Bastidores
De Robledo Rezende, espécie de porta-voz do friboizismo: “Em Porangatu, o governador Marconi Perillo vai ser o mais bem votado. Disparado”. O ex-deputado Francisco Bento e Robledo Rezende, ligados a Júnior Friboi, foram dois gigantes na campanha do governador Marconi Perillo. Não desanimaram um minuto e articularam, em todo o Estado, para o tucano-chefe.
O empresário Júnior Friboi (PMDB) comentou com amigos que o visitaram em sua fazenda de Iaciara, no Nordeste goiano, que gostaria muito de comemorar a vitória do governador Marconi Perillo já no primeiro turno. Friboi reservou champanhes Veuve Clicquot e Moet Chandon para comemorar com os amigos uma possível derrota de Iris Rezende.
Apesar de evangélico (desses que, de vez em quando, toma uma branquinha, mas não da Atitude, porque aí seria demais), Iris Rezende teria consultado um pai de santo em busca de explicação para tantas derrotas políticas — logo ele que se julga um “predestinado”, um “enviado” de Deus. A um amigo sugeriu que fizeram alguma “mandinga” contra ele.
“Fica-se que com a impressão de que a campanha de Iris Rezende no primeiro turno foi uma espécie de velório. No caso de segundo turno, vai ficar com ar de enterro”, afirma um peemedebista de Jataí.
Iristas firmam pé: “Iris Rezende (PMDB) ajudou na campanha de Ronaldo Caiado (DEM) mas o deputado não ajudou na campanha do ex-prefeito”. Os iristas dizem que, alegando que suas bases são as mesmas do governador Marconi Perillo (PSDB), Caiado raramente pedia votos para o peemedebista-chefe.
Na hipótese de Aécio Neves ir para o segundo turno, contra Dilma Rousseff, seu palanque em Goiás terá o governador Marconi Perillo e o deputado federal Ronaldo Caiado.

[caption id="attachment_17109" align="alignleft" width="150"] Lucas Vergílio | Foto: Divulgação[/caption]
Armando Vergílio, cotado para disputar a Prefeitura de Goiânia em 2016, trabalhou como um leão na campanha de seu filho, Lucas Vergílio, para deputado federal.
O PMDB tentou jogar o peso da campanha de Armando Vergílio, mas ele, espertamente, não aceitou a carga.
A equipe do marqueteiro de Iris Rezende teme um calote. Um ex-deputado peemedebista garante que, nos últimos dias, o empresário Sandro Mabel, que fazia os pagamentos, desapareceu do mapa — deixando Outro trem-pagador, um deputado federal, também teria desparecido. Calote à vista? Não se sabe. O que se sabe é que, quando terminam as campanhas, especialmente naquelas em que sai derrotado, Iris Rezende enfurna-se em sua fazenda do Xingu e não dá satisfação aos aliados.
Na semana passada, Iris Rezende, Jorcelino Braga e Vanderlan Cardoso abriram conversações políticas. Braga gostaria de ser o marqueteiro do peemedebista, no caso de segundo turno. É o chamado abraço dos afogados.
Contradições da política: o prefeito de Jataí, Humberto Machado, do PMDB, decidiu votar no governador Marconi Perillo, do PSDB, e o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT, optou por votar em Iris Rezende.
O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, será ministro de um possível segundo governo da presidente Dilma Rousseff. Kassab e Dilma estão muito afinados.

O presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, planeja lançar o vice do possível candidato do PSDB a prefeito de Goiânia, Jayme Rincon. “Nós temos bons nomes na capital. Por exemplo, Chiquinho Oliveira, que deve ser eleito deputado estadual.” Chiquinho, por sinal, tem o apoio do presidente da Agetop na disputa por uma vaga na Assembleia.
O governador Marconi Perillo vai operar, e já está operando — com as candidaturas de forças novas para deputado —, uma renovação global de suas forças políticas. Entre suas principais apostas estão Jayme Rincon (PSDB), Giuseppe Vecci (PSDB), Virmondes Cruvinel (PSD), Thiago Peixoto (PSD), Henrique Tibúrcio (PSDB) e Alexandre Baldy (PSDB). Trata-se do Sexteto Fantástico. Mas há vagas para outras novidades, como Francisco Júnior (PSD), Jean Carlo (PHS) e Gustavo Sebba (PSDB).

[caption id="attachment_17022" align="alignleft" width="300"] Foto: Reprodução/Verdade Gospel[/caption]
Mesmo com escassos recursos, Lívio Luciano, candidato do PMDB a deputado estadual, fez uma campanha proposita, arrojada, e tende a obter votos em todo o Estado. O problema, como dizem os peemedebistas, é que, na aliança do partido, um candidato precisa obter entre 27 mil e 30 mil votos para ser eleito. Lívio é uma das apostas tanto de Iris Rezende quanto de algumas igrejas evangélicas. Trata-se de um craque político que, se eleito, fortalecerá a Assembleia Legislativa de Goiás.
Lívio Luciano, por ser auditor fiscal, é um dos políticos que mais entendem como funciona a gestão do governo do Estado.
O segundo turno para governador do Distrito Federal terá, tudo indica, o senador Rodrigo Rollemberg, do PSB, e o médico Jofran Frejat, do PR. O primeiro é bancado por Marina Silva e o segundo por José Roberto Arruda. Agnelo Queiroz, o Agnulo, deve ficar fora do processo, dada sua rejeição de quase 50%, a mais alta do país.