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Anápolis é Marconi Perillo. Quer dizer: o governador de Goiás é muito bem avaliado na cidade, que o considera como um dos seus. Trata-se do município com o qual mais tem identidade. Por isso, nas eleições para prefeito em 2016, praticamente todos os candidatos são marconistas.

O prefeito João Gomes, do PT, não esconde que tem simpatia pelo tucano-chefe. Mais: admite publicamente que são amigos. Recentemente, viajaram juntos para a Europa, o que deixou o deputado federal Alexandre Baldy com pulgas atrás das orelhas. Ele nega, mas ninguém acredita — dada a “tromba”. Ressalve-se que Gomes não vai romper com os aliados petistas, como o deputado federal Rubens Otoni e o ex-prefeito Antônio Gomide — irmãos —, que também têm profunda identificação com o eleitorado anapolino.

Alexandre Baldy é do PSDB e, apesar da aproximação recente com o senador Ronaldo Caiado, do DEM, deve contar com o apoio direto do governador. Baldy afirma que suas relações com Marconi Perillo são as melhores possíveis. Não parece, mas, se insiste, devem ser. A viagem do tucano com o prefeito para a Europa sugere mais do quer crer o parlamentar.

Carlos Antônio pertence ao Solidariedade e é aliado do ex-deputado Armando Vergílio — integrantes do partido sustentam que foram abandonados pelo “rei dos seguros” —, mas admite que é marconista e que gostaria de ter o governador em seu palanque. Não terá, é claro. Porém não vai fazer discursos contrários ao tucano, até porque, se fizer, Anápolis o “expurga”.

José de Lima pertence ao PDT, mas, desprestigiado pela deputada Flávia Morais, deve disputar a prefeitura por outro partido. O ex-deputado diz, para quem quer e para não quer ouvir, que é marconista de carteirinha. Onaide Santillo, do PSDB, e Pedro Canedo, do PP, são marconistas.

Há situação e oposição em Anápolis. Mas não há, a rigor, oposição ao governador Mar­coni Perillo.