Por Redação

Encontramos 12348 resultados
Projeto de Brasília vai publicar contos, crônicas e poesia de escritores cegos e com baixa visão

As inscrições podem ser feitas até quinta-feira, 30. O material selecionado sairá em livro impresso e em ebook

Ceasa Goiás: um terreno fértil para a comercialização da produção rural goiana

Marcelo Pedro é assessor de imprensa das Centrais de Abastecimento de Goiás

Quando foi criada pelo governo federal, na década de 1970, as Centrais de Abastecimento tinham a missão de estimular a produção de hortifrutigranjeiros no país e regular a distribuição de alimentos nas regiões. A criação do complexo em Goiás ocorreu em 1975, em decorrência da precária comercialização dos hortifrutigranjeiros, sem qualquer norma oficialmente instituída e condições adequadas de operacionalização da comercialização, sem garantias de boa classificação e qualidade dos produtos.

No final da década de 1980, o Estado de Goiás assumiu a gestão da empresa, acompanhando as operações e administrando o estabelecimento. Apesar de essencial para a sociedade, por um longo período, o entreposto não apresentava bom desempenho administrativo, acumulando sucessivos prejuízos.

Em 2019, ao assumir o executivo estadual, o governador Ronaldo Caiado implantou um novo modelo de gestão e determinou uma auditoria dos contratos e convênios em todos os órgãos e esta ação gerou uma economia de R$ 190 mil para a Central. Com o cumprimento do Regulamento de Mercado, que deve ser seguido por todas as empresas e produtores que atuam dentro do complexo, a credibilidade foi recuperada e a Ceasa-GO tornou-se mais atrativa. Houve a redução da inadimplência e, no primeiro ano da nova gestão, a Ceasa-GO saiu de um saldo negativo de R$ 925 mil e gerou um lucro de R$ 768,883,21.

Atualmente, são 180 empresas, 183 pequenos comerciantes e 638 produtores cadastrados que comercializam para 246 municípios goianos e cidades do Sudeste e todo o Centro-Norte do País. O volume comercializado ano passado foi de 949 mil toneladas de hortifrutigranjeiros e a movimentação financeira no mercado cresceu 11,47%, ultrapassando R$ 2,4 bilhões.

Com resultados financeiros positivos, proporcionados pela gestão transparente, a Ceasa-GO iniciou os planos de uma série de investimentos parar melhorias no mercado. A quinta etapa do sistema de combate a incêndio foi concluída, com a manutenção de hidrantes, alarmes, extintores e toda a rede hidráulica, que passou por vistoria do Corpo de Bombeiros, estando agora em perfeitas condições de uso em caso de ocorrência.

No social, em parceria com as Organizações das Voluntárias de Goiás (OVG), o Banco de Alimentos alcançou um maior número de famílias atendidas: saímos de uma média mensal de 556, para 1.016 famílias durante esse período de enfrentamento da pandemia da Covid-19. O projeto é supervisionado por uma nutricionista, que acompanha a seleção e a separação dos alimentos,  garantindo a segurança alimentar.

Mas as ações sociais sempre foram além da entrega de alimentos. Um projeto inédito foi realizado no entreposto, em dezembro: o “Natal do Bem 2019”, que distribuiu dois mil brinquedos em uma manhã de apresentações culturais e brincadeiras para filhos de trabalhadores e crianças da comunidade.

Ainda, também o projeto de adequação do trânsito nas vias internas, organizando e aumentando a segurança de pedestres, trabalhadores e motoristas. Por dia, mais de 2.038 veículos circulam dentro do entreposto, além disso há cerca de 400 movimentadores de mercadorias que utilizam carrinhos manuais e empilhadeiras mecânicas. O trânsito é uma demanda que se arrastava há anos, mas as obras foram iniciadas em 2020. A Ceasa investiu R$ 140 mil na compra de materiais e placas de sinalização, e a execução está sendo feita em parceria com o Detran-GO.

A pandemia provocada pelo coronavírus levou ao adiamento de muitos projetos, mas, o modelo administrativo implantado no início de 2019 deu robustez e condições para atravessar esse período. Com mais de duas dezenas de ações de enfrentamento à pandemia, o entreposto goiano sobressaiu-se quando comparados às principais Ceasas do País.

Desde março, foram distribuídas 7 mil máscaras, 3 mil sabonetes, instaladas pias e pontos para higienização das mãos. Também uma equipe com profissionais de enfermagem foi contratada para fazer a triagem, medindo temperatura, conferindo outros indicadores clínicos e, quando necessário, encaminhando para uma unidade de saúde. Mais segurança a trabalhadores e compradores, que garantiu o pleno funcionamento do entreposto.

O terreno está preparado e os primeiros sinais indicam que a Centrais de Abastecimento de Goiás está pronta para o crescimento, contribuindo com a geração de empregos, principalmente no campo, e ajudando a movimentar a economia do Estado.

O anjo perturbado

A história do meu amigo Joãozinho, que, praticando o “morcegoso”, desenhava umas loucuras surrealistas

Olivia de Havilland estrelou sete filmes de Michael Curtiz e brilhou em “E o Vento Levou”

A atriz contracenou com Errol Flynn em oito filmes. Atuou também nos filmes “Nascida para o Mal”, "Na Cova da Serpente” e “Com a Maldade na Alma”

CAU recua e diz não questionar “exercício ilegal” de consultoria do Plano Diretor

Segundo a nota emitida pelo Conselho, “o cerne do problema relacionado à forma como o Plano Diretor tramita na Câmara Municipal

Não é hora de ‘turistar’

**Luiz Bruno Roriz é publicitário e chefe de Gabinete da Agrodefesa

O momento requer o cuidado e a colaboração de todos. O agravamento da pandemia do novo coronavírus em Goiás neste mês de julho, como previsto por especialistas em saúde, obriga a população a se manter ainda mais atenta às regras de etiqueta sanitária e de distanciamento social. Com as taxas de ocupação hospitalar beirando a lotação e a triste marca de mais de 40 mil infectados pela Covid-19, não há como fugir ou negar a realidade. Ainda que, para muitos goianos, os planos para este período fossem outros.

Segunda maior festa religiosa do País, atrás apenas do Sírio de Nazaré, a Romaria em louvor ao Divino Pai Eterno, em Trindade, teria sido realizada entre o final do mês de junho e início de julho. Com procissões, missas campais e uma extensa programação de 10 dias, a expectativa da Igreja Católica era receber grande público, a exemplo dos 3 milhões de fiéis que passaram pela cidade em 2019. No entanto, a imagem da multidão nas redondezas do Santuário Basílica deu lugar à incômoda presença de barreiras sanitárias e de fiscais para evitar qualquer tipo de aglomeração.

Aruanã, localizada no encontro entre os rios Vermelho e Araguaia, também estaria repleta de turistas, não fosse o avanço dos casos da doença. As belas praias da região possuem infraestrutura de acampamentos, restaurantes e camping, sem contar um grande número de pousadas, hotéis e bares. Apesar do convite à natureza, o decreto estadual nº 9.674, que entrou em vigor no último 1º, impede qualquer tipo de aglomerações à beira do rio, assim como festas, caminhadas ou eventos. Barreiras também foram montadas para orientar a população sobre o cancelamento da temporada 2020.

Nesse cenário, a quarentena é absolutamente necessária, pois visa combater um inimigo duro, sem rosto, que pode estar em qualquer lugar e representa ameaça constante. Mais do que isso, a medida é resultado da falta de consciência coletiva. Nos últimos dias, a imprensa vem noticiando, por exemplo, que muitas famílias estão insistindo em aproveitar as praias do Araguaia mesmo em meio à pandemia. 25 acampamentos cujas estruturas já estavam montadas foram notificados. E foi preciso colocar a polícia nas rodovias para coibir a movimentação das pessoas.

Que fique claro: ainda não existem vacinas com eficácia comprovada para prevenir a Covid-19. Altamente contagiosa, a doença pode ser transmitida por gotículas respiratórias ou pelo contato com objetos contaminados e, uma vez instalada no organismo, tem rápida evolução. O governador Ronaldo Caiado está coberto de razão ao pedir aos prefeitos apoio e fiscalização. O distanciamento social é a estratégia utilizada ao redor de todo o mundo para diminuir os índices de transmissão, aliviando os hospitais. Que os goianos compreendam a importância de respeitar as determinações das autoridades, como forma de demonstração de responsabilidade e espírito coletivo.

Liderar é para poucos

**Gabriela Teles é nutricionista goiana, graduada pela UFG e pós-graduada em Nutrição Funcional

“Liderança não é sobre títulos, cargos ou hierarquias. Trata-se de uma vida que influencia outra.” A frase de John Maxwell, um dos autores consagrados da atualidade, representa bem a realidade da política goiana. Diante do momento crítico que o mundo enfrenta, podemos perceber algo em comum entre poucos países: a importância que a responsabilidade de líderes políticos representa para a sociedade. Felizmente, nós, goianos, temos o privilégio de estar sob a liderança de um homem íntegro e de caráter inquestionável como o de Ronaldo Caiado.

Por ser médico e visionário, logo que os primeiros casos começaram a aparecer no Brasil, nosso governador logo decretou o fechamento de comércio e coisas não essenciais. Como preconizado pela OMS, com a intenção de salvar vidas. Hoje, depois de uma sucessão de erros de como foi levada a pandemia em todo o Brasil, parece ter sido precipitada, porém na época a intenção era ótima. A ideia era conter o vírus e a tal transmissão comunitária e logo a nossa vida poder voltar ao normal, vide exemplo da Nova Zelândia, Alemanha e outros. Mas sem apoio popular e dos empresários goianos, ficamos em uma falsa quarentena, que muita coisa voltou a funcionar apesar da proibição. E o vírus continuou a circular, não é o governador que estava atalhando o comércio e sim o vírus que precisava e precisa ser contido.

Somos todos culpados pelas vidas perdidas. Desde festinhas clandestinas a abertura de shoppings no momento em que temos 100% de ocupação das UTIs, não dá para culpar só o poder público. Repito, a intenção foi boa desde o começo, porém o governador sem apoio popular e sem obediência ao seu decreto, se viu de mãos atadas com relação ao isolamento.

Paralelo a tentativa de isolamento social, a inauguração de seis Hospitais de Campanha (Goiânia, Águas Lindas, Itumbiara, Porangatu, Luziânia e São Luís de Montes Belos), a regionalização da saúde, além da destinação de mais de 600 leitos exclusivos para pacientes da Covid-19 contribuíram de maneira singular para o enfrentamento da pandemia. O governo estadual ainda realizou a ampliação de leitos em quatro hospitais do Estado (nas cidades de Trindade, Anápolis, Jaraguá e Goiânia) e, em busca de fomentar a economia regional, criou linhas de crédito que contemplam diversas áreas. A contratação de quase 2 mil profissionais da saúde para atuarem durante a pandemia, o investimento de R$ 1,2 milhão em pesquisas para combater o vírus, entre tantas outras decisões, também foi primordial para garantir o bem-estar e a segurança dos goianos.

Segundo estudo realizado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), o isolamento social inicial permitiu que mais de 3 mil vidas fossem salvas no Estado. Os estudos ainda apontam que, sem um isolamento eficaz, Goiás irá registrar cerca de 18 mil mortes, até setembro. Não podemos deixar que discursos evasivos, daqueles que promovem uma visão equivocada da gestão de Caiado, ganhem notoriedade. O momento é delicado e exige dos políticos uma única missão: salvar vidas. Não podemos negar que, este ofício, Caiado honra e cumpre muito bem.

Com as determinações de seus últimos decretos, o governador prova, mais uma vez, aos goianos que não se trata de uma luta entre Saúde e Economia, mas, sim, da busca de esforços para que ambos possam andar juntos e fortalecer ainda mais o combate à pandemia. A população precisa entender que, sem a adesão dos 246 prefeitos ao novo decreto e principalmente de nós como população, como cidadão, que tem amor ao próximo será impossível haver queda da curva de contaminação. Caso contrário, um colapso hospitalar acompanhado de 18 mil mortes serão parte da nossa nova realidade. Parecemos relativizar quando são tantas mortes, mas cada falecido é o amor da vida de alguém, é um pai de família, alguém cheio de história e sonhos, não podemos relativizar isso. Precisamos cuidar de nós e dos outros, o apoio do poder público estadual, já temos, a responsabilidade agora é nossa.

Léo Canhoto, rei do sertanejo, morre aos 84 anos. Foi parceiro do goiano Robertinho

A dupla Léo Canhoto & Robertinho bebeu na tradição e reinventou a música sertaneja, influenciando Chitãozinho & Xoxoró

5G vai impactar mais o mundo que a pandemia

Sua vida, da sua família, da sua casa, a da cidade, no planeta inteiro, tudo deve melhorar, como na invenção da siderurgia, da lâmpada elétrica e da penicilina

Steve Bannon — uma pequena história (2)

Partindo de um patamar elevado de técnicas de manipulação do eleitorado, estão levando o método às últimas consequências — e colhendo os resultados

Romance de Carlos Magno Melo é um salto no abismo da imaginação

Escritor leva o leitor a mergulhar em um universo fantástico e maravilhoso, em que as etapas da vida de seus personagens se transformam em realidades plausíveis

Romance conta história de grupo terrorista que se organiza pra matar deputados corruptos

Livro “Os Terroristas”, do escritor Leandro Osterkamp Pedrozo, narra a saga de Os filhos do Brasil, cuja meta é assassinar parlamentares acusados de corrupção

Prefeito de São Paulo adia carnaval, Marcha para Jesus e Parada LGBTQI+

Nova data para o carnaval ainda não foi definida. O prefeito informou que os festejos só deverão ocorrer a partir de maio

Um Estado cada vez mais agro

**Fernando Dantas é jornalista com 12 anos de experiência na cobertura do agronegócio nacional e chefe de Comunicação Setorial da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa)

Responsável por mais de 80% das exportações goianas nos primeiros seis meses de 2020 e por estimular o crescimento de 3,4% do PIB do Estado no primeiro trimestre deste ano, o agro é o setor que movimenta a economia de Goiás. Na safra 2019/2020, o Estado alcançou o 3º lugar no ranking da produção de grãos, superando o Rio Grande do Sul. Além de ser a principal composição do PIB em 77 municípios goianos, o agro impacta indústria, comércio e serviços, contribuindo para a geração de emprego e renda no Estado.

Os resultados positivos são possíveis devido a vários fatores, incluindo políticas públicas de fortalecimento do segmento. Neste caso, Goiás registrou salto enorme a partir de 2019, com a recriação da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Até o final de 2018, as políticas públicas voltadas para o agro eram relegadas a uma superintendência. Pelo histórico do governador Ronaldo Caiado de defesa do produtor rural e por entender a relevância do setor, ele se comprometeu em recriar a pasta. E assim foi feito, permitindo que ações e políticas públicas fossem planejadas e executadas no Estado.

Porém, para transformar projetos em benefícios para toda a população, foi preciso ter um perfil comprometido à frente da nova Secretaria. O governador fez uma escolha técnica ao convidar o agrônomo e então superintendente do Senar Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, para assumir a pasta. Reconhecido pelas entidades representativas do agro, Antônio teve vários desafios, inclusive o de transformar uma superintendência em uma Secretaria de Estado. Foi necessário avaliar e regularizar projetos parados, licitações e contratos quase perdidos, convênios, termos de cooperação; além de organizar administrativamente uma importante pasta para o Governo.

Da criação da Seapa para cá, os gargalos foram contornados e novos projetos construídos, indicando avanços para o campo e para as cidades. Uma dessas melhorias veio exatamente de um processo que estava com problemas, mas que a Seapa conseguiu reverter e regularizar. Com isso, foram entregues 545 máquinas e implementos para a quase totalidade dos municípios goianos, por meio de contrato estabelecido com o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Esse maquinário fez uma grande diferença para a recuperação de estradas de acesso às propriedades rurais e manejo de água e solo, permitindo o escoamento da produção e o abastecimento na mesa da população.

O estímulo ao fortalecimento do campo dependeu ainda da integração entre a Seapa e suas jurisdicionadas Emater, Agrodefesa e Ceasa-GO, e das parcerias institucionais com outros órgãos e entidades. Segundo o próprio governador Ronaldo Caiado, “só se governa com parceria”. Por isso, a Seapa criou a Câmara Temática O Agro é de Todos, envolvendo mais de 40 instituições ligadas ao segmento no Estado, com o intuito de ouvir demandas e promover melhorias em diferentes áreas como infraestrutura rural, logística, acesso ao crédito e conectividade. Outro projeto criado é o Juntos pelo Agro, voltado para fortalecer o trabalho desenvolvido no interior, proporcionando conhecimento, serviços e benefícios para a população.

Em outra vertente, a Secretaria também foi capaz de dirimir conflitos e ser protagonista na conciliação entre produtores de leite e laticínios, que discutiam há anos a questão de preços pagos aos pecuaristas, nesta cadeia que está presente nos 246 municípios. Sob a supervisão do governador Ronaldo Caiado, a Seapa criou a Câmara Técnica e de Conciliação da Cadeia Láctea de Goiás e elaborou o Índice de Preços de Derivados Lácteos. Ganharam todos, com maior transparência, integração, cooperação e competitividade à cadeia leiteira goiana.

Por meio de projetos sociais e de irrigação, houve também um olhar atento às regiões mais carentes do Estado como Norte e Nordeste. O Agro é Social tem levado desenvolvimento junto à cadeia produtiva de agricultores, auxiliando com capacitação, acompanhamento técnico, insumos, acesso a crédito e regularização de documentos. Na área da irrigação, projetos que estavam paralisados há vários meses voltaram a ser executados por meio de parceria com a Codevasf. Isso trouxe resultados expressivos para o nosso Estado na criação e no fortalecimento de projetos de infraestrutura e de agricultura irrigada nos 136 municípios da bacia dos rios Araguaia e Tocantins.

Permitir acesso ao crédito para que investimentos possam ser feitos em tecnologia ou mesmo na estrutura das propriedades rurais e agroindústrias. Isso tem sido possível pelos recursos do FCO Rural que ajudam a ampliar a capacidade produtiva e fomentar a economia local. A Seapa é responsável pelas análises das cartas-consulta submetidas à aprovação. Em 2019, pela modalidade rural foram contratados mais de R$ 1,5 bilhão e, neste ano, de janeiro a maio, já foram R$ 623,42 milhões.

Além de todas as ações, incentivos e políticas públicas, há uma preocupação em promover conhecimento também. Por isso, a Secretaria tem trabalhado publicações com dados estatísticos, mapas e informações da produção agropecuária goiana, elaborados por fontes oficiais de pesquisa. Já foram lançadas publicações que apresentam panorama de toda a produção, não apenas revelando a força do setor, como permitindo entender a dinâmica do Estado. Assim fica mais claro qual é a aptidão de cada região para determinada atividade e permite pensar em formas de melhor beneficiar e valorizar os municípios.

Da porteira para dentro ou para fora, o agro goiano tem se beneficiado e crescido com ações, projetos e políticas públicas desenvolvidas pelo Governo de Goiás. A tendência é que o setor evolua mais, com sustentabilidade, e a Seapa e suas jurisdicionadas Emater, Ceasa e Agrodefesa têm acompanhado esse desenvolvimento e atuarão, sempre de forma conjunta, para fortalecer o segmento e tornar Goiás um Estado cada vez mais agro.

Sustentabilidade no uso de agrotóxicos

** Rodrigo Baiocchi Lousa é engenheiro agrônomo, coordenador do Programa de Agrotóxicos da Agrodefesa

Nos últimos tempos, a aceleração dos processos de informatização e transferência de dados trouxeram a transparência e a rastreabilidade para um patamar nunca antes visto. Desde seus primórdios, a defesa agropecuária tem como um de seus pilares a abertura e manutenção de mercado. Neste cenário, é de suma importância que produtores rurais entendam que os compradores dos seus produtos querem garantia de qualidade desde a sua produção nas fazendas.

Sem dúvida, um dos indicadores da qualidade desses produtos tem a ver com a utilização correta de defensivos agrícolas. A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), percebendo a necessidade de modernização de sua atuação e atenta à sua competência de fiscalização do uso de defensivos agrícolas, estabeleceu, com a Instrução Normativa nº 3, de 2019, o Sistema de Inteligência e Gestão Estadual de Agrotóxicos (Sigea).

O trabalho agora passa a ser o convencimento e divulgação a todos os stakeholders do Agro, estimulando as boas práticas agrícolas, pensamento que nem é tão novo assim. A grande novidade é a velocidade com que hoje as pessoas debatem esse assunto em redes sociais, com muito alcance, às vezes de forma bastante generalizada e superficial, exigindo o aumento do compromisso de todos do agro, inclusive na geração de dados quantitativos e qualitativos sobre a correção no uso dos defensivos agrícolas nas propriedades rurais do Estado de Goiás.

O Sigea reúne dados cadastrais de propriedades agrícolas, estabelecimentos comerciais, emissores de receitas agronômicas, empresas de software de emissão de receitas, unidades de recebimento de embalagens vazias, prestadoras de serviço de aplicação, aplicadores e preparadores de calda. Juntam-se a estes dados mais de 325 mil receitas agronômicas recebidas de forma digital desde 2019, via webservice com o Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás - Sidago.

Vale ressaltar as mais de 4 mil fiscalizações feitas por ano, pelos fiscais estaduais agropecuários engenheiros agrônomos, que são fundamentais para o sucesso deste projeto. O próximo passo do Sigea é o desenvolvimento da inteligência, marcada no seu próprio nome, o que levará a análises automáticas e cruzamento de dados cadastrais com os das receitas agronômicas, auxiliando na detecção das inconformidades.

Outro exemplo da inteligência do Sigea é a ferramenta de Educação Sanitária Agroativo, que reúne através de checklists, informações de antes e depois das fiscalizações, identificando a qualidade do cumprimento legal dos quesitos relacionados ao uso de defensivos agrícolas nas propriedades rurais, trazendo clareza e harmonização aos procedimentos de educação e fiscalização. A competência legal da Agrodefesa traz mais luz a este assunto tão importante, aumentando o compromisso de todos no desenvolvimento das boas práticas agrícolas e combate aos possíveis impactos negativos do uso dos defensivos agrícolas, em busca da tão falada sustentabilidade.