Por Thiago Burigato

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Dilma Rousseff repete Freud e quase desmaia diante do adversário Aécio Neves

Conta-se que, quando discutia como o suíço Carl Gustav Jung, o pai da psicanálise, Sigmund Freud, às vezes desmaiava. Relata-se que, quando ouve o nome de Aécio Neves, porque este bate duro e está se tornando tão teflon quanto Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff assusta-se e passa mal, como no debate da semana passada. Dilma teria dito que não está acostumada a apanhar tanto. Nos quatro anos de seu governo, ela bateu duro em alguns ministros. Política decente, sem envolvimento pessoal em qualquer falcatrua, a presidente também lamenta o fato de que não pode pôr a boca no trombone no caso Petrobrás.

Edward Madureira pode migrar para o lado de Marconi Perillo e ser secretário da Educação

Se a presidente Dilma Rousseff for derrotada, é praticamente certo que o prefeito de Goianésia, Jalles Fontoura, vai tentar aproximar Edward Madureira, ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e um gestor de primeira grandeza, do governador Marconi Perillo. Por ser professor, e sobretudo por ter sido reitor, Edward terá facilidade para lidar com os professores do Estado. Por enquanto, a única rival de Edward é a professora Raquel Teixeira, que foi uma das mais qualificadas secretárias da Educação da história de Goiás.

Vereadores dizem que, se Marconi e Aécio forem eleitos, Paulo Garcia pode sofrer impeachment

Não se comenta outra coisa na Câmara de Vereadores da capital: se o governador Marconi Perillo for reeleito e se Aécio Neves for eleito presidente, o prefeito de Goiânia pode sofrer impeachment em 2015. Mas por que impeachment se Paulo Garcia foi eleito pelo voto e, até onde se sabe, faz um governo com dificuldades mas honesto?

Iris Rezende está tentando descolar sua imagem da imagem de Paulo Garcia

Petistas têm notado que o candidato do PMDB a governador de Goiás, Iris Rezende, está fazendo o possível para descolar sua imagem da do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. Eles estão achando muito estranho, pois o prefeito petista tem uma adoração quase religiosa pelo peemedebista-chefe. Em debate recente, quando o tucano-chefe Marconi Perillo apontou a conexão de Iris com Paulo Garcia, Iris foi brusco e não aceitou a associação. O irismo acha que Paulo Garcia, com uma gestão mal avaliada, contribuiu para a queda da popularidade de Iris Rezende em Goiânia.

Se Dilma vencer, a oposição não será mais a mesma, nem Aécio será aquele Aécio de antes

A radicalização do debate de campanha se tornou algo mais do que o jogo da verdade nua e crua: o tucano quebrou o mito sagrado em torno da presidente

“Em janeiro, o Tocantins volta a ter um governo perto do povo”

Marcelo Miranda reafirma que fará gestão voltada para os municípios, com muito diálogo com os prefeitos

Getúlio: uma trilogia para ler e apreciar

Escrito em estilo fluente e elegante, solidamente embasado em documentos, publicações e depoimentos — além de uma excelente iconografia — “Getúlio: Da Volta Pela Consagração Popular ao Suicídio (1945-1954)” é percorrido com o interesse de um thriller de ficção dramática

O fantasma da família Clutter

Quase 60 anos depois do assassinato da família Clutter, imortalizado por Truman Capote na reportagem literária mais famosa de todos os tempos, o clássico “A Sangue Frio”, a cidade de Holcomb, nas planícies do oeste do Kansas, parece condenada a um luto infinito

A última chance do amor

Cultural_1885.qxd Rafael Teodoro Naquela manhã de do­mingo o telefone tocou e tocou e tocou. Ele es­tava ao lado do aparelho. Mas hesitava em atender. Tinha me­do de que se repetisse a noite anterior. Sim, uma noite de sábado, céu limpo, clima quente. Uma noite inofensiva como qualquer outra não fosse por um pequeno detalhe: naquele dia eles completavam doze meses de namoro. Ele então pega o telefone e liga para ela. Animado, quer conversar mesmo sem ter assunto. Achava que ela não lembraria da data. Era estranho dizer isso, mas ele sempre havia sido mais atento aos detalhes da relação, aos pequenos detalhes, aqueles que fazem a vida sair da banalidade tão comum. Um desenho de coração num caderno, uns versinhos escritos apressadamente, uma caixa de bombons, as flores... Ele preparava tudo com o esmero de um confeiteiro que despeja a cobertura sobre um bolo de aniversário para alguém muito especial. Esse alguém era ela. Ele só queria vê-la feliz. Todavia, ela não parecia valorizar tanto aqueles pequenos gestos. E assim, do outro lado do telefone, naquele sábado quente e silencioso, ele escuta uma voz sem nenhum entusiasmo carinhoso. Ele ouve uma voz fria e indiferente. Dura, seca, de partir o coração. No diálogo que se seguiu ela cobrava satisfações. Fotos compartilhadas, recados em redes sociais, conversas com colegas de trabalho... Tudo era motivo de aborrecimentos. Por vezes, mui arrogante, ela deixava-se envaidecer e cobrava dele um pedágio pela passagem na sua vida. “Se soubesse que tu eras assim, não me interessaria...” Pronto. Agora ele se sentia qual um estelionatário a enganá-la. E, no entanto, ele nunca a enganou. Ao telefone, ela tornava a falar com um ar de despeito, como se a doação do amor não fosse entrega, e sim caridade. Como se tudo o que viveram até ali — as declarações, os presentinhos, os abraços, os beijos, os planos para um futuro juntos — não significasse nada. Tudo o que ela via eram os seus desejos, as suas vontades. Egoísta, ela queria controlá-lo. Quanto de ciúmes havia naquilo ele não sabia. Talvez fosse uma faceta escura de um amor tão puro entre grandes árvores azuis, prenhes de frutos podres que principiavam a cair. Ou talvez fosse o temor que acomete quem ama com tanta intensidade que prefere matar a perder. E aquelas brigas, aquela hostilidade gratuita, súbita, inexplicável, feriam o coração dele. E o amor ia morrendo aos pouquinhos, afogado na desconfiança. Ele só queria que ela se libertasse do seu passado. “Eu já esqueci”, ela dizia. Dizia não porque fosse mentirosa, mas porque achava que pudesse enganar a si própria. No fundo, queria amenizar a dor que a consumia ante a lembrança de outros homens, homens que a fizeram transitar pelas sendas perigosas da raiva e do ódio. Os mesmos homens que a usaram um dia, que a ludibriaram, que fizeram da sua sensibilidade uma ponte para o desespero humilhante de quem confia e é traída, de quem se entrega para o amor e se percebe quedar junto à armadilha da frialdade mais abjeta — na qual se homizia a triste figura dum coração de pedra. Altiva, ela não aceitava que seu passado era uma prisão da qual ela ainda não pudera se desvencilhar. Era um fardo que ela carregava como um medalhão sobre o peito, que resplandece o brilho túmido duma cegueira branca que terminava por turvar a visão de todos à sua volta. E começava a matar até mesmo o amor, perdido que estava num labirinto de suspeitas e dúvidas. Naquela noite, então, depois de ouvir tudo o que ela disse, pela primeira vez em 12 meses de namoro ele duvidou. Pela primeira vez, após todas as crises, ele se viu balançar, vacilar no sentimento para o qual ele não havia posto obstáculo — e entregara-se completamente. Erguia-se pouco a pouco um muro com os tijolos do cansaço e da desesperança. Ao final da construção, ele temia seriamente que ela não pudesse mais ver os momentos felizes, o desenho de coração num caderno, os versinhos escritos apressadamente, a caixa de bombons, as flores... Nada! Nem um instante de alegria na memória, nem uma gota de carinho num oceano de mágoas. Absolutamente nada. Pela primeira vez ele teve medo de se afogar. Inconformado, sabia que os fantasmas do passado perseguiam-na. Ela insistia em negar. Eles haviam prometido um ao outro experimentar o novo, recomeçar do zero, só nós dois, por Deus, eles juraram! Mas ela continuava perdida no terreno pedregoso das lembranças antigas, irresoluta e desconfiada. Sem perceber, ela não via que o terreno ficava próximo a um mar de entulhos; que as lembranças eram como pedras amarradas ao corpo daquele amor que se tornava cada vez mais pesado. Ela prendia o sentimento dele e o lançava contra as ondas daquele mar revolto, indomável, cruento, cheio de entulhos. O sentimento ia se afogar. Os fantasmas do passado agora surgiam redivivos, transformados com a face do ceifeiro, que os vinha buscar para a morte, enquanto o amor estilhaçava moribundo. Ele só queria entender por que ela o maltratava, por que essa desconfiança imotivada, esse receio possessivo, tanta infantilidade! Por quê? Se ela havia sofrido tanto e, como ele, desejava se libertar, por que não acreditar naquele amor? Por que não se dar essa chance? Naquele momento, ele compreendeu finalmente que estava a ser processado. Era réu de um crime que não tinha perpetrado, pecador de um pecado que não havia cometido. Ele era o culpado de forma sumária, sem direito a um julgamento justo. Pena. Ela não via que ele não era o criminoso, o pecador, o bufão que se aproximava para humilhá-la outra vez ao brincar com seus sentimentos. Na sua cegueira branca, ela não entendia que o amor que ele dava a ela era santo, pois oferecia a redenção. Era uma porta que se abria no presente para um futuro de felicidade — uma felicidade que ela certamente nunca tinha sentido. E que ela própria, ensimesmada, sabia não ser possível sentir com mais ninguém. Porque aquele sentimento era puro e sacro; não vinha para consumi-la na maldade terrível da perfídia velada; vinha, isto sim, para retirá-la daquele quarto escuro solitário, onde ela se trancara desde tempos imemoriais para a vida. Ele queria resgatá-la. Oferecia-lhe sua mão. Infelizmente ela estava cega. Não queria aceitar. Naquela noite de sábado, pela primeira vez ele desligou o telefone. E pela primeira vez não sentiu mais vontade de ligar. Logo ele, que sempre quis conversar com ela, dedicar a ela suas melhores palavras! Ele sa­bia que alguma coisa estava errada. No domingo, quando tornou a si após sair da imersão em pensamentos que o remetiam à noite anterior, primeira vez em 12 meses de namoro ele hesitou em atender ao telefone. Não sabia se ela telefonava arrependida, se queria se desculpar. E temia o contrário: que ela tornasse à sua ira, que descontasse a sua raiva injustificável, enquanto queimava na fogueira dos ciúmes mais pueris. Então pela primeira vez ele sentiu medo de acabar. Sentiu um medo absurdo de que ela não tornasse a si, que não vislumbrasse os riscos do caminho que ela trilhava. Era um caminho sem volta, decerto. Ele só não sabia se ela queria parar por ali e voltar a cultivar o amor. Por isso, enquanto o telefone tocava insistentemente, ele olhou de novo para o aparelho. O barulho irritava-o. Ele já se via compelido a tomar uma atitude. Que faria? Ignorá-la seria covardia. Mas ele sabia que, se a atendesse, aquele poderia ser o momento derradeiro duma história de amor tão bonita. Ou talvez não! Talvez fosse justamente a oportunidade de que precisava, a conversa que permitiria a ela entender que não devia ocupar-se com miudezas, e que não era justo puni-lo por faltas que ele não protagonizou, que não era correto expiar os sofrimentos passados nas costas de um inocente. Talvez. Só talvez ela então percebesse o óbvio: que os 12 meses que passaram juntos haviam sido os momentos mais felizes da vida dele. E foi nisso que ele acreditou, quando, vencendo a hesitação do início, tomou em mãos o telefone e decidiu dar a si próprio uma última chance de viver aquele amor. Rafael Teodoro é advogado e crítico de música e literatura.

Entre o jogo e a vida, a goleada poética do atacante Miguel Jorge

Com uma visão do amor, dos sonhos, das utopias, dos sentimentos, da solidariedade, enfim, de valores tão refratários nesse terceiro milênio, Miguel Jorge não se intimida nem se aniquila diante da “ambiguidade das facas”, numa atmosfera em que nos sentimos como num campo de disputas

Curiolando, o curió que se salvou da fome do gato

Sinésio Dioliveira Cultural_1885.qxd Conto dedicado à minha amiguinha Bárbara Toledo Gomes, de 9 anos Curiolando vivia feliz como todas as aves que moravam numa pequena floresta. To­das despreocupadas com semear, segar e recolher provimentos para os celeiros. Por lá o Pai celestial ainda as sustentava. A floresta era cortada por um ribeirão repleto de peixes. Suas águas eram tão límpidas que era possível ver os peixes com facilidade. Lambaris e piaus predominavam por lá. E por isso eram presas fáceis dos mar­tins-pescadores, socós, tuiuiús... Nessa floresta viviam também saracuras, jaçanãs, garças diversas, tizius, coleirinhas, bigodinhos, canários-da-terra, sabiás-do-campo, almas-de-gato e outras muitas aves. Certa vez, já quase no fim de uma tarde de novembro, em ple­na primavera, Curiolando teve u­ma surpresa desagradável. Ao buscar comida nos pendões de ca­pim para seus dois filhotes de duas semanas, pousou num galho se­co. Achou o galho diferente, mas, como dar comida para seus fi­lhinhos era algo mais urgente, Curiolando nem teve tempo de observar direito onde havia pousado. O galho seco estava entre os pendões de capim, num lugar ideal para facilitar o recolhimento das sementes de capim. Ele sentiu seus pés presos ao galho. Assustado, tentou voar para escapar. Só que não conseguiu e ficou preso de cabeça para baixo, batendo as asas barulhosamente. Daí a poucos instantes apareceu um homem correndo e desprendeu os pés de Curiolando do galho seco e o colocou dentro de um alçapão. Desesperado, ele se debateu nas laterais do alçapão em busca de liberdade, a ponto de sangrar o bico. O homem, um vendedor de passarinhos, capturou Curiolando com visgo de leite de jaqueira. Não era um galho propriamente, mas um pedaço de ferro simulando um. Depois disso, Curiolando nunca mais viu seus filhinhos nem a mãe deles. Foi levado embora para bem longe da floresta da qual tanto gostava. A viagem foi muito sofrida: algumas horas de ônibus dentro de uma caixa de madeira cheia de compartimentos e com alguns furos nas laterais dos compartimentos. Os furos eram para entrada de ar e assim as aves transportadas não morrerem. Essa caixa estava dentro de uma mala também furada mas de modo discreto. Alguns pássaros acabaram não resistindo à viagem, mas Curiolando sim. Curiolando acabou sendo vendido, e seu destino foi morar na cidade grande. Ele, que tinha uma floresta para viver, acabou aprisionado numa minúscula gaiola que, durante o dia, ficava pendurada na parede de uma área e à noite o dono a recolhia para dentro de casa. Foi quase um ano engaiolado. Após alguns meses, Curiolando acabou cantando, mas não da maneira feliz como era na época da liberdade. Ainda assim seu canto deixava o homem que o comprou orgulhoso. Seus chilreios eram ouvidos ao longe, inclusive chegaram aos ouvidos de um gato pardo, que acabou localizando o curió. A partir de então, o felino passou a desejá-lo como refeição e passou a observá-lo de longe. Numa certa tarde, já beirando as 17 horas, o homem teve uma crise de hipertensão. Sua mulher, então, desesperada, chamou um táxi, e os dois foram para o hospital. O homem estava tão mal que nem se lembrou que Curiolando tinha ficado na área. Isso foi a oportunidade de o gato realizar o seu desejo. Che­gou silenciosamente. Foram dois pulos inúteis sem alcançar a gaiola, mas no terceiro sua pata dianteira esquerda acertou a gaiola, que se soltou do prego na parede. Na queda, a travinha da porta a­cabou se quebrando e, no de­sespero do acontecimento, Curi­o­­lando acabou achando a porta aberta. O gato ainda tentou pegá-lo, saltando sobre ele, assim que Curio­lando levantou voo, mas em vão. Voou por alguns minutos. Pousou na copa de um angico bem alto de uma praça. Perma­neceu por lá alguns instantes até se recuperar do susto e ganhou o céu novamente. (Talvez em direção à floresta onde vivia feliz!) Sinésio Dioliveira é escritor e jornalista.

Nova pesquisa aponta vantagem de 13% de Aécio Neves sobre Dilma Rousseff

Enquanto o tucano desponta com 56,4% dos votos válidos, a petista tem 43,6% da preferência do eleitorado

Depois de passar mal ao conceder entrevista ao vivo, Dilma cancela agenda no sábado por orientação médica

Na capital fluminense, a petista teria compromissos com os candidatos ao governo Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB), que integram sua base aliada

Apesar de considerar Caiado um deputado “fantástico”, Waldir Soares recusa convite para SSP por honrar votos dos eleitores

Para o tucano, trata-se de uma questão de respeitar seus eleitores e batalhar para promover as mudanças para que, de fato, haja mudanças significativas no combate à violência

“Nossos hospitais estão muito bem. O desafio foi superado”, diz titular da Secretaria estadual de Saúde

Nossos hospitais não estão apenas bem. Estão muito bem. Essa é a avaliação que o Secretário da Saúde do Estado de Goiás, Halim Girade, faz ao citar os investimentos que têm sido realizados pelo governo no setor. Segundo ele, os desafios agora se concentram em criar uma rede adequada para o interior, algo pelo qual a pasta já está se empenhando