Por Italo Wolff

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Se aprovadas, o Estado será reformado com repactuação fiscal, soma dos gastos obrigatórios com saúde e educação, contenção de gastos públicos, revisão de fundos públicos, reforma administrativa e novo modelo de privatizações

Cirurgião oncologista especializado em aparelho digestivo explica que tumores de estômago podem ser prevenidos e detectados precocemente com atitudes simples, como exames de rotina e alimentação adequada
[caption id="attachment_218602" align="alignnone" width="620"] Bruno Covas descobriu que sofre de câncer de estômago de forma atípica ao ter uma embolia pulmonar| Foto: Reprodução / Gilberto Marques /Governo do Estado de São Paulo[/caption]
O câncer de estômago ganhou atenção após a notícia do dia 26 de outubro, de que o prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB), de apenas 39 anos, está sendo acometido pela doença. Este tumor ocorre no epitélio do estômago, a mucosa que reveste o órgão internamente, e é o segundo tipo mais comum no mundo. O câncer de estômago é considerado relativamente agressivo, mas medidas de atenção básica podem ser tomadas para prevenir seu surgimento e detectá-lo precocemente, diminuindo muito a letalidade da doença.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 21.290 novos casos deste tipo de tumor são descobertos e 14.314 pacientes morrem em decorrência da doença todos os anos. Embora aconteça principalmente em idosos, é possível encontrá-lo também entre jovens. Jales Benevides Santana Filho é cirurgião oncologista especializado em aparelho digestivo e explica como esta multiplicação desenfreada de células ataca o corpo e o que se pode fazer para preveni-la.
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Jales Benevides Santana Filho é cirurgião no hospital Araújo Jorge, em Goiânia | Foto: Italo Wolff / Jornal Opção[/caption]
Geralmente, como o paciente com este câncer descobre a doença?
O mais comum é que o paciente tenha um sintoma gástrico semelhante ao da gastrite. Queimação, dor no estômago que não melhora, desconforto após comer. Então, ele toma um sal amargo (sulfato de magnésio), babosa, sal de fruta. Os sintomas persistem, o paciente tem dor ou algum sintoma que lhe assusta, como vômito com sangue, e apenas aí procura um médico. O médico pode pedir uma endoscopia e, se o endoscopista souber reconhecer as anormalidades no tecido, diagnostica o câncer gástrico.
No caso do prefeito de São Paulo, entretanto, se descobriu o câncer de uma forma que é exceção. Ele teve um tromboembolismo pulmonar. A principal causa do tromboembolismo pulmonar é a neoplasia. Sabendo que Bruno Covas é jovem, os médicos fizeram uma Tomografia por Emissão de Pósitrons, o PET-CT, e detectaram o tumor na cárdia. Esta é uma região entre o esôfago e o estômago que impede o refluxo, o retorno de alimento ou ácido para o esôfago.
O câncer é um agrupamento de células que pode liberar êmbolos tumorais na corrente sanguínea. Estes êmbolos caem num vaso sanguíneo em volta do estômago e circulam pelo corpo até parar no pulmão.
Esse diagnóstico costuma ser feito precocemente?
Não. Geralmente os pacientes de câncer de estômago chegam aos médicos com quadros bastante avançados, principalmente por não valorizarem os primeiros sintomas. Se auto medicam, têm uma melhora momentânea e convivem com o desconforto.
Apenas se assustam quando começam a vomitar sangue, ter vômitos frequentes, perda de peso. O sintoma depende da evolução da doença. Também pode haver a ascite, a popular barriga d’água; ou icterícia; ou evacuar uma borra preta que se chama melena, que é sangue nas fezes; ou mesmo anemia pela perda de sangue.
Estes tumores estão diminuindo na população?
Depende. No passado, quando não havia geladeiras, todas as carnes eram salgadas para conservação. Existem bactérias que convertem nitrato, presente no sal, em nitrito, que é carcinogênico. Por isso, a incidência da variante de câncer gástrico associada ao sal está caindo.
Entretanto, estamos comendo mal e nossa população de obesos está crescendo. Esses dois fatores contribuem para o refluxo, ou seja, o retorno da secreção gástrica pelo esôfago. Ao longo do tempo, esse ácido passando do estômago para o esôfago causa lesões no epitélio que podem evoluir para um câncer como o de Bruno Covas. Este tipo de tumor no esôfago distal está aumentando muito.
Como podemos detectar o câncer gástrico mais cedo?
Para a detecção precoce do câncer, existe a triagem, chamada de screening. Isto é, rastrear mesmo quando não há sintoma. Se seus parentes próximos tiverem tido câncer de estômago, você deve ser visto com olhos mais atentos pelos médicos.
Este grupo de risco deve ser orientado quanto a diversos fatores. O principal é o tabaco. Fumantes têm cinco vezes mais chance de desenvolver um câncer gástrico do que não fumantes, e a associação do tabaco com o álcool piora o prognóstico ainda mais.
Além disso, este grupo precisa regular a dieta. Evitar defumados, ter uma alimentação rica em fibras, com muitas frutas, pois as vitaminas C, E e o betacaroteno são alguns fatores dietéticos que protegem do câncer gástrico.
A atenção secundária consiste em exames de rotina, como endoscopia que pode detectar lesões pré-cancerosas e que o médico pode remover para evitar o tumor. Pacientes com mais de sessenta anos de idade têm de fazer endoscopia digestiva alta e biópsias da mucosa do estômago para verificar a presença da bactéria H. pylori, que está associada ao câncer de estômago. A bactéria também causa gastrite, mas o tratamento da gastrite não basta, também é preciso erradicar a bactéria.
E quais políticas públicas ajudariam a difundir hábitos saudáveis e conscientizar acerca da importância de consultar um médico ao invés de se automedicar?
Isso já não é mais para nossa idade. Precisamos formar uma população com essa consciência desde a base. Chegar na quinta série e colocar uma aula de orientação alimentar a cada três meses. Falar sobre hábitos que podem levar ao câncer gástrico. Os policiais não vão aos colégios falar sobre drogas? É a mesma coisa.
O governo não tem de ter ideias apenas para tratamento. O que ajuda até a economizar com saúde pública são as políticas de prevenção – orientação alimentar, educação quanto aos prejuízos do tabaco, campanhas para toda a população acima de sessenta anos realizar exames preventivos, políticas públicas para identificar famílias de alto risco e acompanhar esse grupo de perto.
Os profissionais da saúde básica são eficientes em detectar esses tumores?
O problema da saúde básica está nas prefeituras. Infelizmente, a ideia de política de saúde pública para muitas cidades de interior é comprar uma ambulância e mandar os pacientes para Goiânia. Faltam nos Cais de interior profissionais que saibam reconhecer o risco, fazer a triagem.
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Hospital do Câncer Araújo Jorge | Foto: Larissa Quixabeira[/caption]
Como o tratamento muda em função do estadiamento do câncer?
Quando pego em fase precoce, não é necessário operar o paciente. O tratamento pode ser endoscópico, não cirúrgico. O sistema de saúde gasta muito menos porque não é necessário gastar com internação, anestesia, cirurgião. A expectativa de recuperação do paciente no primeiro estágio sobe para quase 90%.
Atualmente, a maioria dos nossos tratamentos consiste em quatro ciclos de quimioterapia, que levam de seis a oito semanas. Então operamos o paciente e, dependendo do caso, podem ser necessários mais quatro ciclos de quimioterapia.

Pesquisador define características da fala que permitem acompanhar as mudanças no sotaque de Goiás
[caption id="attachment_218288" align="alignnone" width="620"] "Caipira picando fumo" de Almeida Júnior, 1893[/caption]
Ônti o temporal foi tanto que, na barra do dia, a água da nascenti do córrigu estava na altura da rodela do joelho.
Ontem o toró foi tanto que, no raiá du sol, a água da nascentezinha do corgo estava na altura da pacata do joelho.
Ontem a tempestade foi tanta que, na aurora, a água da nascente do riacho estava na altura das rótulas dos joelhos.
Segundo o “Alingo – O Atlas Linguístico de Goiás: léxico-fonético” (Barra Livros), essas três formas de dizer a mesma coisa podem ser ouvidas em Posse, Aragarças e Orizona, respectivamente. Sebastião Milani, Tânia Rezende, Aline da Cruz e Daniel da Silva são linguistas e professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) e compilaram sotaques, vocábulos e fonética praticadas em todo o estado, criando um acervo que delineia a identidade da fala goiana. Além de possibilitar outras pesquisas, o Atlas também permite mapear e acompanhar mudanças linguísticas provocadas pelo tempo e pela migração das populações.
O livro organizado pelo coordenador Sebastião Elias Milani é produto de pesquisa de quatro anos fomentada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). Os pesquisadores visitaram 86 cidades aplicando mais de duzentas perguntas sobre a terra, o povo, a cultura local, a alimentação, a chuva e as plantas. Em cada cidade, foram entrevistados um homem e uma mulher representando cada uma das cinco faixas etárias e dos seis níveis de escolaridade selecionados, totalizando 36 entrevistados para cada uma das 50 cidades compiladas no produto final.
Entre os achados do trabalho, está a identificação do que chamamos de fala caipira, ou hipoglossia sertaneja, que se valoriza em Goiás. “Os goianos defendem com muito rigor a beleza e grandiosidade do caipira, o cara da roça que é sábio, forte, trabalhador. Por isso, apesar de ser uma população muito nova, podemos dizer que a característica geral do estado é a valorização da forma falada na zona rural”, afirma Sebastião Milani.
Em termos de fonética, o sotaque goiano se caracteriza principalmente pelo R retroflexo aproximante, o famoso R de “porteira”. A versão goiana é mais branda do que a que se ouve no interior de São Paulo – onde é tão forte que pode ocorrer até no início de sílabas – sendo detectada mais facilmente por nativos ou por ouvidos treinados. Também são características as sibilantes sempre linguoalveolares em todo o estado – ou seja, não se utiliza o S chiado pelo qual reconhecemos os cariocas.
Por último, na fala dos goianos, todos os fonemas vocálicos podem atuar como alofones uns dos outros quando ocupam as casas átonas de um signo. Isso significa que, principalmente antes da sílaba tônica de uma palavra, é possível encontrar qualquer vogal. Por exemplo: em Cristalina a ave que come carniça pode ser chamada de “arobu”, em Montes Belos se escuta “orubu”, mas a forma mais comum no Estado é “urubu”; na maioria das cidades “cotovelo” é pronunciado “cutuvelu”, mas em Piranhas também fala-se “catuvelu”. O alçamento ou abaixamento das vogais médias pretônicas não é exclusividade do goianês, e nem mesmo da língua portuguesa, mas chama atenção a grande variedade de possibilidades neste sotaque específico.
Segundo Sebastião Milani, outra característica importante é a influência que Goiânia exerce no resto do estado. “Por conta da formação recente do estado, com explosão populacional após a década de 1930, o modo de falar é vinculado à Goiânia. Nenhuma outra cidade exerce intervenção linguística. Por isso, o Estado tem regularidade”, afirma o doutor em linguística.
Quando perguntado se a padronização da fala nos moldes da capital não contradiz a valorização rural característica do goianês, Sebastião Milani afirma que não: “Goiânia é uma cidade rural. Entrevistamos pessoas em diversos bairros da cidade, e todas elas têm conhecimento da vida no campo, tanto quanto no interior. A intimidade com o campo migrou para a cidade quando ela foi fundada.”
Para a produção de Alingo, não foi entrevistado nenhum falante que não fosse nativo e filho de nativos de Goiás. O que os pesquisadores encontraram foi que nenhum entrevistado com menos de 46 anos realizou outra forma de R que não fosse o retroflexo. Mesmo em cidades fronteiriças com a Bahia e entre descendentes de nordestinos, os entrevistados jovens não usaram o D ápico dental e sem africação diante de i, tampouco o R gloto velarizado, típicos do sotaque nordestino.
Segundo Sebastião Milani, isso prova que o sotaque vindo de Goiânia tem sido aprendido e reproduzido, principalmente entre os jovens. “Se ainda não temos regularidade de fala como em São Paulo ou Rio de Janeiro, que reconhecemos facilmente, passaremos a ter em 30 ou 40 anos, quando essa geração se tornar a mais velha viva. Aí então teremos uma marca goiana muito específica”, afirma o coordenador do projeto.
Sebastião Milani conclui que as regiões de fronteiras rodoviárias, como em cidades em torno da GO-018 e da Via Salvador, fica muito evidente que a forma de falar do goiano está se tornando cada vez mais bem definida. Mesmo em contato com populações migrantes, a tendência é que a forma nativa de falar fique ainda mais clara. Desta forma, a obra se encerra prevendo que formas não praticadas em Goiânia serão cada vez menos faladas e poderão até desaparecer definitivamente do Estado.

O link utilizado para roubar dados foi acessado mais de 290 mil vezes

O governador também pediu atuação de órgão criado por ele, o Gabinete de Segurança Institucional do estado

Autoridades dão dicas de medidas que podem evitar prejuízos à educação, saúde e segurança dos filhos
[caption id="attachment_217231" align="alignnone" width="620"] Jovens e suas famílias não medem os riscos da exposição excessiva ao uso de dispositivos eletrônicos | Foto: Valter Campanato / Agência Brasil[/caption]
O Brasil tem dois dispositivos eletrônicos (celulares, computadores, tablets) por habitante, segundo a 30ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas. Enquanto 70% da média da população está conectada à internet, esse percentual dentro do grupo de crianças e adolescentes sobe para 86% do total. São 24,3 milhões de jovens com idade entre 9 e 17 anos que acessam a rede, segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil, publicada em 2019 pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil.
O relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), “Los niños y niñas de la brecha digital en España” (os meninos e meninas da abertura digital na Espanha), revela que o acesso crianças à internet está acontecendo cada vez mais cedo. Adolescentes de 15 e 16 anos de idade começaram a usar a rede digital quando tinham 10 anos; e crianças atualmente com 10 anos iniciaram a prática com 7 anos. O relatório também aponta que, todos os dias, mais de 175 mil crianças acessam a internet pela primeira vez no mundo.
Naturalmente, surge a preocupação se as novas mídias digitais causam prejuízo social, psicológico ou à saúde dos jovens. Os especialistas entrevistados afirmam que, como a geração mais recente nasceu depois da popularização dos smartphones, esses dispositivos não são nem ao menos percebidos como novas tecnologias pelos jovens. Entretanto, todos concordam as novas tecnologias são novas no sentido de que seus efeitos no desenvolvimento do comportamento e do corpo estão sendo descobertos agora, de forma que participamos uma espécie de um grande experimento para observar os efeitos da tecnologia na formação das pessoas.
Velha preocupação
A preocupação dos mais velhos quanto aos efeitos nocivos das inovações existe desde que o avanço da ciência propiciou mudanças num ritmo acelerado, que podem ser percebidas dentro do período de uma vida. Segundo o Dr. Raphael Cardoso, psicólogo professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), estuda-se os efeitos das mídias desde a década de 1920, quando havia receio nos Estados Unidos com jovens que frequentavam o cinema. O temor com efeitos negativos no desenvolvimento de crianças ganhou nova força e novas publicações mais tarde, com a popularização da televisão. [caption id="attachment_217232" align="aligncenter" width="512"]
Novos problemas
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Ameaça ou ferramenta
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O que fazer
Apesar de não ser simples, existem métodos para responsáveis terem maior participação e consciência das atividades dos filhos na internet. Raphael Cardoso enumera algumas estratégias: se preocupar com conteúdo de qualidade, que geralmente é pago; evitem ao máximo o uso solitário da tecnologia pelas crianças; e não utilizar dispositivos como apaziguador. “Quando se entrega a tecnologia para a criança ficar quieta, você tira a chance dela aprender a ter autocontrole. Não há treinamento do controle com a mera distração. O ideal é ensinar a criança a esperar ou inibir uma birra em função de consequência futura que não está presente”, afirma o psicólogo. Raphael Cardoso ressalta que o uso de telas antes de dormir prejudica a qualidade do sono. Sabrina Leles de Lima Miranda advoga a necessidade de realização de campanhas públicas de conscientização e prevenção aos crimes cibernéticos, tanto para crianças quanto para adolescentes, buscando a atenção de seus responsáveis familiares e educadores. Além disso, a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos de Goiás (DERCC) tem uma lista de dicas para evitar que crianças e adolescentes se tornem vítimas de conteúdos criminosos na Internet. Segundo a DERCC, os pais e/ou responsáveis devem:- Possuir amplo acesso ao conteúdo virtual acessado por crianças e adolescentes;
- Verificar quais os nomes dos grupos ou dos perfis que suas crianças seguem nas redes sociais;
- Alertar suas crianças e adolescentes que, no caso de se depararem com jogos, vídeos, imagens, áudios ou mensagens escritas, que contenham ameaças contra sua segurança ou contra a segurança de seus familiares, as vítimas devem imediatamente informar aos pais e/ou responsáveis para que os mesmos possam ajudá-las a se livrar das ameaças;
- Estar atentos e orientarem suas crianças e adolescentes a não manterem contato virtual com pessoas desconhecidas, nem mesmo quando o outro perfil seja apresentado como sendo de outra criança ou adolescente;
- Lembrar que, em regra, os aplicativos e sites para acesso a vídeos, imagens ou áudios virtuais, possuem opção para filtros que selecionam os programas a serem exibidos de acordo com a faixa etária;
- Monitorar mudanças de comportamento de crianças e adolescentes, tais como medo de ficar sozinho, medo de perseguição ou aversão ao acesso da Internet;
- Não permitir que crianças e adolescentes se fechem em seus quartos para acessarem a Internet;
- E, por último, no caso de se verificar que a criança ou adolescente já se tornou vítima de algum criminoso virtual:
- a) Em se tratando de crime praticado através de redes sociais, o primeiro passo é salvar a URL do perfil do criminoso, printar as mensagens e imediatamente procurar pela Delegacia de Polícia mais próxima de sua residência;
- b) Em se tratando de crime praticado através de jogos eletrônicos ou por vídeos, imagens ou áudio, deve-se preservar o conteúdo ilícito e procurar pela Delegacia de Polícia mais próxima de sua residência.

Compreenda as crises políticas e econômicas que causam as violentas manifestações este mês na América Latina
[caption id="attachment_217249" align="alignnone" width="620"] Venezuela atravessa pior crise migratória da atualidade | Foto: Reprodução / Carlos Garcia Rawlins / Agência Brasil EBC[/caption]
Os países da América Latina já passaram por vários processos em bloco – independência, populismo, ditadura, neoliberalismo, subida da esquerda ao poder – mais ou menos no mesmo período. Agora, uma série de crises abala a política e economia de nossos vizinhos. Embora a insatisfação popular com a desigualdade social ou com a corrupção da classe política tenha raízes distintas e particularidades em diferentes países, de forma que não se pode apontar um só fenômeno como motivo das crises, as manifestações vistas nas últimas semanas têm algumas características em comum.
O fácil acesso à informação pela juventude, que clama por maior participação na vida política, permitiu a organização espontânea de protestos. Apesar de não haver uma identidade clara dos revoltosos ou propostas e projetos pontuais, cada país da América Latina tem problemas reais e objetivos. Além disso, a desigualdade social característica da América do Sul faz com o status quo seja ameaçada por um crescente número de descontentes.
Danyelle de Lima Wood, mestre em Direito, Relações Internacionais e Desenvolvimento pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, afirma que parece haver um momento político perceptível atualmente. “Eu vejo um questionamento do projeto neoliberal. O restante da América Latina é mais reativa, eles mostram insatisfação com modelo econômico mais facilmente do que nós. Houve no início dos anos 2000 uma onda de esquerda com o bolivarianismo que provocou movimento contrário de resistência direitista mais recentemente. Em países como a Argentina, Equador e Chile percebemos agora manifestações críticas às falhas deste modelo.”
Fora as linhas gerais, entretanto, cada país tem uma formação social e uma realidade diferente, que precisa ser entendida em sua particularidade.
Chile
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Equador
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Bolívia
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Peru
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Karlos Cabral justifica que Pastor Jeferson realizou audiências públicas para relatar a Lei de Diretrizes Orçamentárias que serão aproveitadas para o relatório Lei Orçamentária Anual

O projeto fará modificações no Regimento Interno da Casa criando o cargo de 3º vice-presidente e estabelecendo representatividade de duas vagas das nove totais para deputadas mulheres

Lembrando os protestos brasileiros de junho de 2013, o estopim das manifestações chilenas são o aumento da tarifa do transporte público, mas abrangem privilégios de políticos e desigualdade social Chile tem madrugada de intensos protestos deflagrados pelas redes sociais por conta do aumento da tarifa do transporte. Três pessoas morreram queimadas em saques a um supermercado da rede Líder (controlado pelo americano Walmart). Dezenas de outros estabelecimentos foram saqueados e incendiados, toque de recolher foi dado, 9500 agentes de segurança foram mobilizados e o presidente Sebastián Piñera decretou estado de emergência por quinze dias. Piñera recuou e suspendeu o aumento da tarifa no sábado (19). O estopim das manifestações foram o aumento de 800 a 830 pesos chilenos no preço da passagem do metrô. 41 estações foram destruídas em protesto ao aumento, que em reais representa R$ 0,17. As cidades de Santiago, Valparaíso e Concepción são as principais afetadas pelos protestos e amanheceram com muito lixo, destroços, ônibus e bicicletas de aluguel destruídas. O presidente Sebastián Piñera convocou uma mesa de diálogo para atender as demandas sociais, que não são encabeçadas por um líder ou lista de reivindicações, além ter marcado reunião com seus ministros neste domingo, 20, para abordar a situação. Os protestos, que começaram pacificamente, levou às ruas milhares de pessoas manifestantes conclamados pelas redes sociais sob os lemas “ChileSeCanso” e “ChileDesperto”. Apesar de o estopim ter sido a tarifa do metrô, a principal queixas dos manifestantes é a alta desigualdade social. Os também protestantes enumeram: valores de pensões reduzidos; alta do preço dos serviços básicos; serviços básicos privatizados, incluindo água; altos salários de políticos; elevada dívida por débito universitário.

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