Interessados em disputar o Senado em 2018 querem bancar candidato em Goiânia
07 novembro 2015 às 14h47
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Os luas azuis da base do governador Marconi Perillo já avaliam que a base governista deve lançar de cinco a seis candidatos a prefeito em Goiânia. Inicialmente, pensava-se num consenso de todas as forças políticas marconistas. Porém, como uma aliança no primeiro turno parece cada vez mais complicada — sobretudo porque não está em jogo apenas as eleições de 2016, mas também a construção da hegemonia política para 2018 —, aposta-se que o tráfego sucessório será (já está) congestionado.
O curioso é que sobretudo os possíveis candidatos a senador em 2018 são os que estão jogando com mais interesse e energia em Goiânia. A presidente do PSB, senadora Lúcia Vânia; o presidente do PSD, ex-deputado federal Vilmar Rocha; o presidente do PTB, deputado federal Jovair Arantes; e o presidente do PP, senador Wilder Morais, pretendem disputar mandato de senador daqui a três anos. Para tanto, estão reforçando suas posições em Goiânia — numa autêntica guerra de trincheiras. Aí está o maior eleitorado do Estado.
Wilder Morais convocou Sandes Júnior para uma conversa e perguntou, de cara, se planejava disputar a Prefeitura de Goiânia. O deputado federal admitiu que pretendia, mas a falta de estrutura é o empecilho. O senador disse-lhe que se preocupasse com os votos, pois ele se preocuparia com a estrutura da campanha.
A senadora Lúcia Vânia revelou-se, antes de todos, a articuladora mais refinada. Ela, que era filiada ao PSDB mas não tinha autoridade na legenda, de repente assumiu o controle de dois partidos: o PSB, do qual se tornou presidente, e o PPS, por intermédio de um sobrinho, o deputado federal Marcos Abrão. Além disso, banca um pré-candidato consistente para prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso. Mesmo que este não seja eleito, Lúcia Vânia, com o controle de dois partidos, está cacifada para a reeleição.
Jovair Arantes parecia “soterrado” e “fragilizado” por se contrapor a Marconi Perillo. Porém, numa tacada de mestre, lançou Luiz Bittencourt como pré-candidato do PTB a prefeito de Goiânia. Depois de supostamente fazer parte do jogo de Iris Rezende — poderia bancar seu filho, o deputado Henrique Arantes, para vice do peemedebista-chefe —, Jovair criou o próprio jogo ao bancar o articulado Bittencourt.
Vilmar Rocha, político discreto mas articulado, saiu da toca e disse que o PSD deve lançar candidato a prefeito de Goiânia. Pode ser Thiago Peixoto, Francisco Júnior ou Virmondes Cruvinel. Colocando um pé na capital, Vilmar Rocha está dizendo: “Estou no jogo para o Senado”. A ele interessa, em 2018, o Senado ou o governo de Goiás.
Dos postulantes ao Senado, o único que realmente está definido é Marconi Perillo. É o nome que ninguém contesta. Mesmo assim, bancará Jayme Rincón (ou Giuseppe Vecci) para prefeito. Retirar Goiânia do controle das oposições será positivo para fortalecer a chapa majoritária em 2018, aposta o tucano-chefe.