Morre Gregory Rabassa, o maior tradutor da literatura latino-americana
15 junho 2016 às 15h38

COMPARTILHAR
Ele faleceu no dia 13, aos 94 anos. Causa da morte não foi divulgada

Na terça-feira, 14, o mundo perdeu um de seus grandes tradutores. Gregory Rabassa faleceu, aos 94 anos, e sua morte só foi confirmada por sua filha, Kate Rabassa Wallen, um dia depois da morte. A causa não foi divulgada.
Rabassa não era apenas um tradutor, mas o “tradutor-mor” da literatura latino-americana. Foi ele o responsável pela tradução de “Cem anos de solidão”, do colombiano Gabriel García Márquez. Mas não apenas. Durante o boom da literatura latino-americana, nos anos 1960 e 1970, Rabassa foi o maior representante em língua inglesa desta literatura.
Além de García Márquez, que ganhou o Nobel de Literatura, em 1982, ele traduziu outros três vencedores do Nobel: o peruano Vargas Llosa (2010), o mexicano Octavio Paz (1990) e o guatemalteco Miguel Ángel Asturias (1967).
Vários importantes autores brasileiros também foram traduzidos por Rabassa, como Machado de Assis, Jorge Amado, Osman Lins e Clarice Lispector. Aliás, se Clarice é amplamente conhecida nos Estados Unidos, muito se deve ao trabalho de Rabassa.
Sem dúvida, uma perda para a literatura mundial, sobretudo para a latino-americana, que é tão pouco divulgada fora de suas fronteiras e línguas.