Opção cultural

Encontramos 4848 resultados
Gustavo Nogy e a arte da imprudência

Livro de ensaios “Saudades dos Cigarros Que Nunca Fumarei”, publicado pela editora Record, é como um vento em campo aberto depois de uma longa e apertada sentinela nas trincheiras ideológicas

Marcel Proust, cinema e referências

Obra seminal de autor francês é criadora de uma linguagem que flerta com o universo cinematográfico, que a usa para citações interessantes, embora pequenas, enquanto espera releitura digna de seu porte

Documentário expõe Joan Didion do vigor à fragilidade

Jornalista e escritora americana tem vida e obra narradas num belo filme, que dá um tom de passagem, uma mostra do tempo como artista da vida; laudatório, mas emocionante, íntimo, mas irradiador do universo sobre o qual ela escreveu

Literatura e internet

A web pode ajudar o leitor a penetrar melhor no bosque da ficção e colher dele boas safras de entendimento, nessa nova era de acesso ao conhecimento, de assombros e espantos

Gustavo Nogy e a arte da imprudência

Livro de ensaios “Saudades dos Cigarros Que Nunca Fumarei”, publicado pela editora Record, é como um vento em campo aberto depois de uma longa e apertada sentinela nas trincheiras ideológicas

Basileu França realiza balé infantil “A Pequena Sereia”

Espetáculo adaptado de clássico dinamarquês promete encantar público com romantismo, aventura e busca de sonhos, com a participação de mais de 800 crianças das turmas de formação em balé clássico [caption id="attachment_110745" align="alignnone" width="620"] Crianças no balé clássico da Escola Basileu França; Coordenação de Dança vai apresentar oito espetáculos, com expectativa de que haja recorde de público[/caption] De 25 a 30 de novembro, o Instituto Tecnológico de Goiás em Artes Basileu França vai realizar o espetáculo de balé infantil “A Pequena Sereia”, adaptado do livro homônimo de Hans Christian Andersen por Ronei Maciel. O evento terá a participação de mais de 800 crianças que integram as turmas de formação em balé clássico da escola. Durante os seis dias, a Coordenação de Dança vai apresentar oito espetáculos, no Teatro Escola Basileu França. Segundo os organizadores, a expectativa é que haja recorde de público. Pais, colegas e apreciadores do balé assistirão às apresentações. A maioria das pessoas conhece “A Pequena Sereia” da adaptação para o cinema feita pelos estúdios da Disney. No filme, muitos outros personagens aparecem para dar um colorido especial à história, incluindo um caranguejo pra lá de fanfarrão. Ariel, a princesinha sereia que vive no fundo do mar, tem uma profunda curiosidade de conhecer o que há na superfície. O tritão, pai de Ariel, não gosta da ideia da filha, mas promete que a deixará subir quando ela fizer 16 anos. Sereia, mas tão curiosa quanto qualquer menina, ela não espera, e acaba contrariando o pai. A sequência da história é cheia de aventura e drama, que envolve um príncipe, uma bruxa, encantos e desencantos. A adaptação de Ronei Maciel leva em conta este universo todo de personagens. “Nesse espetáculo os atores mirins se integram às coreografias de forma entusiasta, fazendo do palco um espaço nobre de atuação. Nosso objetivo é contribuir cada dia mais para a formação dos nossos alunos, contando com o apoio dos pais e professores. Assim, ao atuarem no palco, as crianças selam nossa parceria com as artes e a cultura, e reafirmam nosso compromisso de formação e transformação das mesmas junto à sociedade”, diz a coordenadora de Dança, Simone Malta Segurado. Os ingressos podem ser adquiridos na Coordenação de Dança, no valor promocional de R$20 (meia entrada) até dia 24 de novembro. Após esta data, o valor é de RS 40 (inteira). Serviço: Espetáculo: “A Pequena Sereia” Local: Teatro Escola Basileu França, (Av. Universitária, 1750 - Setor Leste Universitário) Ingresso: R$20 (meia entrada) até dia 24 de novembro; depois, RS 40 (inteira) Programação: Festa A - 25 de novembro (sábado), às 16 horas; 26 de novembro (domingo), às 20 horas. Festa B - 25 de novembro (sábado), às 20 horas; 26 de novembro (domingo), às 16 horas. Festa C - 27 de novembro (segunda-feira), às 19h30; 28 de novembro (terça-feira), às 19h30. Festa D - 29 de novembro (quarta-feira), às 19h30; 30 de novembro (quinta-feira), às 19h30.

No centro da Poesia Ocidental: Virgílio, o poeta insuperável

O poeta romano, como todos os grandes da poesia, anunciou-se muito cedo, deixando uma obra profunda; não só Eneida, mas sobretudo os saborosos versos da sua juventude fazem-nos vibrar

Novo filme de Laís Bodanzky debate o papel social da mulher

"Como nossos pais" analisa as dinâmicas familiares brasileiras, em que a essencial figura feminina se vê em meio à carga brutal de afazeres e o drama da implacável falibilidade

Em viagem longa, Sixxen lança faixa do novo trabalho no formato live session

No primeiro vídeo da banda, quarteto goiano apresenta a música mais longa do repertório do grupo em uma gravação ao vivo no Complexo Estúdio

Atores goianienses encenam peça de Jean-Paul Sartre

“Entre quatro paredes”, um clássico moderno da dramaturgia francesa, estará em cartaz neste fim de semana, no Teatro Sonhus (Lyceu de Goiânia)

Pianista goiano se apresenta na Sala Itaú Cultural, em São Paulo

Otávio Henrique Soares Brandão apresentará o recital “Um outro olhar”, com músicas de Villa-Lobos, Bach e composições próprias

“Esdras Nogueira Quinteto – Ao Vivo” é um álbum notório

Com show de lançamento em ocupação artística no centro de Goiânia, disco ao vivo de Esdras Nogueira é ato de resistência em tempos delicados para a música brasileira [caption id="attachment_110242" align="aligncenter" width="620"] Esdras Nogueira, o homem e a marca: o artista tem contribuições relevantes para a música instrumental brasileira contemporânea, e seus álbuns merecem espaço nas prateleiras[/caption] André Luiz Pacheco da Silva Especial para o Jornal Opção Na rua 7, há uma porta discreta que pode parecer um pouco suspeita. Quem não conhece o estabelecimento, pode estranhar o movimento fora do horário comercial em plena zona central de Goiânia. Ao entrar e subir os primeiros degraus da longa e estreita escada, já é possível ouvir as notas e ver as tintas. O Complexo Estúdio & Pub abriu as portas há dois anos. A além de produzir gravações - Carne Doce e Bo­ogarins já passaram por lá -, mantém programação interessante com apresentações de jazz, música instrumental e bandas autorais. Para comemorar o biênio, a casa organizou a ocupação artística RENKA, com arte urbana e música de qualidade. Além de conferir os painéis coloridos na laje no prédio, quem foi ao lugar na noite do dia 8 deste mês, pôde desfrutar do show de lançamento do álbum mais recente de Esdras Nogueira. [caption id="attachment_110243" align="alignleft" width="620"] Foto: divulgação[/caption] “Esdras Nogueira Quinteto - Ao Vivo” comporta a intimidade do show e leva aos ouvidos instrumentistas de louvável capacidade técnica para interpretar improvisos em cima de releituras de excelentes composições da música brasileira, como “Capivara” e “Voa Ilza”, do gênio Hermeto Pascoal, “Ca­pri­cho de Raphael”, do bandolinista brasiliense Hamilton de Holanda. Há também a internacional “This ship will sink”, de Gustav Rasmussen e Michael Blicher. Mais que isso, apresenta autorais de músicos versáteis e sincretistas, misturando jazz com samba, ska e carimbó. O novo álbum nasceu de uma apresentação no Sesc Ceilândia (DF), em 24 de maio, depois de ter sido amadurecido por dois meses durante a turnê do disco NaBarriguda (2016), que passou por casas importantes do país como Circo Voador (Rio de Janeiro) e Clube do Choro de Brasília, e por expressivos festivais nacionais como Sonido (Belém), Bananada (Goiânia), além do festival Jazzahead!, de Bremen, Alemanha. Abrindo com a inédita “Plantas que nascem”, o álbum indica a influência do afrobeat no processo criativo de Esdras. A repetição das linhas de baixo ao longo dos compassos duplos e a marcação de bateria e percussão dão o tom dançante da faixa batizada pelo sobrinho de seis anos do saxofonista. O ritmo felakutiano volta a aparecer na bela versão de “This ship will sink”, feita pelo grupo dinamarquês The KutiMangoes. De bom astral e com pinceladas de ska, “Chá de bananeira” é divertida, jovial e tem um quê de experimentação arlequinada. “Tardinha” segue outra vertente: evolui preguiçosa, despretensiosamente gostosa. Ao longo de seis minutos e meio, vai do verde ao amarelo e tem sabor de fruta. Em pegada similar, porém com clímax mais enérgico, “Quase balada” é contemplativa e dotada de uma tímida dramaticidade que seduz o corpo a performar um número de dança minimalista. De volta à pegada frenética, as canções “Nabarriguda” e “Olha o boi” des­tilam latinidade. Marcadas por ritmos do norte e nordeste do país como o carimbó, a guitarrada e o frevo, as duas são oriundas da robusta parceria en­tre Esdras e o guitarrista Marcus Mo­raes e suas respectivas bagagens. Além dessas, Marcus ainda assina sozinho “Salsa 02”, a outra inédita, que en­tra pro time das composições jazzy-tropicais. O disco “Esdras Nogueira Quinteto - Ao Vivo” é notório por apresentar música de qualidade em tempos de resistência. A arte no Brasil, de forma geral, não passa por bons momentos, e em se tratando de música, projetos instrumentais sobrevivem graças aos festivais e a boas produções como este álbum. Com efeito, a palavra não foi necessária. Bateria, percussão, saxofone, baixo e guitarra conversam entre si para bons ouvidos escutarem. Bacharel em saxofone, o músico fez sucesso na cena independente com o grupo Móveis Coloniais de Acaju. Depois de dezoito anos de carreira, os integrantes do grupo anunciaram no ano passado que dariam uma pausa em suas atividades. Esdras não parou. Ainda em 2014, já havia lançado o disco solo "Capivara", um tributo a Hermeto Pascoal. Em 2016, foi a vez da produção do álbum "NaBarriguda". Com referências como John Col­trane, Dominguinhos, Kenny Garrett, Tokyo Ska Paradise Orchestra, Gon­za­gui­nha, Astor Piazzola, Kamasi Was­hington, entre tantos outros, Es­dras Nogueira (saxofone barítono) for­ma seu quinteto com Marcus Moraes (gui­tarra), Thiago Cunha (bateria), Ro­drigo Balduíno (baixo) e Léo Barbosa (percussão). Elogiado por Hermeto Pascoal em seu trabalho solo e contemplado com Prêmio Multishow em 2010, ainda na formação do Móveis, Esdras é talentoso. Mostra que a bagagem de uma longa carreira e a inevitável necessidade de criar e experimentar são elementos que podem resultar em uma obra sazonada com matizes exóticas. Contribui­ções relevantes para a música instrumental brasileira contemporânea, seus álbuns merecem espaço nas prateleiras - isso quando não estiverem rodando. André Luiz Pacheco da Silva é estudante de psicologia e psicanálise, escritor e melômano

O amor de Calligaris

Psicanalista italiano, radicado no Brasil, relança obra que escreveu para desvendar os mistérios da nação por quem ele caiu de amores e estranhamento, quando pisou em seu solo pela primeira vez na década de 1980 [caption id="attachment_110241" align="alignnone" width="620"] Contardo Calligaris tenta compreender o Brasil olhando ao redor, conjugando línguas, sacando as armas das referências, as técnicas psicanalíticas, como se tivesse um sujeito no divã[/caption] Ler Contardo Calligaris, colunista da “Folha de S. Paulo”, é interessante porque, além de psicanalista, ele é um cidadão do mundo, com pelo menos quatro cidades incríveis girando em sua alma: Milão, Paris, São Paulo e Nova York. São, portanto quatro países, quatro línguas, quatro culturas, com todos os tipos desfilando em seu imaginário, de onde ele tira experiências e relatos para analisar situações. Não é interessante? Em “Hello, Brasil! e outros en­saios: psicanálise da estranha civilização brasileira”, segunda edição do li­vro publicado originalmente em 1991, agora saindo pela Três Estrelas (2017, 296 páginas), com acréscimo de alguns novos textos, ele parte da ideia de co­nhe­cer o Brasil pela psicanálise. Vai tentando compreender por que se prendeu à nação tupiniquim, tão estranha e atraente, desde que pôs o primeiro pé em seu solo, a partir do primeiro encontro, do primeiro choque e toques melífluos. Faz isso olhando ao redor, ou seja, comparando culturas, conjugando línguas, sacando as armas das referências, as técnicas psicanalíticas, como se tivesse um sujeito no divã. E não é difícil imaginar tal figura, afinal, a letra do Hino Nacional Brasileiro já coloca o país como um cabra gigante, e meio preguiçoso, “deitado eternamente em berço esplêndido”, pronto para mergulhar no ouvido de um psicanalista. E eis que surge Calligaris, formado, nos anos 1970, na Escola Freudiana de Paris (que, apesar do nome, o nome do Pai, é “a escola de Lacan”, conforme lembra o autor). Colono e colonizador Nos 18 textos publicados neste livro (contando o prefácio extremamente elucidativo), Calligaris analisa o Brasil a partir de elementos fulcrais como a escravidão, a imigração, o modo como se trata a infância, o gozo, a figura do pai (tema caro à psicanálise), a violência, a discriminação social, e uma série de termos do ofício. Trata-se de uma jornada intelectual a partir do olhar, do ouvido, do sentir de um estrangeiro, que hoje não seria capaz de falar tal como o fez naqueles tempos porque já se sente um entre nós. Seu primeiro texto, “Este país não presta”, dá o tom da conversa, dividindo a personalidade brasileira em duas características basais: a do colono e a do colonizador. Segundo Calligaris, o colonizador “é aquele que veio impor sua língua a uma nova terra”, e, longe do pai, sentiu-se no direito de fazer o que bem entendesse com essa terra, manejando-a “como se possuísse o corpo de uma mulher e gritasse ‘goza, Brasil’, esperando seu próprio gozo em que a mulher, esgotada, se apagará em suas mãos – prova definitiva da potência do estuprador.” O colono é “quem, vindo para o Bra­sil, viajou para outra língua, abandonando a sua língua materna” (mesmo os portugueses), que já não o reconhecia como sujeito, e vem à procura de uma nova pátria. O colono é quem deixou a velha identidade para trás e não consegue se construir como novo sujeito numa terra dominada pela selvageria da elite estupradora. Essa desconjuntura de alma é o Brasil. E não é o tipo de coisa que muda de uma década para outra. É uma observação psicanalítica à luz da história. Essa metáfora está com todas as portas abertas, e podemos entrar nela para ver de perto o que ocorre. Ainda hoje, quando alguém deixa de ser ‘colono’ e vira ‘colonizador’, transforma-se numa espécie de estuprador. Os criminosos presos na Ope­ração Lava-Jato (empresários e políticos) são exemplos disso. Os que eram pobres ou da classe média ganharam muito dinheiro assaltando os cofres públicos (estuprando a nação), mas sempre ignoraram as ferramentas políticas que transformariam a sociedade como um todo. Os que já nasceram ricos, laboram, conspiram, corrompem para ficar mais ricos, instrumentalizando o Estado. Quem um dia se atrever a escrever a história do enriquecimento no Brasil, não se surpreenderá ao perceber que as grandes fortunas foram construídas sempre coladinhas à máquina do Estado, sem contrapartida alguma aos que lhe servem na base da pirâmide. Outro exemplo é o de quem é da periferia (colono), ganha dinheiro e vai para o centro (colonizador), e passa a ter horror da periferia. Um país assim, com essa dupla personalidade, não muda nunca. Até na sensível discussão racial, vemos negros (colonos absolutos, arrastados à força para o cativeiro passado) que, ajoelhados emocionalmente diante do cinismo racista, porque quer se aliar à elite branca, racista (colonizadora), ou já se aliou, nega a existência do racismo. Haja divã. No longo prefácio para a nova edição, Calligaris já deixa claro que entender o Brasil, por meio do que ouvia, via, lia e sentia dos cidadãos e do modus vivendi, era também uma maneira de entender a si mesmo. Era um modo de compreender em que mundo se encaixava e como se estruturava esse mundo que ele queria para si. Ele queria talvez entender a razão mais profunda de sua vontade de deixar Paris, onde morava e tinha consultório, e vir para o Brasil, em 1989, onde passou a viver (com um hiato de dez anos entre 2004 e 2014, quando viveu em Nova York). Segundo Calligaris, “para quem fala mais de uma língua, cada uma delas talvez permita uma neurose diferente”, e “mudar de língua e de país pode ser um jeito, não de se curar, mas de mudar de neurose.” Talvez essa observação tenha saído dos manuais de psicanálise, mas talvez o autor tenha compreendido isso ao analisar o Brasil, ou no processo de criação do livro, propriamente, revendo conceitos, evocando memórias, aprimorando o conhecimento de si mesmo. Afinal, ele próprio diz: “Este foi o livro em que me analisei na hora em que decidi me mudar para o Brasil.” Neste sentido, a terapia serviu mais para o terapeuta, pois o amor se manteve. Talvez o livro de Calligaris mereça ser lido com mais atenção. Talvez no corpo do texto haja uma resposta para a seguinte pergunta: como se insere o eu calligariano interessado nesse corpo estuprado, violado, abusado? Por que o ama de paixão, em vez de sentir pena?

8º Festcine Goiânia homenageia (in memoriam) documentarista Luiz Cam

[caption id="attachment_110244" align="alignnone" width="620"] Lourival Belém Jr (e) e Luiz Cam: amigos desde a adolescência, parceiros da vida toda, dois dos criadores do Cineclube Antônio das Mortes | Foto: Guaralice Paulista[/caption] O cineasta e arquiteto goianiense Luiz Cam terá homenagem póstuma no 8º Festcine Goiânia 2017, entre os dias 18 e 21 de novembro, no Cine Goiânia Ouro, na Rua 3, 1016. Cam, que faleceu de câncer em junho de 2015, aos 52 anos, deixou dois documentários de curta-metragem assinados na direção, no roteiro e na montagem, “As margens da Vila Roriz” (2002) e “Desterro” (2004). Além disso, ele assina produção, roteiro, montagem, direção de arte e de fotografia em uma série de filmes de outros diretores, como Lourival Belém Jr, médico psiquiatra e documentarista, seu amigo desde a adolescência, parceiros da vida toda, dois dos criadores do Cineclube Antônio das Mortes. Lourival Belém Jr é convidado especial do festival. Seus filmes também ficarão em cartaz nesses quatro dias de mostra, demonstrando a simbiose indefectível das obras dos dois amigos. Entre os destaques do cinema de Belém Jr estão “As cidadelas invisíveis” (2001), “Imagens da cidade dos homens” (2005) e “Recordações de um presídio de meninos” (2009). Organizado pela Prefeitura de Goiânia, a edição especial do 8º Festcine Goiânia, que terá duração de seis meses, começou no dia 18 de julho e vai até 15 de dezembro. Programação Dia 18 (às 20 horas – cerimônia de abertura) l “Desterro” (direção de Luiz Cam) l “As margens da Vila Roriz” (direção de Luiz Cam) l “Quinta essência” (direção de Lourival Belém Jr e Ronaldo Araújo) Dia 19 (às 20 horas): l “Recordações de um presídio de meninos” (direção de Lourival Belém Jr) l “As cidadelas invisíveis” (direção de Lourival Belém) l “Desterro” (direção de Luiz Cam) Dia 20 (às 20 horas): l “Concerto da cidade” (direção de Lourival Belém Jr) l “Imagens da cidade dos homens” (direção de Lourival Belém Jr) l “As margens da Vila Roriz” (direção de Luiz Cam) Dia 21 (às 20 horas – cerimônia de encerramento) l “Autonomia” (direção de Lourival Belém Jr) l “Dois nove cinco ponto cinco” (direção de Lourival Belém Jr e Ronaldo Araújo) l “Dedo de Deus” (direção de Lourival Belém Jr e Márcio Gomes Belém) l “Desterro” (direção de Luiz Cam)

Grande sertão: veredas não morrerá jamais

Hoje faz 50 anos da morte de João Guimarães Rosa, mas “a morte é para os que morrem”; seu único romance sobreviverá ao longo dos anos pela força da linguagem, seu vigor estético, e pelas frases marcantes que a trama imprime