O Brasil tem o Congresso Nacional descompromissado com as necessidades dos mais vulneráveis, com a economia, com os Direitos Humanos, com emprego e com uma série de questões urgentes. O reacionarismo do parlamento legisla em causa própria e prioriza interesses alheios às prerrogativas basilares de deputados e senadores.

No jornalismo, é um equívoco generalizar qualquer coisa, pois todo fato tem dois lados, mas quando falamos sobre o Congresso Nacional, a generalização costuma acertar, porque poucas andorinhas não fazem verão. Irônico falar em verão, já que não temos mais inverno e o país atravessa um inferno defumado pelo que queima nas produções de soja no Sudeste e Centro-Oeste do país e da Amazônia.

Na tarde desta terça-feira, 10, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara tentou votar a anistia aos presos das manifestações que ocorreram após as eleições de 2022 enquanto o senhor Luiz Antônio apagava um incêndio na sua propriedade com uma mangueira de jardim.

A imagem foi revelada pela Globo News e foi o retrato do atual parlamento. A extrema direita organizou uma verdadeira balbúrdia a favor que quem tentou depenar a República bloqueando rodovias e depredando os prédios dos três poderes.

Para o parlamento e para a extrema-direita essa é agenda que importa. Por isso a generalização. Existem parlamentares sensatos que têm uma agenda de país e também representando suas regiões e estados, mas, infelizmente, são poucos. Ao mesmo tempo, vemos a população cooptada por um discurso de ódio onde absurdos passam com naturalidade aos ouvidos de muitos