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Por que Simoni não herda os votos de Bolsonaro?

[caption id="attachment_134054" align="aligncenter" width="620"] Cesar Simoni ao lado de Jair Bolsonaro: o primeiro não apresenta os mesmos resultados do segundo nas pesquisas[/caption] O candidato a governador Cesar Simoni (PSL) não é político de golpes baixos nem de expressões grosseiras, o que já foi demonstrado nas entrevistas à época em que esteve à frente da Secretaria de Segurança Pública, bate-papos informais ou declarações à imprensa quando provocado acerca de temas polêmicos. Trata-se de um camarada comedido, mas, dicotomicamente, irredutível e implacável em suas posições. Simoni é homem de levar o adversário às cordas sem ferir a regra do jogo, porque foi obrigado a aprender o ofício, enquanto exerceu o cargo de promotor de Justiça. É capaz de engolir alguns sapos, todavia, só até onde considera suportável. Isso ficou claro em suas declarações, no início de agosto, ao Jornal Opção e a outros veículos de comunicação sobre a Operação Jogo Limpo, da Polícia Civil. Mesmo desvinculado da pasta de Segurança Pública desde o mês de março, ele foi acusado, injustamente, por alguns vereadores de Palmas de ser o “mentor” da referida operação. A resposta veio a caráter. Simoni provou sua capacidade de gestão enquanto esteve no comando da Segurança Pública e organizou, com ideias inovadoras, criativas e muita responsabilidade, os problemas deixados pelo governo anterior. Aliado a isso, o ex-promotor de Justiça possui um passado profissional sem quaisquer máculas. Tem o perfil ideal, portanto, na visão de muitos eleitores, para ser governador. Entretanto, apesar do currículo, a campanha de Simoni ainda não decolou. É como se ele possuísse uma mina de ouro subterrânea, mas não tem capital para comprar o maquinário necessário para explorá-la. Talvez fosse como se possuísse um avião tipo Boeing, mas sem gasolina, sem comandantes, e muito menos dinheiro para colocá-lo e mantê-lo no ar. Bolsonaro Essa mina de ouro ou esse Boeing é nada mais do que o fato de ser o candidato a governador do Tocantins do presidenciável, e líder em todas as pesquisas sem o ex-presidente Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PSL). Observa-se que, entre os mais de 5,5 milhões de seguidores inscritos na sua página do Facebook, cerca de 400 mil são eleitores tocantinenses. Ora, então por que esses votos ainda não foram transferidos a Simoni, se na última pesquisa divulgada pelo instituto Vetor, encomendada pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), Bolsonaro lidera com folga e alcança 23% das intenções de votos no Estado? Talvez sejam erros de estratégia dos coordenadores da campanha, por não gravarem vídeos com o presidenciável solicitando que seus eleitores votem também em Simoni. Talvez seja pura escassez de recursos para engatilhar outras ações político-partidárias. Talvez seja porque os adversários estejam em campanha desde abril, em razão da eleição suplementar, enquanto o governadoriável do PSL só começou a campanha em no último dia 16. Não se sabe ao certo e não cabe aqui fazer pré-julgamentos. Contudo, o fato de não ser bastante conhecido em âmbito estadual – exatamente por não ser político profissional – mas, possuir uma ficha “pra lá de limpa”, pode se transformar num indicativo de acerto sob a ótica do eleitorado, contrariando a interpretação dos políticos e jornalistas setoriais. Política tradicional Simoni pode surfar, por exemplo, na onda levantada por Marlon Reis (Rede) na eleição suplementar: de ilustre desconhecido a detentor de quase 60 mil votos, em uma campanha com parcos recursos e que se baseou na suposta honestidade do candidato e sua ficha limpa. Porém, ao atrair o PT e o PV para sua coligação, Reis rasgou deixou-se contaminar. Jogou fora, numa só tacada, mais da metade dos votos que obteve na eleição extemporânea, porque as condutas dos caciques dos dois partidos, o PT em âmbito nacional e o PV em âmbito estadual, são totalmente contrárias aos preceitos da Lei da Ficha Limpa, que ele tanto se orgulha de ter ajudado a criar. Além disso, anteriormente, Marlon Reis se declarou totalmente contrário a alianças com as oligarquias, familiocracias ou ainda a quem houvesse exercido cargos públicos que levaram o Estado do Tocantins ao que ele classificou como lamaçal. Mas seu candidato a senador é o deputado federal Irajá Abreu (PSD), filho da senadora Kátia Abreu (PDT). Assim, o termo da “ficha limpa” está sem dono no momento. Simoni, se quiser, pode se apoderar deste discurso e, cooptar esta onda, arregimentando os eleitores de Marlon Reis, que demonstraram insatisfação com os atuais modelos de gestão, como também com seus executores, ora candidatos. Caso seja isso mesmo, haverá uma dificuldade adicional na perspectiva dos adversários que pretendem desmontar a candidatura do inesperado concorrente. Vão precisar tomar cuidado para não transformá-lo em uma doce vítima do “poder econômico” ou do “pragmatismo e proselitismo da velha política” que aí está. Contra a tese do candidato refratário à política tradicional, existe a realidade nua e crua: as necessidades do caixa da campanha, advindas apenas de um ínfimo fundo partidário, exatamente porque ele se nega a receber doações espúrias, além do reduzido tempo de rádio e televisão e dos acordos partidários que pouco agregaram, que incluem até mesmo o apoio a outros candidatos majoritários, por parte dos candidatos proporcionais. Condutas estas totalmente contrárias aos interesses de Simoni. Há, por fim, o outro lado da realpolitik: quem tem o poder de decisão é o povo e, caso ocorra o fenômeno da transferência de votos de Bolsonaro para Simoni, isso dá ao jogo igualdade de condições.

Kátia Abreu busca apoio suprapartidário para pedetista Ciro Gomes no Tocantins

[caption id="attachment_134053" align="aligncenter" width="620"] Senadora Kátia Abreu
é candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes: momento “ímpar” para Tocantins[/caption] A senadora Kátia Abreu (PDT), candidata a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Ciro Gomes (PDT), conclamou, durante entrevista coletiva, os líderes políticos do Estado e toda a população a unirem forças pela eleição do pededista, com a perspectiva de que pode ser uma importante oportunidade para o Tocantins ter uma tocantinense eleita como vice-presidente da República. “Peço, humildemente, que as forças políticas de todo o Tocantins se unam em torno da candidatura de Ciro Gomes, porque esse é um momento ímpar para o nosso Estado”, avaliou a senadora. Na coletiva, Kátia Abreu falou do plano de governo para o Brasil e frisou que consertar as contas públicas é prioridade para garantir empregos e investimentos. “O plano envolve ações que devem alcançar esse objetivo em dois anos. Nos seis primeiros meses de mandato, já serão feitas mudanças importantes e os brasileiros vão perceber os avanços que serão alcançados na vida de cada cidadão”, destacou.

“Se eleito senador, vou trabalhar pra abrir a caixa preta da dívida pública do País”

O candidato a senador afirma que o governador Mauro Carlesse ampliou a garantia institucional para fortalecer o desenvolvimento do Tocantins [caption id="attachment_134052" align="aligncenter" width="620"] César Halum, deputado federal: “A legalização do jogo criaria 1 milhão de empregos formais. Só no jogo do bicho são 400 mil trabalhadores clandestinos que passariam a ter carteira de trabalho assinada, ter garantias e gerar impostos”[/caption] Com um discurso afinado à nova realidade que vive o Estado do Tocantins após a eleição suplementar de junho de 2018, o deputado federal César Hanna Halum projeta voos mais altos, uma vez que disputará uma das vagas para senador. Consciente que muitos dos seus projetos ainda não foram concretizados na Câmara, mas que podem ser intensificados e implementados por meio de um mandato no Senado, Halum acredita que a força do eleitorado do norte do Estado proporcionará a arrancada que necessita para concretizar a missão. César Halum, nascido em Anápolis (Goiás), é formado em medicina veterinária. Foi eleito deputado estadual pelo Tocantins em 2002 e reeleito em 2006 — presidiu a Assembleia Legislativa no biênio 2005/2006. Em 2010, foi eleito deputado federal pelo PPS e reeleito em 2014 pelo PRB. Tão logo o governador Mauro Carlesse (PHS) assumiu o governo do Estado do Tocantins, em razão da cassação de Marcelo Miranda (MDB), o sr. foi um dos primeiros a lhe emprestar apoio. Qual a importância desta parceria para a governabilidade? Temos um relacionamento excelente, estamos bem afinados no mesmo discurso. Trocamos muitas ideias, várias delas convergentes. Carlesse fala pouco, mas pensa e age muito. Não costuma ceder às pres­sões, é coerente, austero e conseguiu dar segurança institucional ao Estado do Tocantins, além de credibilidade, que estava totalmente combalida. Evidente que não está no patamar desejado, face às inseguranças que estamos atravessando, mas temos conseguido romper. Prestei-lhe apoio naquele momento exatamente por isso: acreditei que poderia dar esse rumo ao Estado e, atualmente, continuamos firmes nesta jornada. Antes mesmo da eleição suplementar, o sr. já havia lançado a pré-candidatura ao Senado. Agora, depois indicado pela convenção partidária, registrou a candidatura na chapa majoritária do governador Carlesse. Qual é a expectativa, uma vez que nunca disputou este cargo? O povo do norte do Tocantins sentia-se órfão de representação no Senado após o falecimento do João Ribeiro. Fui indicado para preencher a lacuna e aceitei o desafio. Não recuei ou coloquei em dúvida a possibilidade. Doravante, o projeto é este e jamais refluirei. Fiz, neste período, alianças pequenas, mas sempre em frente e com segurança. Minhas votações na carreira política sempre aumentaram de uma eleição para outra, o que é um sinal claro de que tenho cumprido meus compromissos. Caso esses eleitores queiram novamente, vou representá-los com dignidade no Senado, cumprindo o meu papel de trabalhar e defender os interesses do Estado do Tocantins. O sr. vai concentrar sua campanha na região do norte do Estado? Logicamente que numa campanha majoritária há de se formar uma base eleitoral para iniciar a arrancada e o meu domicílio eleitoral é lá, mesmo porque moro em Araguaína há 39 anos. Contudo, tenho trabalhado e rodado por todas as regiões durante todo meu mandato de deputado federal e, agora, em campanha eleitoral. Nós do norte — deputado federal Lázaro Botelho, deputada estadual Valderez Castelo Branco, prefeito Ronaldo Dimas e eu — nos esquecemos de quaisquer rixas ou intrigas e demos um voto de confiança para que um político do sul [Gurupi] assumisse o Palácio Araguaia: Mauro Carlesse. A classe política está muito dividida e isso é péssimo para a população e para a evolução de qualquer Estado. Saliento que não há problemas em haver diferenças partidárias ou ideológicas, mas não podemos “rachar” o Tocantins em vários pedaços, como se fossem lotes. O Tocantins é único e deve ser tratado como tal, sem divisões. A chapa sofreu uma baixa significativa após a desistência do ex-governador Siqueira Campos de disputar o Senado, invertendo a posição com Eduardo Gomes para ser apenas seu suplente. Como recebeu essa notícia? Tenho enorme respeito pela história de Siqueira Campos. Como ser humano, tem alguns defeitos; contudo, são infinitamente menores que suas incontáveis virtudes. É incontestável o seu legado para o Estado do Tocantins e sua eleição ao Senado seria o coroamento desta vitoriosa carreira política. Seria para mim uma grande honra disputar os cargos ao Senado, numa chapa majoritária, ao lado de Siqueira Campos. Mesmo que houvesse a limitação da idade, creio que seria capaz de superar isso com sua inteligência e experiência. Evidentemente que eu queria aproveitar essa oportunidade ímpar para mim e poderia dar em troca a vitalidade que ainda possuo para a chapa. É preciso ressaltar o que poucos sabem: Siqueira sempre teve resistência a essa candidatura de senador, considerando que já teve a oportunidade de ser alçado ao cargo muitas vezes; contudo, não quis. Ouvi o ex-governador dizer, de forma altruística, que queria encerrar sua carreira como vereador em Colinas do Tocantins, que foi onde tudo começou. Entretanto, em razão de toda crise política pela qual passou o Estado, se convenceu que o Tocantins estava precisando dele de novo e por isso colocou seu nome na disputa, veio para o sacrifício mesmo aos 90 anos. Por fim, em razão dos problemas de saúde, é justo que não queira fazer mais esforços numa campanha desta envergadura. Eduardo Gomes é um bom substituto, excelente companheiro, político experiente e o recebo com muita alegria para marcharmos juntos nesta dura jornada, fazermos o voto-casado, a dobradinha perfeita e proporcionar sustentação e governabilidade a Mauro Carlesse, que, se Deus permitir, será reconduzido ao cargo de governador. [caption id="attachment_134048" align="alignleft" width="300"] Mauro Carlesse, governador do Tocantins. "Embora há pouco tempo no poder, o político tem trabalhado pela modernização melhorando suas estruturas"[/caption] Após ser protocolada no TRE-TO, sua candidatura foi impugnada pelo Ministério Público Eleitoral, sob o argumento de que suas contas — como presidente da Assembleia Legislativa – foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas. Qual é a sua resposta para a contestação do MP? Não procede. Trata-se de um equívoco do representante do Ministério Público, pois sequer estou incluído na lista que o Tribunal de Contas do Estado do Tocantins remeteu ao Tribunal Regional Eleitoral. O que precisa ser esclarecido é que, em dezembro de 2006, ao final do meu mandato, houve um déficit orçamentário, em razão de o Poder Executivo não ter realizado o repasse do duodécimo à Assembleia Legislativa. E não apenas ao parlamento, uma vez que o próprio Ministério Público e o Tribunal de Contas também não receberam seus quinhões, assim como o Tribunal de Justiça do Tocantins. As contas — de nenhum órgão ou gestor — não fecharam em razão desse fato. Quando entrei com pedido de revisão, o TCE reconheceu a existência de indícios de nulidade do processo administrativo por violação ao princípio constitucional do devido processo legal. O déficit orçamentário foi de apenas 1,37%; todavia, legalmente, é tolerável até 5%. Face a essa possível nulidade no julgamento, foi concedido efeito suspensivo no último dia 14, razão pela qual a impugnação é totalmente improcedente, mesmo porque o entendimento do TSE é que, suspensos os efeitos das decisões de rejeição de contas, a inelegibilidade deixa de existir. Continuaremos normalmente com a campanha, porque este é um projeto coletivo que tem o objetivo de construir um Tocantins mais justo e menos desigual. Dentre suas plataformas de discussão na Câmara Federal, destaca-se a auditoria da dívida pública do país, a recuperação de solos, o pacto de comercialização de produtos nacionais com os países árabes e a legalização dos jogos clandestinos, cassinos e bingos. Se eleito, o sr. intensificará tais discussões no Senado Federal ou o mote da legislatura será outro? Todas essas discussões serão discutidas no âmbito do Senado. O Brasil tolera o jogo ilegal e, por isso, perdemos diretamente na arrecadação de impostos. A legalização do jogo criaria, de maneira imediata, um milhão de empregos formais. Só no “jogo do bicho” são 400 mil trabalhadores clandestinos que passariam a ter carteira de trabalho assinada, ter garantias e gerar impostos. A ludopatia (vício que consiste na incontrolável necessidade de jogar, menosprezando as consequências negativas) não pode ser obstáculo para a legalização. Ao regulamentar o jogo, os cassinos teriam o controle, por intermédio do cartão de crédito do jogador, do valor gasto. Se a família detectar que o indivíduo é ludopata, basta retirar-lhe o cartão de crédito, porque sem este instrumento será impossível jogar nos cassinos. O controle pelo cartão de crédito evita o crime de lavagem de dinheiro, porque a Receita Federal tem condições de controlar os gastos e recebimento de prêmios pelo CPF do usuário. A lei está na pauta para ser votada, mas o presidente Rodrigo Maia (DEM) quer liberar apenas os cassinos, com o que não concordamos. É necessário fazer a liberação dos cassinos em resorts, atraindo turistas estrangeiros, e dos bingos em cidades com mais de 150 mil habitantes, do jogo do bicho, além de loterias estaduais, fomentando as receitas dos entes federados. [caption id="attachment_134050" align="alignright" width="300"] Eduardo Gomes, candidato a senador pelo Tocantins. "É um excelente companheiro político, experiente; nós vamos trabalhar juntos nessa eleição; vamos ser eleitos[/caption] No que concerne à auditoria da dívida pública brasileira? Os defensores da tese são partidos oposicionistas que não conseguem evoluir nas votações do tema. Os partidos de direita têm que enfrentar o tema, não podem se omitir. A discussão — existente há muito tempo — é plausível de ser levada para o Senado também, porque em que pese esse tema ser de crucial importância para o país, Lula, Dilma e Temer vetaram a auditoria. O governo federal é refém do mercado financeiro. O governo federal não tem controle sobre seus gastos e todo mês tem déficit. A cada vez que isso ocorre, emite títulos da dívida pública prometendo pagamento de altos juros. O mercado compra os títulos, mas, na hora de receber, o Brasil não consegue honrá-los. Resultado: o país privatiza empresas telefônicas, empresas elétricas, aeroportos, estradas, priorizando a venda para aqueles investidores que possuem os títulos. Daqui a pouco, continuaremos com a dívida e sem bens para serem privatizados, o que leva à conclusão de que não temos qualquer controle sobre a dívida. Por isso a auditoria da dívida pública é necessária. A última foi realizada em 1934. A conta é simples: de tudo que o Brasil arrecada, previsto no orçamento, 43% são destinados ao pagamento da dívida pública. Os outros 57% são utilizados para gerir o país. Deste percentual, apenas 4% (menos de 10% do valor gasto com dívida) vai para a educação, 3,9% são aplicados na saúde e 1% na segurança pública. Não temos condições de continuar combatendo os efeitos, todos os anos, contingenciando despesas e investimentos. É necessário atacar e combater a causa, que é a dívida pública, uma grande caixa preta de segredos.

Negócios com empresas árabes podem fortalecer o Tocantins

Se eleito, vai trabalhar pela ampliação dos negócios com os árabes? O mercado mulçumano é o que mais cresce no mundo. Eles consomem muito, mas produzem pouco, em razão do solo desértico. De tudo que consomem, como aves, carne, leite, derivados, cosméticos, medicamentos, o Brasil só fornece 20%. O mercado Halal — que exige que as proteínas animais devem ser provenientes de abate Halal, conforme determinação da Sharia (Lei Islâmica) — está em franca expansão e a ideia é aumentar esse percentual de negócios. Os embaixadores dos países mulçumanos querem investir no Brasil e, face ao nosso bom relacionamento, querem se instalar no Estado do Tocantins, tornando-o centro de produção Halal no Brasil. O fato da Zona Especial de Negócios estar localizada em Luzimangues, ao lado da Ferrovia Norte-Sul, que vai até o porto de Itaqui em São Luís, contribuiu para que optassem pelo Tocan­tins. A aproximação foi realizada, o projeto foi iniciado, mas encontra-se paralisado em razão da instabilidade, da insegurança jurídica e política pela qual passa o Brasil. Isto atrasou as ações. Eles aguardam o desfecho do processo eleitoral em outubro para saberem qual é a política externa que o país vai adotar. Há presidenciáveis dizendo por aí que não querem negócio com árabes ou que vai desfiliar o Brasil da ONU. Isso causa insegurança internacional e retrai investimentos. Qual é o programa que o sr. defende de correção do solo? Trata-se da implantação de um programa de governo fundamental, que é a correção de solo no Tocantins, distribuindo calcário de Talismã a Esperantina, a um custo praticamente irrisório para os produtores rurais. Isto vai corrigir a acidez do solo e permitir que as plantações sejam mais produtivas. Isso aumenta o valor das terras e das propriedades, gera emprego e aumenta a renda dos cidadãos. É possível operacionalizar o projeto, basta vontade política. Qual a sua visão acerca da exportação “in natura” das commodities produzidas no Tocantins a outros países, ao invés de industrializá-los antes no Estado? O ideal seria exportar apenas o subproduto, mesmo porque a industrialização gera empregos aos brasileiros e não aos estrangeiros. A questão é a capacidade reduzida de investimentos do país. O BNDES foi criado para isso. Contudo, resolveram utilizar os recursos em obras na Bolívia, Venezuela, Colômbia, Cuba e Angola. Resultado: não há dinheiro público para investimentos no próprio país. O capital privado, por exemplo, deu mostras que é possível industrializar a soja no Brasil e exportar o subproduto. A cooperativa Comigo, de Rio Verde (GO), além de outras no Estado do Paraná, provou que é possível operar tais indústrias, gerar emprego, renda e impostos para o país.

Alckmin promete duplicar a BR-153 para aumentar renda no Tocantins

[caption id="attachment_134051" align="aligncenter" width="620"] Presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, em meio a lideranças do partido no Tocantins durante evento em Gurupi[/caption] O deputado estadual e candidato à reeleição Olyntho Neto (PSDB) recebeu, na quarta-feira, 22, em Gurupi, o candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB), que esteve em eventos de campanha no município. A comitiva fez visita à indústria de cereais da cidade e a um frigorífico. Além disso, os candidatos participaram de uma caminhada na Avenida Goiás, uma reunião com empresários e um comício na parte da noite. Para Olyntho, “Geraldo Alck­min é o mais preparado para administrar o país, por sua história, experiência e, principalmente, pelas propostas que atendem às necessidades da população brasileira”. Entre as propostas do presidenciável mencionadas por Olyntho estão a realização de diversas reformas, como a tributária e a política, que inclui o fim do voto obrigatório. Duplicação Após solicitação do ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSDB), Geraldo Alckmin garantiu que, se eleito, atuará para a duplicar a rodovia federal BR-153, com o objetivo de garantir o desenvolvimento do Estado e segurança aos bra­si­leiros que utilizam a via. "Vamos duplicar, sim, a BR-153. Rodovia duplicada vai trazer mais empresa, mais renda e mais segurança para a população", afirmou Alckmin a populares em reunião na feira da Rua 13. "O Tocantins é o Estado que é potência no agronegócio, no turismo, e precisa de infraestrutura para se desenvolver", complementou o candidato do PSDB. Candidato a governador do Tocantins, Amastha ressaltou a importância da proposta. "O futuro do Brasil passa pelo Tocantins e o futuro do Tocantins passa por Gurupi. O presidente Alckmin sabe disso e, por isso, dedicou seu tempo para estar aqui. Para nós, é uma honra. Ele tem visão e sabe que o Tocantins é uma terra de oportunidades", disse o pessebista. O governadoriável pelo PSDB des­tacou a necessidade de o Sul do Estado voltar a ser potência econô­mi­ca. "Gurupi é o corredor de riqueza do nosso Estado. Por aqui pas­sa toda a riqueza", frisou A­mastha ao pedir a duplicação da rodovia BR-153, também chamada de Belém-Brasília. Em seu discurso, Alckmin fez elogios a Amastha por sua atuação como prefeito de Palmas por mais de cinco anos e a composição de sua chapa para o governo do Estado. "Amastha foi um grande prefeito e será um excelente governador. Ele escolheu para vice alguém que tem estatura de governador, um empre­endedor", disse, em referência a Oswaldo Stival (PSDB), candidato a vice na chapa. Plano de governo Por sua vez, Amastha aproveitou o mo­mento para sublinhar alguns pon­tos de seu plano de governo, como desburocratização da máquina pública para favorecer a geração de mais emprego e iniciativas para atrair mais empresas, além de atuar a fim de proporcionar condições a segmentos produtivos, como o comércio e zona rural, que podem se fortalecer. "Isso é desenvolvimento econômico. O tocantinense não está atrás de esmola, mas de oportunidades." Apoio Em seu pronunciamento, o senador Ataídes Oliveira (PSDB) dirigiu-se a Alckmin como o futuro presidente do Brasil. Candidato à reeleição, Ataídes disse que é orgulho para o Tocantins recebê-lo, fato que demonstra o seu “compromisso com o Estado”. O senador Vicentinho Alves (PR), outro que busca se reeleger, também teceu elogios a Alckmin, classificando-o como o “mais preparado” para governar o Brasil. Ao pedir voto a Amastha, Vicentinho destacou que o pessebista foi um grande prefeito da capital. "Quem vai a Palmas sai seguro e, com tranquilidade, vota em Amastha para entregar o Tocantins a este bravo líder e excelente gestor", afirmou. O prefeito de Gurupi (PSDB), Laurez Moreira, corroborou e ressaltou a condição de gestor de Amastha. O tucano afirmou que o ex-prefeito de Palmas fez uma gestão transformadora. Em relação a Alckmin, declarou que o presidenciável é o “mais capacitado” o para mudar a realidade do Brasil. Durante o evento, foi apresentado um vídeo com depoimento da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), que reforçou o apoio à campanha de Alckmin e, ao citar Amastha, declarou que segue o trabalho de dar sequência à “gestão inovadora” de seu antecessor à frente da prefeitura. Oswaldo Stival expressou que um dos principais objetivos do grupo é assumir o governo do Estado para “gerar emprego e oportunidades” aos tocantinenses.

Amastha perde apoio de lideranças do MDB

[caption id="attachment_134049" align="aligncenter" width="620"] Carlos Amastha (PSB), candidato a governador, perde apoio de peso[/caption] Tudo tem seu preço. A vida é semelhante a um bumerangue: tudo que vai, volta. O ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), tem vivido essa máxima na pele. Suas palavras causaram impactos e seus efeitos transformaram-se numa carga pesada. É comum ouvir: “Ah, mas a im­pren­sa pega demais no pé do A­mastha”. Quem dera fosse perseguição. Longe disso. A verdade é que, quando comandava a prefeitura de Palmas e acreditava não precisar de ninguém, Amastha falou o que quis. Hoje, ouve o que não quer. Além disso, atualmente, é rejeitado por muitos e ouvido por pouco. Isso, naturalmente, traz reflexos e tal fato deve ser noticiado e repercutido. A avalanche de notícias jornalísticas, artigos e comentários acerca dos retrocessos do ex-prefeito é bastante comum na imprensa tocantinense. Muitos possíveis aliados, que, a princípio, iriam garantir votos a ele pelo interior estão se distanciando. O deputado estadual pelo Stalin Bucar (PR), por exemplo, manteve sua fidelidade ao senador e candidato à reeleição Vicentinho Alves (PR), mas rejeitou de pronto Amastha. “O candidato lança uma candidatura em uma convenção e dias depois renuncia. Qual a confiança que teremos num elemento deste? Nenhuma. Essas coisas que ele fez político sério não faz. Perdeu totalmente a credibilidade no meu ponto de vista. E eu não seria irresponsável a ajudar a eleger um governador que, de repente, poderia abandonar o Estado”, justificou Bucar. Já os parlamentares Luana Ri­bei­ro e Olyntho Neto, ambos do PSDB, mantiveram seus compromissos com senador e candidato a reeleição Ataídes Oliveira (PSDB), mas excomungaram Amastha, candidato a governador escolhido pela coligação do partido. A classificação de todos os políticos tocantinenses como “vagabundos” ainda não desceu goela abaixo dos referidos de­putados e nem de outros políticos. O grupo do ex-prefeito de Nazaré Clayton Paulo (PTB), apoiou Amastha na eleição suplementar, mas decidiu trabalhar pela reeleição do governador Mauro Carlesse (PHS). A pequena cidade, diga-se de passagem, deu a maior vitória proporcional para Amastha na suplementar. Segundo Clayton Paulo, os últimos acontecimentos envolvendo o ex-prefeito de Palmas dificultaram o apoio do grupo. “Ele tem afastado muita gente dele, inclusive do nosso grupo. Tínhamos vereadores que o apoiaria, mas, depois de sábado [18], criou uma resistência muito grande pelas atitudes do Amastha, pela forma com que ele vem conduzindo esta campanha. Pesou muito isso”, disse Clayton Paulo, em uma referência ao fato do governadoriável do PSB ter se recusado a subir no palanque em Sítio Novo em razão da presença do ex-governador Marcelo Miranda (MDB). Para ele, a forma como Amastha vem conduzindo sua campanha demonstra “incoerência”. “Com essa alternância de pensamento, do tipo ‘hoje sou candidato, amanhã não sou’, ‘quero o MDB, mas não quero o Marcelo Miranda’, fica muito difícil. É incoerente. Algumas pessoas citaram isso na reunião”, lembrou. Outros prefeitos, como Itair Martins (PSB), de Rio Sono, Renan Cer­queira (PR), de Porto Alegre, Miranda Taguatinga (PV), Tagua­tin­ga e Suelene Lustosa Matos (PSD), de Lizarda, já desembarcaram do navio colombiano para se juntar à frente liderada pelo governador Carlesse. O fato de Amastha, pela conveniência política, ter aceitado o MDB na coligação, mas não querer posar ao lado de Marcelo Miranda e Dulce Miranda no comício de Sítio Novo, e também no Bico do Papagaio, trouxe reviravoltas dentro do seio emedebista. Um dos mais revoltados e incisivos foi o suplente de deputado federal, atualmente em exercício, Freire Junior. A revolta no partido foi tamanha que a Executiva Estadual do MDB se reuniu na quarta-feira, 22, para discutir o imbróglio e resolveu, por fim, liberar os candidatos do partido a levar o apoio a quem quiser e não mais exclusivamente a Amastha. O prefeito de Paraíso, Moisés Avelino (MDB), foi enfático: “Eu expliquei a razão, já que ele me perguntou o porquê. Eu disse que era em função das declarações dele durante essa caminhada de muito tempo para cá, em que postou nas redes sociais que, dos políticos velhos do MDB e do Tocantins, ninguém prestava, que tinha que renovar tudo. Eu disse a ele que me incluía dentro desses políticos velhos. Portanto, reafirmei ao Amastha que eu não tinha condições de apoiá-lo”. Já o presidente estadual da sigla, Derval de Paiva, segue a mesma linha de raciocínio e, em troca, a deliberação do partido foi a indicação o próprio Derval como suplente do senador Ataídes Oliveira (PSDB), ocupando um espaço que, anteriormente, o MDB não havia feito questão de ocupar. Justamente por esta razão, os prefeitos emedebistas das cidades de Almas e Bernardo Sayão, Wagner Nepo­muceno Carvalho e Maria Benta de Mello Azevedo, respectivamente, já optaram por abandonar Amastha e apoiar Mauro Carlesse. Por sua vez, o ex-governador Marcelo Miranda e a ex-primeira-dama e deputada federal Dulce Miranda participaram da reunião e se mostraram indignados com a postura de Amastha, deixando claro que não aceitam mais apoiar a candidatura do ex-prefeito de Palmas. Dessa forma, Amastha está ilhado e sem apoios de peso. Não será surpresa, portanto, se sua votação, em outubro, for inexpressiva. O maior adversário do pessebista é ele mesmo. l

Marcelo Miranda é condenado a mais de 13 anos de prisão

Ex-governador de Tocantins foi considerado culpado pela apropriação de recursos da OSCIP Brasil que administrou hospitais em públicos 2003. Decisão cabe recurso

Incêndio atinge Tribunal de Justiça do Tocantins. Veja vídeo

Chamas foram controladas por volta das 9 horas e ninguém ficou ferido

Ex-presidente do TJ é investigado por venda de decisões judiciais

O desembargador, sua esposa, Inês Ribeiro Borges de Sousa, e Duda Pereira foram intimados para prestar depoimento e compareceram à sede da Polícia Federal

Prefeito de Nova Olinda é afastado

Durante o afastamento de José Pedro Sobrinho, a gestão deve ser assumida pelo vice-prefeito, Antonio Ribeiro da Silva (PP), segundo ordem liminar

Professora Dorinha participa de debate sobre o orçamento da educação

A Lei de Diretrizes Orçamentárias 2019 e outros temas relacionados ao orçamento da educação também entraram na pauta

“Mauro Carlesse merece segundo mandato para ampliar o desenvolvimento do Tocantins”

O empresário afirma que o governador Mauro Carlesse melhorou, em pouco tempo, o setor de saúde e age para requalificar a segurança pública e a educação

TCE suspende pagamento a empresa que presta serviços de limpeza à AL

O Ministério Público Esta­dual (MPE) já havia instaurado inquérito civil público para investigar supostas irregularidades em procedimento licitatório da Assembleia Legislativa

Luana e Folha Filho vivem dilemas eleitorais nas eleições deste ano

Os próprios políticos podem ser submetidos a situações contraditórias, de quem não possui qualquer compromisso político com os partidos

Folha Filho terá dificuldades para se eleger deputado

Se sua votação é inexpressiva na cidade em que é vereador, imagina para deputado estadual, quando precisará angariar votos em todo Estado do Tocantins, onde sequer é conhecido, a não ser pela recente prisão?

Siqueira Campos é absolvido pela Justiça Federal em processo da Saúde

A sentença julgou improcedente a acusação contra o ex-governador foi proferida pelo juiz federal Adelmar Aires Pimenta da Silva