Desistência de Daniela Carneiro fortalece candidatura de Ludmila Cozac para prefeita de Ipameri
09 abril 2016 às 11h53
COMPARTILHAR
Ipameri, pode-se concluir, é uma cidade feminista. A prefeitura Daniela Vaz Carneiro, do PSDB, pode ser substituída por outra mulher, Ludmila Cozac, do PR.
Alegando que o governo do Estado não cumpriu alguns dos compromissos com sua gestão — como a conclusão de um lago e o recapeamento de ruas —, Daniela Carneiro anunciou que não vai disputar a reeleição. Há quem acredite que possa mudar de opinião, mas a tucana parece decidida a não recuar. Como espaço político não fica vazio por muito tempo, a desistência da prefeita produziu um efeito imediato: transformou Ludmila Cozac em favorita absoluta — inclusive absorvendo apoios que antes eram de Daniela Carneiro.
Bancada pelos deputados Alexandre Baldy, do PTN, e Diego Sorgatto, do PSB, Ludmila Cozac articula com rara habilidade. O vice-prefeito e presidente do PSD, o Doutor Beto, apoia sua postulação (e deve ser seu vice). Deste modo, o ex-prefeito Valfredo Perfeito, do PSD, também deve bancá-la.
Costuma-se dizer que a eleição de Ipameri é decidida no distrito Domiciano Ribeiro — com seus 2.800 eleitores. Lá, afirmam vários políticos, Ludmila Cozac é uma espécie de rainha — absolutamente hors concours.
O principal adversário de Ludmila Cozac será o empresário Bartolomeu Honório Nascimento, do PMDB. Pode até não ser muito popular, mas tem dinheiro, o que, eventualmente, pode pesar numa eleição.