Possível candidato a prefeito de Catalão, em 2024, o economista e professor universitário Júlio Paschoal (pP) está impressionado com um fato. “Pensa-se, por vezes, em Catalão como uma cidade só. Mas talvez seja sugerir possível que existem de duas a três cidades dentro de uma única cidade. Há a Catalão do Centro e dos bairros nobres e há a Catalão da periferia, a dos pobres. A realidade de alguns bairros é bem distinta da realidade dos bairros ricos e de classe média.”

Especialista em desenvolvimento, Júlio Paschoal afirma que é assustador o quadro da periferia. Se a região central está com a “maquiagem” em dia, limpa e ordeira, a periferia, de acordo com o economista, está “abandonada”.

Catalão: esgoto escorrendo numa rua de Catalão | Foto: Júlio Paschoal

“Estou andando pelos bairros, conversando com as pessoas e a situação de abandono é impressionante. Como se sabe, a prefeitura, a gestão de Adib Elias, é responsável pelo abastecimento de água e pela coleta do esgoto sanitário. Porém, em algumas ruas, como estou documentando, o esgoto escorre pelas ruas. Além do mau-cheiro em si, que é incômodo, há o problema da saúde das pessoas”, afirma Júlio Paschoal. A gestão de Adib Elias “não” cuida de gente, notadamente dos pobres, afiança o economista.

Júlio Paschoal afirma que “nos bairros São Francisco e Nossa Senhora de Fátima não há problemas de asfalto, buracos e esgoto correndo a céu aberto, já nos bairros periféricos, como Residencial Estrela, Jardim Paineiras, Jardim Europa, Copacabana, Setor Aeroporto, Maria Amélia 1, Albino Alvino, dentre outros, tais problemas ocorrem”.

Economista Júlio Paschoal | Foto: reprodução
Júlio Paschoal, economista e professor universitário | Foto: reprodução

“É preciso juntar as duas cidades”, sugere Júlio Paschoal. “Não se pode usar o dinheiro público para beneficiar apenas uma.”

Júlio Paschoal está conversando com líderes do PSB, Podemos e Novo. “O economista Fernando Safatle está movimentando os partidos de esquerda, como o Psol, e vamos lançar um candidato de consenso. A ideia é defender uma Catalão para todos. Ou seja, queremos democratizar a prefeitura e seus recursos financeiros com o povão da cidade.” (E.F.B.)