Por Redação

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Victor Cadilac deve deixar a Superintendência de Cultura, mas tende a permanecer no governo

Ronaldo Caiado insiste com Vilmar Rocha para a Casa Civil. Mas pode aceitar Francisco Júnior

A tendência é que o ex-deputado federal ligado à Renovação Carismática ocupe o cargo, mas o nome preferido do governador de Goiás ainda é o de Vilmar Rocha

Não houve tentativa de regularizar joias dadas a Michelle Bolsonaro, diz Receita

Mesmo com orientação do órgão, Bolsonaro ignorou e nada foi feito

Jorge Kajuru e Daniel Vilela podem disputar a Prefeitura de Goiânia em 2024?

Pesquisa sugere que os goianienses estão à procura de um gestor e são mencionados como tais Vanderlan Cardoso e Rogério Cruz

Governador com Tarcísio e Fernando Haddad (Fazenda) | Foto: Júnior Guimarães
A dura (mas possível) tarefa de Caiado na corrida ao Planalto

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“Atravessadores” aprofundam tensão no relacionamento entre Policarpo e Rogério

Semana foi marcada por discursos contundentes do presidente da Câmara de Goiânia na Tribuna

Delegada Adriana Accorsi | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção
Se quiser um candidato alternativo em Goiânia, o PT deve dizer que Adriana Accorsi está fora do jogo

Se a deputada continuar como uma sombra gigante, Edward Madureira, Kátia Maria, Mauro Rubem e Wolmir Amado não têm chance alguma de se tornarem conhecidos e avaliados

Solidariedade está estruturado para eleições 2024

Denes Pereira já está de olho nas alianças para disputa de prefeituras

Rede e Novo deixam “adolescência” e miram competitividade para eleições de 2024

As próximas eleições municipais serão cruciais para ambos os partidos, que fogem da “sopa de letrinhas” e têm um teor programático a apresentar

Otavinho e Jalles podem criar chapa em Goianésia com Leozão e Pedro pra enfrentar Renato de Castro?

O deputado estadual será um candidato forte e difícil de ser derrotado. Mas uma aliança entre o PSD do prefeito e o MDB de Daniel Vilela pode vencê-lo?

Outra gafe do biógrafo Benjamin Moser a respeito da escritora Clarice Lispector

Márwio Câmara

Recentemente, Benjamin Moser, biógrafo norte-americano de Clarice Lispector, publicou na revista “The New Yorker” uma possível entrevista “perdida” da autora de “A Paixão Segundo G. H.”, concedida ao Museu da Imagem e do Som (MIS), do Rio de Janeiro, no ano de 1976. Logo, diferentes portais de notícia, inclusive os brasileiros, replicaram a informação, para o delírio coletivo de uma massa de leitores que pôde se debruçar avidamente no mais longo registro público de Clarice feito para os entrevistadores Affonso Romano de Sant’Anna, Marina Colasanti e João Salgueiro.

O problema da notícia revelada por um dos maiores divulgadores de Clarice Lispector nos Estados Unidos e, possivelmente, no mundo, está justamente na falta de verificação da fonte ou, talvez, no ponto de vista textual, de vocábulos que primam por uma boa relação com a semântica do material discursivo.

Benjamin Moser: mais uma gafe sobre Clarice Lispector | Foto: Reprodução

Afinal, não se trata de uma entrevista rara, muito menos perdida, ao menos em língua portuguesa, uma vez que a mesma fora transcrita na íntegra em duas obras editadas no Brasil: a primeira em “Encontros: Clarice Lispector”, da Azougue Editorial, organizado por Evelyn Rocha, que resgata de forma cronológica um número relevante de entrevistas da escritora concedidas para a imprensa brasileira; e a segunda em “Com Clarice”, livro escrito por Affonso Romano de Sant’Anna e Marina Colasanti, autores que participaram do encontro realizado pelo MIS.

Como pesquisador da vida e obra da escritora ucraniana naturalizada brasileira, Benjamin Moser nunca teve acesso ou conhecimento de tais livros? Caso não, como se chega à confirmação cabal de que o assunto tratado seja de natureza genuinamente recém-descoberta? E, se realmente recém-descoberta, para qual público ou língua estamos falando?

Livro organizado por Evelyn Rocha, com apresentação do biógrafo Benjamin Moser, contém entrevista da escritora Clarice Lispector | foto: Reprodução

Existe uma profunda diferença ao anunciarmos uma entrevista como “rara ou inédita” para “rara ou inédita ao público norte-americano ou de língua inglesa”. Então seria um problema pura e simplesmente semântico? Um pequeno deslize cometido por parte de uma das maiores autoridades midiáticas no assunto Clarice Lispector?

De fato, não há como não falar de Benjamin Moser sem pensar em sua musa, considerada um dos nomes femininos mais relevantes da literatura brasileira e mundial. Porém, não é de agora que o biógrafo norte-americano vem apresentando certa contradição entre os pesquisadores clariceanos ante as afirmações voltadas ao seu material biografado.

Livro antecipa versão do biógrafo Benjamin Moser | Foto: Jornal Opção

Já é de conhecimento de alguns sua omissão em fontes verificadas que legitimam a autenticidade de seu discurso. Assim ocorreu quando ele afirmou na biografia “Why this word?” (em português, “Clarice,”) que Mania Krimgold Lispector, a mãe da autora, teria adquirido sífilis em decorrência de uma violência sexual sofrida na Ucrânia, antes de autoexilar-se com a família no Brasil. E, por conta disso, a paralisia que acometera parte de seus movimentos. Neste sentido, Clarice teria sido “concebida” para salvar a mãe de tal problema, seguindo a crença popular da época. A narrativa aponta uma certa frustração que a escritora teria carregado ao longo da vida, já que ela foi gerada, mas não conseguiu curar a matriarca da família Lispector de sua condição no momento do parto.

Com relação ao seu nascimento, algumas crônicas de Clarice apresentam uma versão medianamente próxima a de seu biógrafo, embora cheias de borrões e lacunas, dificultando a fundura dos detalhes. Logo, o ideal, partindo do ponto de vista de quem reescreve a história de alguém, é trabalhar com o campo da possibilidade e não da afirmação, já que não há documentos ou qualquer outra fonte que comprovem tais fatos.

É legítimo que o áudio da mais longa entrevista de Clarice Lispector ganhou uma edição remasterizada e encontra-se agora disponível para o grande público, o que foi muito bem pontuado no texto de Benjamin Moser para a “New Yorker”. Mas encará-lo como uma descoberta primária seria o mesmo que dizer que o Brasil fora “descoberto” pelos portugueses. Só que não.

Márwio Câmara é escritor, jornalista e crítico literário. Autor de “Solidão e Outras Companhias” (Oito e Meio) e “Escobar” (Moinhos). O texto foi publicado originalmente no “Rascunho” e é republicado no Jornal Opção com autorização do autor e do editor do jornal paranaense.

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