Bastidores
José Vitti, do PSDB, e Chiquinho Oliveira, do PHS, devem disputar o comando da Assembleia em 2017
PMDB vive crise partido nanico, numa guerra de manobras que está desintegrando a legenda que já foi a mais poderosa de Goiás

O tucano e petebista almoçaram juntos na quarta-feira, 11, em Brasília
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), almoçou na quarta-feira, 11, com a presidente nacional do PTB, deputada federal Cristiane Brasil (filha do ex-deputado Roberto Jefferson), o vice-governador de Goiás, o tucano José Eliton, e o presidente do PTB em Goiás, Jovair Arantes.
O almoço foi no apartamento do parlamentar goiano, em Brasília. Os dois aliados fumaram o cachimbo e comeram a ambrosia da paz.
Jovair Arantes disse que o ex-deputado federal Luiz Bittencourt vai disputar a Prefeitura de Goiânia na base do governador Marconi Perillo. Bem longe de Iris Rezende. O que deixa o peemedebista-chefe mais isolado, por isso acabará tendo de compor com o PT de Luis Cesar Bueno e Adriana Accorsi. Já que Ronaldo Caiado não conseguiu arranjar um vice consistente para o ex-prefeito de Goiânia.
(O encontro, registrado pela fotografia, mostra também outra pacificação. Cristiane Brasil e Jovair Arantes estiveram rompidos, o deputado cogitou sair do PTB, mas fizeram as pazes. José Eliton e Jovair Arantes também comeram a salada da paz, um de frente para o outro.)
Marcelo Augusto também é cotado para ser o vice do provável candidato do PSD

PT, PMDB e PSDB não têm aeronaves para transportar seus líderes. O Pros recebeu 15,7 milhões de reais do fundo partidário
A Secretaria da Educação comunica que os festivais serão cancelados em 2015. Há a possibilidade de serem retomados em 2016
O PTB de Jovair Arantes deu início a uma nova agenda política e abriu conversação com outras forças partidárias em Goiânia. A pauta dos encontros gira em torno das eleições de 2016. O partido lançou há um mês a pré-candidatura a prefeito do ex-deputado federal Luiz Bittencourt.
Na primeira rodada de conversação, Jovair e Bittencourt se reuniram na noite de segunda-feira, 9, com dirigentes do PV (Eduardo Zaratz), PSL (Cleib Bruno e Raniery Nunes) e Ricardo Quirino e vereador Rogério Cruz (PRB).
Lúcio Flávio de Paiva, candidato a presidente da OAB-Goiás, tem feitas críticas persistentes e contundentes à gestão do presidente Enil Henrique. Porém, quando fala em renovação, o grupo de Enil Henrique aponta as figurinhas carimbadas que participaram de sua campanha, como Leon Deniz e Sebastião Macalé. Renovação em relação a quê, portanto? Mesmo sendo criticado como um gestor “inerte” pelo lucioflavismo, Enil Henrique estaria enviando recados de que pode — para tentar evitar a ascensão, tida como irrefreável, de Flávio Buonaduce — aderir à candidatura de Lúcio Flávio. Este não estaria demonstrando muito interesse, alegando, segundo um aliado, que, se for eleito, teria de repartir poder com os enilistas.

[caption id="attachment_49726" align="aligncenter" width="620"] Lúcio Flávio e Enil se unirão? | Fotos: reprodução / TV Metrópole[/caption]
A Cidade de Goiás pode ser o primeiro indício de que as campanhas de Lúcio Flávio e Enil Henrique estariam se unindo. No último fim de semana, integrantes da chapa do candidato da "OAB Independente" participaram de eventos da campanha do oposicionista.
De fato, a informação não chega a ser uma surpresa. Comenta-se que Enil estaria se articulando para, na hora agá, desistir de sua candidatura e aderir à chapa OAB Que Queremos -- ficaria com o cargo de vice ou conselheiro federal (vagas "em aberto" na chapa de Lúcio Flávio, após aliados serem impugnados).
No entanto, a campanha do atual presidente da OAB-GO nega e afirma que o "movimento" cresce a cada dia. Chegam a estimar 1,2 mil advogados por reunião no escritório político de Enil -- que tem sido alvo de reclamações por parte de vizinhos, que alegam barulho excessivo, baderna e até som ao vivo (que é vedado pela legislação).
Nas redes sociais, é comum ver comentários de advogados (militantes, ou não) de ambas as chapas clamando coisas do tipo "se não for votar em Enil, vote em Lúcio Flávio", ou "vote contra a OAB Forte".
De volta à Cidade de Goiás, vê-se com clareza essa mistura que resulta na chapa "OAB Independente Que Queremos".
Na foto abaixo, é possível ver o candidato da OAB Independente à presidência da subseção, Gabriel Remígio Moreira Neto, aliado a Enil, mas posando para foto com Lúcio Flávio.
Seu vice, José Carlos Leite Santana, chega a aparecer na foto usando um bottom da OAB Que Queremos.
Em entrevista ao Jornal Opção, Remígio explicou que compareceu ao evento de Lúcio Flávio e vai, também, comparecer a um encontro com Enil Henrique nesta quarta-feira (11/11). Ele afiançou que, em Goiás, a chapa é "mista".
Chama atenção, ainda, a presença da esposa do candidato ao Conselho Federal na chapa de Enil Henrique Alcimínio Simões. Gercirene Alencastro aparece em ambas as fotos com Lúcio Flávio.
Seria a oficialização da OAB Independente Que Queremos?
O prefeito de Catalão supera problemas e reaparece como favorito para a reeleição em 2016

O prefeito petista faz uma gestão responsável e tem o que mostrar, em termos de obras de qualidade, ao eleitorado da segunda cidade mais importante de Goiás
O governador e o ex-deputado falaram de política, da disputa pela Prefeitura de Goiânia e sobre a vida

[caption id="attachment_50936" align="aligncenter" width="620"] Jovair Arantes, Lúcia Vânia, Wilder Morais, e Vilmar Rocha: os quatro querem ser companheiros de Marconi Perillo na disputa por uma vaga no Senado e por isso jogam pesado pela Prefeitura de Goiânia[/caption]
Os luas azuis da base do governador Marconi Perillo já avaliam que a base governista deve lançar de cinco a seis candidatos a prefeito em Goiânia. Inicialmente, pensava-se num consenso de todas as forças políticas marconistas. Porém, como uma aliança no primeiro turno parece cada vez mais complicada — sobretudo porque não está em jogo apenas as eleições de 2016, mas também a construção da hegemonia política para 2018 —, aposta-se que o tráfego sucessório será (já está) congestionado.
O curioso é que sobretudo os possíveis candidatos a senador em 2018 são os que estão jogando com mais interesse e energia em Goiânia. A presidente do PSB, senadora Lúcia Vânia; o presidente do PSD, ex-deputado federal Vilmar Rocha; o presidente do PTB, deputado federal Jovair Arantes; e o presidente do PP, senador Wilder Morais, pretendem disputar mandato de senador daqui a três anos. Para tanto, estão reforçando suas posições em Goiânia — numa autêntica guerra de trincheiras. Aí está o maior eleitorado do Estado.
Wilder Morais convocou Sandes Júnior para uma conversa e perguntou, de cara, se planejava disputar a Prefeitura de Goiânia. O deputado federal admitiu que pretendia, mas a falta de estrutura é o empecilho. O senador disse-lhe que se preocupasse com os votos, pois ele se preocuparia com a estrutura da campanha.
A senadora Lúcia Vânia revelou-se, antes de todos, a articuladora mais refinada. Ela, que era filiada ao PSDB mas não tinha autoridade na legenda, de repente assumiu o controle de dois partidos: o PSB, do qual se tornou presidente, e o PPS, por intermédio de um sobrinho, o deputado federal Marcos Abrão. Além disso, banca um pré-candidato consistente para prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso. Mesmo que este não seja eleito, Lúcia Vânia, com o controle de dois partidos, está cacifada para a reeleição.
Jovair Arantes parecia “soterrado” e “fragilizado” por se contrapor a Marconi Perillo. Porém, numa tacada de mestre, lançou Luiz Bittencourt como pré-candidato do PTB a prefeito de Goiânia. Depois de supostamente fazer parte do jogo de Iris Rezende — poderia bancar seu filho, o deputado Henrique Arantes, para vice do peemedebista-chefe —, Jovair criou o próprio jogo ao bancar o articulado Bittencourt.
Vilmar Rocha, político discreto mas articulado, saiu da toca e disse que o PSD deve lançar candidato a prefeito de Goiânia. Pode ser Thiago Peixoto, Francisco Júnior ou Virmondes Cruvinel. Colocando um pé na capital, Vilmar Rocha está dizendo: “Estou no jogo para o Senado”. A ele interessa, em 2018, o Senado ou o governo de Goiás.
Dos postulantes ao Senado, o único que realmente está definido é Marconi Perillo. É o nome que ninguém contesta. Mesmo assim, bancará Jayme Rincón (ou Giuseppe Vecci) para prefeito. Retirar Goiânia do controle das oposições será positivo para fortalecer a chapa majoritária em 2018, aposta o tucano-chefe.

Anápolis é Marconi Perillo. Quer dizer: o governador de Goiás é muito bem avaliado na cidade, que o considera como um dos seus. Trata-se do município com o qual mais tem identidade. Por isso, nas eleições para prefeito em 2016, praticamente todos os candidatos são marconistas.
O prefeito João Gomes, do PT, não esconde que tem simpatia pelo tucano-chefe. Mais: admite publicamente que são amigos. Recentemente, viajaram juntos para a Europa, o que deixou o deputado federal Alexandre Baldy com pulgas atrás das orelhas. Ele nega, mas ninguém acredita — dada a “tromba”. Ressalve-se que Gomes não vai romper com os aliados petistas, como o deputado federal Rubens Otoni e o ex-prefeito Antônio Gomide — irmãos —, que também têm profunda identificação com o eleitorado anapolino.
Alexandre Baldy é do PSDB e, apesar da aproximação recente com o senador Ronaldo Caiado, do DEM, deve contar com o apoio direto do governador. Baldy afirma que suas relações com Marconi Perillo são as melhores possíveis. Não parece, mas, se insiste, devem ser. A viagem do tucano com o prefeito para a Europa sugere mais do quer crer o parlamentar.
Carlos Antônio pertence ao Solidariedade e é aliado do ex-deputado Armando Vergílio — integrantes do partido sustentam que foram abandonados pelo “rei dos seguros” —, mas admite que é marconista e que gostaria de ter o governador em seu palanque. Não terá, é claro. Porém não vai fazer discursos contrários ao tucano, até porque, se fizer, Anápolis o “expurga”.
José de Lima pertence ao PDT, mas, desprestigiado pela deputada Flávia Morais, deve disputar a prefeitura por outro partido. O ex-deputado diz, para quem quer e para não quer ouvir, que é marconista de carteirinha. Onaide Santillo, do PSDB, e Pedro Canedo, do PP, são marconistas.
Há situação e oposição em Anápolis. Mas não há, a rigor, oposição ao governador Marconi Perillo.

Avaliar 2018 a partir do quadro político atual é temerário. Entretanto, como os políticos estão movendo suas peças, sobretudo com vistas à disputa majoritária daquele ano, não há como escapar de especular a respeito. Pode-se sugerir que a chapa majoritária do governismo está praticamente definida.
O vice-governador José Eliton será o candidato a governador. Sua filiação ao PSDB indica isto. O deputado e secretário Thiago Peixoto, do PSD, tende a ser o vice. O governador Marconi Perillo, do PSDB, e Lúcia Vânia, bancada pelo PSB e pelo PPS, devem ser candidatos a senador. O senador Wilder Morais pode ser suplente do tucano-chefe. Vanderlan Cardoso, se não for eleito para prefeito de Goiânia, é cotado para a suplência da presidente do PSB.