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Uma cobra branca foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros no quintal de uma residência em Rio Verde, no sudoeste goiano. O animal, considerado saudável e sem sinais de ferimentos, foi solto em uma área de mata após avaliação preliminar da equipe de resgate.
De acordo com o capitão do Corpo de Bombeiros, Célio Fernando de Paula, a serpente foi identificada como uma possível jiboia albina, o que motivou a decisão de devolvê-la à natureza. No entanto, especialistas apontam a possibilidade de que se trate de uma píton, espécie exótica originária da Ásia, frequentemente criada como animal de estimação.
"Acreditamos se tratar de uma jiboia albina, e por não apresentar ferimentos, seguimos o protocolo e realizamos a soltura em área de mata", explicou o capitão.
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Abilio Wolney Aires Neto*
Quando escrevi os cinco livros que compõem a série O Barulho e os Mártires, fiz uma análise crítica da Velha República, que gerou as oligarquias ancestrais, que encarnavam as elites em Goiás. Na Faculdade de Filosofia, me deparei com uma reflexão à luz da obra O Leviatã e produzi mais este curto ensaio.
A frase “O Estado é um monstro de poucas cabeças dirigindo milhões de cabeças” ganha ainda mais relevância quando analisamos a dinâmica da democracia contemporânea, que muitas vezes assume características oligárquicas. O ideal democrático, no qual o poder deveria emanar do povo e ser exercido em prol do bem comum, frequentemente é desvirtuado. A realidade, em muitos casos, mostra um pequeno grupo de políticos e suas redes de influência perpetuando-se no poder, transformando o Estado em uma “oligarquia democrática” sustentada pela máquina estatal e pelas ferramentas de comunicação modernas.
Thomas Hobbes defendia a concentração do poder no soberano para garantir ordem e segurança. Contudo, ele alertava para os riscos da tirania, quando o poder não está sujeito ao controle da sociedade. Nas democracias contemporâneas, essa tirania assume uma forma sutil: a perpetuação de uma classe política que, embora eleita, age como uma elite oligárquica.
Os políticos, seus parentes, protegidos e aliados criam uma rede de poder sustentada pela estrutura estatal. Esses grupos se filiam a partidos que funcionam mais como máquinas eleitorais do que como espaços de debate ideológico. A reeleição frequente de membros dessa classe, favorecida pelo controle de recursos públicos e pela manipulação de narrativas, fortalece essa “aristocracia moderna”.
Se no passado o poder oligárquico era mantido por meios tradicionais, como o controle econômico e alianças regionais, hoje ele é reforçado pelo uso estratégico dos meios de comunicação e das redes sociais. Políticos criam marcas pessoais e narrativas persuasivas, explorando algoritmos e campanhas segmentadas para influenciar a opinião pública.
As redes sociais, que deveriam ser instrumentos de democratização da informação, muitas vezes são utilizadas para consolidar a hegemonia de determinados grupos. A máquina estatal e os recursos públicos financiam essas campanhas, garantindo visibilidade constante e abafando vozes dissidentes. Assim, a promessa de renovação política é frequentemente uma ilusão, com os mesmos grupos controlando o poder por décadas.
Essa “oligarquia democrática” tem semelhanças com regimes aristocráticos ou monárquicos. Embora o discurso oficial promova a igualdade de oportunidades e o voto universal, a prática revela que o acesso ao poder político está restrito a poucos. Essa concentração lembra o modelo da Velha República no Brasil, onde famílias e grupos políticos regionais monopolizavam o poder, mantendo as massas à margem do processo decisório, pois o poder político é perpetuado por meio de alianças partidárias, controle de verbas públicas e estratégias de comunicação que criam uma falsa sensação de representatividade. Os cidadãos são tratados como espectadores de uma democracia teatral, enquanto os atores principais – políticos e suas redes de influência – permanecem intocados.
A crítica ao Estado, como um monstro de poucas cabeças, ganha novos contornos na democracia, onde o ideal de representatividade é frequentemente usurpado por uma elite política que perpetua seu poder. À luz do clássico O Leviatã, é possível reconhecer a importância de um poder centralizado para garantir a ordem. No entanto, a centralização excessiva nas mãos de poucos, mesmo em regimes democráticos, resulta na formação de oligarquias que se assemelham a sistemas aristocráticos ou monárquicos.
Para evitar que o monstro do Estado se transforme em uma força opressora, é essencial que as “milhões de cabeças” – os cidadãos – exerçam vigilância constante, participem ativamente do processo político e exijam transparência e renovação. O uso ético das redes sociais e a educação política são ferramentas indispensáveis para combater a manipulação e romper o ciclo de poder oligárquico, resgatando o verdadeiro sentido da democracia como governo do povo, pelo povo e para o povo.

*Abílio Wolney Aires Neto é Juiz de Direito da 9ª Vara Civel de Goiania.
Cadeira 9 da Academia Goiana de Letras, Cadeira 2 da Academia Dianopolina de Letras, Cadeira 23 do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás-IHGG, Membro da União Brasileira de Escritores-GO dentre outras.
Graduando em Jornalismo.
Acadêmico de Filosofia e de História.
15 titulos publicados
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