Em crise profunda, PMDB está há 11 dias sem presidente. Maguitismo e irismo estão em guerra
11 novembro 2015 às 15h33
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PMDB vive crise partido nanico, numa guerra de manobras que está desintegrando a legenda que já foi a mais poderosa de Goiás
Mergulhado numa crise sem precedentes, que dividiu o partido entre iristas e maguitistas, o PMDB de Goiás está há exatos 11 dias sem presidente. Pelas indefinições internas, ainda vai ficar mais um bom tempo acéfalo.
Ninguém se entende dentro da legenda e não há quem se disponha sequer a conversar. O deputado estadual José Nelto, por exemplo, chegou a marcar uma reunião com líderes peemedebistas, mas cancelou a agenda diante da prenúncio de falta de quórum mínimo.
Enquanto isso, a guerra corre solta nos bastidores. Em Brasília, iristas e maguitistas travam uma batalha inglória junto à cúpula nacional do PMDB para indicar a comissão provisória, que vai comandar o partido em Goiás por 90 dias para renovar a executiva estadual. “Se Iris Rezende e Maguito Vilela aparecerem juntos, separa — porque é briga”, ironiza um deputado. “Eles se cumprimentam, se tratam bem publicamente, mas, nos bastidores, Iris fala cobras, lagartos e camaleões de Maguito. A recíproca não é verdadeira: Maguito, de fato, articula para seu filho, o deputado Daniel Vilela, assumir o comando do PMDB, mas não fala mal de Iris nem publicamente nem nos bastidores”, acrescenta.
Iris Rezende teria a seu favor o senador José Sarney, enquanto a turma de Maguito Vilela contaria com a simpatia de Michel Temer (os dois aparecem juntos na foto acima). Este, hoje, manda mais do que aquele.
Numa tentativa de consenso, o nome do deputado Adib Elias foi apresentado pela bancada estadual para presidir a comissão provisória, mas teria sido vetado por Iris Rezende, que vislumbrou na indicação um jogo de cena de Daniel Vilela e José Nelto.
Um fato, porém, é definitivo: o PMDB vive no Estado uma situação de partido nanico, numa guerra de manobras rasteiras que está desintegrando, numa grande fogueira de vaidades, a legenda que já foi a mais poderosa e articulada de Goiás.