“Intitulamos 2023 como o ano do ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza)”, disse Vinícius Henrique, titular da Secretaria Municipal de Finanças de Goiânia (Sefin). Em entrevista para o Jornal Opção, ele contou que o objetivo é transformar o tributo em uma das principais formas de arrecadação do município, junto ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Segundo o secretário, Goiânia não pode depender totalmente do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) para alimentar os cofres públicos. “Uma capital que está acomodada com o IPTU sendo a principal fonte de receita está errada. Precisamos de ISS e ICMS, o IPTU é importante, mas não primordial”, explicou o titular da pasta.

Vinícius contou que o foco agora é no ambiente econômico, principalmente em negócios, geração de emprego e renda. Pontos que estão incluídos nas áreas dos dois impostos citados, ao contrário do IPTU, que trata apenas de imóveis urbanos. Ele também ressaltou que a cidade ficou presa por diversos anos nas facilidades de cobrar e receber o tributo.

Entretanto, a sonegação fiscal tem sido uma “pedra no sapato” para a Sefin trabalhar melhor a questão do ISS.

“Temos muitos indícios de sonegação e evasão envolvendo o ISS”, contou o secretário. “Em breve lançaremos um plano anual de fiscalização envolvendo o tributo. Vamos intensificar a fiscalização para podermos incrementar a receita, assim podemos manter o equilíbrio fiscal e os investimentos”, completou.

Apesar de reforçar o combate à sonegação, Vinícius acredita que haverá uma redução no percentual de inadimplência por conta da retomada pós-pandemia da Covid 19. Ao mesmo tempo, ele também reforçou que a pasta buscará melhorar a comunicação para que os contribuintes fiquem informados sobre os impostos municipais.