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Sandes Júnior diz que vai disputar a Prefeitura de Goiânia e aposta que Waldir será candidato

[caption id="attachment_28308" align="alignnone" width="300"]Foto: reprodução/Facebook Foto: reprodução/Facebook[/caption] O deputado federal Sandes Júnior disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 22, que será candidato a prefeito de Goiânia em 2 de outubro deste ano. “As pesquisas qualitativas sugerem que o quadro está indefinido e que meu capital eleitoral é grande na cidade.” Por que Sandes Júnior, se não está inteiramente satisfeito, permanece no PP? “O PP é meu partido há vários anos. Com 43 deputados federais, tem o quarto maior tempo de televisão, o que será importante para a minha campanha. Mas respeito muito o PRB, que está crescendo; hoje, tem 26 deputados federais. Seus líderes têm uma ação consistente em Brasília.” Sobre a possibilidade de Roberto Balestra sair do PP, devido a atritos com o presidente do partido, Wilder Morais, Sandes contemporiza: “Não acredito que Balestra, um deputado competente e sério, saia do PP. É líder histórico, um dos fundadores do partido. Wilder Morais está procurando fortalecer o partido em todo o Estado, e isto é positivo”. Perguntado se acredita que o deputado federal Waldir Delegado Soares (PSDB) vai disputar a Prefeitura de Goiânia, Sandes Júnior é enfático: “Acredito. Ele sempre diz aos deputados e aos jornais que será candidato, só não sei por qual partido”. O deputado sugere que o delegado precisa encontrar uma estratégia para que seu eleitorado cresça. “Ele teve 20% dos votos para deputado federal. Precisa, portanto, aumentar seu capital eleitoral.” Sobre Giuseppe Vecci: “Acredito piamente que será candidato a prefeito de Goiânia pelo PSDB. Ele é altamente qualificado tecnicamente e começa a tomar gosto pela política”.

Irondes Morais diz que Iris é forte para a prefeitura e que Daniel é forte para o comando do PMDB

Irondes Morais 1 Irondes Morais foi prefeito de Inhumas e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás. Aos 71 anos, parece um jovem, talvez devido ao fato de fazer exercícios físicos quatro vezes por semana com personal trainer. Ele continua no PMDB. “Não vou sair, não.” Instado a avaliar a gestão do prefeito de Inhumas, Dioji Ikeda, do PDT, Irondes Morais diz que “ele trabalha com seriedade”. Na sua opinião, Ikeda é o típico gestor eficiente, que deixa um legado positivo, mas falta certa “liga” com o povo. “Falta carisma ao prefeito e sua rejeição, devido à qualidade de sua gestão, deveria ser menor. Nós, do PMDB, vamos apoiar sua reeleição, que, embora difícil, é perfeitamente possível. Basta que conecte sua imagem de administrador competente à imagem do político.” Irondes admite que o pré-candidato do PP, Abelardo Vaz, é forte. “Mas, como todos nós sabemos, eleição se decide é na campanha. Não se ganha por antecipação. Durante a campanha, os eleitores vão sopesar o que Dioji fez e está fazendo e vai comparar com o projeto de Abelardo Vaz. Se julgar que Dioji é o concreto e o outro apenas a ‘fantasia’, é possível que decida manter o prefeito no poder.” O médico João Antônio (PSD) é, segundo Irondes, outro nome forte. “Numa cidade politizada e culta como Inhumas, a mudança de partido pode prejudicar o seu projeto. Mas é provável que, se disputar, parte do PMDB o apoie.” Instado a examinar o quadro de Goiânia, Irondes sugere que, se sair do PSDB, Waldir Soares pode se tornar um candidato ainda mais forte e perigoso para todos os outros postulantes. “Há uma liga entre o delegado e os eleitores. Há uma fé em que pode resolver as coisas. É óbvio que candidatos-justiceiros, quando chegam ao poder — que tem limites legais, porque se vive num país democrático —, costuma decepcionar. Não sei se é ou se será o caso. Luiz Bittencourt, dado o seu preparo, tem condições técnicas de ser um prefeito eficiente. A Giuseppe Vecci falta sobretudo carisma e sintonia com as pessoas. Se mudar o perfil, tornando-se mais político, ainda que mantendo seu lado técnico — que é um de seus pontos positivos —, Vecci, com o apoio da estrutura do governo e o prestígio do governador Marconi Perillo, pode crescer. Ressalte-se que os eleitores de Goiânia têm uma comportamento em geral oposicionista.” Aliado de Iris Rezende de longa data, Irondes sublinha que se trata de uma “força da natureza”. “A vitalidade política de Iris é imensa e sempre surpreende seus aliados. Ele não desiste nunca, é abnegado e tem ampla sintonia com as ruas. Ele é um ‘personagem’ de Goiânia. As pessoas param para cumprimentá-lo e, mesmo fora de períodos eleitorais, Iris atende a todos com cordialidade. Assim como o governador Marconi Perillo, Iris é um dos poucos políticos que, embora faça gestões eminentemente técnicas — com extremo rigor na aplicação dos recursos públicos, tornando-os até mais ‘elásticos’ —, sempre sai consagrado politicamente. Ele não é um tecnoburocrata, do estilo José Serra, mas, embora seja antes de tudo um político, aprecia gestões mais técnicas do que políticas”. Depois da peroração, o repórter do Jornal Opção insiste: “Mas Iris Rezende será candidato a prefeito de Goiânia?” Irondes pensa um pouco, ri com leveza, e afirma: “Iris não me disse, com todas as letras, que será candidato. Mas, sim, acredito que vai disputar a Prefeitura de Goiânia. Nós, do PMDB, achamos que vai e deve ser candidato. Até para fortalecer o partido para o pleito de 2018. A chance de Iris ser eleito é alta, pois ele tem identidade com a cidade”. Sobre a disputa pela presidência do PMDB estadual, Irondes é mais lacônico. “Como se sabe, eu apoio o candidato indicado por Iris Rezende. Mas admito que o deputado federal Daniel Vilela é mesmo um nome forte.”

Os três principais pré-candidatos a prefeito de Rio Verde são crias políticas de Juraci Martins

[caption id="attachment_29344" align="alignnone" width="300"]Prefeito Juraci Martins (PSD) causa revolta em opositores | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção Prefeito Juraci Martins (PP): liderança consolidada em Rio Verde | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption] O prefeito de Rio Verde, Juraci Martins (PP), consolida-se como um verdadeiro líder político. Os três principais pré-candidatos a prefeito do município — Paulo do Vale (PMDB), Heuler Cruvinel (PSD) e Lissauer Vieira (Rede, a caminho do PP) — foram, politicamente, criados por suas duas gestões. Paulo do Vale era um médico conceituado na cidade, mas sem projetos políticos imediatos. Bastou uma passagem pela Secretaria da Saúde, na gestão de Juraci Martins, para tomar gosto pela política. Agora, comporta-se muito mais como político como um agente do setor de saúde. Heuler Cruvinel era um menino rico de Rio Verde — mimado pelos pais afortunados e pelos amigos. Juraci Martins o bancou para deputado federal e, contra a expectativa de muitos, foi eleito. Está no segundo mandato. Lissauer Vieira era produtor rural, apontado como dos mais competentes, e Juraci Martins trouxe-o para o seu lado. Em 2014, contribuiu, de maneira decisiva, com a eleição do jovem para deputado estadual. Resultado da força do líder Juraci Martins: os três candidatos mais importantes são suas crias eleitorais.

Enquanto Cruvinel e Vale vão à guerra, Lissauer Vieira pode ganhar eleitor com discurso propositivo

[caption id="attachment_55734" align="alignnone" width="300"]Deputado Lissauer Vieira | Foto: Renan Accioly / Jornal Opção Deputado estadual Lissauer Vieira | Foto: Renan Accioly / Jornal Opção[/caption] O deputado Lissauer Vieira participa da vida política, como parlamentar eleito, há apenas um ano. Mas segmentos organizados de Rio Verde sugerem que nasceu para ser político. Não porque seja populista e prometa o impossível. Os que eles percebem é que o deputado estadual apresenta suas ideias com clareza, sensibilidade e sinceridade. Noutras palavras, tem credibilidade. Pré-candidato a prefeito de Rio Verde, Lissauer Vieira chegou depois dos candidatos do PMDB, Paulo do Vale, e do PSD, Heuler Cruvinel. Mas rapidamente galvanizou o debate político e os eleitores já prestam atenção no seu nome e nas suas ideias. O jovem político, de pouco mais de 30 anos, mas já experimentado na iniciativa privada, é, no momento, o pré-candidato mais observado. Fica-se com a impressão de que os eleitores não estão muito totalmente na polarização entre Paulo do Vale e Heuler Cruvinel. A tendência é que Lissauer Vieira faça uma campanha mais propositiva, sem ataques pessoais, e que Paulo do Vale e Heuler Cruvinel se engalfinhem, em termos figurados, com ataques brutais. O peemedebista e o pessedista não se toleram. Heuler Cruvinel é apontado como o principal articulador da “queda” de Paulo do Vale da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Rio Verde. Se ficar fora da guerra, Lissauer Vieira pode acabar conquistado o eleitorado.

Conflagração na região noroeste de Goiânia: parte quer Iris Rezende, parte quer o delegado Waldir

Iris Rezende 1933 e 82 anos Nem é preciso fazer pesquisa. Quem anda uma hora na região noroeste de Goiânia percebe certa conflagração do eleitorado. Parte quer, de qualquer maneira, seguir com o pré-candidato do PMDB a prefeito, Iris Rezende. Os eleitores dizem que o “velhinho” sabe administrar e “prestigia” os bairros menos nobres. A outra parte, e significativa, aposta na candidatura do deputado federal Waldir Delegado Soares. Acredita-se, numa das mais populosas regiões da capital, que, se eleito, o delegado vai pôr ordem na casa, quer dizer, “vai resolver” o problema da segurança pública.

Deputado Fábio Sousa deve sair do PSDB e disputar a Prefeitura de Goiânia por outro partido

fabio-sousa-facebook-2 Quem esperava um Fábio Sousa “nervoso” e “agressivo” surpreende-se. Ele está “tranquilo” e “cordial”, como de hábito. O deputado federal não vai disputar as prévias do PSDB para ungir o candidato a prefeito de Goiânia, alegando que há cartas marcadas — o deputado federal Giuseppe Vecci já estaria definido no momento em que se apresentou como pré-candidato —, mas não desistiu de disputar as eleições. O parlamentar, atuante no Câmara dos Deputados, estuda, com seus aliados, a possibilidade de sair do partido. Porque quer ter chance, um dia, de disputar um mandato majoritário. No PSDB, acredita, não terá chance alguma. Alguns partidos já o sondaram formal e informalmente e já lhe ofereceram legenda para disputar a Prefeitura de Goiânia. De qualquer modo, ele deve esperar até o fim de março, ou um pouco antes, para tomar uma decisão. Seus aliados lembram que obteve 30 mil na capital na eleição de 2014. Se quiser mesmo disputar a prefeitura, este ano, Fábio Sousa sairá. Mas o deputado aprecia a ação do PSDB em nível nacional. Na sua opinião, esboçada para aliados, o partido tem as melhores cabeças nacionalmente — com um pensamento definido sobre o Brasil — e tem presença forte no Congresso. A filiação a um partido menor e menos articulado reduziria a força do deputado no Parlamento. Aliados de Fábio Sousa consideram o PR um partido com força política. O deputado mantém relacionamento cordial com a deputada Magda Mofatto, que deverá ser candidata ao Senado em 2018. O partido não tem um nome forte para a disputa na capital. O nome poderia ser o de Fábio Sousa. Mas um aliado do parlamentar é enfático: “O deputado nunca conversou sobre candidatura com Magda”.

Presidente do PRB diz que mantém as portas abertas para o deputado Sandes Júnior

Ricardo Quirino 1 O presidente do PRB de Goiás, Ricardo Quirino, manteve uma longa conversa com o deputado federal Sandes Júnior na quinta-feira, 21. “Sandes descartou, ao menos no momento, qualquer possibilidade de se filiar ao nosso partido. Ele me disse que será candidato a prefeito de Goiânia pelo PP.” Ricardo Quirino disse que o PRB mantém as portas abertas para o deputado federal — que está mesmo insatisfeito com o PP, ou com setores do partido (na eleição passada, ficou como suplente por falta de suporte partidário). O PRB, segundo Ricardo Quirino, vai conversar com os pré-candidatos a prefeito em Aparecida de Goiânia. “Lá, nós temos o vereador Cláudio Nascimento. Ele vai à reeleição. Hoje, estamos na base do prefeito Maguito Vilela e é possível que o partido apoie o seu candidato a prefeito.” Mas o líder partidário frisa que “o quadro permanece indefinido”. Em Anápolis, cidade que tem o terceiro maior eleitorado do Estado, o PRB não tem vereador. Mas quer ampliar sua força política local. “Nós estamos conversando, como é típico da democracia, com o prefeito João Gomes e com os outros pré-candidatos. Estamos totalmente abertos ao diálogo.” Em Rio Verde, frisa Ricardo Quirino, “o PRB vai apoiar o candidato do PSD, Heuler Cruvinel”. Ele afirma que o PRB sairá mais forte das eleições municipais. Inquirido se avalia que Iris Rezende será candidato, Ricardo Quirino diz que ainda não se sabe qual será a conduta precisa do líder do PMDB. “Como é conhecido, pode declarar-se candidato em cima da hora. E há uma expectativa de que será candidato, tanto entre os peemedebistas quanto em parte da oposição.” Sobre o delegado Waldir Soares: “Ele sempre deu declarações fortes de que seria candidato”.

Marconi joga em 2016 para fortalecer sua base para a disputa de 2018. Quer enfraquecer a oposição

[caption id="attachment_57056" align="alignright" width="620"]O governador Marconi Perillo tende a apostar tanto em Waldir Soares quanto em Giuseppe Vecci; seu objetivo é enfraquecer a aliança Iris Rezende-Ronaldo Caiado. É um jogo estratégico O governador Marconi Perillo tende a apostar tanto em Waldir Soares quanto em Giuseppe Vecci; seu objetivo é enfraquecer a aliança Iris Rezende-Ronaldo Caiado. É um jogo estratégico[/caption] Os incautos de praxe sugerem que o governador Marconi Perillo se afastará do processo político de 2016 — abrindo espaço para outros articuladores, como o vice-governador José Eliton. Que a participação deste cresceu nos últimos tempos, tanto nas articulações administrativas — o que sugere que está sendo preparado para assumir o governo em abril de 2018 — quanto nas políticas, parece óbvio até ao observador pouco interessado. Mas poucos políticos são tão perceptivos — uma percepção temperada por pesquisas e análises rigorosas do confronto das forças em campo — quanto o tucano-chefe. Na verdade, Marconi Perillo sabe, desde há muito tempo, que os eleitores não querem o governador fazendo política o tempo todo. Quer vê-lo administrando o Estado. Por isso, com rara habilidade, o governador articula mais nos bastidores. E é incansável na articulação, na formatação de alianças políticas e agregação de novos valores (técnicos e políticos). Como tem uma visão estratégica, e não meramente tática, da política, está trabalhando, com o apoio de uma equipe pequena mas eficiente, para que a base governista tente eleger ao menos 200 prefeitos. O objetivo, lógico, não é melhorar estatísticas. As razões principais são duas, e até óbvias. Primeiro, ampliar a estrutura política, pois a aliança tucano-pepista-petebista-pessedista, depois de 20 anos de poder, em 2018, terá dificuldade para eleger o próximo governador. Uma estrutura ampla, com fortes ramificações em todo o Estado, tem mais chance de derrotar uma candidatura sem apoios sólidos — inclusive financeiros — na maioria das cidades. Segundo, ganhar mais prefeituras, especialmente nas médias e grandes cidades, significa reduzir a estrutura política e financeira das oposições. O PMDB, se perder Goiânia e Anápolis (cidade administrada pelo semialiado PT), terá muita dificuldade de enfrentar uma situação cada vez mais encorpada. Dito isto, é possível concluir que um político inteligente, como Marconi Perillo, estuda o processo político e joga com pelos menos duas hipóteses em Goiânia: com Giuseppe Vecci e, também, Waldir Soares. O que conseguir derrotar Iris Rezende ganha a simpatia e o aplauso do tucano-chefe.

Daniel Vilela não tem alternativa: ou enfrenta Iris ou não carimba passaporte para o governo em 2018

[caption id="attachment_57053" align="alignright" width="620"]Daniel Vilela e Iris Rezende: a batalha entre os dois é a luta de substituição do velho pelo novo; e um terá de sair de cena Daniel Vilela e Iris Rezende: a batalha entre os dois é a luta de substituição do velho pelo novo; e um terá de sair de cena[/caption] Há uma guerra no PMDB na qual o velho, Iris Rezende, tenta retardar a chegada do novo, Daniel Vilela, ao poder. Diria Abraham Lincoln — o ex-prefeito gostava de se apresentador como “lenhador” na juventude, como o presidente americano — que se trata de uma batalha mortal. O que está ocorrendo é um parto político — onde um segue vivo politicamente, até por muitos anos, e o outro pendura as chuteiras. O problema é que Iris Rezende não entrega os pontos. Joga pesadíssimo. Às vezes, põe Iris Araújo na linha de frente, até sugerindo que sua mulher é radical e não é diplomática, mas, no fundo, é quem articula de fato. Trata-se de um político implacável que, ao longo do tempo, não recuou um minuto em relação a expurgar militantes e líderes do partido. Muitos foram saindo — até constituir um partido forte em Goiás, o PSDB, e tomaram-lhe o poder. Iris Rezende, por assim dizer, criou os adversários — que sempre tratou como inimigos — que lhes arrancaram do poder. Ninguém que trombou com Iris Rezende ficou no PMDB para contar a história. Para relatá-la à sociedade, tiveram de sair do partido, buscando liberdade de expressão noutros partidos. São os casos de Henrique Santillo, Nion Albernaz, Irapuan Costa Junior, entre outros. Mas agora o quadro está mudando. Sentindo que a fera perdeu duas presas, peemedebistas começam a reagir ao seu poderio e controle político coronelístico. Os integrantes mais jovens do PMDB, que ainda não têm força suficiente para expurgar Iris Rezende, admitem que ele deve disputar a Prefeitura de Goiânia. O espaço é do velho cacique. No entanto, além de mandar na prefeitura, quer, também, chefiar o PMDB estadual. Nailton Oliveira ou Iris Araújo no comando é o mesmo que Iris Rezende. Os dois são prepostos. O deputado federal Daniel Vilela, espécie de Davi do PMDB, não se intimida com o relativo vigor dos dentes frontais de Iris Rezende. Sabe que pode até sair “ferido” da refrega pela presidência do PMDB, mas nada que seja mortal. Ele sabe que a hora de enfrentar Iris Rezende é agora. Se conseguir se tornar presidente do PMDB, com o apoio dos deputados estaduais e do deputado federal Pedro Chaves, e do ex-deputado federal Sandro Mabel, Daniel Vilela carimba seu passaporte para a disputa do governo em 2018. Porém, se fraquejar agora, por covardia ou conveniência política, desistindo da peleja e dos guerreiros que estão no campo de batalha, não terá condições de disputar o governo. Assistirá o próprio Iris Rezende disputando o governo ou bancando Ronaldo Caiado — o peemedebista-chave o avalia positivamente devido ao seu anti-marconismo — para o Poder Executivo estadual.

O médico Zacharias Calil é cotado para ser vice do delegado Waldir Soares

[caption id="attachment_57051" align="alignright" width="299"]Reprodução Reprodução[/caption] O médico Zacharias Calil (PP), uma das estrelas da medicina brasileira — mais conhecido por separar gêmeos siameses —, confidenciou a alguns políticos, que, convidado, chegou a pensar em ser vice do deputado federal Waldir Delegado Soares na disputa pela Prefeitura de Goiânia. Porém, ao comunicar o fato ao presidente do PP em Goiás, senador Wilder Morais, recebeu a informação de que o PP vai apoiar a candidatura do deputado federal Sandes Júnior para prefeito. Nas conversas, Zacharias Calil teria dito que ouviu de Waldir Soares que, com sua popularidade e o prestígio do médico, a chapa seria imbatível na capital. A chapa teria mais credibilidade.

PSD define que terá candidato a prefeito em Goiânia e não admite recuo

[caption id="attachment_57049" align="alignright" width="620"]Virmondes Cruvinel é visto como o pré-candidato mais consistente do PSD Virmondes Cruvinel é visto como o pré-candidato mais consistente do PSD[/caption] O presidente do PSD em Goiás, Vilmar Rocha, chegou de viagem com uma convicção. O partido que dirige vai lançar candidato a prefeito de Goiânia. Para marcar posição? Não. Para fortalecer seus líderes, para dotá-los de um discurso mais elaborado e para que o partido, ganhando musculatura, a partir do conflito com outros postulantes, talvez eleja o prefeito da capital. O líder pessedista convocou os deputados Francisco Júnior e Virmondes Cruvinel para conversas separadas e garantiu total apoio àquele que for definido. Não haverá prévias, pois a cúpula espera que os dois parlamentares encontrem um denominador comum. A definição do nome, frisou o secretário das Cidades e Meio Ambiente do governo de Goiás, vai ocorrer antes do fim de fevereiro. Os dois postulantes são preparados tecnicamente e conhecem bem a cidade. Mas Virmondes Cruvinel é o que articula mais. Na semana passada, conversou com o secretário de Gestão e Planejamento, Thiago Peixoto, com o ex-deputado Frederico Nascimento e vai conversar com o deputado Lincoln Tejota na segunda-feira, 25. Uma das conversas proveitosas foi com o economista Flávio Peixoto, pai de Thiago. O pré-candidato tem conversado com intelectuais, como o doutor em economia Murilo Rezende, professor da Fasam. Virmondes Cruvinel articula bem com os segmentos organizados de Goiânia e, aos que o interpelam se vai ser vice do possível candidato do PSDB a prefeito, Giuseppe Vecci, afirma, de maneira civilizada mas firme — com o tom da voz ligeiramente alterado, o que é raro —, que não. “De maneira alguma. O que quero é disputar a Prefeitura de Goiânia. Não tenho o sonho de ser vice e o PSD é um partido respeitável.”

Líderes partidários dizem que Vanderlan Cardoso, embora sério, é um político que não tem ânimo

[caption id="attachment_55235" align="alignright" width="620"]Foto: Fernando Leite/Jornal Opção Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] Dois líderes partidários conversaram com Vanderlan Cardoso recentemente e não sentiram firmeza nas suas posições. A um deles, o líder do PSB disse que, depois de duas derrotas seguidas, em 2010 e 2014, se perder mais uma, este ano, terá de encerrar sua carreira política. “A gente percebe que se trata de um homem sério, mas, com o perdão da palavra, falta-se tesão para a vida político-partidária. A política exige muito e, por isso, não deve ser vista como extensão dos negócios particulares”, afirma o presidente de um partido. Res­salte-se que o empresário está articulando, conversando com líderes de vários partidos, mas até agora não conseguiu estabelecer nenhuma aliança sólida. Aproximou-se de Marconi Perillo e agora se diz independente.” Tal comportamento, frisa o líder partidário, não funciona. “Não se pode assumir uma oposição, simular que pertence a um grupo político e, em seguida, recuar. Os eleitores ficam desconfiados da seriedade de seus propósitos”, afirma o presidente do partido.

Waldir Soares pode ser arma para evitar que Iris Rezende seja eleito no primeiro turno

[caption id="attachment_57045" align="alignright" width="620"]Reprodução Reprodução[/caption] Tudo indica que não há como a base do governador Marconi Perillo descartar o deputado federal Waldir Delegado Soares, do PSDB. O motivo é prosaico: sem o delegado na disputa, dividindo os votos na periferia, sobretudo na região Noroeste, Iris Rezende pode ser eleito no primeiro turno. Em 2014, ele contribui para derrotar Iris Araújo, reduzindo seu eleitorado nos bairros, e contribuiu para eleger Fábio Sousa e Thiago Peixoto. Em 2016 pode contribuir para esvaziar Iris.

Magda Mofatto convida Waldir Soares para se filiar ao PR e garante que vai disputar mandato de senadora

[caption id="attachment_57033" align="alignright" width="620"]Magda Mofatto: “Queremos o delegado Waldir no PR, mas as conversas não foram finalizadas” Magda Mofatto: “Queremos o delegado Waldir no PR, mas as conversas não foram finalizadas”[/caption] A deputada federal Magda Mofatto disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 22, que, de fato, convidou o deputado federal Waldir Delegado Soares (PSDB) para se filiar ao PR. “Quem não quer uma aliança com um deputado extremamente popular como Waldir? O PR quer, como outros partidos. Ele está conversando com o Pros, fala com todo mundo, e provavelmente por isso não me deu uma resposta objetiva a respeito do convite. Preciso conversar mais vezes com Waldir, um homem gentil e perspicaz.” Magda Mofatto conta que está organizando o PR em mais de 200 municípios. “Nós queremos ampliar a nossa base política. O PR certamente sairá das eleições de 2016 como uma força considerável. Estou me preparando para disputar mandato de senadora, em 2018, e por isso preciso de um partido forte e presente em praticamente todos os municípios. A conquista de Waldir Soares, se isto for possível, encorparia o partido na capital.” O PR já está com um pé em Goiânia. “O vereador Felisberto Tavares é o presidente do PR metropolitano. É um coordenador de primeira linha.” O repórter pergunta: “Cláudio Meirelles vai permanecer no partido?” Magda Mofatto garante: “Cláudio Meirelles não sai do PR de jeito nenhum. Ele é um excelente político, posicionado, firme.”

Especialistas dizem que Iris e Waldir pregam pra convertidos. Vecci e Bittencourt são firmes e precisos

Um repórter pediu para um psicólogo, um fonoaudiólogo e um marqueteiro examinaram a fala e até a postura corporal de alguns pré-candidatos a prefeito de Goiânia. Iris Rezende (PMDB), na visão deles, é o que fala mais lentamente, como estivesse pregando para convertidos. Vanderlan Cardoso (PSB) tenta adotar um ar professoral, mas sua fala sugere falta de convicção e ânimo. Giuseppe Vecci (PSDB), apesar do ar professoral, é visto como dotado de fala segura e firmeza na exposição de ideias. Waldir Soares (PSDB), que parece “esconder” a fala, estaria pregando para seus eleitores de 2014 — quando, na verdade, precisa ter um discurso, como candidato a prefeito, para todos os eleitores, inclusive para os que não avaliam a segurança pública como o centro de suas preocupações. Luiz Bittencourt (PTB) é visto como o que tem o raciocínio mais rápido e conecta a fala à postura corporal. Adriana Accorsi (PT) fala com clareza, tem uma simpatia natural, mas a postura física sugere certa insegurança. Há uma certa indecisão.