Ausências e nanico com proposta aloprada marcam primeiro debate
13 maio 2018 às 00h00

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Dianteiros nas pesquisas para a eleição de junho, Kátia Abreu, Carlos Amastha, Vicentinho e Carlesse mostram que não querem se expor

Iniciada a temporada de debates para a eleição suplementar que será realizada no Estado no mês que vem, a primeira instituição a convocar os pretensos candidatos para um debate foi a Faculdade Católica do Tocantins.
O evento, ocorrido em Palmas na quarta-feira, 9, não contou com a presença dos candidatos mais conhecidos, que alegaram ter marcado, antes do convite, outros compromissos para o mesmo horário.
Amastha (PSB), da coligação A verdadeira Mudança, estava num tour pelo Bico do Papagaio. Kátia Abreu (PDT), que encabeça a coligação Reconstruindo o Tocantins, e o governador interino Mauro Carlesse (PHS), que lidera a chapa Governo de Atitude, estavam em campanha na cidade de Araguaína. Já o candidato Vicentinho (PR), da coligação É a vez dos Tocantinenses, estava na capital e chegou a confirmar presença ao evento, mas refluiu e não compareceu.
As ausências, consequentemente, foram alvo de críticas e sem os candidatos de coligação, a sabatina foi marcada por discursos de combate à corrupção, mudança e inclusão social.
Os candidatos Mário Lúcio de Avelar (PSol) e Márlon Reis (Rede) se mostraram coesos e compenetrados. Talvez por suas longas experiências em debates ocorridos em suas respectivas funções (Márlon na magistratura; Avelar no Ministério Público), eles dificilmente se abalam. Os discursos contra a corrupção são afinados e os princípios constitucionais da moralidade e eficiência no serviço público, sempre exaltados. Talvez, se suas candidaturas não fossem por partidos tão inexpressivos, até teriam chances nas eleições suplementares.
O quê, definitivamente, chamou a atenção foi o posicionamento do candidato Marcos Souza (PRTB). É melhor acreditar que seus discursos – ao responder os questionamentos elaborados – tinham propositalmente o tom da galhofa, certamente para tentar emplacar sua natimorta candidatura. Não é crível que ele estivesse falando sério. Para se ter uma ideia, exemplificativamente, ao falar sobre a saúde, Souza disse que no primeiro dia do governo montará seu gabinete no Hospital Geral Público de Palmas (HGPP), onde desempenhará as funções de governador, acumulando também o cargo de secretário da Saúde. Garantiu, por fim, que só “desarma a barraca” de dentro do hospital quando tudo estiver resolvido.
Na mesma linha de raciocínio, o Palácio Araguaia, sede do governo estadual, que, segundo ele, tem mais de 20 suítes com hidromassagem, uma vez desocupado, será transformado numa grande maternidade, para permitir que as mamães dos recém-nascidos tenham a mesma qualidade de vida dos governantes, já que na visão dele, o Hospital e Maternidade Dona Regina não cumpre seu papel e expõe seus pacientes à condições deploráveis.
É simplesmente inacreditável. Quanta demagogia o nosso pobre povo é obrigado a ouvir em época de campanha eleitoral… Será de onde vem tanta imaginação para ludibriar o eleitorado?