Defesa Agropecuária, onde os servidores vivem mais no campo, desenvolvendo atividades na agricultura e fazendo as vistorias nos projetos”, destacou. A adoção do Redater é mais uma tentativa do governo destinada a melhorar a máquina administrativa. Recentemente, o Estado adotou o regime de seis horas corridas de trabalho para os servidores, o que representará redução de gastos e otimização dos serviços. O governador interino também está empenhado em retornar o pagamento dos servidores para o início de cada mês, o que já ocorreu com 60% dos servidores nos meses de abril e maio. A equipe gestora tem trabalhado para tentar viabilizar que em junho todos os servidores sejam pagos no início do mês

O último dia de atendimento para o fechamento do cadastro eleitoral para as Eleições Gerais de 2018, na quinta-feira, 10, um total de 5.882 eleitores foram atendidos nos 33 cartórios eleitorais do Tocantins. Em Palmas foram atendidos mais de 1.300 eleitores. Em Araguaína (1ªZE) foram mais de 700 atendimentos e Gurupi (2ªZE) mais de 1.000. Os serviços oferecidos foram transferência domiciliar, alistamento eleitoral, regularização da situação eleitoral, inclusão de nome social, entre outros. As pessoas que não conseguiram resolver suas pendências junto à Justiça Eleitoral só terão nova oportunidade após as eleições, a partir do dia 5 de novembro. No caso do eleitor que não conseguiu transferir seu título poderá justificar seu voto no dia das eleições, em qualquer seção eleitoral ou em até 60 dias após o pleito.

Coleta dos dados foi realizada entre 5 e 7 de maio, em 38 cidades