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Com o fim da medida, relógios devem ser atrasados em uma hora
Contra a crise econômica, presidente e o ex decidem desafiar a resistência do PT ao ajuste fiscal que reduz direitos trabalhistas
[caption id="attachment_29004" align="alignleft" width="620"] Dilma faz café da manhã e mostra no cardápio os ajustes fiscais l Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil[/caption]
Como Lula recomendou, a presidente Dilma deu um passo em direção à aproximação com o deputado Eduardo Cunha (PMDB) depois da eleição à presidência da Câmara há duas semanas. Na última sexta-feira, ela concordou com a correção da tabela do imposto de renda em 4,5%, oito dias depois da conversa com Lula.
Ao eleger-se na Câmara, Cunha propôs aqueles 4,5% como condição para o Congresso não derrubar o veto à correção de 6,5% aprovada pelos congressistas. Agora, depois do recuo no fim da semana, a presidente terá novas oportunidades para comprovar, na prática, a dedicação de mais atenção aos deputados e senadores proposta por Lula.
A primeira impressão é a de que Dilma não parece disposta a ir ao corpo a corpo com políticos. Prefere terceirizar os acordos parlamentares, entregar as conversações políticas a ministros sem a presença da presidente. A tendência ficou exposta no planejamento tático de contatos nesta semana.
A terça-feira, 24, dia de votações no Congresso, será tão importante que o Planalto convidou os líderes aliados para dois eventos no palácio, quase sociais, com direito à presença de cinco ministros. Entre eles, os da Fazenda e do Planejamento, Joaquim Levy e Nelson Barbosa. Pela manhã, café com os líderes do Senado. A seguir, os líderes da Câmara merecem almoço – efeito Cunha.
Mas Dilma não deverá se sentar à mesa em nenhum momento, a não ser que decida fazer uma surpresa, que poderia ocorrer no almoço, para reabilitar líderes cujas tropas ajudaram a eleger Eduardo Cunha, como aconteceu no PT. Até o meio da semana, o planejamento incluía apenas o café da manhã. Ao qual os líderes da oposição seriam convidados. Ao final, foram alijados.
No cardápio, o ajuste fiscal que corta direitos trabalhistas, a ser votado com a presença de um segmento social caro ao PT, as lideranças sindicais. A diferença é que os sindicatos estarão na oposição. Eles fazem barulho e pressionam, mas não votam. O palácio precisará dos votos da oposição e da lealdade do PT e do PMDB para não aumentar o rombo nas contas públicas.
A negociação do governo, na mesa de café, ficará por conta dos cinco ministros. Mas o que eles poderão fazer é alertar sobre o prejuízo que o governo teria com derrotas no arrocho fiscal. Se a presidente não ceder em alguma coisa, como cargos no governo, terá de confiar no gogó de Lula para convencer petistas e aliados.
Mais um evento quase social. No dia seguinte, quarta-feira, deve ocorrer o segundo café da manhã na semana apenas para os senadores e deputados aliados. Eles serão importantes na negociação sobre o comando da nova CPI da Petrobrás. O bloco formado pelo PMDB com mais 11 partidos que participaram da eleição de Cunha não deseja a hegemonia do PT.
Naquele momento, o Planalto saberá como o Congresso se comportou nas votações da véspera. Se for o caso, poderá tentar o adiamento da instalação da CPI, que Cunha programou para o dia seguinte, quinta-feira.
Se tudo correr bem na terça, o café de quarta será a oportunidade para Dilma tentar consolidar a recomposição da base com a formação de uma CPI que inspire confiança ao palácio. Será o momento, então, de distribuir aos partidos os cargos no segundo escalão. A presidente conhecerá melhor quem lhe ofereceu votos na preliminar do ajuste fiscal.
Poderá conhecer melhor a tropa, mas não terá segurança, tão cedo, quanto à força com que poderá contar no Congresso de forma consolidada. A posição do Planalto é frágil. As tropas descontentes com a parte que lhes coube no latifúndio da Esplanada terão oportunidades constantes para espernear.
[caption id="attachment_29000" align="alignleft" width="620"] Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, quer passar de oráculo de petroleiros a juiz do petrolão no Supremo Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil[/caption]
Como se fosse um golpe de ironia, Joaquim Barbosa acentuou a crise que complica a vida do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, candidato à vaga que o primeiro deixou aberta no Supremo Tribunal Federal há sete meses ao aposentar-se antes da hora.
“Nós, brasileiros honestos, temos o direito e o dever de exigir que a presidente Dilma demita imediatamente o ministro da Justiça”, tuitou Barbosa ainda na noite do sábado anterior, dia 14, assim que se soube de reuniões de Cardozo com advogados que defendem empreiteiros enrolados com o petrolão.
A intimação de Barbosa a Dilma pela demissão do ministro engrossou a pressão contra Cardozo. Desde então, o ministro disparou uma série de declarações e entrevistas para explicar seu comportamento, mas que serviram apenas para ampliar a crise com apoio de advogados que também não pararam de discursar. Escreveram até artigo em jornal.
A inédita insistência de Cardozo em explicações ajudou na descoberta de outros contatos com empreiteiros e seus advogados. O nervosismo incontrolável reafirma a impressão de que não deseja se queimar no Ministério da Justiça e, com isso, incinerar uma carreira possível no Supremo – quem sabe na vaga de Barbosa?
Como ele poderia deixar de ser oráculo de petroleiros e passar a julgador do petrolão no Supremo? Como ministro da Justiça chamado em socorro de empresários acusados de corrupção, ele não entendeu que possui responsabilidade sobre a Polícia Federal, mas não é o orientador dela nem do Ministério Público.
“Tenho a confiança da presidente Dilma”, desabafou Cardozo na quinta-feira. Se, ministro da Justiça, Cardozo sente necessidade dizer que tem a confiança da presidente, não é mais nem o fim da picada: a picada terminou bem antes. E Dilma? Não se sente arrastada para a crise de desvio de conduta do ministro da Justiça?
Cardozo não fez bom negócio ao receber o lobby de advogados criminalistas que defendem empreiteiros acusados de suborno no petrolão sem que os contatos constassem em sua agenda no ministério. O ministro agiu às escondidas, mas, duas semanas depois, ainda está explicando o seu comportamento sem convencer.
“É direito de um advogado ser recebido e eu os receberei”, teimou o ministro. “Só na ditadura isso não se admite”, enviesou-se na fala. Acontece que Cardozo não é uma autoridade comum. É responsável pela Polícia Federal, que participa da apuração do crime. Além disso, responde pelos contatos do governo com o Supremo Tribunal Federal, onde correrá parte do julgamento.
Por enquanto, os empresários estão distantes do Supremo. Estão presos em Curitiba, nas mãos do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela formação do processo. É “intolerável que emissários dos dirigentes presos e das empreiteiras pretendam discutir decisões judiciais com autoridades políticas”, antecipou Moro um juízo que estará implícito em seu julgamento.
[caption id="attachment_28998" align="alignleft" width="620"] Sérgio Moro estranhou, com razão, cerco de empreiteiros ao ministro[/caption]
Ao procurar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a defesa de empreiteiros acusados de corromper agentes públicos no petrolão recebeu dele uma expectativa otimista quanto ao futuro de seus clientes que o próprio oráculo terá dificuldade em satisfazer. Ainda mais se os contatos entre eles vão se revelando com suas tramas.
“Ele não é o responsável pelas investigações”, estranhou o juiz federal Sérgio Moro o cerco ao ministro pelos advogados de empreiteiros que estão presos em Curitiba. Encarcerados na Polícia Federal sob a responsabilidade de Moro, que, naturalmente, tende a considerar suspeitos os movimentos da defesa dos seus hóspedes.
O fato é que os empresários se animaram porque Cardozo, via advogados, repassou otimismo ao dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, um dos presos. Depois de receber o recado, Pessoa decidiu adiar a ideia de oferecer-se à delação premiada. O recuo do colega da UTC coloca em compasso de espera toda a clientela disponível à delação no petrolão.
Mas o que Cardozo prometeu? Disse que um fato novo surgiria neste pós-carnaval com impacto favorável aos acusados pelo petrolão. É o mesmo período prometido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para a remessa ao Supremo de denúncias contra políticos às voltas com o assalto à Petrobrás. A lista pode envolver a oposição, o que seria bom ao governo.
Quando um empreiteiro evita a delação, é bom para o governo porque reduz a possibilidade de novas denúncias contra os seus quadros. Se as suspeitas rondam a oposição, os governistas sorriem porque não se sentem sozinhos na berlinda. Porém, qual seria a boa nova capaz de convencer Ricardo Pessoa a adiar a ideia de delação?
Poderia ser o envolvimento do governo na articulação de uma saída para evitar que as empreiteiras paguem pela corrupção dos empreiteiros, como a presidente Dilma já andou falando. O empresário ou executivo dele se lascaria agora, mas os negócios futuros da empresa não seriam prejudicados. Dilma já falou também em preservar empregos na clientela do PT.
Se for por aí, o ministro Cardozo teria a chance de assegurar o controle do governo sobre a execução da decisão. Porém, as cartas se embaralham se o jogo envolver denúncia contra partidos que há muito tempo estão fora da órbita do poder federal. Uma busca sobre a era PSDB correria o risco de desagradar a empreiteiras, pois novos fantasmas poderiam sair do armário.
A expectativa confortadora do PT de Lula e Dilma é a descoberta de fantasmas tucanos ocultos nas gavetas da história. Ainda na sexta-feira, a presidente renovou aquele discurso de que seria melhor os investigadores e juízes procurarem antecedentes na era FHC. Bem que poderia ser essa a missão de Cardozo no Ministério da Justiça. Se for, deu no que deu.

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