Por Redação
Reconhecido pelo trabalho na medicina e agora pela atuação como deputado federal, ele demonstra experiência política e reforça desejo de ser senador
escrito por Ênio César

| Foto: Reprodução
“No presente a mente, o corpo é diferente / E o passado é uma roupa que não nos serve mais”. Esses versos da canção “Velha roupa colorida”, de Belchior, toca num ponto sensível da coexistência de diferentes gerações em um mesmo espaço-tempo: o apego que, invariavelmente, temos ao passado. E que precisamos ter, já que é da nossa história que falamos.
Quem já atingiu a maturidade e nunca disse, em tom nostálgico e orgulhoso, a expressão “no meu tempo...” que atire a primeira pedra! Detalhe: quase sempre, em referência a tempos bem mais precários e complicados, em termos de comodidades, do que os atuais. Mas é o que temos!
Voltando nossa lente para o espaço escolar, o fenômeno se repete. Que orgulho de saber conjugar os verbos regulares em todos os modos e tempos! Heroísmo, porém, era conhecer todos os irregulares, os anômalos e — ah! — os defectivos! E as famigeradas funções do “que” e do “se”?! Dominá-las era o crivo para definir se o professor era realmente bom. Tudo fazia sentido, pois era praticamente impossível encontrar uma prova de vestibular que não trouxesse uma ou algumas questões a respeito do assunto.
Que isso tem a ver com a chegada do novo ensino médio?! Tudo! Se, para alguns, não é fácil lidar com as “novidades” que chegam, não é difícil, para muitos, achar motivos para questionar o “velho ensino médio”. Especialmente, quando se dá a essa etapa da educação básica o caráter utilitário que costuma receber.
Basta procurar, nas provas atuais do Enem, itens que façam menção às nomenclaturas que ditaram o ritmo de nossos estudos gramaticais. Não os há! As provas do PAS/UnB, há muito tempo, trazem a tabela periódica para consulta. Não há, então, por que decorá-la.
Quer dizer que esses aprendizados foram inúteis?! Evidentemente, não! Responderam às diretrizes educacionais do período, bem como às necessidades daquele tempo. Mas convenhamos! Antes da chegada dos versáteis smartphones, precisávamos memorizar ou ter anotados em algum lugar os números de telefones. Faria sentido, hoje, insistir em guardá-los na memória, dispensando a poderosa agenda telefônica desses aparelhos?!
O novo ensino médio busca ajustar-se não somente ao perfil das crianças e adolescentes da geração Z, mas ao novo desenho da sociedade, na qual também nós, os adultos, estamos inseridos.
Em um poema que escrevi, falei da “geração self-service”. Não de maneira pejorativa! O fato é que, “no meu tempo”, poucas eram as escolhas a fazer. As músicas que ouvíamos eram definidas pelas rádios. Por vezes, esperávamos horas para gravar, naquela fita cassete, o hit do momento, para tê-lo e ouvi-lo repetidas vezes, quando quiséssemos. Quando soltavam a vinheta no meio da gravação, ficávamos irados!
Atualmente, escolhemos quase tudo, para consumo imediato e reiterado, a qualquer hora: a comida, o programa ou a série de televisão, a música. Apesar disso, temos dificuldade para entender o anseio por escolhas no âmbito escolar.
É consenso que um dos fatores facilitadores do processo educacional é o interesse. E, diante da cada vez mais nítida artificialidade e da crise de identidade do ensino médio no Brasil —, reina o desinteresse. Fala-se, há muito, de protagonismo juvenil, todavia o que se tem é um jovem que não vê sentido em praticamente nada do que se lhe apresenta; que recebe avalanches de informações que, basicamente, o preparam para fazer provas.
É preciso mudar! E mudanças exigem coragem e disposição. Como quando vamos para uma casa nova. Precisamos “mexer nos baús”, decidir o que vai e o que fica…
Significa que o passado é algo ruim que deva ser esquecido, apagado? Não! Significa, apenas, que o presente exige mudanças. O passado continuará sendo referência, história e aprendizado.
E fique em paz quanto às funções do “que” e do “se”! Retomando a canção de Belchior, SE você não sabe a função do QUE, no verso transcrito, sem problema, haverá de ser feliz, desde que não insista em vestir a velha roupa colorida!
Feliz novo ensino médio!
Ênio César é professor de língua portuguesa e Assessor Pedagógico do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília
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