Opção cultural

Com a realidade recente colada nos fatos recriados como ficção, série da Netflix, conduzida por José Padilha, tem bom ritmo e uma narrativa envolvente, além de chamar a atenção para fatores importantes da nossa sociedade

“A Mulher, o Homem e o Cão” não só confirma o talento de Nicodemos Sena, como, ao lado de seus livros anteriores, é obra de referência para o estudo temático da vida das populações marginalizadas da Amazônia

Nos últimos cinco anos, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás vem fomentando a discussão sobre espaços urbanos por vários tipos de intervenção, entre eles o de patrocínio de projetos que valorizem as ações da categoria

Médico, político, romancista, biógrafo, ensaísta, tradutor e pintor brasileiro - eis como a ele se referem os enciclopedistas

Apresentar-se em Goiânia depois do principal representante do rock da capital não é uma missão fácil. Mas atração americana soube arrebatar plateia com sequência de hits

Inscrições estarão abertas até 4 de abril para quem estiver pensando em desenvolver algum trabalho que valorize o campo de Arquitetura e Urbanismo em Goiás, em exposições, feiras, seminários, produções audiovisuais ou publicações
[caption id="attachment_120675" align="alignnone" width="620"] Vista parcial de Goiânia: edital procura estabelecer uma ponte com a produção social envolvendo a Arquitetura e Urbanismo, em suas várias manifestações | Foto: Gilberto G. Pereira[/caption]
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/GO) recebe até 4 de abril projetos que promovam e valorizem a Arquitetura e Urbanismo no Estado, para se candidatarem às cotas do edital de patrocínio de 2018. Podem ser inscritos exposições, feiras, seminários, produções audiovisuais e publicações, entre outros.
O valor total disponibilizado pelo edital deste ano é de R$ 70 mil. As cotas são de R$ 18 mil, para projetos de âmbito regional; R$ 24 mil, para projetos de âmbito nacional; e R$ 28 mil, para projetos de âmbito internacional. Todos os eventos e ações devem ser realizados em território goiano, entre 20 de abril e 15 de dezembro de 2018.
“Com esse edital, estabelecemos uma ponte com a produção social envolvendo a Arquitetura e Urbanismo, em suas várias manifestações”, afirma o presidente do Conselho, Arnaldo Mascarenhas Braga. “A resposta a essa oportunidade oferecida pelo CAU/GO tem sido muito satisfatória, tanto em número de participantes quanto em resultados”, diz. “É fato que existem algumas exigências legais no que tange a apresentação de documentação por parte dos pleiteantes, mas elas não devem constituir barreira para os interessados”.
Entre as exigências do edital, estão previstas contrapartidas como a aplicação da logomarca do CAU/GO no material de divulgação do projeto e o acesso facilitado aos arquitetos e urbanistas às atividades ou produtos resultantes dele, entre outras formas de compensação.
Histórico
Veja abaixo a lista com os 16 projetos apoiados pelo CAU/GO entre 2013 e 2017, por meio das edições anteriores do edital de patrocínio:
2017
- III Fórum Goiano de Mobilidade
- XXI Seminário Nacional de Escritórios Modelos de Arquitetura e Urbanismo
- “O itinerário pioneiro do urbanista Attilio Corrêa Lima” (livro de Anamaria Diniz)
2016
- Jornada de Estudos Brasileiros 2016: Restauro do Patrimônio Edificado
- 7º EARQ – Encontro de Arquitetura e Design
- Festival Beco
- XI Oficina da Norma de Desempenho
2015
- Semana de Arquitetura dos alunos da PUC Goiás (Semanau)
- 6º EARQ – Encontro de Arquitetura e Design
2014
- Semana de Arquitetura dos alunos da PUC Goiás (Semanau)
- Seminário Formação em Infraestrutura Urbana
- Exposição sobre o arquiteto e urbanista Harry Seidler
- 5º EARQ – Encontro de Arquitetura e Design
2013
- Hoje estrelas, amanhã stars (vídeo-documentário de Eurípedes Monteiro)
- Mostra O Artista Arquiteto
- Seminário Água Sustentável para Alto Paraíso de Goiás
Cronograma 2018
- Inscrição e recebimento dos projetos e documentos de habilitação: 02/03 a 04/04/2018 (até as 16h)
- Divulgação da lista dos projetos e proponentes habilitados: 13/04/2018
- Prazo final para assinatura do Convênio: 20/04/2018
Endereço para inscrição
Sede do CAU/GO – Av. Eng. Eurico Viana, 25, ed. Concept Office, 3° andar, Vila Maria José, 74.815-465, Goiânia-GO
Contato para dúvidas
Romeu Jankowski, assessor jurídico
(62) 3095-1363
[email protected]
Mais informação
Elisa A. França
Assessoria de Imprensa - CAU/GO
[email protected]
(62) 3095-3048 (62) 9-9102-1267
www.caugo.gov.br

Livro da premiada escritora americana Maggie Nelson aborda com mestria o universo queer, expondo a complexidade da vida humana, aquilo que às vezes nem as palavras mais sutis dão conta de traduzir: o ser em sua inteireza

Filme japonês que narra o drama de um homem separado que não quer perder o filho, mas não sabe agir com a devida preocupação com o futuro do garoto, discute questões como liberdade de ser e posicionamento ético no mundo

Escritor italiano tem a nos ensinar mais do que o mantra repetido na internet, que nasceu de um momento de distração de sua parte: “As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis”

Anthony Blunt é o personagem desta sequência de textos sobre os agentes duplos mais famosos da Segunda Guerra Mundial, infiltrados nas fileiras mais importantes da Grã-Bretanha e nos quadros da URSS
[caption id="attachment_120220" align="alignnone" width="620"] Sir Anthony Blunt (1907-1983): Do nada, aparece nas fileiras da NKVD (posterior KGB). Tinha visitado a URSS, no quadro das suas funções como professor em Cambridge, em 1933[/caption]
FRANK WAN
Especial para o Jornal Opção
No dia 15 de novembro de 1979, Margaret Thacther – conhecida por muitos no mundo inteiro como Dama de Ferro, e particularmente na Inglaterra, na época, como Bruxa (Witch) – fez o que nunca fora visto na história política moderna: abriu o discurso na House of Commons denunciando Sir Anthony Blunt, ou, como ela o chamou, “professor Blunt”, como “suspeito de ser um espião soviético”. Depois prosseguiu, no discurso de dia 21 de novembro, fazendo a cronologia “detalhada” da suspeita até a confissão.
Todos os políticos escolhem o momento certo. Thatcher sabia do diagnóstico de câncer terminal de Anthony Blunt e sabia perfeitamente o seu estado de debilidade física. Se é difícil perceber o que leva Thatcher a este ato tão perigoso – denunciar espiões das suas próprias fileiras expõe muita informação e pessoas –, não restam dúvidas, por outro lado, da extrema covardia do momento escolhido.
Blunt era extremamente poderoso e influente. Se Thatcher o enfrentasse antes, poderia colocar carreira política em risco. Ela sabia isso. Ninguém ensina tática a este gênero de políticos de qualquer quadrante.
Da vingança pessoal de todo um conjunto vasto de pessoas, normalmente constituído por ignorantes que dominam a elite inglesa e que, obviamente, eram intelectualmente muito inferiores aos “Cinco Magníficos”, sendo, por isso, muitas vezes humilhados por estes, até o desejo de Thatcher de se afirmar e estabelecer uma nova era em que os políticos dominam sobre as máquinas burocráticas, todas as teses foram aventadas.
Blunt era da família de Isabel Bowes-Lyon, mais tarde conhecida como a Rainha-Mãe. Entrou no Trinitiy College, em Cambridge, no curso de Matemática, mudando depois para o curso de Línguas Modernas. Veio mesmo a ser professor de Língua Francesa em Cambridge. Os seus trabalhos finais do curso versavam sobre a História da Arte em França, no quadro deste trabalho viaja com frequência pela Europa.
Desdenhado pela história
Por esta época, é formado o “Cambridge Apostles” (Apóstolos de Cambridge) – grupo de intelectuais que se constituíram como uma associação, tendo alguns membros, mais tarde, conquistado lugares de relevo na vida e sociedade inglesas. Tomou o seu nome pelo fato de serem doze os membros fundadores. Tal como Guy Burgess, Blunt era reconhecidamente homossexual. Aliás, quase todos os membros da associação, também conhecida como “Conversazione Society”, eram conhecidos por serem marxistas e homossexuais.
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Victor Rothschild (1910-1990): Membro proeminente da famosa família Rothschild, teve papel muito mais importante do que o que a história lhe reservou[/caption]
Um dos membros da associação era Victor Rothschild (Nathanail Mayer Victor Rothschild), membro proeminente da famosa família Rothschild, que tem um papel muito mais importante em todos os acontecimentos do que a história e os historiadores lhe reservaram. No fundo – e infelizmente devo confessar que este assunto é demasiado vasto e exorbita minhas competências –, é ele o personagem chave que permite que os “Cinco Magníficos” tenham feito o que fizeram.
Do nada, Blunt aparece nas fileiras da NKVD (posterior KGB). Tinha visitado a URSS, no quadro das suas funções como professor em Cambridge, em 1933. E tudo indica que em 1934 já trabalhasse para os russos. Na conferência pública pós-denúncia, Blunt declarou que foi Guy Burgess que o “converteu” (sic) ao marxismo e o seduziu para trabalhar para os russos - essa pode simplesmente ser a versão que mais lhe convinha dar na altura.
Ainda permaneceu em Cambridge, e muitos deduzem que ficou por ali como “detector de talentos” e agente recrutador. Carter Miranda, a autora do “Anthony Blunt: His Lives” (“As Vidas de Anthony Blunt”), afirma que foi ele que recrutou Guy Burgess, Kim Philby, Donald Maclean, John Cairncross e mesmo Michael Straight.
Pode ser que Miranda queira engrandecer o seu retratado para dar peso à sua obra. Todos os dados permanecem discutíveis. Cada um dos visados foi dando versões diferentes dos acontecimentos, conforme o aperto em que estava na altura. Por outro lado, a lista dos espiões pode exorbitar em muito a dos “Cinco”.
Medindo palavras
Quando Blunt foi interrogado, já pelos anos de 1964, prestou declarações a troco de imunidade e algumas outras prebendas. Portanto, nestas circunstâncias, saberia muito bem medir o que lhe era melhor afirmar. Blunt mentiu sempre. Tudo o que admitiu, fê-lo depois de ter sido confrontado com dados inegáveis. De sua própria iniciativa, nunca forneceu qualquer dado novo que acrescentasse alguma coisa ao já sabido.
Talvez até tenha admitido, perante a necessidade, coisas falsas – por algum motivo que ninguém entende quiseram fazer este processo com estes contornos e Blunt limitou-se a dançar conforme a música.
O livro de Andrew Boyle, “Climate of Treason” (“Ambiente de Traição”) praticamente retrata Anthony Blunt. O personagem “Maurice” tinha demasiadas semelhanças com Blunt, e alguns factos eram apresentados de forma evidente. Blunt tentou evitar a publicação do livro, e esse ato desesperado acabou por denunciá-lo.
Toda a história da tentativa de impedir a publicação é contada por uma revista satírica, a “Private Eye”, que, na época, fazia um pouco o papel da publicação francesa “Le Canard Enchaîné”. Ia escrevendo com graça e humor despudorado, mas, no meio, fatos graves iam sendo apresentados.
Blunt alistou-se no exército inglês em 1939, entre diversas coisas, esteve no teatro de guerra em França já na recolha de informações. É já neste ano que aparece no MI5. Tal como John Cairncross, que estava no MI6, passa os anos seguintes a passar informações para os russos. Blunt nas declarações que prestou admitiu ter sido ele a recrutar John Cairncross.
Blunt, no fim da guerra, tem a patente de major. Já na parte final da guerra, quando alemães e ingleses começam a perceber que havia muitos sinais que a Alemanha seria derrotada, muita gente começou a “precaver-se” para o pós-guerra. Não é por acaso, por exemplo, que os hospitais e repartições públicas alemãs receberam ordens para queimar todos os documentos, sabiam perfeitamente qual o resultado moral e consequências das suas ações não estavam “apenas a seguir ordens”, tinham perfeita noção do que faziam.
Cartas comprometedoras
Muita gente no mundo devia muitos favores, de muita ordem, a Anthony Blunt. É impossível fazer uma lista detalhada de cumplicidades, conluios e segredos graves que rodeavam este homem. É atribuída a Blunt uma missão grave e extremamente delicada: parte para a Alemanha, concretamente para o Castelo de Friedrichshof (Schloss Friedrichshof) a fim de resgatar umas estranhas e comprometedoras cartas entre Adolf Hitler e o Duque de Windsor (Eduardo VIII), conhecido por ser germanófilo, de ascendência alemã e simpatizante do nazismo.
Diz-se que as cartas estão nos Royal Archives – penso que terão restado apenas as menos comprometedoras. Esta viagem tem mais finalidades, mas ainda não chegou o momento de as revelar. Existem dados muito concretos e registos iniludíveis recolhidos por algumas pessoas e que estão guardados.
Depois do discurso de Margaret Thatcher, a vida de Blunt foi examinada até ao limite. Muita coisa foi dita e, como sempre nestas circunstâncias, muita foi inventada, até porque é difícil apurar fatos em matérias deste tipo. Passou os últimos anos da vida sob esta estrela negra. Retiraram-lhe todos os títulos e todos os cargos. Procuraram humilhá-lo até os limites do impensável.
Qual foi o papel real de Victor Rothschild e, por extensão, da família Rothschild nesta quase impossibilidade? O que foi realmente Blunt fazer ao castelo de Friedrichshof? Que traços da relação entre a Família Real Inglesa e Adolf Hitler foi Blunt apagar? Que favores tão grandes deviam todos a Blunt? E por que é que Margaret Thatcher arriscou toda a segurança nacional e iniciou seu mandato com um ataque brutal e nunca visto a um mero especialista em História da Arte?
Frank Wan vive em Portugal. É ensaísta, poeta, tradutor e professor

Auge desta produção aconteceu nos anos 30 e sua apreciação veio nos 50, mas parece ter sido excluída do radar da crítica – principalmente da Academia

De Portland, Oregon (EUA), o quarteto roqueiro desembarca na tarde de hoje na capital goiana para dar início às apresentações que fará no País; o Diablo Pub abre às 21 horas

Além de outras novidades, cantora e violonista paulista traz a Goiânia, pela primeira vez, músicas de seu álbum mais recente, “Singular”
[caption id="attachment_119906" align="alignnone" width="620"] Badi Assad: Em 26 anos de carreira, cantora surpreende pela sonoridade diferenciada e pelos variados efeitos vocais que explora | Foto: Divulgação[/caption]
Badi Assad, reconhecida internacionalmente como cantora e violonista, vai se apresentar em Goiânia no dia 25 de março, no Teatro do Espaço Sonhus, do Colégio Lyceu, no centro da capital. Ela encerrará o Festival Juriti.
O show terá entrada gratuita, e quem comparecer vai ter a oportunidade de ver um repertório variado que inclui músicas de seu último álbum, “Singular”, junto com uma retrospectiva da carreira da cantora, além de outras novidades do novo show que vai estrear em breve.
Em vias de lançar seu primeiro livro, "Volta ao Mundo em 80 Artistas", Badi apresentará uma pequena prévia da nova turnê baseada nele. O livro tem previsão de lançamento para abril e trará 80 crônicas sobre artistas da música, de cada canto do mundo, que marcaram e influenciaram sua vida e sua trajetória profissional.
Em seus 26 anos de carreira, Badi cativou o cenário internacional. Cantora, compositora e violonista virtuosa, surpreende pela sonoridade diferenciada e pelos variados efeitos vocais que explora. Atualmente, ela divide sua agenda entre compromissos no Brasil e no exterior, participando de iniciativas humanitárias relacionadas à música, como o projeto internacional “Saffron Caravan - The Genesis World Music”, entre outros.
Serviço
Evento: Show com Badi Assad
Onde: Teatro do Espaço Sonhus do Lyceu de Goiânia
Quando: 25 de março (domingo), às 21 horas
Entrada: Gratuita
Endereço: Rua 21, N. 10, Centro

Winston Churchill, o homem mais importante do século 20, ajudou o mundo a ser o que é, ao criar estratégias de combate contra as forças nazistas; o filme “O Destino de uma Nação” mostra isso muito bem

Prestes a fazer 21 anos, a garota paquistanesa que aos 15 sofreu um atentado executado pelo Taleban tem um ativismo destemido; seu discurso encanta pela vontade que transmite de querer ajudar a mudar o mundo, sobretudo o islâmico