Opção cultural

Cuidadoso, não tivera razões para supor que algo mais grave como a tal de pandemia o alcançaria e tamanha foi a surpresa quando o exame do dia seguinte deu positivo

"Se cada dia cai, dentro de cada noite/Há um poço/Onde a claridade está presa./Há que sentar-se na beira/Do poço da sombra/E pescar luz caída/Com paciência." (Pablo Neruda)

Obra de estréia do escritor e jornalista Rafael Calixto retrata a jornada do amor como ele realmente é

A Reitoria pretende alocar os cursos de Arquitetura e Urbanismo, e de Design, em um grande centro politécnico, dominado obviamente pelas engenharias

Seus poemas são poemas sintéticos e buscam sugerir mais que propriamente dizer — avessos ao discurso verborrágico

Apesar de considerar que a força do que é dito jamais deve ser negligenciada, penso que poucas vezes uma palavra alcançou tão bem a sua significação: tenta, tenta

A pesquisa realizada pela arquiteta e urbanista Anamaria Diniz e publicada no livro “Goiânia de Attilio Corrêa Lima: ideal estético e realidade política” propõe um contraponto e uma reparação à história oficial sobre o planejamento urbano da capital do estado de Goiás, realizado por Attilio Corrêa Lima. Premiada pelo CAU-GO, por meio de projeto da Casa da Cultura Digital, a publicação foi lançada na última semana.
“Goiânia de Attilio Corrêa Lima (1931 a 1935) – ideal estético e realidade política” é resultado da dissertação de mestrado da autora, de artigos publicados, além de estudos recentes compartilhados pela primeira vez com leitoras e leitores interessados em Cidades. Com base em fontes primárias e documentos inéditos, Anamaria Diniz afirma: “Attilio nunca desistiu de Goiânia”.
Attilio Corrêa Lima | Foto: Acervo Família
Segundo a autora, que teve acesso ao acervo da família Corrêa Lima, “o livro traz aprofundamento na trajetória profissional do urbanista e documenta a conclusão e a entrega do trabalho de idealização da ‘nova capital’ que, ao longo dos últimos 80 anos, continua sendo desvirtuada”. Publicado pelo Selo Livre da NegaLilu Editora, o livro vem a público no formato eletrônico (ePub), com uma versão em português e uma versão em inglês.
“Entender a relação de Attilio Corrêa Lima com Goiás e de Goiânia com seu plano é entender a cidade de hoje. É notório que os problemas que impediram a efetivação do plano de Attilio para a capital e levaram à interrupção do contrato do urbanista com o Estado, são os mesmos que nos assombram nos dias de hoje”, ressalta o presidente do CAU-GO, Fernando Chapadeiro no texto de apresentação do livro de Anamaria Diniz.
A publicação conta ainda com duas colaborações. O prefácio de “Goiânia de Attilio Corrêa Lima (1931 a 1935) – ideal estético e realidadepolítica” foi escrito por Estevão C. de Rezende Martins, professor titular emérito da UnB. Também professor da Universidade de Brasília, quem assina o posfácio é Flávio R. Kothe, titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
Sobre a autora
Anamaria Diniz é arquiteta e urbanista | Foto: Divulgação
Anamaria Diniz é arquiteta e urbanista, coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas e Estudos da Cidade (NIPEC) e integrante do Núcleo de Estética, Hermenêutica e Semiótica da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (NEHS – FAU/UnB). Concluiu o doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela UnB, em 2015, quando realizou pesquisas com cotutela no Fonds Historiques de l'Institut d'Urbanisme de l'Université de Paris – IUP/UPEC – Paris XII, como bolsista da CAPES.
Publicou a tese intitulada O itinerário pioneiro do urbanista Attilio Corrêa Lima, em 2017, com apoio do Conselho de Arquitetura de Goiás (CAU-GO).
Urbanismo, Projeto de Arquitetura e Urbanismo, História Urbana, Territorialidades e Patrimônio Histórico – Restauro são suas principais áreas de ensino e pesquisa.
Também é co-fundadora do escritório Anamaria Diniz Arquitetos Associados.
Ficha técnica:
Coordenação editorial: Larissa Mundim
Edição: Patrícia Guimarães Gil e Larissa Mundim
Revisão: Rosângela Chaves
Tradução: Edilson Pimenta Ferreira
Projeto gráfico e programação: Bia Menezes

Livre e subversivo, a cadeira de rodas não era o seu lugar no mundo. Vou me lembrar dele segurando uma noitada com garrafão de vinho, violão, Raul e Beatles

Poeta, artista e pesquisador das poéticas intermídia, Ricardo Aleixo apresenta, em Extraquadro, poemas produzidos nos últimos oito anos

Na obra da escritora americana Cynthia Bond, a protagonista, vítima de abuso sexual, vai do limiar da insanidade à superação, graças ao apoio de um amigo de infância

O inimigo invisível matou meu amigo, que não teve nem velório. Despediu-se sem nossa presença e partiu para a eternidade. Não vi seu corpo tombado . Mas tombou

Os dias se passaram e a terra era aberta em covas coletivas. Tornou-se um genocídio

Com a aglomeração, quase conseguia ver o vírus dançando balé pelo ambiente

Escritora enumera os acontecimentos na vida de uma família e traça paralelos entre a frágil democracia brasileira e as tentativas para o seu enfraquecimento
Adelto Gonçalves
Quem chamou a atenção deste resenhista para o modo diferente como as mulheres escritoras olham o mundo foi o escritor catalão Eduardo Mendoza (1943), em entrevista que concedeu, em janeiro de 1990, em Barcelona. E que seria publicada à época na "Linden Lane Magazine", de Princeton, Nova Jersey/EUA, no "Jornal de Letras", de Lisboa, em "O Estado de S. Paulo", no "Suplemento Literário Minas Gerais" e em "A Tribuna", de Santos, e ainda pode ser lida no site www.filologia.org.br. Eis o que disse Mendoza: “Interesso-me, entre os contemporâneos, pelas mulheres. Elas interessam-me porque escrevem de uma maneira distinta. É difícil que um homem, nestes momentos, faça uma imagem que não seja conhecida. Já as mulheres têm imagens próprias, completamente novas. São uma janela para outro mundo, outra sensibilidade e outra forma de ver as coisas”. [caption id="attachment_313794" align="aligncenter" width="329"]


“Não há nenhuma voz interior a me a cochichar qualquer som. Sou uma embalagem somente oca, sem nenhum outro adjetivo”