Ponto de Partida

A história do Brasil seria bem diferente se Aécio Neves tivesse ganhado a eleição de 2014 conta Dilma Rousseff que tentava a reeleição. Talvez o PSDB ocuparia o espaço que hoje é dominado pela extrema-direita

Aos 79 anos, o presidente exibe boa forma física e um raciocínio rápido que o credenciam para estar presidente, mas está na hora de pensar em renovação política e também impor limites às credenciais da primeira-dama

A Lei da Ficha Limpa já foi muito criticada pela esquerda anos atrás, mas agora está na mira da extrema-direita e do bolsonarismo. O ex-presidente Jair Bolsonaro disse recentemente que a lei só serve para perseguir a direita

Para onde todos esses partidos devem ir só o desempenho do governo Lula vai dizer. Se for conveniente para eles e estiver claro que Lula tem condições políticas e físicas para tentar um quarto mandato, essas legendas vão se alinhar ao governo

Presidente da república deu entrevista de 1h30 a jornalistas. Por um lado, deixou de ser pautado por crises, por outro, defendeu o mesmo de sempre

Disputa de duas correntes do PL por vaga ao senado em 2026 torna convivência insustentável em 2025

Em vídeo, Nikolas Ferreira criticou aparente desejo de aumentar arrecadação. Ao acusá-lo de fake news, governo ignora episódio da 'taxa das blusinhas'

Goiânia precisa superar esse momento de crises e seguir adiante, estar livre para projetar o que pode se tornar no futuro

Dados do Tesouro Nacional revelam que partidos da base do governo estadual elegeram prefeitos em cidades que recebem maiores repasses

O UB e MDB da base governista, o PL bolsonarista, o PSDB de Marconi Perillo e o PT de Adriana Accorsi já jogam pensando em 2026

O PSD, partido que mais conquistou prefeituras no Brasil, fez só 3 prefeitos em Goiás; o Republicanos, partido que mais cresceu no país, diminuiu no estado

Para evitar o assunto espinhoso, governo dá sinais de que pode empurrar o mercado das apostas de volta para o descontrole, em vez de implementar a lei que ele mesmo aprovou

Expectativa de se tornar protagonista do debate climático é frustrada por falta de liderança que coordene internamente as políticas acordadas no exterior

Faz sentido que o candidato com mais intenções de voto queira manter as coisas como estão. Mas “manter as coisas como estão” não é papel da oposição

Desde o fim de 2023, tramita na Câmara Municipal de Goiânia projeto com objetivo de “autorizar a desafetação” de 76 áreas públicas. Em bom português, o governo municipal deseja vender áreas dedicadas a serem asilo para idosos, praças, espaços comunitários, creches, terminais de ônibus, áreas esportivas. A intenção é “fazer o caixa” nesta reta final de mandato, enquanto ainda há a oportunidade.
A ideia é tão grosseira que precisa ser escondida atrás de linguagem mistificadora: o objetivo do projeto passa a ser “autorizar a desafetação”, e não vender de fato a área. Isso porque a Lei nº 9.504 de 1997 veda a alienação de bens públicos durante o ano em que se realiza a eleição, mas não diz nada quanto autorizar a alienação para outros anos.
A expectativa da Prefeitura, autora da matéria, é conseguir R$ 131 milhões para os cofres públicos. Até a última semana, o procurador-geral do município, José Carlos Ribeiro Issy, admitia a intenção de levantar fundos para pagar precatórios (estimados em R$ 346,6 milhões para este ano). Nesta semana, após o susto de credores que compreenderam que o Paço pode não ter os recursos para lhes quitar a dívida, a Prefeitura passou a negar esse intuito.
A justificativa apresentada pela Prefeitura em seu projeto enviado ao Legislativo é que as áreas “atualmente se encontram sem uso específico e desocupadas, o que implica em não estar cumprindo com as funções sociais de maneira apropriada”. Entretanto, reportagem do Jornal Opção revelou que quase todas as áreas públicas que a Prefeitura de Goiânia colocou à venda já possuem destinação e utilização. São áreas dedicadas a se tornarem parques esportivos, Casa de Idosos, playground, espaços comunitários, praças e parques infantis, centro comunitários, de emprego e renda, além de áreas institucionais.
Mais escandaloso ainda: outra reportagem do Jornal Opção mostrou que todas as áreas se encontram em áreas periféricas de Goiânia, onde a estrutura pública é mais necessária, onde o município deveria ser mais sensível às carências da população. Desde 2020, esta gestão da Prefeitura de Goiânia já realizou a desafetação de 39 áreas públicas.
Sem nome aos bois
Os vereadores de Goiânia aprovaram a proposta para desafetar as 76 áreas públicas da Capital no dia 11. Temendo desgastes por causa do projeto, a votação foi simbólica — ou seja, apenas quem votou contra teve o nome divulgado, enquanto os favoráveis se utilizaram de manobra regimental para não revelar o voto.
Doze vereadores manifestaram voto contrário entre os 29 que assinaram a lista de presença. Votos contrários: Aava Santiago (PSDB), Bill Guerra (MDB), Denício Trindade (UB), Fabrício Rosa (PT), Igor Franco (MDB), Kátia Maria (PT), Lucas Kitão (UB), Paulo Magalhães (UB), Pedro Azulão Jr. (MDB), Raphael da Saúde (Solidariedade), Sargento Novandir (MDB) e Willian Veloso (PL).
Nesta quinta-feira, 25, o Ministério Público de Goiás (MPGO) recomendou à Prefeitura de Goiânia a exclusão de imóveis originariamente destinados a equipamentos urbanísticos (escolas, hospitais, creches, etc) e áreas verdes do projeto de lei que permite a venda de áreas públicas. Embora não haja obrigação legal de seguir a recomendação, a recusa pode ocasionar ação do MPGO. O projeto volta a tramitar após o recesso legislativo.