Bastidores
Renúncia de Fernando Cunha Neto fortalece o nome do presidente municipal do PHS
Vanderlanista picha placas da gestão de Misael Oliveira, assegurando que tudo é criação de Vanderlan Cardoso
As duas unidades não estavam se pagando e, para não quebrar, decidiram sair do shopping do Setor Marista
Segundo suplente de deputado estadual, o mestre é visto como um político e técnico consistente
O deputado tucano não tem espaço para disputar eleição majoritária no PSDB. Mas no PSB terá o apoio de Lúcia Vânia para ser candidato a prefeito

A falta de empolgação de Iris Rezende pode levar o empresário a trocar o PSB pelo PMDB? É o que se diz em Brasília e, aos poucos, em Goiânia

Mesmo não tendo o apoio do prefeito, o ex-vereador trabalha para que sua base política no Congresso e na Assembleia Legislativa apoie o desenvolvimento do município
O deputado estadual frisa que, se for eleito, vai reduzir o número de comissionados para valorizar o funcionário público efetivo
Se indicado ministro, um pedido de prisão do ex-presidente precisa ser submetido ao Supremo Tribunal Federal
“Peço a graça de pisar na cabeça da serpente. De todas as víboras que insistem e persistem em nossas vidas. Daqueles que se autodenominam jararacas”
Dono de uma empresa de seguros, o tucano Pedro João Fernandes tem experiência nos setores público e privado

O deputado federal diz que estava bem nas pesquisas, que Fernando Cunha tem o seu apoio para a disputa
Numa reunião com aliados, o ex-prefeito diz que, se ficar motivado, pode disputar a eleição de 2 de outubro

[caption id="attachment_60252" align="alignright" width="620"] Iris Rezende e Waldir Soares podem sair na frente e serem atropelados por candidatos com discursos mais modernos para dinamizar Goiânia[/caption]
Eleição é uma caixinha de surpresa? Pesquisas qualitativas e quantitativas permitem mapear quadros políticos, mas as eleições são definidas na campanha. O eleitorado, cada vez mais maduro, não se preocupa tanto com candidatos que saem na frente, disparados, e são logo apontados como praticamente eleitos por seus aliados e, até, pela imprensa. O eleitorado examina, durante a campanha — raramente antes, exceto os eleitores mais politizados —, duas coisas: os projetos dos candidatos e, também, os próprios candidatos. De nada adianta um plano excelente se o candidato não convence o eleitor de que tem condições técnicas de colocá-lo em prática. Pela exposição, pela clareza (ou não) de raciocínio, o eleitor percebe a qualidade técnica e a energia, pessoal e política, do candidato. De cara, descarta candidatos que apresentam mal suas ideias, porque fica parecendo que as ideias não são deles, e sim de marqueteiros.
Em suma, o candidato e seu projeto precisam ser críveis para o eleitor. Detalhe: o eleitor tende a descartar de bate-pronto, sem dar-lhe uma segunda chance, o candidato que começa mal, mostrando fragilidades de conteúdo e sugerindo que está tentando ludibriá-lo. A partir do que se disse, é aceitável que Iris Rezende, do PMDB, e Waldir Delegado Soares, do PR, já estão praticamente no segundo turno, mesmo sem campanha? De maneira alguma. Na verdade, o quadro está inteiramente aberto. E o eleitor de Goiânia tende a surpreender, mas por vezes repete um padrão: entre um candidato populista, ao estilo de Iris Rezende e Waldir Soares, e um candidato gestor, ao estilo de Giuseppe Vecci, Vanderlan Soares, Adriana Accorsi, Francisco Júnior e Luiz Bittencourt — se estes conseguirem mostrar que têm credibilidade —, pode ficar com o segundo tipo.

[caption id="attachment_60250" align="alignright" width="620"] Iris Rezende e Agenor Mariano; Waldir Soares e Zacharias Calil; Vanderlan Cardoso e Simeyzon Silveira; Giuseppe Vecci e Sandes Júnior; Francisco Júnior e Eduardo Machado: chapas possíveis[/caption]
Com quase todo os candidatos a prefeito de Goiânia definidos, os políticos começam a definir as alianças partidárias.
Iris Rezende, embora apontado como candidatíssimo, inclusive pelo presidente do PMDB, Daniel Vilela, ainda não assumiu publicamente que disputará a prefeitura. Há quem avalie que pretende bancar uma chapa pura: ele para prefeito e Agenor Mariano (ou Bruno Peixoto) na vice. Mas a possibilidade de aliança com o DEM do senador Ronaldo Caiado é factível. Se Ronaldo Caiado disser que quer lançar o vice, o peemedebista tende a não vetar a indicação (Sílvio Fernandes e Joel Santana Braga são lembrados). O deputado federal Lucas Vergílio, do Solidariedade, também é citado, sobretudo por Iris Araújo.
O vice de Waldir Delegado Soares, do PR, deve ser o médico Zacharias Calil. Este deve deixar o PP, que não apoia o deputado federal. O papel de Calil será o de atrair parte do eleitorado de classe média que tradicionalmente não vota em candidatos do estilo de Waldir, populista e, ao mesmo tempo, de direita.
Vanderlan Cardoso, pré-candidato do PSB, gostaria de ter como vice o deputado federal Marcos Abrão, do PPS. A tendência é que o PPS indique o vice, mas dificilmente será seu presidente em Goiás, Marcos Abrão. Porém, se o PPS não apresentar um candidato de expressão, a tendência é Vanderlan sugerir para vice o deputado estadual Simeyzon Silveira, do PSC. O problema é que uma chapa só de evangélicos pode não empolgar o eleitorado católico e, ao mesmo tempo, poderá sofrer certa resistência do PPS.
O prefeito Paulo Garcia tem sugerido que o PT pode bancar um nome alternativo, quer dizer, que não está no jogo político. O reitor da PUC, Wolmir Amado, e o médico Nelcivone Melo são cotados. Mas o partido tende a bancar a deputada Adriana Accorsi — apontada por petistas como a mais bem situada nas pesquisas — ou o deputado Luis Cesar Bueno. É possível que o PT, que gostaria de compor com o PMDB — indicando o vice de Iris Rezende —, vá para a disputa com chapa pura. Entre os vices mencionados estão Pedro Wilson, Marina Sant’Anna, Nelcivone Melo, Wolmir Amado e Edward Madureira.
O pré-candidato do PSDB, o deputado Giuseppe Vecci, tende a compor com o PP do senador Wilder Morais, que indicaria o deputado federal Sandes Júnior para vice. Os dois circulam juntos em Brasília praticamente o tempo todo. A aliança, em termos eleitorais, aproximaria um político de matiz técnico, Vecci, com um político de caráter mais popular, Sandes.
O vice de Francisco Júnior, do PSD, deve sair dos quadros do PHS. O presidente do PHS, Eduardo Machado, é amigo e aliado de Vilmar Rocha e, por isso, o partido que dirige deve compor com o PSD. Como precisa circular em todo o país, Eduardo Machado não deverá ser o vice, mas é o objeto de desejo político do deputado Francisco Júnior.
Luiz Bittencourt, pré-candidato do PTB, chegou a ser cogitado para vice de Giuseppe Vecci. Mas deve sair candidato, possivelmente com um vice do próprio partido.