Economia

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Lei em vigor não distingue gestão fraudulenta de crise comum

Especialistas apontam como causas a inadimplência dos consumidores, a dependência do endividamento e a alta taxas de juros

Levantamento do Inmetro aponta o ranking

Duas cidades goianas estão na lista: Itapuranga e Morrinhos

Apenas em 2022, Goiás acumulou perdas de R$ 2,4 bilhões; para este ano, a estimativa é menos R$ 5,5 bilhões no caixa

Após dois anos de restrições, inflação durante o feriado subiu 15% em doze meses

Controladoria-Geral da União quer saber porque banco usou 99% da carteira de crédito no período eleitoral

Presidente Lula confirmou que faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) será a partir de R$ 2.640, com altas graduais depois

O colegiado com apenas 12 deputados federais foi criado pela presidência da Câmara nesta quarta-feira, 15

Maior registro está voltado ao setor de lazer e cultura, com percentual de 9%

Estados buscam recuperar perdas com as novas políticas de tributação do ICMS, que foi reduzido para no máximo 17%, para gasolina, transporte e energia

Com inflação acumulada bem abaixo da alta registrada na alimentação dentro dos lares brasileiros, nos últimos 12 meses, os bares e restaurantes reajustaram os preços, mas sem conseguir repor prejuízos. De acordo com dados do IBGE, divulgados na quinta-feira, 9, a inflação no setor de alimentação fora de casa em janeiro teve alta de 0,57%.
Nesse sentido, comer fora de casa se tornou mais atrativo, concluiu a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-GO). “A questão da inflação do setor de bares e restaurantes está sempre com tendência menor do que a inflação de alimentos, que são basicamente o insumo dos nossos negócios. Então isso é muito bom para o consumidor, porque mostra a importância do setor, que, realmente, a alimentação fora do lar está mais barata”, disse ao Jornal Opção, o presidente da entidade, Danilo Ramos.
Nacionalmente, a tendência também é a mesma observada pela instituição. “Se por um lado isso significa que em termos relativos ficou mais atrativo para o consumidor comer fora de casa, por outro mostra que não estamos conseguindo recuperar o que foi perdido para a inflação dos alimentos e bebidas, nossos principais insumos, que aumentaram 11,07% no mesmo período”, destaca o presidente-executivo da Abrasel nacional, Paulo Solmucci.
O empresário não vai conseguir mais segurar estes aumentos
Danilo Ramos - presidente da Abrasel-GO
Prejuízos acumulados e estagnação
Uma pesquisa realizada em janeiro com 1.748 empresários de bares e restaurantes de todo o país revelou que metade deles ou não conseguiu aumentar o cardápio (23% dos entrevistados) ou fez reajustes abaixo da média de inflação (27%) nos últimos 12 meses. Outros 40% só repassaram a média de inflação. E apenas 10% dizem ter feito reajustes acima da média.
“O fator inflação explica, em parte, o fato de termos ainda 19% das empresas trabalhando com prejuízo em nosso setor. Nossa expectativa é que este ano a gente consiga baixar este índice e o controle da inflação se mostra muito importante para que isso aconteça”, completa Solmucci. Em Goiás, de acordo com Ramos, na pré-pandemia o percentual era de 5% dos estabelecimentos com prejuízos, atualmente, este número saltou para em torno de 30%.

“Este número nos preocupa bastante em relação ao setor, mas ele nos mostra também que o empresário vai passar a diluir estes repasses no decorrer deste ano, porque a volta da normalidade do funcionamento, com a retomada dos negócios, o empresário não vai conseguir mais segurar estes aumentos”, frisa, emendando que o preços tendem a subir nos próximos meses.
Acerca da mudança de comando no governo federal, o segmento não acredita em uma mudança radical no cenário econômico. “A gente acredita que a tendência é essa mesmo. Até porque, há o cenário de taxa de juros elevada e temos ainda a questão da inflação ser um ponto de preocupação, mesmo sendo uma inflação inferior em comparação com anos anteriores”, cita Ramos.
Vagas de empregos
Por outro lado, o setor segue entre aqueles que mais criaram vagas de emprego formal no Brasil. Em 2022, foram mais de 115 mil novos postos de trabalho gerados. O segmento está entre os primeiros que tiveram saldo positivo, com variação relativa de 9,96%, bem acima da média no país, que foi de 5,01%.

“O saldo de novas vagas em 2022 reforça a nossa posição entre os setores que mais empregam no Brasil. E a boa notícia é que esta tendência deve continuar em 2023. Em nossa mais recente pesquisa, um terço dos empresários diz que pretende aumentar o quadro ao longo do ano”, afirma Paulo Solmucci.
O setor de bares e restaurantes também lidera entre as áreas com mais contratações. O destaque é para atendente de lanchonete (45.193) e cozinheiro geral (36.828). Para Solmucci, “a maioria das vagas criadas no setor é o chamado primeiro emprego, que dá chance a jovens de entrar no mercado de trabalho e crescer – e muitos acabam também abrindo depois o próprio negócio”.

As Lojas Americanas tinham um acordo prévio com suas fornecedoras de ovos de Páscoa. Com o rombo de R$ 20 bilhões tendo vindo a público, a varejista viu-se obrigada a movimentar-se para manter os preços, quantidades e condições acordados anteriormente.
O diretor comercial da companhia, Aleksandro Pereira, relatou ao jornal O Estado de São Paulo como se deram as negociações.
“Ficou um ponto de interrogação”, disse o executivo. “Temos marcas próprias (de ovos), especialmente as licenciadas – voltadas para crianças -, que são desenvolvidas sempre com um ano de antecedência.
Nas demais indústrias, viemos conversando ao longo do ano e chegamos a um volume e custo em novembro e dezembro. Já estava tudo fechado, mas não havia começado a emissão e o recebimento de pedidos”.Gigantes do mercado como Nestlé e Ferrerro Rocher estão na lista de credores da empresa de Jorge Paulo Leman.
Ainda assim, os débitos em aberto não foram impeditivos para que ocorresse o negócio e a solução adotada , uma vez que não se conseguiu obter junto aos fornecedores o prazo normal de pagamento para tais negociações (quinze dias) foi optar pelo pagamento à vista.“Eu não tinha muito tempo. Isso foi uma dificuldade. Foram duas semanas de conversas intensas. Foi como negociar com alguém que estava chateado”, conta Pereira.
“Nunca ficamos com o caixa zerado. Os pedidos de Páscoa tem faseamento, assim, não há desembolso do caixa de uma vez só. Para esse tipo de negócio, tínhamos como fazer. Assim como tínhamos para pagar os funcionários. Nossa operação não parou. Temos vendas e, assim, entra caixa”, disse.
Desta forma, as Americanas conseguiram assegurar o abastecimento de sua rede para uma das datas mais importantes de sua estratégia comercial e os produtos começaram a chegar 15 dias antes do Carnaval.
*com informações do Estado de São Paulo

A informação foi divulgada pelo ministro Luiz Marinho