“Nossos hospitais estão muito bem. O desafio foi superado”, diz titular da Secretaria estadual de Saúde
17 outubro 2014 às 16h42

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Nossos hospitais não estão apenas bem. Estão muito bem. Essa é a avaliação que o Secretário da Saúde do Estado de Goiás, Halim Girade, faz ao citar os investimentos que têm sido realizados pelo governo no setor. Segundo ele, os desafios agora se concentram em criar uma rede adequada para o interior, algo pelo qual a pasta já está se empenhando.
O secretário garante que Goiás está preparado para enfrentar o risco do ebola e afirma que todos os esforços necessários para minimizar os prejuízos provocados pela dengue já estão sendo realizados. O sucesso que o Estado vem obtendo na saúde, diz, está baseado na parceria com as Organizações Sociais, apesar das críticas que costumavam ser proferidas pela oposição a esse modelo.
Que avaliação o sr. faz dos investimentos e das obras que a Secretaria de Saúde tem feito nas unidades hospitalares do Estado?
Importante saber que nos últimos três anos houve uma mudança de paradigma completa. E essa mudança foi na área hospitalar no Estado de Goiás. Isso significa dizer que houve a coragem de tentar resolver em definitivo essa questão. Era um desafio de décadas onde o governo nunca conseguiu prover adequadamente os hospitais do Estado de Goiás: Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital Alberto Rassi (HGG), Hospital de Doenças Tropicais Anuar Auad (HDT), Hospital Materno-Infantil (HMI), Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa). O governo percebeu que os dois hospitais que estavam sob a gerência de Organizações Sociais (OSs), o Hospital de Urgências de Anápolis (Huana) e o Crer — o Crer é um hospital de grande ambulatório — estavam indo muito bem. E essa decisão de colocar OSs em todos os hospitais mudou o paradigma de uma vez. Foi uma revolução que aconteceu. Em poucos Estados você vai encontrar uma situação em que os hospitais do Estado estão bem. Os nossos hospitais não só estão bem. Estão muito bem.
O desafio foi superado. Nós saímos da mídia negativa. Três anos atrás eu tinha vergonha de levar jornalistas aos nossos hospitais. Hoje eu faço questão que conheçam e realmente é importante ver o que significa esse choque de gestão inteligente. Isso proporcionou ao Estado de Goiás ter dois hospitais com o selo de qualidade da Organização Nacional de Acreditação (ONA). É raríssimo um hospital público ter o selo de qualidade ONA. Nós já temos dois.
Provavelmente nós finalizaremos até dezembro com mais dois hospitais. Se um já é difícil, imagina finalizar o ano com quatro hospitais com o selo de qualidade ONA, que é o maior selo de qualidade em hospitais do país. Então posso te afirmar que no que diz respeito à assistência hospitalar, hoje é a melhor, não só do Estados. Estamos, com certeza absoluta, entre os melhores quanto hospitais privados e públicos no país. Eu conheço, trabalhei em 16 Estados. Então sei o que falo, tenho conhecimento de causa. Trabalhei com governadores principalmente no Norte e Nordeste. Conheço muito o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste. No que diz respeito à questão hospitalar, está resolvido.
E o que tem sido feito pelo interior?
Nós temos algumas propostas: primeiro é fortalecer a rede hospitalar. No interior temos um na região metropolitana, que é Aparecida, um em Santa Helena e um em Anápolis. Temos ainda, em construção, com mais de 50% de obras concluídas, uma unidade em Uruaçu, e dois hospitais que não eram do Estado, eram do Município, no Entorno de Brasília: um em Santo Antônio do Descoberto e outro em Águas Lindas. Nós solicitamos esses hospitais para o Estado, no ano passado e neste ano, recebemos já o de Santo Antônio e já retomamos a obra. É uma parceria entre a Secretaria de Estado e o Ministério da Saúde. O de Águas Lindas foi passado para nós neste ano. Retomaremos as obras quando o ministério colocar a parte dele na parceria, e aí colocaremos a nossa.
Então, veja, esses hospitais que eu disse sobre quebra de paradigmas na capital e no interior têm 90,7% de aprovação, segundo pesquisa Serpes. Esse levantamento foi feito com pessoas que conhecem os hospitais: ou pacientes, ou acompanhantes, ou profissionais de saúde.
Quando você desagrega e deixa só os profissionais de saúde, você chega a 97,9% de satisfação. Aonde se tem um porcentual tão alto? E a pergunta: antes, era questão de incompetência? O que estava acontecendo? Por que não conseguiram isso como a Secretaria de Saúde conseguiu? A razão é simples: as amarrar burocráticas não deixam.
Mesmo tendo dinheiro, não deixam a gente desenvolver nenhum processo competente e adequado em um hospital. Então nosso desafio é prover o interior com esses três hospitais, junto com a proposta agora para o Entorno Sul, que tem 750 mil habitantes. Ali precisa de um hospital estilo Hugo 2, com certeza. Essa é uma das propostas.
A outra proposta é retomar a gestão de hospitais que eram regionais. São 10. Eles foram construídos na época do governo Henrique Santillo. São bons hospitais e funcionavam muito bem, até o momento em que os dois governos seguintes municipalizaram, passaram esses hospitais regionais para o município. A Secretaria de Estado da Saúde se eximiu de financiar. É lógico que o município não tem condições de bancar esses hospitais regionais. Nossa proposta é retomar esses hospitais regionais, passar para OSs e fazer parcerias com os municípios.
Para o fortalecimento do interior temos quatro outras propostas: uma delas é prover de leitos de UTI. Em três anos nós conseguimos colocar 94 leitos de UTI no interior, em Nerópolis, Rio Verde, Jataí, Itumbiara e cidade de Goiás. Isso desafoga Brasília e desafoga Goiânia. No total, capital e interior, acrescentamos 270 leitos em três anos.
Nós também estamos fortalecendo o interior com Ambulatórios Médicos de Especialidades, que chamamos de AME. Esses centros, cada um deles terá 20 especialidades: cardiologia, endocrinologia, gastroenterologia, oftalmologia, nefrologia, endocrinologia e outros. Isso é, ao invés de as pessoas virem para cá fazer exames ou uma consulta com especialista, eles poderão fazer isso no interior.
Três AMEs já começaram a subir paredes: Goianésia, Quirinópolis e Formosa. Outros três estão na fase de terraplanagem: Goiás, São Luís e Posse. Nosso desejo é chegar a 21. Com isso, se evita que a população que precisa de atendimento de algum especialista pegue estrada, vá para Goiânia, vá para Brasília ou outros centros.
A outra é o fortalecimento dessas regiões onde estarão os AMEs por meio do consorciamento dos municípios. Nós estamos promovendo consórcios intermunicipais de saúde. Esses consórcios dão muito certo em Minas Gerais, no Ceará e no Paraná. Ou seja, temos dezenas de consórcios pelo país. Estamos começando a fomentar consórcios nesses seis municípios onde estamos trabalhando. Dois deles já foram instituídos. O de Quirinópolis e o de São Luis dos Montes Belos. Os outros quatro estão mais atrasados, mas nós estamos no caminho para sua formação.
Finalmente, temos a rede Credeq, que é o Centro de Referência e Excelência em Dependência Química. A rede Credeq é um projeto inédito no país, vai ser uma referência nacional, com certeza. Faz parte de um planejamento estadual de enfrentamento às drogas. O Brasil não está tendo essa coragem, mas o governo Marconi está. Essa é uma demanda da sociedade goiana. Uma demanda das famílias. Elas estão exigindo isso e o governo federal está titubeando. A maioria dos Estados também está.
Há comunidades terapêuticas, algumas boas, outras muito ruins. De alguma forma elas tentam suprir o que o governo não faz. Mas o governo Marconi resolveu enfrentar isso. Então nós temos o Credeq de Aparecida, que já está sendo finalizado, com mais de 97% das obras concluídas, e nós temos outros quatro Credeqs no interior: Morrinhos, Caldas Novas, Quirinópolis e Goianésia. Nossa proposta não é para o próximo governo fortalecer o interior. É uma proposta que nós já iniciamos.
Em suma, te afirmo que nos que diz respeito à atenção hospitalar nos hospitais do Estado de Goiás, o que está faltando para melhorar será feito com a inauguração do Hugo 2, porque o número de vagas tem sido insuficiente. Isso é, ainda há uma ou outra queixa, por isso vamos inaugurar o Hugo 2, senão não haveria necessidade.
E com relação à atenção primária ela precisa ser fortalecida, é algo muito importante e pode chegar a resolver 80% dos casos. Em função disso estamos começando a prover 88 municípios que estão sem ambulatórios. Sem exames de urina, de fezes, de sangue. Queremos prover, Identificamos e iniciamos o repasse de recursos para que existam esses laboratórios.
É muito promissor o que vem na saúde no Estado de Goiás, porque os resultados de coragem e enfrentamento já podemos sentir agora. Houve uma melhora muito acentuada e a gente espera que no próximo governo deem continuidade para o fortalecimento do interior.
O Entorno do Distrito Federal é uma área considerada crítica no que tange à saúde. O que tem sido feito pelo Estado naquela região?
São esses dois hospitais que nós tomamos a iniciativa de finalizar. Eles vão atender a 450 mil pessoas no oeste do entorno. É muito estranho que o governo federal se exima de fortalecer o entorno. O entorno só existe porque existe o governo federal. Então, chega perto de 600 mil pessoas que saem por dia do entorno e vão servir ao Distrito Federal. O DF tem obrigação de cuidar dessas pessoas também, não pode deixar só para Goiás. Elas trabalham no DF, e se elas deixarem de trabalhar, acabam os serviços básicos do DF. O governo federal tem que aplicar muito mais do que propuseram recentemente. Fizeram uma proposta de aproximadamente R$ 7 milhões, algo que nem dá para começar para fazer um projeto de hospital.
Tem que levar o Entorno com mais seriedade, senão o Entorno vai invadir Brasília. As pessoas do Entorno já fazem atendimento em Brasília. Agora há que se dar toda atenção necessária, financiar as estruturas de saúde, e quem pode financiar é o governo federal, que fica com 72% dos impostos brasileiros. Essa parceria entre o governo federal e Goiás é essencial. Mesmo assim, o fortalecimento do programa Saúde da Família — que para nós foi muito forte no Entorno –, treinamento de qualificações, capacitações, o desenvolvimento de estruturas para fortalecer a saúde da mulher e da criança, que é o que nós fizemos. Falta agora criar estruturas. Nós assumimos dois hospitais, o de Santo Antônio e Águas Lindas, mas a gente espera sinceramente que o governo federal se corresponsabilize pelo Entorno do DF. É Goiás, mas só existe por causa de Brasília.
A gestão por meio das Organizações Sociais são motivo de muitas críticas por parte da oposição. Qual é a visão do próprio governo estadual quanto a esse modelo administrativo? Ele tem dado resultados positivos?
Não há mais quem tenha coragem de acabar com as OSs. Os candidatos, de uma forma geral, nenhum falou explicitamente que acabaria com as OSs. Se o resultado é positivo ou não eu deixo para as pessoas que conhecem os hospitais geridos nesse sistema responderem. 90,7% estão satisfeitos. Portanto, a resposta eles devem dar, não eu.
Procure algum hospital privado que tenha 90,7% de satisfação, seja qual for. Procure algum outro público também para ver se chega a isso. Então, não só afirmo que está muito bom, e a população que conhece é que deu essa nota, como convido quem queira conhecer os hospitais. Faço isso com o maior prazer.
Apesar disso, em setembro, a Serpes divulgou uma pesquisa em que a Saúde aparece como a área mais preocupante no Estado de Goiás, na opinião da população. A nota média atribuída ao setor foi de 3,3. Qual a razão dessa avaliação tão negativa, apesar de todos os esforços que o sr. mencionou?
O 3,3 foi nota para as OSs. Agora, foi dada por pessoas que não conhecem as OSs. Depois dessa pesquisa eles fizeram outra com quem conhece as OSs. Você pode opinar sobre algo que você não conhece. Mas tem grandes chances de errar. Por isso foi feita a pesquisa com quem conhece os hospitais, que são os usuários, os acompanhantes e os profissionais de saúde. A resposta está aí.
Desde o início do ano tem havido uma grande preocupação, no mundo todo, com a epidemia de ebola, que tem assolado alguns países com o risco de se espalhar para outros. Goiás está preparado para lidar com essa situação?
Nós já estamos preparados. Por que te afirmo isso? Dia 8 de agosto houve o lançamento do alerta mundial, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), informando que existia uma epidemia, sim, de ebola. Era algo muito grave e poderia se espalhar pelo mundo. No dia 11 de agosto nós começamos a desencadear um processo de qualificação do Hospital de Doenças Tropicais Anuar Auad (HDT). O hospital está com seus recursos humanos qualificados, nós temos uma enfermaria — e a orientação é que seja apenas isso — toda bloqueada, prontinha para receber um possível portador do ebola, e temos comprados os equipamentos de proteção, que são chamados de EPI (Equipamentos de Proteção Individual).
No que diz respeito ao HDT, nós estamos completamente preparados. Mesmo por quê a orientação é que se for identificado uma pessoa em Goiás com ebola, ela vai para o HDT e não fica ali mais do que duas horas. Imediatamente vem um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e leva para o Rio de Janeiro, para o Instituto Evandro Chagas. Então, de atenção hospitalar estamos preparados.
Em relação aos municípios, já treinamos 86 deles, o que equivale a aproximadamente 380 pessoas. Mais que isso, nesta sexta-feira (17) treinaremos todo o restante. Todos os 246 municípios estarão treinados. Compramos também 700 EPIs. Cada um custa aproximadamente R$ 300, são descartáveis e mesmo quem usa corre o risco de ser contaminado, como aconteceu na Espanha e na Libéria, mesmo com o equipamento completo.
Devo dizer que estamos preparados. Se chegar um caso de ebola aqui, há poucas chances de disseminação, a não ser que a pessoa demore a procurar uma unidade. Estamos preocupados que os médicos saibam associar aquela dor de cabeça forte, a febre, o vômito, a dor na musculatura, a fraqueza, que são sintomas gerais, de várias doenças, ao histórico do paciente. Ele veio de um dos países que têm ebola? É um paciente que nos últimos 21 dias teve contato com alguma pessoa que tem ebola? Depois do contato, tem até 21 dias para que a pessoa possa desenvolver a doença. Então, veja, afirmo que estamos muito bem preparados em Goiás.
Goiás sofre periodicamente com os surtos de dengue. Como estão os trabalhos da Secretaria de Saúde para amenizar esse problema?
A dengue é realmente um problema nacional e goiano. Eu gostaria muito que não fosse mais um problema para nós. É um problema que tem nos desafiado por anos a fio. Lembro que em 1990, há 24 anos, eu era secretário de Estado aqui e fiz uma campanha contra a dengue. Agora, estou de novo fazendo campanha contra a dengue. É uma doença que veio para ficar por muito tempo, mas não são aceitáveis esses números de casos que temos em Goiás. Fazem-se necessárias as parcerias com as prefeituras. Há a necessidade urgente de tirar o lixo das cidades.
O lixo é um dos maiores problemas para nós, porque o mosquito se desenvolve ali. Então, veja, se as prefeituras fizessem um bom trabalho de limpeza urbana e se as famílias tomassem os cuidados necessários os números poderia ser menores. O estado tem fornecido os inseticidas individuais, que a gente chama de bomba costal, e também os fumacês. Nós vamos entrar em outro período chuvoso, e nesse período o número de casos aumenta, e com isso nossa maior preocupação é preparar o pessoal da área de assistência médica para fazer um diagnóstico precoce e fazer o tratamento adequado.
Portanto, o tratamento é uma corresponsabilidade. Tem parcerias também. O governo estadual tem que prover, que é algo que nós estamos fazendo, não nos falta nada; a prefeitura tem que cuidar dos lixos; e tem a responsabilidade das famílias e dos profissionais da área da saúde. É um desafio que se vence em parceria com a sociedade goiana.
Tem havido uma confusão por parte da população, inclusive incentivada em parte pela oposição, entre as unidades de saúde municipais e as estaduais. De que forma isso tem prejudicado a avaliação que as pessoas têm a respeito da Secretaria de Estado da Saúde e de que maneira pode-se deixar claro o que é de responsabilidade de um e de outro?
As nossas unidades estão com 90% de aprovação por quem usa as nossas unidades. Eu gostaria que os Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) estivessem também muito bem, que não fossem um problema para ninguém. Infelizmente o que a gente tem visto pela imprensa é que na realidade os Cais ainda não conseguem fazer uma atenção adequada. Onde que eu sinto que os Cais não fazem uma atenção adequada? Eu sinto no Hospital Materno-Infantil, por exemplo. No HMI, quando eu passo lá no sábado e no domingo. Você vê 40, 50 pais com crianças. Essas crianças não eram para estar ali. O HMI é um hospital de referência de alto risco. Não era para tratar de uma dor de cabeça ou uma diarreia. Atende, porque não pode negar. Mas atender a essa quantidade imensa prejudica as urgências das crianças e das gestantes. Via de regra pergunto para essas famílias: “De onde a sra. veio? De onde o sr. veio?”. Geralmente a resposta é que não havia médicos nos Cais, ou o Cais estava fechado, ou não havia medicamentos.
A população precisa dessa atenção. Eu gostaria muito que os Cais tivessem atendendo adequadamente, porque a população de Goiânia e de Goiás precisa desse atendimento. Nós fazemos a nossa parte. Eu gostaria que também fosse feita a mesma coisa em relação aos Cais.
Iris Rezende, assim como Marconi, tem uma proposta de regionalização do sistema de saúde. O sr. tem acompanhado as promessas que ele tem feito para o setor? Que avaliação o senhor faz?
Ele fala em Centros de Especialidades, o que nós já estamos fazendo. Enquanto ele está falando, nós já estamos fazendo. Eu disse que tínhamos seis: três levantando paredes e três fazendo terraplanagem. Nós chegaremos a 21.
Ele fala também da construção de 10 hospitais regionais. Mas foi o PMDB quem acabou com os hospitais regionais. Eles transformaram os hospitais regionais, construídos por Henrique Santillo, em hospitais municipais. Mas os municípios têm dificuldade de absorver. Como ele faz uma proposta de realmente fortalecer o interior se quando teve oportunidade o partido dele acabou com os dez hospitais regionais? Como ele faz propostas de Centro de Especialidades… parece que ele não está acompanhando aqueles que estão sendo construídos. Como ele faz uma proposta de fortalecer o interior se ele foi o governador que acabou com os agentes comunitários de saúde aqui de Goiás? O programa teve que sair do Estado e ir para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Então não me parece que é uma coisa muito séria. Gostaria que as propostas dele fossem mais consequentes.
Como está a situação do Hugo 2 atualmente e qual é a expectativa quanto ao desafogamento das unidades de saúde que a inauguração pode ajudar a propiciar?
O Hugo 2 vem na esteira de desafogar mesmo, e de fazer um atendimento de urgência e emergência clínica. O Hugo antigo, que hoje está moderníssimo, é um hospital para grandes traumas. E nós precisamos de um hospital com essa especialidade.
A emergência clínica é uma apendicite, uma pneumonia, uma gastrite. Isso tem sido encaminhado para a rede conveniada, que são os hospitais privados e os filantrópicos. Mas também não estão dando conta. Então o Hugo 2 deverá ser inaugurado daqui a algumas semanas. Ele vai atender traumas e também a emergência clínica.
Qual estágio nós estamos no Hugo 2? Os equipamentos já chegaram – equipamentos de ponta no mundo. Na realidade o último deles está na alfândega, já aqui em Goiânia. Ele está ali e logo será encaminhado ao nosso hospital. Todos os outros já estão no Hugo, estamos em processo de instalação e em processo de testagem dos equipamentos. O Hugo 2 já é uma realidade. Está sendo finalizada a parte de construção e precisamos adaptar alguns ambientes. Estamos na fase final. Espero que tenha um atendimento de excelência, e pelo fato de ter sido escolhido o Agir, que é a mesma OS, que gere o Crer, eu tenho certeza absoluta que vai receber rapidamente o selo de qualidade ONA, como já temos em dois hospitais.