Faltou Dizer

Pela primeira vez na história, dois presos conseguiram escapar de um presídio de segurança máxima no Brasil; policias entram no 7º dia de busca pelos fugitivos

Declaração de Lula gerou problemas diplomáticos e nacionais

Eliminar completamente o mosquito Aedes aegypti do Brasil é uma tarefa extremamente desafiadora, mas não necessariamente impossível, porque a sua erradicação demandaria uma combinação de estratégias de controle do mosquito.
Alguns países conseguiram reduzir significativamente a população de mosquitos através de programas de controle rigorosos, como a eliminação de criadouros, aplicação de inseticidas, uso de mosquitos geneticamente modificados e campanhas de conscientização da população.
No entanto, o Brasil, devido às suas dimensões territoriais vastas, variedade climática e desafios socioeconômicos, enfrenta dificuldades únicas no controle do Aedes aegypti. Apesar dos esforços contínuos das autoridades de saúde, a eliminação completa do mosquito ainda não foi alcançada.
O mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus da dengue, foi eliminado no Brasil na década de 1950 através de uma campanha de erradicação liderada pelo epidemiologista Oswaldo Cruz. No entanto, o programa foi descontinuado devido a questões políticas e de financiamento, permitindo que o Aedes se reintroduzisse e se espalhasse novamente pelo país.
Embora a erradicação total possa ser um objetivo difícil de alcançar, é possível reduzir significativamente a população de mosquitos e controlar as doenças que eles transmitem através de medidas de prevenção, vigilância e intervenção contínuas.
De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, até o momento, em Goiás, são mais de 34 mil casos suspeitos e seis mortes confirmadas. Com esses e vários outros dados que vemos na imprensa todos os dias fica o medo e a impotência instalam um cenário desolador.
Eu posso estar limpando o meu quintal corretamente e cuidando das minhas plantas, mas se o meu vizinho não está, a sensação que fica é de impotência. Os números assustadores deste ano são discrepantes com os de 2023.
Com o começo de um novo governo muita coisa foi prioridade, mas parece que não houve planejamento estratégico para o que é sempre presente no início de ano do brasileiro. Como isso foi acontecer?
A melhor notícia que podemos tem em meio a tantos casos de dengue é que agora temos uma vacina. Apesar de poucas doses e a vacinação estar progredindo lentamente existe um imunizante com eficácia comprovada. O únco alívio sobre a dengue até o momento.

O filme Zona de Interesse, com cinco indicações ao Oscar 2024 - incluindo de melhor filme - mostra quando o grotesco, o mal e o perverso é banalizado em um espaço ou lugar onde do ponto de vista de humanidade isso não seria aceito. A obra retrata a rotina de uma família nazista, um casal e quatro filhos, que moram ao lado do campo de concentração de Auschwitz. O pai, Rudolf Höss, é o diretor do campo, um empregão aos olhos da esposa, Hedwig Höss.
O filme, que estreou nos cinemas esta semana, é um convite para fazer o próprio julgamento moral e traz uma relfexão muito atual diante da normalização de tantos absurdos vistos nos últimos quatro anos no Brasil e no mundo.
Vivemos uma pandemia onde líderes mundiais ignoraram avidamente a existêcnia de um vírus, conseguiram enfiar na cabeça da população que aquilo foi uma conspiração global.
Veja só. No início deste mês eu peguei um Uber para cobrir um evento no centro de Goiânia e conversando com a motorista sobre política e direita (as vezes caio nesses assuntos um tanto desagradáveis, mas é porque a cabeça do bolsonarista me intriga) ela me diz que “ o virus da Covid-19 foi implantado no Brasil para boicotar e prejudicar Bolsonaro e esse vírus não veio da China. Tudo partiu daqui”.
Depois de todo o sofrimento em quase três anos de pandemia, aquilo não é nada para algumas pessoas. Banalizaram o horror que todo um país e o mundo viveram. A veceralidade política em torno do assunto ignora o primordial, até este sábado, 17, foram 709.765 pessoas mortas no Brasil..
O descortinamento de um golpe de Estado no Brasil em pleno 2022/23 para impedir que um presidente eleito legítimamente tomasse posse foi banalizado. Agora se organiza uma manifestação (com todo o direito e garantia e a liberdade de expressão) para dar “apoio e voz” ao suposto líder de uma organização criminosa que tentou derrubar a República.
Lideranças políticas eleitas pelo voto e que ao final das eleições de 2022 defenderam o resultados das urnas estão indo “dar apoio” ao ex-presidente. Banalizaram o inaceitável absurdo.
Em Goiás, terra estranha, a cidade de Iporá completa o cenário abominável desta semana. Tristemente apelidada de Faixa de Gaza do Brasil, porque fica entre Israelânida e Palestina de Goiás, o prefeito da cidade (pasmem que ainda é prefeito) tentou matar a ex-mulher e o namorado dela com ao menos 15 tiros. Naçoitan Leite invadiu a casa dela com uma camionete e atirou contra o quarto do casal. O caso ganhou repercussão nacional.
Na última sexta-feira, 16, Leite foi solto provisóriamente e vai poder reassumir a Prefeitura monitorado por uma tornozeleira eletrônica. Na chegada em casa ele foi recebido com festa, música alta e aplausos. Homens e mulheres estavam presentes na recepção.
Se todo esse roteiro escancara a banalização do horror, da dor, da violência e da repugnância, o que mais seria. Tudo isso passou longe do conservadorismo e pisoteia a humanidade das pessoas, a legitimidade dos governos e a vulnerabilidade das minorias.

A caso aconteceu no dia 14, quarta-feira, e no dia seguinte o ministro se pronunciou sobre as medidas tomadas para a recaptura dos fugitivos

Recentemente, ao menos duas ações judiciais tiveram como alvos Gustavo Mendanha (PRD), de Aparecida de Goiânia; e Jânio Darrot (MDB), de Trindade; e

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o mandatário brasileiro que mais realizou viagens diplomáticas enquanto Bolsonaro foi o que menos viajou

Bolsonaro e Lula, mesmo diferentes, tem algo em comum: os problemas com as autoridades

A tensão e o receio que pairam nos bastidores do Partido Liberal, o PL, desde a deflagração da operação Tempus Veritatis são inquietantes, quase palpáveis. Desde que a Polícia Federal (PF) prendeu Valdemar da Costa Neto (presidente do PL) e apreendeu o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro - figura de maior destaque do partido -, além de o proibi-lo de fazer qualquer tipo de contato com os outros investigados na operação, a impressão que se tem é a de que os membros da legenda temem que Jair possa ser preso a qualquer momento. Nas entrelinhas, analisa este mero colunista, para eles não é mais uma questão de "se", mas de "quando".
O cenário onde os bolsonaristas já trabalham é o de que a PF expôs de vez qual o objetivo - a prisão de Jair Bolsonaro -, e, agora, parecem tentar colar o discurso que mais criticaram e fizeram troça à época da prisão de Lula da Silva: o de perseguido político.
Basta dar uma navegada pelos perfis de políticos, influenciadores e blogs bolsonaristas. Suas páginas estão inundadas de vídeos, manchetes e frases de efeito que levam a crer que a operação da PF, ratificada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não passa de um esquema persecutório com a intenção "prender Bolsonaro a todo custo".
Não será nenhuma surpresa se (ou quando?) o ex-presidente for preso e começarem a circular bandeiras e camisetas com a face de Jair e a frase "Bolsonaro Livre!", tal qual observado ao longo do período em que o atual presidente Lula esteve confinado.
Sim, o discurso pode colar. Mas a possível prisão de Bolsonaro não é o único fantasma que assombra o PL. A legenda teme que, se realmente comprovado um dos eixos de investigação da PF - o de que o PL usou da estrutura do partido para montar um "QG do golpe" - , a possibilidade de cassação da sigla (já pedida por um senador da República) passe a ganhar forma.
É claro, sabemos, é altamente improvável, diria quase impossível, que a legenda com a maior bancada da Câmara tenha seu registro cassado. No entanto, o argumento pode fazer com que o PL crie mais um "grito de guerra" para a militância bolsonarista.
De todo modo, o PL parece se preparar com tudo o que tem para o desfecho próximo da operação da Polícia Federal. Desfecho esse que, de um jeito ou de outro, não será nada agradável para a sigla que viveu seus dias de glória nas últimas eleições e que agora amarga com a possibilidade de até deixar de existir.
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A prisão de Valdemar da Costa Neto, o presidente nacional do Partido Liberal, o PL, não é o único fator que pode interferir negativamente nas articulações da legenda para as eleições nos 5.570 municípios brasileiros. Em Goiás, a legenda se prepara para disputar nas principais cidades: Goiânia pode ter candidato com o deputado federal Gustavo Gayer, Anápolis pode ter o ex-líder de Bolsonaro, Major Vitor Hugo e na disputa em Aparecida de Goiânia, o também deputado federal Professor Alcides é o nome do bolsonarismo para a disputa.
Além da prisão do principal articulador, a Polícia Federal pediu e o Supremo Tribunal Federal determinou que os investigados pela tentativa frustrada de golpe de Estado e derrubada do estado democrático de direito no país fiquem impedidos de manter diálogo. A determinação é clara, esse contato não pode ocorrer para que não haja interferência nas investigações.
O presidente do PL começou a ser investigado após o segundo turno das eleições presidenciais de 2022, em meados de novembro. Ele e seu partido contestaram o resultado do pleito. O argumento era que urnas eletrônicas antigas utilizadas no primeiro e segundo turno tinham apresentado falha de funcionamento e teria utilizado código diferentes. O pedido de anulação de parte dos votos daria, claro, a vitória para Bolsonaro.
Incomunicáveis, Bolsonaro e Valdemar podem encontrar dificuldades para articular as candidaturas a prefeito e vereadores. Mas não só isso. Com todo o desgaste político exposto pelas manchetes de jornais e nas redes sociais, boa parte dos partidos devem começar a rever alianças com uma legenda que hoje é considerada mais "radical".
Em São Paulo, por exemplo, o MDB, que hoje comanda a prefeitura da capital, pode ter um indicado do PL na disputa pela reeleição de Ricardo Nunes. Resta saber se o MDB manterá o apoio, tendo em vista a pretensão de formar uma ampla chapa democrática.

Uma série de investigações tornou candidatos inelegíveis e cassou mandatos; na direita o cenário segue forte

A operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, que atingiu todo o núcleo duro do entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi a peça que faltava para dar visibilidade à dimensão de um quebra-cabeça obscuro que arquitetou um golpe contra o Brasil pelos ditos “patriotas”.
É importante ressaltar que a peça central da operação desta quinta-feira, 8, é um vídeo, que a PF afirma que tem posse, de uma reunião entre o ex-presidente, com Anderson (ex-ministro da Justiça), general Augusto Heleno (ex-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional), Mário Fernandes (então Chefe-substituto da Secretaria Geral da Presidência), e Walter Braga Neto(ex-ministro da Defesa).
Quem seria tão “inteligente” ao ponto de gravar uma reunião da alta cúpula do governo de deixar arquivado em casa?
O material foi apreendido em uma busca na casa do ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente Mauro Cid. De acordo com as investigações da PF dão conta de que a reunião se trata do arranjo da dinâmica golpista.
No vídeo, Bolsonaro pediu para Torres os ataques de credibilidade ao sistema eleitoral. Heleno disse aos presentes que conversou com o diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) “para infiltrar agentes nas campanhas eleitorais”. A transcrição mostra que o general foi calado por Bolsonaro, que pediu que o tema fosse tratado apenas com ele.
O pequeno Heleno também diz que é necessário os órgãos de governo atuarem pela vitória de Bolsonaro nas eleições de 2022.
“Não vai ter revisão do VAR. Então o que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar sono na mesa é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa é antes das eleições”, disse Heleno no vídeo.
A intenção era acabar com a República, porque eles são patriotas. Não existe raciocínio lógico. Se é vermelho, de esquerda ou depõe contra a direita (e não precisa nem ter todos esses ingredientes junto).
Todos esses absurdos não são sobre direita ou esquerda, comunismo ou neoliberalismo. São sobre uma nação onde não cabe mais a imposição da força ao poder estabelecido de forma constitucional.
Diante do pensamento primitivo, talvez a incompetência tenha salvado a República.
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