Bastidores

O grupo de Maguito Vilela, Daniel Vilela e Júnior Friboi rejeita José Nelto. Resta saber se terá força para vetá-lo ou derrotá-lo
Com a bênção de Iris Rezende, de Iris Araújo e da bancada na Assembleia Legislativa, o deputado estadual José Nelto deve ser indicado (eleito) para presidir o PMDB de Goiás.
A explicação do irismo para apoiar José Nelto reside em seis pontos:
1 — É contra a permanência do empresário Júnior Friboi no PMDB;
2 — É adversário ferrenho do governador Marconi Perillo (PSDB) na Assembleia Legislativa de Goiás;
3 — É apontado como o principal deputado do partido na Assembleia. Adib Elias, outro deputado atuante, está mais preocupando com sua candidatura a prefeito de Catalão, em 2016. Bruno Peixoto é mencionado como “Muito Barulho Por Nada”.
4 — Criou o blog Goiás Real, que, na opinião dos peemedebistas, está incomodando e vai incomodar muito mais o governo tucano. Estaria criando uma pauta negativa para o tucanato e fornecendo material de base para a imprensa local e nacional e para o Ministério Público.
5 — Mantém forte ligação com líderes da oposição, como o senador Ronaldo Caiado, do DEM.
6 — E mais importante: tem o apoio de Iris Rezende.
O grupo do prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, do deputado federal Daniel Vilela e do empresário Júnior Friboi é o único que resiste à indicação de José Nelto para o comando regional. O problema dos integrantes deste grupo é que, quando Iris Rezende bate o pé, todos saem correndo... para perto do peemedebista-chefe.
O presidente do PSB alega que deixou de apoiar Misael Oliveira porque este se aproximou do governador Marconi Perillo

O governador de Goiás e o prefeito conversaram em Brasília e em Senador Canedo
[caption id="attachment_37761" align="aligncenter" width="620"] Marconi e Misael: acordo selado | Foto: reprodução / Facebook[/caption]
O prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira (PDT), e o governador Marconi Perillo (PSDB) conversaram em Brasília e voltaram juntos (de helicóptero) para Goiás na quarta-feira, 10. À tarde, eles desceram em Senador Canedo e foram para a prefeitura. Pauta: a filiação de Misael Oliveira ao PSDB.
Misael Oliveira deve enfrentar dois candidatos na sua campanha pela reeleição: Zélio Cândido (PSB), empresário bancado por Vanderlan Cardoso, e Sérgio Bravo (Pros).
Diretores das organizações sociais no setor de saúde sublinham que o ex-deputado é “proativo” e “resolutivo”
Depois da audiência, produtores rurais vão organizar uma feira com produtos orgânicos
A Assembleia Legislativa de Goiás promove na quarta-feira, 10, às 14h, no auditório Costa Lima, a audiência pública “Inclusão dos Alimentos Orgânicos na Vida dos Goianos”. A iniciativa é do deputado Lucas Calil (foto), do PSL.
A audiência abre a 11ª Semana dos Alimentos Orgânicos em Goiás e é produto de parceira entre o parlamentar, a Subsecretaria de Ciência e Tecnologia do governo de Goiás e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A mesa será composta por autoridades da área, pesquisadores do assunto e produtores rurais.
Em seguida à audiência, será organizada, no salão principal da Assembleia, a Feira de Orgânicos.
O deputado Calil, presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da AL, vai conduzir os trabalhos.
O dono da Cicopal passa a impressão de que Senador Canedo não saiu de dentro dele. Continua pensando pequeno
Vanderlan Cardoso teria dito que tem condições de eleger até um poste a prefeito do município
[caption id="attachment_37653" align="alignleft" width="150"] Sérgio Bravo, do Pros[/caption]
O deputado estadual Sérgio Bravo (Pros) disse ao Jornal Opção na terça-feira, 9, que vai disputar a Prefeitura de Senador Canedo, em 2016.
Sérgio Bravo (foto acima, de seu Facebook) diz que, como o eleitor do município cobra mudança, não receia enfrentar duas estruturas fortes — a do prefeito Misael Oliveira, do PDT, e a do ex-prefeito Vanderlan Cardoso.
Corre por fora o ex-prefeito Divino Lemes. Este e Sérgio Bravo pretendem se apresentar como possível terceira ou segunda via.
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Zélio Cândido: “poste” preferencial[/caption]
O líder do Pros avalia que Vanderlan Cardoso deve lançar um candidato a prefeito da cidade. O deputado não sabe qual será o nome, mas o empresário tem caminhado com o empresário Zélio Cândido, do setor de combustíveis, pelas ruas e comércio de Senador Canedo.
Vanderlan Cardoso teria dito, recentemente, que qualquer candidato apoiado por ele será eleito prefeito de Senador Canedo. Basta que ele “pegue em sua mão” e o “apresente” aos eleitores do município. Zélio Cândido, apontado como seu “poste” preferencial, teria prometido ajudá-lo, inclusive, financeiramente na disputa pela Prefeitura de Goiânia.
Laudeni Lemes sustenta que seu marido não representa a vanguarda do atraso e que “lutou” pela emancipação do município
A reunião do senador do partido Democratas foi feita no município de Taquaral. Com veto explícito à presença de deputados federais e estaduais

Uma segunda hipótese é apoiar o empresário Zélio Cardoso para prefeito. Misael é o plano C do presidente do PSB

O Jornal Opção ouviu cinco prefeitos, três deputados federais, dois deputados estaduais e cinco líderes políticos goianos de expressão. Ao todos, foram ouvidas 15 pessoas. O jornal perguntou: qual é o deputado federal de Goiás mais atuante? E sugeriu alguns critérios: apresentação de projetos consistentes, apresentação de emendas para contribuir no desenvolvimento e crescimento de Goiás (apoio aos municípios e ao Estado), debates no plenário, ação nas comissões, relação com as bases políticas.
A maioria absoluta apontou Jovair Arantes como o deputado federal mais atuante de Goiás nesta legislatura. Mas quase todos disseram que é cedo para uma avaliação objetiva da ação dos parlamentares, porque assumiram há poucos meses e não puderam fazer “muitas coisas”. Chegaram a admitir que a avaliação de Jovair Arantes e Sandes Júnior leva em consideração mandatos anteriores.
O Jornal Opção publica apenas a lista dos dez mais bem “votados”. Flávia Morais, do PDT, aproximou-se do 10º colocado, Alexandre Baldy, mas no superou. Mas é vista como uma deputada qualitativa, sobretudo quando se trata de atendimento às suas bases eleitorais, às quais é tida como extremamente fiel. Pedro Chaves, do PMDB, e Heuler, do PSD, também são vistos como políticos dedicados às suas bases políticas. Opinião unânime sobre Magda Mofatto: articula mais para seus próprios interesses.
A lista dos mais bem avaliados:
1- Jovair Arantes, do PTB. Foi apontado como o deputado federal de mais prestígio nacional e o que mais atua em defesa de suas bases e do governo de Goiás. Pode-se não gostar dele, porque simula ser um político fisiológico, mas é, segundo a avaliação dos entrevistados, um parlamentar atuante em defesa de seu Estado e de seus aliados. É visto como hors-concours. Disparado. Ele recebeu 15 votos.
2- Sandes Júnior, do PP. O deputado não é ideológico, não agrada a intelligentsia de seu Estado. Mas é atuante tanto no Congresso quanto no governo Dilma Rousseff em defesa do Estado. Os entrevistados sugerem que, nesta legislatura, está sendo mais discreto. No mandato anterior, era peça chave da relação do governador Marconi Perillo com o governo da presidente Dilma Rousseff.
3 - Fábio Sousa, do PSDB. Os entrevistados dizem que ele chegou à Câmara Federal com discrição e, de repente, assumiu a Comissão de Ciência e Tecnologia e ganhou espaço na mídia nacional. É apontado como atuante. Os entrevistados sugerem que, se quiser crescer politicamente, precisa ser, do ponto de vista religioso, mais ecumênico. Fala-se que não entra em templo católico. Se for verdade, é um erro, pelo menos do ponto de vista político.
4 - Giuseppe Vecci, do PSDB. O deputado está agindo fortemente nas comissões, inclusive na de Cultura. É consultado por seus colegas devido sua experiência em planejamento. Seus colegas apontam-no como um político de posições sólidas e um homem de ideias. Comentam que precisa articular mais, e de maneira mais aberta e democrática, com seus colegas de Parlamento.
5 - Marcos Abrão, do PPS. O jovem parlamentar é visto como uma grata surpresa. Seguindo a trilha aberta pela senadora Lúcia Vânia, sua tia, Marcos Abrão é apontado como um deputado que não pensa em fisiologismo e que articula em defesa de seu Estado em tempo integral. Em pouco tempo se tornou uma figura emblemática nas comissões quando o assunto é habitação. E está participando com firmeza das articulações nacionais do PPS, ao lado de Roberto Freire.
6 - João Campos, do PSDB. O parlamentar padece do mesmo problema de Fábio Sousa: é pouco ecumênico. Mas no Congresso sua força vem em grande parte de ser um líder evangélico. Ele é procurado a todo momento pelas lideranças evangélicas de todo o país. Ao mesmo tempo, mantém uma atuação forte nas discussões sobre segurança pública. Em poucas palavras, é um deputado participante.
7 - Rubens Otoni, do PT. Quem não acompanha de perto, ou só olha os debates em plenário, não percebe que o deputado é atuante. Mas quem pergunta aos prefeitos de Goiás, de vários partidos, percebe que trabalha em tempo integral. É um parlamentar dos bastidores, que sabe os bons caminhos de todos os ministérios. Pelo menos é o que dizem os entrevistados.
8 - Daniel Vilela, do PMDB. Deputados experimentados acreditavam que teria uma atuação tímida no seu primeiro mandato. De fato, não é um parlamentar que brilha na tribuna. Mas articula bem nos bastidores e comissões, além de manter ligação direta com o vice-presidente Michel Temer, articulador político do governo da presidente Dilma Rousseff.
9 - Lucas de Castro Santos, do Solidariedade. Conhecido como Lucas Vergílio, pensava-se que seria apenas uma sombra do pai, por ser muito jovem (tem menos de 30 anos). Mas começa a despontar, a apresentar projetos e a participar dos debates nas comissões. Fale-se que defende mais o setor de seguros do que a sociedade. Mas não é bem assim. Os entrevistados frisam que mantém relação construtiva com a sociedade civil e dialoga com todo mundo que o procura.
10 - Alexandre Baldy, do PSDB. Com pouco mais de 30 anos, Baldy é articulado, atua firme nos bastidores do Congresso Nacional e mantém forte relação com o empresariado. Na defesa deste, não teme líderes políticos nem governos. É considerado um político posicionado. Não tem presença ativa no plenário, em termos de discursos, mas participa ativamente das articulações. Mas pelo menos cinco dos entrevistados fizeram uma crítica: conversa e futrica demais.

[caption id="attachment_35173" align="aligncenter" width="620"] Vanderlan Cardoso e Marcos Abrão: mesmo sem fusão, os dois políticos (com apoio de Lúcia Vânia) têm projetos para 2016 e 2018 | Foto: divulgação[/caption]
As fusões partidárias dançaram a valsa do adeus. O DEM e o PTB desistiram da fusão e seus líderes não querem mais saber de conversa. O chefão do PTB, Roberto Jefferson, que fala pela boca da filha, a deputada federal Cristiane Brasil, planeja expurgar o deputado Jovair Arantes, acusando-o basicamente de ter articulado a derrocada da fusão. De fato, o parlamentar goiano trabalhou, em tempo integral, contra a fusão e para que o partido permanecesse na base da presidente Dilma Rousseff. Na verdade, a maioria dos parlamentares do partido, e não apenas Jovair, prefere permanecer apoiando o governo federal a bandear-se para a oposição. Não se pode desconsiderar também que parte significativa dos integrantes do DEM, como o influente senador Ronaldo Caiado, fez o impossível para detonar a fusão.
Uma fusão que parecia praticamente certa e era positiva para todos também deu com os burros n’água. O PSB e o PPS chegaram a namorar, colocaram as alianças, mas na hora agá fugiram da igreja — deixando os “padrinhos”, Roberto Freire (PPS) e Carlos Siqueira (PSB), desolados. A principal crise se deu nos Estados de Pernambuco e São Paulo. No momento, o PSB é controlado pelos líderes de Pernambuco. Com a fusão, os líderes do novo partido em São Paulo assumiram o comando, o que desagradou os nordestinos. O problema reside no PSB, e não no PPS, que havia aceitado a fusão de maneira coesa.
Na sexta-feira, 12, o PPS deve organizar um encontro para deliberar pela não-fusão. O PSB também vai se reunir, em separado, admitindo que a fusão naufragou.
Em Goiás, o PSB e PPS, mesmo sem a fusão, vão continuar aliados. O PSB será comandado pela senadora Lúcia Vânia, que deve assumir a presidência, e pelo empresário Vanderlan Cardoso, pré-candidato do partido a prefeito de Goiânia. O deputado federal Marcos Abrão, presidente do PPS em Goiás, é sobrinho de Lúcia Vânia e vai manter o apoio à candidatura de Vanderlan.
Vanderlan disse ao Jornal Opção na quarta-feira, 3, que, “mesmo sem fusão, nós [PSB e PPS) vamos caminhar juntos. Só temos a ganhar com a aliança”. O PPS, encorpado com a aliança com Lúcia Vânia e Vanderlan, também quer manter a aliança. Se fizer o prefeito de Goiânia — Vanderlan —, o PSB deve lançar candidato a senador em 2018, Lúcia Vânia, e, se a aliança com o PSDB naufragar, pode até mesmo lançar candidato a governador.
Para Vanderlan, a aliança entre o PSB e o PPS cria uma alternativa política consistente em Goiás, tanto para a disputa de 2016 quanto para a eleição de 2018. “Já começamos com uma senadora e um deputado federal, que são políticos consistentes. Não estamos chegando para marcar posição. Estamos chegando para ganhar eleições.”

[caption id="attachment_35721" align="aligncenter" width="620"] Família Baldy: Luana pode ser candidata em Anápolis | Foto: reprodução / Facebook[/caption]
O PSDB planeja lançar o deputado federal Alexandre Baldy, de 34 anos, para prefeito de Anápolis, em 2016. O tucano quer e está articulando a montagem de uma aliança ampla para disputar a prefeitura da segunda cidade mais importante de Goiás. Porém, entrevistado pelo Jornal Opção, na quarta-feira, 3, admitiu que sua mulher, Luana Limírio Baldy, pode ser candidata a prefeita do município.
“Luana adora política, coordenou minha campanha em Anápolis e é bem conhecida na cidade. Portanto, pode pintar uma surpresa. Mas admito que, por enquanto, sou o pré-candidato.” A tese dos baldystas é que, no caso de vitória de Luana, o grupo ganharia uma prefeita e manteria um deputado federal, o que seria importante para colocar emendas da União para alavancar a gestão. Ao mesmo tempo, se conseguir eleger a prefeita, Baldy poderia se colocar como candidato a governador de Goiás não em 2022, como pretende, e sim, antecipando seu projeto, já em 2018.
Baldy sublinha que não fez pesquisa, mas conta que já ouviu dizer que alguns levantamentos o apontam na frente do prefeito João Gomes.
Sobre a possibilidade de presidir o PSDB — teria sido rifado pelo governador Marconi Perillo, que nunca disse uma palavra sobre o assunto —, Baldy disse que colocou seu nome à disposição do partido. “Se o PSDB entender que meu nome é qualitativo para presidi-lo, continuo à disposição. Mas nunca formei chapa para disputar contra outra chapa.”
As relações políticas e pessoais de Baldy com o governador Marconi Perillo “não estão estremecidas”. “Quando me dispus a ser candidato a presidente do PSDB, a primeira pessoa que consultei foi Marconi.”
Sobre trocar o PSDB pelo PTB: “Alguns partidos me convidaram. A Renata Abreu, que dirige o PTN em nível nacional, me ofereceu o comando do partido em Goiás. Ela quer um deputado federal no comando. Mas adianto que não quero sair do PSDB.”

A secretária da Educação do governo de Goiás, Raquel Teixeira, exonerou os subsecretários da Educação de Catalão, Goiatuba, Formosa e Morrinhos. A ex-deputada alega que está buscando eficiência e meritocracia — sugerindo que os demitidos não era adequados. Há indícios de perseguição política, porque pelo menos dois dos afastados são ligados ao secretário de Gestão e Planejamento, Thiago Peixoto (PSD). Problema: Teixeira nomeou subsecretários por intermédio de portaria, ignorando que deveria ser por meio de decreto.

O senador Ronaldo Caiado disse que a indecência da fusão entre o DEM e o PTB — partidos que não têm identidade alguma; um é liberal e o outro, estatizante, desde sua criação no tempo de Getúlio Vargas — naufragou. Na quinta-feira, 11, a Executiva do DEM se reúne, em Brasília, para divulgar que vai caminhar sozinho, sem o PTB. Caiado diz que o DEM é um partido de posicionamentos claros e faz oposição consistente e direta ao governo da presidente Dilma Rousseff, do PT. O PTB é assim: parte leva vida de solteiro, excomungando Dilma Rousseff, mas a maioria prefere, dados os cargos e os recursos financeiros, ficar casadinha com o governo do PT.