Por Italo Wolff

A vacina TAK-003, fabricada pela empresa farmacêutica Takeda, apresentou 80,2% de eficácia em geral
[caption id="attachment_114959" align="alignnone" width="620"] Foto: Reprodução / SMS[/caption]
Com eficácia de 80,2% na prevenção da dengue, testes da vacina TAK-003 se mostraram promissores, segundo estudo publicado no periódico The New England Journal of Medicine. O artigo mostra que a empresa farmacêutica Takeda, responsável pela fabricação da vacina, parece ter descoberto como imunizar pessoas que nunca foram expostas ao vírus da dengue.
Entretanto, questões importantes como se a vacina pode potencializar a infecção em alguns receptores ainda não foram respondidas. Testes foram realizados em 20 mil crianças e adolescentes, de 4 a 16 anos, em oito países da Ásia e América Latina. A Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) relata:
“Doze meses após os participantes receberem sua segunda e última dose, os pesquisadores compararam quantas pessoas nos grupos placebo e vacina desenvolveram casos confirmados de infecção com qualquer uma das quatro cepas diferentes, ou sorotipos do vírus da dengue. A vacina teve 97,7% de eficácia contra o sorotipo dengue 2. Já para o sorotipo 1, diminuiu o número de infecções em 73,7%. Enquanto para o sorotipo 3, em 62,3%. Já entre os participantes que adoeceram, reduziu o risco de hospitalização em 95,4%”.
Conforme explica a SBMT, a tentativa de aprovar a regulação em países afetados, entre eles o Brasil, deve se dar no segundo semestre de 2020. A dengue é uma das principais doenças reemergentes e foi considerada uma das 10 principais ameaças à saúde global pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No mundo todo, 400 milhões de pessoas são infectadas e cerca de 25 mil mortes são registradas anualmente.

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O Newspaper The Option entrevistou Matheus Diniz, criador do perfil que conquistou um milhão de seguidores traduzindo expressões brasileiras para o inglês literalmente
[caption id="attachment_225967" align="alignnone" width="620"] A criação de Matheus Diniz foi à Times Square, Manhattan | Foto: Cortesia / Acervo Pessoal[/caption]
Em novembro de 2018, o designer gráfico Matheus Diniz se preparava para uma prova de inglês, requisito para tirar um certificado de proficiência. Com o idioma na cabeça, lhe ocorreu fazer uma brincadeira em seu Twitter. Ele publicou em seu perfil pessoal uma tradução literal da expressão “A jiripoca vai piar” ou “Tirar o cavalinho da chuva” (hoje, nem ele se lembra qual foi sua primeira publicação): “the jiripoca is going to pewpew”, or maybe, “take your little horse out of the rain”.
Em pouco tempo, a postagem viralizou, atingindo centenas de milhares de compartilhamentos. Matheus Diniz, que havia concluído uma pós-graduação em Marketing Digital e queria aplicar o que aprendera na prática, resolveu montar o perfil Greengo Dictionary como uma experiência. Criou uma identidade visual e um padrão para as publicações que imitam verbetes de dicionário inglês-português.
Por vezes, as expressões se tornam nonsense no inglês ao pé da letra – “give your jumps” para “dá seus pulos”; ou resultam em neologismos, como “fridayed” para “sextou”; ou criam absurdos gramaticais, como a tradução de “hoje tem” para “today have.” O estilo de humor ressoou nas redes sociais, fazendo o father of the donkeys ultrapassar um milhão de seguidores através de todas suas redes sociais em cerca de apenas um ano.
“A grande maioria dos seguidores é brasileira”, diz Matheus Diniz, “mas sempre recebo mensagens de gringos, ou brasileiros que mostram a página para amigos gringos. Me mandam vídeos ensinando estrangeiros a falar expressões brasileiras e entrando na brincadeira. Alguns até aprendem algumas coisas com isso.”
Matheus Diniz diz que tenta ler todas as mensagens que recebe, em busca de ideias para publicações, e que atualmente tem um banco de dados com mais de seiscentas ideias. “Além disso, meu cérebro ficou treinado; estou constantemente procurando por expressões brasileiras curiosas”. Com 900 mil seguidores apenas no Instagram, as sugestões não são poucas, mas afirma que a interação com seus seguidores é uma das mais importantes características do perfil.
Entretanto, talvez a maior confirmação do sucesso da página tenha vindo três semanas atrás. No dia 18 de novembro, o Greengo Dictionary fez o seguinte post: “Fomos convidados pela @stonepagamentos para criar frases que representassem o universo empreendedor do Brasil na avenida mais visitada de Manhattan: A TIMES SQUARE!”
De uma maneira natural, Matheus Diniz fez uma transição impossível para a maioria de páginas de memes na internet. Além da fintech Stone Pagamentos, o Greengo já fez parcerias comerciais com posts patrocinados por rede de presentes e decoração, rede de restaurantes fastfood, canal de tevê, loja de smartphones, marca de vodka, marca de maquiagem, pizzaria, montadora de automóveis, time de futebol e muitos outros.
“As marcas demonstram interesse e chegam com algumas ideias, eu complemento com as minhas”, afirma Matheus Diniz. “Tomo muito cuidado para manter o conteúdo engraçado. Eu não posso simplesmente divulgar um produto. O post tem de provocar interação. Na internet, já somos bombardeados o tempo todo por publicidade, eu não posso violar as pessoas jogando mais propaganda neste espaço.” Apesar da variedade de parcerias, o conteúdo dos posts têm regularidade e é difícil saber quais foram patrocinados.
Quanto ao futuro, Matheus Diniz afirma que o que tem mais lhe empolgado recentemente é a materialização do trabalho – produtos engraçados, estampados com as frases do perfil. “Quero expandir porque vi que tem potencial para outros produtos e sei que está fazendo muito sucesso”, diz ele.

Vivian Marinho relatou em seu perfil no Twitter o acidente que sofreu sob efeito de LSD. A mensagem foi compartilhada 16 mil vezes
[caption id="attachment_226191" align="alignnone" width="400"] Foto: Reprodução / Twitter[/caption]
Vivian Marinho relatou em seu perfil do Twitter que foi drogada contra sua vontade e sem seu conhecimento. Após ingerir LSD, substância alucinógena, o episódio terminou em uma queda de 7 metros e internação de três dias no hospital. Vivian Marinho recebeu mensagens de apoio e relatos de histórias semelhantes.
https://twitter.com/vivimc__/status/1204842848643891203
"Eu por consequência tomei, perdi a noção de mim, e pulei a sete metros do chão. Passei três dias no hospital, tive o quadril fraturado e, por agora, não consigo andar, pisar, me mover em geral. CUIDADO COM AS AMIZADES DE VOCÊS, COM COPO, COM COMPANHIA", disse a jovem.

O vereador afirma que próximas eleições serão um grande laboratório para vereadores
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Produtividade de vereadores não pode ser medida apenas por número de projetos apresentados ou frequência nas sessões
[caption id="attachment_223186" align="alignnone" width="620"] 359 propostas e vetos foram apresentados no primeiro semestre de 2019 na Câmara Municipal | Foto: Fábio Costa / Jornal Opção[/caption]
O vereador Paulo Magalhães (PSD) defende desde 2014 seu Projeto de Resolução na Câmara Municipal de Goiânia para que a presença dos vereadores em plenário seja verificada através de ponto biométrico. Finalmente, após cinco anos de tramitação, o projeto foi à votação no plenário no dia 13 de novembro de 2019 e, necessitando do apoio de 18 dos 35 vereadores, foi rejeitado com apenas sete votos favoráveis. A decepção de Paulo Magalhães foi tanta que o vereador afirma que desistirá da vida pública.
O parlamentar desabafa: “Fiz um juramento; prometi defender o povo com corpo e alma, mas a maioria ali [na Câmara Municipal] quer sombra e água fresca. Lá, a maioria dos projetos é para dar título a fulano, criar dia do saci, dia do colhedor de abóbora, etc. Eu tento fazer um trabalho sério, mas me sinto desanimado. Por exemplo: regulamentei a feira da madrugada, mas logo criaram uma feira paralela que não obedece às regras que criamos. Você faz o projeto, mas a lei é desobedecida. Estou muito decepcionado, não voltarei nunca mais a ser vereador; talvez possa me arriscar como deputado”.
Apesar da indignação de Paulo Magalhães, o relatório de frequência e atuação parlamentar revela que o comparecimento dos vereadores nas sessões não é um problema tão grave. A presença é verificada em três chamadas durante a sessão e registrada pela assinatura do parlamentar em lista; pelo taquígrafo da Casa; pela ata das sessões; pela TvCâmara, que permite que cidadãos confiram a anuência de vereadores ao vivo; e há ainda a obrigação de vereadores inserir senha no momento do voto. Nas 63 sessões realizadas de fevereiro até julho deste ano houve apenas nove ausências não justificadas.
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Decepcionado, Paulo Magalhães afirma que desistirá da vida pública como vereador / Foto: Fernando Leite | Jornal Opção[/caption]
Entretanto, como explicam os vereadores, a mera presença do parlamentar nas sessões não significa produtividade, e também é importante lembrar que parte do trabalho desta profissão se realiza nas ruas. Anselmo Pereira (PSDB) afirma sobre a produtividade na Câmara Municipal: “Mais importante do que a frequência é o nível dos projetos apresentados pelo vereador, como conduz audiências públicas, se convoca sessões para debater temas importantes, se realiza ações intinerantes em locais de conflito.”
A análise da produtividade defendida por Anselmo Pereira depende de um acompanhamento do trabalho do vereador pelo cidadão que é complexo, mas que tem sido facilitado pelas novas tecnologias. “Estou na Câmara Municipal de Goiânia desde 1977. De lá para cá tudo mudou muito. Imagine que, quando comecei, a Câmara tinha uma única máquina de escrever Remington que servia a todos os vereadores. Rodávamos projetos de lei e todo tipo de papéis para toda sociedade no mimeógrafo. Hoje, com o avanço na velocidade da difusão da informação, a câmara produz mais em um mês do que em todo um mandato naquela época”.
Anselmo Pereira, que acompanha as obras de reforma na Praça Universitária, exemplifica como a atuação parlamentar é mais eficiente hoje: “Em menos de um minuto toda minha comunidade já sabe o que estou fazendo na Praça Universitária por minhas redes sociais. Idealizo um compromisso, realizo e comunico – é a consagração de qualquer homem público”. O vereador lembra outra vantagem que parlamentares dedicados ganharam: as redes deixam um rastro acessível. Hoje, o vereador não pode mentir sobre quanto realizou em seu mandato.
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Anselmo Pereira diz que a Câmara Municipal é hoje muito mais produtiva do que no passado | Foto: Divulgação / Câmara Municipal de Goiânia[/caption]
No primeiro semestre de 2019, a Câmara Municipal de Goiânia apresentou 291 projetos de lei. O número, entretanto, não deve ser usada como medida de produtividade, segundo o vereador Oséias Varão (PSB). Ele afirma: “No contexto atual, o grande desafio não é falta de leis. Nos acostumamos com a ideia do vereador como legislador, mas também é obrigação dele fiscalizar o cumprimento das leis. Temos um número de leis muito grande, mas os problemas são persistentes. O que precisamos fazer é um mutirão para revogar leis inúteis e supervisionar as restantes”.
Oséias Varão exemplifica como a fiscalização de políticas existentes pode contribuir mais do que a criação de novas leis. Uma investigação conduzida por seu gabinete sobre os pacientes do Sistema Único de Saúde que mais demoravam a ser atendidos revelou que, em muitos casos, a falta de padronização nos pedidos de exame e orientações médicas criava entraves burocráticos. “Eu propus que médicos e servidores da saúde municipal passassem por treinamento para preencher formulários. É uma coisa simples, mas acaba com o problema de centenas de pessoas sem atendimento”, afirma Oséias Varão.
O vereador Clécio Alves (MDB), que justificou sua posição contrária ao projeto de Paulo Magalhães pela redundância da verificação de presença na Casa, engrossa o coro dos vereadores que priorizam a fiscalização. “Sou contra esse 'circo' que fazem na Casa por conta de ponto biométrico. É desnecessário. É uma proposta demagógica para capitalizar no sentimento de descrédito que passa a classe política. Não adianta apontar defeitos nos colegas vereadores, mas mostrar o que não funciona e tentar corrigir”.
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Segundo Oséias Varão, foco de vereadores deveria ser fiscalização | Foto: Livia Barbosa/Jornal Opção[/caption]
Clécio Alves, que presidiu a Comissão Especial de Inquérito (Cei) que investigou irregularidades dentro da Saúde Municipal em 2018, afirmou sobre o papel fiscalizador da Câmara: “A Saúde comprava carros-sucata, sem motor nem câmbio, por R$ 80 mil; existia aparelhos de raio-x novos, fechados na caixa, enquanto a saúde pagava empresas privadas para fazer esse exame”. Integrantes da Cei encontraram as irregularidades após análise de 50 mil páginas de documentos que levou seis meses para ser completo, resultando indiciamento de 31 pessoas.
Limitações
Quando perguntados sobre a qualidade dos projetos de lei, vereadores frequentemente afirmam que o poder de legislar em nível municipal é limitado. “Boa parte dos projetos apresentados não terão efetividade porque esbarram nas jurisdições das esferas estadual e federal”, afirma Oséias Varão. Além deste fator, segundo a Lei Orgânica do Município, apenas o poder executivo pode cortar cargos e qualquer gasto que onere o município é considerado inconstitucional se partir do legislativo. “Como resultado, mais de 50% das leis apresentadas serão consideradas inconstitucionais”, afirma Oséias Varão. A estrutura da Câmara custa R$ 120 milhões por ano, incluídos o trabalho das comissões, procuradoria da Casa, plenário, assessores – “uma enorme estrutura para discutir projetos que nunca serão implementados”, diz Oséias Varão. A solução para este problema, segundo o vereador Lucas Kitão (PSL), é complexa e passa pela reforma do pacto federativo: “O que precisamos para otimizar a atuação dos vereadores é atribuir maior responsabilidade aos municípios. A grande dificuldade é que desperdiçamos muitos esforços pedindo recurso. Grande parte dos serviços sociais são cumpridos pelos municípios, e eles têm de ser compensados.” [caption id="attachment_172447" align="alignnone" width="600"]

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O presidente da Câmara afirmou que a empresa já foi pior e que funciona em outros estados, mas concorda que não supre demandas de Goiás

Emenda do deputado Cláudio Meirelles prevê que, em caso de aprovação da matéria, seja observada a Lei Federal que regula as concessões públicas no País
[caption id="attachment_218284" align="aligncenter" width="620"] Foto: Lívia Barbosa/Jornal Opção[/caption]
Nesta quinta-feira, 28, o projeto de lei que rescinde o contrato de concessão para prestação de serviço de distribuição de energia elétrica pela empresa italiana Enel foi apresentado na Assembleia Legislativa de Goiás. Com autoria do líder da Casa, Lissauer Vieira (PSB), e do líder do partido, Bruno Peixoto (MDB), o projeto nº 7034/19 também prevê a tomada de posse pela administração pública da empresa privada mediante compensação.
Tendo sido emendada por Cláudio Meirelles (PTC), a proposta atualmente está em análise pela análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e voltará a ser debatida na próxima terça-feira, 3. A emenda diz respeito a estipulação de condições, via decreto, para que o Estado assuma os encargos da Enel em 72 horas a partir da publicação.
Bruno Peixoto afirmou que há previsão de que o Governo assuma através da Celg Geração e Transmissão (Celg GT), com autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Nesse prazo de 72 horas, podemos debater a indenização, que poderá ser feita por processo licitatório”, afirmou Bruno Peixoto. “Poderemos fazer outra licitação e esperamos que, desta vez, uma empresa séria ganhe e que melhore a qualidade do serviço. O que não dá para suportar é essa empresa italiana desrespeitando os consumidores de Goiás.”