Por Marcos Nunes Carreiro

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Cirurgia plástica para afinar o rosto está na moda, mas é preciso ter cuidado

A bichectomia entrou no hall dos procedimentos estéticos favoritos dos brasileiros. Mas dermatologista aponta: é uma cirurgia sem volta

Morte de Gregory Rabassa passa (quase) em branco e mostra a pouca importância da literatura no Brasil

Um dos grandes responsáveis pela difusão da literatura latino-americana ao traduzi-la para o inglês faleceu na segunda-feira, 13. No dia, nenhum veículo brasileiro noticiou o fato

Meu velho tamboril ensina-me a ouvir o vento

Adalberto de Queiroz Especial para o Jornal Opção [caption id="attachment_68653" align="alignright" width="450"]CarmoBernardesMaquinaescrever Carmo Bernardes, o mais acadêmico dos mateiros goianos, aprendeu com o pai tudo que nos transmitiu sobre a riqueza vegetal do cerrado[/caption] Dia desses conversava com um dos meus compadres sobre as árvores do quintal da casa de minha filha. Lá, existem algumas espécies que me surpreenderam quando adquirimos o terreno. Tudo fiz para manter as árvores e enfrentei com bravura a mudança de um velho bacuri que havia anos se erguia faceiro no que hoje é um dos quartos da casa. Quando soube, por telefone — estava nos EUA, que o velho bacuri teria que ser removido fiquei furioso e pedi que adiassem a decisão. Com a casa pronta, em uma das primeiras reuniões em território de meu genro e de minha filha, orgulhoso, mostrei ao compadre Chico cada uma das árvores — todas têm sua história especial e única, principalmente o bacuri que se mudara e pousa com galhardia em frente aos quartos da nova residência. — Você devia escrever sobre as árvores — arrematou ele, ao final do giro que fizemos em torno da casa, rodeada de belas espécies: dois ingazeiros, um baruzeiro [1], o formoso bacuri que, mesmo mudado (em uma odisséia familiar importante) continua lá, altivo, a provar meu amor pelas árvores. Um dos responsáveis pelo meu interesse pelas árvores foi um monitor de nome e personalidade estranhas que conheci no orfanato — Sêo Alcides, que, perdoados os hábitos rudes com que tratava a todos — meninos e adultos, transmitiu-me a consciência de que tudo deveríamos fazer para plantar e cuidar das árvores, pois delas dependia nossa sobrevivência. Mais tarde, o pouco de nomes e da sabença real que possuo sobre tão vasto tema, aprendi mesmo foi lendo e observando os escritos de Carmo Bernardes. Ele foi o mais acadêmico dos mateiros goianos, nascido mineiro e criado nos campos dos Goyazes, aprendeu com o pai tudo que nos transmitiu sobre a riqueza vegetal do cerrado. O Sêo Carmo, ou para o respeito do cargo de imortal — o escritor Carmo Bernardes é, pois, um dos responsáveis por este meu amor às árvores. Fui conversar com um amigo dele, por conta das memórias todas que esta crônica veio me trazendo. O poeta Aidenor Aires conviveu com Carmo e dele aprendeu muito, não apenas sobre árvores. — Eu tenho uma relação muito próxima com as árvores — disse-me o poeta Aidenor Aires. “A primeira imagem importante que eu tenho na vida é de um jatobazeiro que existia na porta de nossa casa no sertão do oeste da Bahia. Esse jatobazeiro era meu parque de diversões, ali caíam uns jatobazinhos que a gente fazia de boizinhos, para brincarmos...”. O improviso do brinquedo infantil transforma-se em aprendizado do adulto que, mais tarde em Goiânia, torna-se amigo de Carmo Bernardes. — Aprendi com a amizade e na convivência com o Carmo que os nomes das árvores vêm do papel econômico que têm numa sociedade: “olha, dizia o Carmo, toda árvore que você conhece tem nome; árvore que não tem nome você chama de pau-à-toa!”. É pau à toa porque não servem pra nada” — diz o poeta. “Aroeira serve para fazer estacas, a sicupira serve como remédio e boa madeira, imburana, idem; o mogno e o cedro — pela preciosidade do móvel que podem gerar; até aquelas árvores que servem só pra fazer um chicote que corrija menino têm nome. O restante, se você perguntar a um cidadão da roça: que árvore é esta aqui? Se não souber, ele dirá logo: “É pau-à-toa!” Carmo Bernardes, em sua obra inteira tanto a respeito da fauna quanto da flora — sempre vai nominando as árvores que conhece e quase sempre dá informações sobre elas. Carmo é classificado pelo poeta Aidenor como um verdadeiro pedagogo: “O Carmo achava que só podia escrever se sua escrita servisse para alguma coisa e para alguém, fosse para conscientizar, fosse para que o leitor aprendesse alguma coisa...” — diz Aidenor. Em “Jângala”, livro em que Carmo Bernardes faz um levantamento da fauna e da flora do “Complexo do Araguaia”, surge informação relevante a cada capítulo. O 7º capítulo, intitulado “As madeiras” nos dá exemplos da pedagogia do Carmo: “O jatobazeiro, uma leguminosa — cesalpinácea — é a espécie predominante nos matos de terra seca; depois vem o angelim, também chamado angelim-pedra. Tem esse nome devido à fibra da madeira ser encaracolada, entremeada de resinas, com a aparência de pedra; pertence à família das ochnáceas, bela madeira de marcenaria, muito macia para cortar; as peças confeccionadas com ela não trincam e aceitam finíssimo polimento”. [caption id="attachment_65733" align="alignleft" width="300"]Aidenor Aires Aidenor Aires: “O Carmo achava que só podia escrever se sua escrita servisse para alguma coisa e para alguém”[/caption] E sobre aquele Baru à porta da casa de minha filha, que, mesmo agredido pelo caminhão de entregas durante a obra, permanece firme em  frente à casa..., quem há de contar sua história? Histórias de uma família que da sombra e dos frutos tirará proveito das castanhas? Falará esta árvore com os netos que começam a ter notícia de uma nova cidade, de um novo clima (nascidos fora do Brasil), de uma nova cidade para onde se mudaram e onde começam a fazer sua história? Carmo responde em “Jângala”: “O  Baru aparece mais para a área de beira-campo, uma Papilionácea, árvore de tronco médio, madeira fixe [2], apropriada para trabalhos de torno. É do grupo dos castanheiros. O fruto tem a forma achatada e ovalada, é revestido por uma polpa farinácea de acentuado sabor de alcaçuz, apreciado pelo gado e pelo índio Xavante. Cada fruto contém uma pequena castanha, de sabor próximo ao do amendoim, mas com um cheiro forte e enjoativo do feijão cru.” Do destino do baruzeiro e das histórias que este haverá de reunir, o tempo dirá. Carmo Bernardes foi pioneiro da chamada “maré ecológica” em Goiás, e sempre nutriu uma consciência a respeito do meio-ambiente. “Desde os tempos em que foi editor em Anápolis, ele lutava contra os efeitos da migração do homem rural para as grandes cidades. Às vezes, quando viajávamos juntos, passando numa estrada, ele mostrava no meio do pasto um pé de limão-rosa abandonado, um pé de manga morrendo, pé de laranja; e dizia: ‘aqui morou uma família que foi obrigada pelo êxodo rural a sair da fazenda, portanto, as árvores são o testemunho da vida das pessoas lá naquele ermo...”, relata Aidenor Aires. Às vezes, o “mateiro Carmo” usava uma linguagem euclidiana, nota Aidenor Aires: “O Carmo tinha uma versatilidade muito grande. Foi secretário da Celg [distribuidora de energia elétrica de Goiás], secretário da Universidade, depois assessor de governos. Ele era perito em escrever correspondências oficiais, discursos. Ele era um mago. Um dia ele me falou: “Olha, Aidenor, para nós, que andamos com essas caraminholas na cabeça, é muito difícil arrumar emprego, então, aprende isso aqui: escrever um ofício, uma carta para um embaixador, um presidente da República — com todos os formalismos, sem a dureza da linguagem oficial. Ela era perito nisso. “Nosso destino”, disse Carmo a Aidenor, “é carregar jumento. Eu carreguei jumento a vida inteira...isto é, nós escrevemos, trabalhamos, para outro levar a fama, mas disso, ele viveu a vida inteira, porque livro não dá fortuna pra ninguém...” O título de “Jângala: Complexo do Araguaia” foi inspirado em “Jangal”, do escritor britânico Rudyard Kipling, revela Aidenor. E é um livro onde fala tanto da fauna quanto da flora, porque “para ele, Carmo, o mundo é uma coisa só...porque a vida que tem na formiga, tem em nós – a vida das árvores, dos animais é a mesma e temos que preservar a vida porque as vidas estão interconectadas. A falta de uma é uma perda para a Humanidade, como acentua Hemingway na epígrafe do romance “Por quem os sinos dobram?” A morte de qualquer homem diminui a mim, porque na humanidade me encontro envolvido; por isso, nunca mandes perguntar por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.” (John Donne). É Bento Fleury, outro apaixonado pelas árvores, quem me justifica meu choro quando dizimam-nas em nome do progresso ou de uma bela construção, como se parte de nossa vida fossem. Na crônica “O jatobazeiro da Chácara Baumann” (ou: "O espaço que uma arvore ocupa na nossa vida"), Bento Fleury resume o que poderia essa crônica dizer em uma frase: “Eu amo as árvores, pois elas sabem do seu destino”, aduzindo: sabem do destino delas e do destino humano. Retomo o fio da prosa e o eito dessa crônica para não se tornar infinda. À história de minhas árvores devo sempre adicionar a observação que não sou nem nunca fui um que vive em partido em defesa do maio ambiente ou se intitula “verde” por oportunismo ou como seguidor de um modismo, de uma ‘maré ecológica’ passageira. O parágrafo que se segue dedico-o a lembrar como veio Sêo Carmo a gostar de árvores. E se você tiver paciência de ler esta crônica descobrirá como a orelha-de-macaco pode apontar os rumos do vento e sentir o cheiro da chuva que se avizinha. Nascido em Patos de Minas, a 2 de dezembro de 1915, Carmo se mudou com a família para a cidade de Formosa em 1920 e, em 1925, para o município de Anápolis. Estudou o primário entre as duas cidades e acompanhou o pai em suas atividades madeireiras. Fez curso de estatística e recenseamento e, a seguir, publicou os primeiros trabalhos de uma escrita pródiga e diversificada: contos, crônicas e romances, além do ofício administrativo de secretário de muitas entidades. Os “volantes de propaganda do recenseamento de 1940”, no entanto, foram seus primeiros trabalhos publicados. Jornalista durante boa parte de sua vida, Carmo Bernardes foi um autodidata em tudo. Em 1972, contava já 30 anos de atividades no setor de defesa do meio-ambiente. Quando poucos ou ninguém falava do tema, já estava o Carmo dedicando-se ao tema em suas andanças por Goiás. Foi conselheiro da Fundação Inca e representante ao I Encontro Nacional sobre a Proteção e Melhoria do Meio Ambiente e à 1ª Conferência Nacional do Meio Ambiente — conforme se aprende na sua pequena biografia publicada na 2ª edição do romance “Jurubatuba” (1979). O pesquisador Bento Fleury em artigo intitulado “Carmo Bernardes, o Doutor do Sertão”, justifica o título. "O Carmo escreveu ensinando e foi um doutor no tema sertão e cerrado. Sua obra fala, ensina, tem sabor. Ele conseguiu fazer uma literatura que não está apenas escrita, mas também vivida". Bariani Ortêncio, companheiro de amizade e profissão do Carmo, conviveu com ele no programa de televisão "Frutos da Terra", da TV Anhanguera e como cronistas do jornal “O Popular”. É outro que pode falar com autoridade sobre a formação do "Doutor do Cerrado". Foi o pai o grande instrutor do Carmo. "Luiz Bernardes, trançador de couro, carapina, construtor de engenhos de cana, currais, madeiramentos de casas, pilões, colher de pau, monjolos e até trapizonga, ensinou ao filho Carmo tais profissões, deixando para ele, que já se julgava homem, pois andava calçado de botas, os “servicinhos”, como tecer chicote e colocar argola em laço. O avô, José Pernagrossa, também artesão, era fabricante de produtos à base de chifres, de berrantes a pentes e até botões." Conheci Sêo Carmo numa sessão de autógrafos em Anápolis. Em minha cidade de formação, onde ele fora editor do jornal “O Anápolis”. Essa oportunidade, perdida na memória, se salva pelo autógrafo na letrinha miúda que me deixou em “Reçaga”: “Adalberto: os meus  votos pelos seus êxitos nos estudos e obrigado por ser você o primeiro a adquirir este livro”. Seguem-se a assinatura de Carmo Bernardes e data. Em Anápolis, 25 de setembro de 1972. Mais tarde, já estudante em Goiânia, encontrei-o, diversas vezes, na Livraria Cultura Goiana e na Feira Hippie, onde, nas manhãs de domingo ele e outros escritores faziam ponto na banca do Paulo Araújo, assinando livros e conversando entre si. Eu os apreciava de longe, por pura timidez de jovem distante dos graúdos das letras. Bernardo Élis, tímido, nunca deu-nos a mesma atenção que o Sêo Carmo. Este, à sua maneira, tímido também, meio que ensimesmado permitia-nos aproximação e tinha uma resposta sempre didática, ainda que sempre voltado para assuntos da mais alta metafísica interior. Lembro-me bem de uma vez, na livraria, em que solicitei ao Sêo Carmo uma sugestão de leitura. Foi na exígua mas riquíssima livraria que o Paulo Araújo mantinha, próxima ao Café Central (a Cultura Goiana). Com seu jeito mateiro, sempre ensimesmado, ele não titubeou, foi à estante próxima e retirou o livro de Evgueni Evutchenko — “Os Frutos Silvestres da Sibéria”. Guardo-o comigo, como um troféu, autografado que foi pelo autor russo, em Recife, em 1987 — sempre os frutos silvestres hão de me trazer à memória o Sêo Carmo Bernardes. Aí se vai a crônica finda sem que eu justifique o título. O perdão que pede o cronista, talvez não o mereça. O vento desse junho já friorento à beira desse lago bate na copa rala de um dos dois pés de tamburil que mantenho a todo custo em frente à minha casa, avisando-me que é hora de eu virar a folhinha da época de minha própria vida. Na próxima jornada chuvosa que virá depois desse friozinho de junho/julho, os galhos mais altos do mais jovem dos tamburis deve oferecer perigo ao beiral da minha casa. Essas árvores chegaram aqui bem uns 30 anos antes de mim, mas a eles devemos o respeito e a defesa inconteste da vida que representam. Quando os sinos dobrarem por nós ou por nossos semelhantes serão as árvores que darão o melhor testemunho do que somos e do melhor que legamos ao futuro. (*) Carmo Bernardes, o autodidata que se fez “Doutor do Cerrado”, foi membro da Academia Goiana de Letras e recebeu prêmios internacionais de literatura. Listam-se entre seus livros os títulos: Reçaga, Rememórias (vols. I e II), Vida Mundo, Jurubatuba, Idas e Vindas, Ressurreição de um Caçador de Gatos, Santa Rita, Nunila, Quarto Crescente, Memórias do Vento, Jângala: Complexo Araguaia e Força da Nova. [1] O baruzeiro é uma espécie importante para o equilíbrio do Cerrado, pois se trata de uma das poucas árvores cujo fruto amadurece na seca. Nessa época, torna-se uma valiosa fonte de alimento para muitos animais. [2] Fixe, no original. [Popular] Que é fixo, firme ou seguro.

Morre Gregory Rabassa, o maior tradutor da literatura latino-americana

Ele faleceu no dia 13, aos 94 anos. Causa da morte não foi divulgada [caption id="attachment_68619" align="alignright" width="300"]Rabassa Gregory Rabassa, o maior tradutor da literatura latino-americana para a língua inglesa, morre aos 94 anos[/caption] Na terça-feira, 14, o mundo perdeu um de seus grandes tradutores. Gregory Rabassa faleceu, aos 94 anos, e sua morte só foi confirmada por sua filha, Kate Rabassa Wallen, um dia depois da morte. A causa não foi divulgada. Rabassa não era apenas um tradutor, mas o "tradutor-mor" da literatura latino-americana. Foi ele o responsável pela tradução de "Cem anos de solidão", do colombiano Gabriel García Márquez. Mas não apenas. Durante o boom da literatura latino-americana, nos anos 1960 e 1970, Rabassa foi o maior representante em língua inglesa desta literatura. Além de García Márquez, que ganhou o Nobel de Literatura, em 1982, ele traduziu outros três vencedores do Nobel: o peruano Vargas Llosa (2010), o mexicano Octavio Paz (1990) e o guatemalteco Miguel Ángel Asturias (1967). Vários importantes autores brasileiros também foram traduzidos por Rabassa, como Machado de Assis, Jorge Amado, Osman Lins e Clarice Lispector. Aliás, se Clarice é amplamente conhecida nos Estados Unidos, muito se deve ao trabalho de Rabassa. Sem dúvida, uma perda para a literatura mundial, sobretudo para a latino-americana, que é tão pouco divulgada fora de suas fronteiras e línguas.

Editor de uma das maiores revistas de tradução dos EUA dá oficina gratuita em Goiânia

Eric M. B. Becker é o convidado da União Brasileira dos Escritores — Seção Goiás para falar sobre literatura e tradução com o público goiano. Oficina é no sábado, 18 [caption id="attachment_68515" align="alignright" width="277"]Eric_1 Eric M. B. Becker é editor da Words without Borders, conhecida revista de tradução dos EUA[/caption] A série de oficinas de escrita criativa promovida pela União Brasileira dos Escritores (UBE) – Seção Goiás continua neste sábado, 18. O convidado é Eric M. B. Becker, jornalista, tradutor e editor da revista norte-americana Words without Borders, uma das principais referências do assunto em língua inglesa. Em 2014, Eric ganhou o prêmio PEN/Heim por sua tradução de uma coletânea de contos do escritor moçambicano Mia Couto, coletânea que deve ser publicada no próximo ano nos Estados Unidos. Em sua oficina, Eric falará sobre tradução, visto que já traduziu para a língua inglesa vários escritores brasileiros, como Lygia Fagundes Telles e Adriana Lisboa. Eric está no Brasil para se dedicar à tradução para o inglês da obra do escritor goiano Edival Lourenço, vencedor do Prêmio Jabuti em 2012. Trechos da tradução de livros do escritor, assim como de Eric Nepomuceno, já foram publicados no The New York Times e em revistas como The Massachusetts Review, e Asymptote. O título da oficina de Eric, “À procura da terceira margem: literatura brasileira em tradução”, remete ao conto de Guimarães Rosa, “A terceira margem do rio”. Ele explica: “Algumas pessoas acham que tradução é uma fórmula matemática em que a palavra ‘x’ em português é igual à palavra ‘y’ em inglês. Não é assim. Traduzir é estar à procura da terceira margem, pois, às vezes, acabamos inventando uma linguagem diferente”. As inscrições para a oficina são gratuitas e as vagas limitadas. Os interessados devem se inscrever exclusivamente pelo site www.ubeoficinas.com.br. Serviço: Oficina de Escrita Criativa Data: 18 de junho de 2016 Local: União Brasileira dos Escritores – Seção Goiás | Rua 21 nº 262, no Centro, ao lado do Colégio Lyceu de Goiânia Horário: 9h às 12h e 14h às 17h

Sérgio Rodrigues, escritor amplamente reconhecido na França, dá oficina de escrita gratuita em Goiânia

Convidado pela União Brasileira dos Escritores em Goiás tem obras traduzidas em vários países e ganhou, em 2014, o Grande Prêmio Portugal Telecom pelo seu livro “O Drible” [caption id="attachment_67914" align="alignright" width="300"]Sérgio Sérgio Rodrigues tem obras traduzidas para várias línguas e foi convidado, em 2014, para publicar uma novela na França[/caption] No sábado, 11, a série de oficinas de escrita criativa promovida pela União Brasileira dos Escritores (UBE) – Seção Goiás recebe um dos escritores brasileiros atuais mais reconhecidos no exterior. Trata-se de Sérgio Rodrigues. Ficcionista, crítico literário e jornalista, Sérgio é autor de vários livros, sendo o principal deles o romance “O drible”, publicado pela Companhia das Letras em 2013 e que venceu o Grande Prêmio Portugal Telecom 2014. “O Drible” foi traduzido para espanhol, francês e dinamarquês e também foi publicado em Portugal. Na França, o livro foi muito bem recebido, o que rendeu ao escritor um convite do “Le Monde”, um dos principais jornais do mundo, para escrever um folhetim. Foram 24 capítulos de uma história ambientada no mundo do futebol e que foi publicada diariamente no jornal durante a Copa de 2014 com o nome de “Jules Rimet, meu amor”. A novela também foi publicada no Brasil, como e-book, pela Companhia das Letras. Como jornalista, Sérgio trabalhou em vários veículos da imprensa brasileira, como “Jornal do Brasil”, “Folha de S. Paulo” e “O Globo”. Foi correspondente do “Jornal do Brasil”, entre 1987 e 1988, e atuou por muitos anos como jornalista esportivo, experiência usada para dar vida ao universo futebolístico de “O drible”. O título da oficina de Sérgio em Goiânia é “Ficção, memória e relato histórico: verdades inventadas”, que tratará sobre as características da literatura atual, diante também dos novos meios de publicação, como a internet. As inscrições para a oficina são gratuitas e as vagas limitadas. Os interessados devem se inscrever exclusivamente pelo site www.ubeoficinas.com.br. Serviço: Oficina de Escrita Criativa Data: 11 de junho de 2016 Local: União Brasileira dos Escritores – Seção Goiás | Rua 21 nº 262, no Centro, ao lado do Colégio Lyceu de Goiânia Horário: 9h às 12h e 14h às 17h

Maior nome da poesia marginal, Chacal oferece oficina gratuita de escrita criativa em Goiânia

Chacal foi um dos pioneiros da geração mimeógrafo e é o convidado da semana para falar na série de oficinas da UBE-GO [caption id="attachment_67240" align="alignright" width="300"]Chacal_1 Chacal foi um dos pioneiros da geração mimeógrafo[/caption] A série de oficinas de escrita criativa promovida pela União Brasileira dos Escritores (UBE) – Seção Goiás continua nesta semana e o convidado da vez é um dos maiores expoentes da poesia brasileira: trata-se de Ricardo de Carvalho Duarte, o Chacal. A oficina será no próximo sábado, 4 de junho. A poesia marginal surge com o endurecimento do regime militar após o AI-5, no fim da década de 1960 — que fez da arte o principal meio para que qualquer tipo de contestação política fosse realizado. Por isso, nessa época, houve um surto de produções poéticas “clandestinas”, movimento que ficou conhecido como poesia marginal — ou geração mimeógrafo. O nome já diz muito sobre a característica do movimento, que publicava seus livros de maneira artesanal, indo de encontro com o mercado editorial. Vários poetas se destacaram nesse período e um dos primeiros a usar o mimeógrafo como ferramenta para divulgar sua poesia foi Ricardo de Carvalho Duarte, o Chacal. Nascido no Rio de Janeiro, Chacal inovou no fazer poético, sobretudo em relação à forma, que levava uma pontuação nem sempre presente, abreviações de palavras, versos breves e uma métrica variada; tudo para retratar a desordem e os resíduos do mundo. A poesia de Chacal, muitas vezes, satiriza as antipatias sociais e o modo de vida vigente utilizando-se da própria cultura. Assim, Chacal vem a Goiânia para falar sobre esse fazer poético e das várias influências do cotidiano na poesia, principalmente de “como o corpo invade a cena”. As inscrições para a oficina são gratuitas e as vagas limitadas. Os interessados devem se inscrever exclusivamente pelo site www.ubeoficinas.com.br. O local: a sede da UBE-GO, localizada na Rua 21 nº 262, no Centro, ao lado do Colégio Lyceu de Goiânia. Serviço: Oficina de Escrita Criativa Data: 4 de junho de 2016 Local: União Brasileira dos Escritores – Seção Goiás | Rua 21 nº 262, no Centro, ao lado do Colégio Lyceu de Goiânia Horário: 9h às 12h e 14h às 17h

Previdência é só um dos pontos que precisam de reforma no Brasil, mas é o principal no momento

Uma das principais bandeiras de reequilíbrio fiscal do governo federal, reforma da Previdência deverá chegar ao Congresso com resistências

“Atualmente, temos mais escritores que leitores”, diz Fal Azevedo

Quinto encontro da série de oficinas de escrita criativa da UBE-GO acontece no próximo sábado, 28, e irá debater sobre quais são as contradições da literatura contemporânea A União Brasileira dos Escritores (UBE) — Seção Goiás está promovendo uma série de oficinas de escrita criativa. No último sábado, 21, a UBE recebeu de casa cheia o escritor e jornalista Edson Aran, que falou sobre a relação da literatura com o momento atual e, sobretudo, a respeito das novas plataformas e formas de se fazer literatura atualmente. E, no próximo sábado, 28, acontece a quinta oficina desta segunda edição da série. A convidada é a escritora, tradutora e professora Fal Azevedo, cuja oficina tem o instigante título “As contradições da literatura contemporânea”, tema que promete render boas discussões. Ela diz que a literatura atual é contraditória em dois sentidos principais: em relação a outras épocas e também entre si. “E tanto o escritor quanto o leitor têm que lidar com essas contradições”, afirma. Um exemplo claro dessas contradições da literatura contemporânea, segundo ela, é que “nunca foi tão fácil produzir literatura. Temos mais tecnologia, mas também temos mais pessoas lendo. Por outro lado, nunca foi tão difícil conseguir leitores. Como temos muita gente escrevendo, para convencer alguém a ler os seus textos, é necessário muito apelo.” Para ela, ser contemporâneo é se deslocar de sua época para, assim, entendê-la melhor. “O deslocamento do tempo no qual vivemos nos torna não apenas contemporâneos, mas também conscientes. Verificar as fontes de nossa época torna o trabalho do escritor mais interessante e consciente. Pensar nossa relação com a história é essencial para a literatura atual”, relata. A oficina de Fal Azevedo acontece no sábado, 28 de maio, das 9h às 12h e das 14h às 17h. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Os interessados devem se inscrever exclusivamente pelo site www.ubeoficinas.com.br. O local: a sede da UBE-GO, localizada na Rua 21 nº 262, no Centro, ao lado do Colégio Lyceu de Goiânia. Serviço: Oficina de Escrita Criativa Data: 28 de maio de 2016 Local: União Brasileira dos Escritores – Seção Goiás | Rua 21 nº 262, no Centro, ao lado do Colégio Lyceu de Goiânia Horário: 9h às 12h e 14h às 17h

“Receita” para a retomada do crescimento econômico do País é aplicada em Goiás desde 2014

Indiscutivelmente, as propostas do governo de Michel Temer para a União compartilham os fundamentos daquilo que tem sido feito no Estado

Deriva do Bem convida as pessoas a observarem Goiânia

A sexta edição do passeio fotográfico acontece nos dias 20 e 21 de maio, tendo como foco três bairros da capital: os setores Universitário, Central e Oeste [caption id="attachment_66503" align="alignright" width="620"]Avenida_Tocantins_Giordano_Rogoski Registro de Goiânia durante o passeio fotográfico Deriva do Bem | Foto: Giordano Rogoski[/caption] Com um roteiro que inclui três bairros importantes da capital goiana, o passeio fotográfico Deriva do Bem chega a sua sexta edição nos dias 20 e 21 de maio. Com o tema “Caminho do Sol”, o evento propõe aos participantes caminhar pelas ruas dos setores Universitário, Central e Oeste, observando e registrando suas peculiaridades. No dia 20, às 20h, a programação começa com um bate-papo no auditório da área 3 da PUC Goiás. Os convidados para a conversa são a arquiteta e urbanista Adriana Vaz, o artista plástico Wolney Fernandes, o psicanalista Altair José Santos e o poeta Alberto Chaer. No dia seguinte, às 8h, a concentração dos “derivantes” será na Praça Universitária, em frente à Biblioteca Marieta Telles Machado, e o passeio terá início às 9h, tendo como ponto final o Monumento à Paz Mundial, localizado no Bosque dos Buritis. “Desde que começamos a Deriva do Bem, em 2010, o evento foi se reconhecendo nos espelhos das ruas e se transformou”, afirma o arquiteto e urbanista Bráulio Vinícius, idealizador do passeio. Bráulio é professor de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal de Goiás (UFG). “Antes prioritariamente interessada por fotografia e patrimônio arquitetônico, a Deriva agora é um grande encontro para pensar e compartilhar a cidade, fazendo emergir do asfalto questões fundamentais. Onde vivemos? Como vivemos? Como gostaríamos de viver? Como podemos ser agentes ativos na construção dessa cidade?”, questiona. Serviço Deriva do Bem 2016 20 de maio, 19h30 Bate-papo no auditório da área 3 da PUC Goiás, Av. Universitária. 21 de maio, 8h Saída da Deriva Ponto de encontro: Biblioteca Marieta Telles Machado, Praça Universitária Mais informações www.derivadobem.com.br/

A identidade portuguesa no Brasil atual é tema de exposição

Projeto Experimenta Portugal fica em exibição durante um mês, a partir de 2 de junho Entre os dias 2 e 30 de junho, o Consulado Geral de Portugal terá seu principal espaço de exposições ocupado por obras, intervenções e performances de jovens artistas portugueses e brasileiros. A atração faz parte da segunda edição do Experimenta Portugal, que celebra o mês português na capital paulista com uma oferta variada de eventos e espetáculos. O projeto pretende criar uma oportunidade para experimentação em que os artistas possam dialogar e responder ao espaço expositivo e ao contexto para o qual estão produzindo suas obras, na grande maioria, inéditas. Com mapas, vídeos, instalações, ações e desenhos, eles discutirão questões em torno do tema do encantamento existente entre Portugal e o Brasil, gerando uma reflexão sobre a identidade do estrangeiro e os conceitos de fronteira. “Acredito que o estudo das ressonâncias entre a arte portuguesa e brasileira é muito interessante. Temos artistas muitos fortes em ambos os países. É importante pensarmos nas eventuais traduções da memória colonial que partilhamos nos interesses e práticas contemporâneas”, conta Rita Natálio, uma das artistas da exposição, cujo trabalho engloba performance, poesia e a pesquisa acadêmica. No lado português, integram a mostra artistas que vieram morar no Brasil e, atualmente, aqui desenvolvem sua carreira artística. Já os brasileiros entraram no projeto a convite dos artistas portugueses. O evento é gratuito e aberto ao público. Serviço Exposição de Artes Abertura: 2 de junho de 2016 | 18h Duração: de 3 a 30 de junho | Segunda a Sexta-Feira | das 10h00 às 18h00 Sábado de Performances: 18 de junho | A partir das 11h Encerramento: Conversa com os Artistas | 30 de junho |19h00 Localização: Consulado Geral de Portugal (Sala Fernando Pessoa) | Rua Canadá, 324 – Jardim América - São Paulo (SP)

Hélio Moreira: “Instituições financeiras também devem incentivar a cultura”

O escritor preside Instituto Cultural da Sicoob Unicentro Brasileira, a maior cooperativa de crédito do Estado e que passa, a partir deste ano, a apostar no incentivo à cultura [caption id="attachment_66422" align="alignright" width="300"]Na foto Hélio Moreira Hélio Moreira: "Incentivo à leitura é essencial atualmente" | Foto: Renan Accioly[/caption] A Sicoob UniCentro Brasileira, a instituição financeira cooperativa do Estado, está estruturando um instituto de apoio à cultura. O presidente é o associado Hélio Moreira, que já presidiu a Academia Goiana de Letras (AGL) e é escritor reconhecido no Estado. Hélio aponta que o incentivo à leitura será o foco inicial do instituto, que ainda está sendo estruturado, mas que já tem ações prontas para serem implementadas: “Vimos, no Canadá, um projeto muito interessante. É uma espécie de totem. Lá, espalharam esse aparelho por vários locais e a pessoa pode chegar e imprimir uma crônica. Assim, de forma gratuita. É um grande incentivo à leitura. Então, já fizemos um protótipo e vamos instalá-lo na sede do SicoobUni. Enquanto a pessoa espera para ser atendida, ela pode ler uma crônica, um conto ou um poema”. A intenção é que o projeto se espalhe pela cidade e outros aparelhos sejam instalados em locais públicos para que os textos literários possam alcançar a população de uma forma mais ampla.

Ex-editor da Playboy dá oficina gratuita de escrita criativa em Goiânia

Edson Aran chega à cidade a convite da União Brasileira dos Escritores – Seção Goiás [caption id="attachment_66348" align="alignright" width="280"]Aran Edson Aran: “O escritor precisa ser lido, mesmo que seja em um blog”[/caption] A série de oficinas criativas promovida pela União Brasileira dos Escritores (UBE) — Seção Goiás está em sua segunda edição. A primeira, ocorrida em 2014, atraiu centenas de pessoas interessadas em literatura, o que fez o evento crescer. Naquele ano, foram seis oficinas; neste, 11. E o único escritor convidado a estar nas duas edições é Edson Aran. Aran é escritor, roteirista, jornalista e cartunista. É ex-editor da revista Playboy e também dirigiu as publicações Sexy e Vip, tendo vencido o Prêmio Abril de Jornalismo por duas vezes. Desde 2013, se dedica à literatura e publicou mais de dez livros, sendo o mais conhecido “O amor é outra coisa”, que reúne alguns de seus melhores tuítes envolvendo o meme criado por ele e que se tornou um dos mais populares da rede social. Ele explica que sua oficina será para deixar claro: “O escritor precisa ser lido, mesmo que seja em um blog”. Mas para que isso ocorra é necessária alguma preparação, mas ressalta: “O que precisa ser dito é que quem escreve precisa de alguém que o leia. No mínimo, os textos precisam ir para as redes sociais”, diz. De fato, existem pessoas fazendo literatura pelo Twitter, Facebook e blogs, mas Aran alerta que muitos autores têm apostado nos livros digitais, dada a “facilidade” de se publicar um livro hoje em dia. “Atualmente, existe o autor-empreendedor, aquele que escreve, edita e publica seu próprio livro. O mercado de livros digitais cresceu no Brasil”. Mas não apenas livros têm aparecido nesse “novo mercado editorial”. Aran explica que as pessoas estão fazendo novelas “radiofônicas” na internet, por meio de podcasts e videocasts. “Já vi romances policiais nesse formato e isso precisa ser conhecido pelas pessoas e é sobre isso que vamos falar na oficina”, relata. A oficina de Edson Aran acontece no sábado, 21 de maio, das 9h às 12h e das 14h às 17h. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Os interessados devem se inscrever exclusivamente pelo site www.ubeoficinas.com.br. O local: a sede da UBE-GO, localizada na Rua 21 nº 262, no Centro, ao lado do Colégio Lyceu de Goiânia.

Sim, esta é a pior crise econômica da história do Brasil. Saiba o por quê

Ao contrário de 1930 e 1980, o atual período de instabilidade foi provocado por fatores internos e economistas apontam: nunca antes um desequilíbrio foi vivido de maneira tão intensa