Por Marcelo Mariano

Afinal, quem tem o direito de decidir sobre este assunto tão delicado?

[caption id="attachment_134090" align="alignright" width="620"] Reprodução[/caption]
Na quarta-feira, 23, um tribunal de apelações do Tajiquistão soltou o jornalista Khayrullo Mirsaidov, que estava preso há nove meses sob as acusações de peculato e falso testemunho.
A pena, que era de 12 anos, foi reduzida para pagamento de uma multa de US$ 8,5 milhões. Correspondente freelancer do veículo de comunicação alemão Deutsche Welle, Mirsaidov nega ambas as acusações

[caption id="attachment_134092" align="alignright" width="615"] Reprodução[/caption]
Editor da revista Weekly Source, o jornalista nigeriano Jones Abiri ficou preso por dois anos após ser acusado pelo Serviço de Segurança do Estado de ligação com o grupo Força Conjunta de Libertação do Niger-Delta, que se opõe ao presidente do país, Muhammadu Buhari.
Sem julgamento durante todo este tempo, Abiri foi solto na semana passada depois de pagar fiança. De acordo com ele, não há nada que comprove sua relação com o referido grupo.
O jornalista ucraniano Dmytro Gnap resolveu desistir da carreira jornalística e se aventurar na política. Em entrevista coletiva, Gnap anunciou que concorrerá ao cargo de presidente nas próximas eleições.
A decisão é motivada pela decepção em denunciar casos de corrupção, que, segundo ele, não dão em nada, como relatos que ligam o atual presidente do país, Petro Poroshenko, a contas em paraísos fiscais.

Objetivo é defender as conquistas de Goiás em prol do jovem goiano

Grupo que coordenava interação falsa no Facebook foi retirado do ar após investigação sobre amplificação artificial de engajamento de páginas políticas durante campanha eleitoral no México

O jornalista Michael Wolff revelou, em sua obra “Fogo e Fúria — Por Dentro da Casa Branca de Trump”, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não gosta de ler e, inclusive, não leu o seu próprio livro, “Trump — A Arte da Negociação”. Trump provavelmente também nunca leu a frase do ex-primeiro-ministro do Reino Unido Winston Churchill que diz respeito à relação entre políticos e a imprensa. “Político reclamar da imprensa é igual marinheiro reclamar do mar. Na semana passada, 350 jornais estadunidenses se uniram e publicaram editorias em defesa da liberdade de imprensa. A iniciativa, liderada pelo “Boston Globe”, foi uma resposta a Trump em razão de pronunciamentos do presidente dos EUA contra a mídia, chamando “a imprensa das fake news [notícias falsas]” de “inimiga do povo americano” e “partido de oposição”. Entre os principais alvos de Trump estão “The New York Times”, “CNN” e “CBS”. Os referidos meios de comunicação têm uma posição política definida — qual jornal não tem? —, mas são sérios e estão longe de publicarem notícias falsas. O presidente estadunidense precisa entender que critica não significa fake news. Contudo, ele dificilmente irá ler os 350 editorais e continuará criando os seus próprios fatos.

O candidato do DEM a governador afirma que vai reinventar os Credeqs e criar melhores condições de trabalho para policiais e professores

Os memes sobre o fictício projeto desviaram o foco do que realmente é importante no debate político brasileiro
[caption id="attachment_133485" align="alignleft" width="620"] Foto: Reprodução[/caption]
O primeiro encontro entre os presidenciáveis, realizado no dia 9 de agosto pela Band, parecia que não teria surpresas e seguiria no rumo que geralmente se espera de qualquer outro debate — afinal, o tempo para a exposição de ideias por parte dos candidatos não é suficiente e as falas costumam ser mais do mesmo, salvo raras exceções.
Foi aí que o "efeito Cabo Daciolo" entrou em ação. O postulante à Presidência pelo Patriota perguntou a Ciro Gomes (PDT) o que ele teria a dizer sobre o suposto Plano Ursal, sigla referente à União das Repúblicas Socialistas da América Latina. "Não sei o que é isso", respondeu o ex-governador do Ceará após um espanto inicial. "A democracia é uma beleza, mas ela tem certos custos", ironizou posteriormente.
Na réplica, Cabo Daciolo, além de substituir, como quem não conhece o básico de Geografia, o termo "América Latina" por "América do Sul" — o que resultaria em uma mudança da sigla para Ursas —, disse que o assunto seria pouco divulgado. Mas ele estava completamente enganado.
Rapidamente, o tema se espalhou pela internet. A grande maioria fez piada e meme — houve até quem imaginasse uma seleção de futebol da Ursal, com o ataque comandado por Neymar, Messi e Suárez. Contudo, muita gente acreditou em Cabo Daciolo, como o vocalista da banda Ultraje A Rigor, Roger Moreira.
É até compreensível que se faça piada diante de um absurdo como este. Por outro lado, é preocupante ver que algo tão raso tenha ofuscado o que realmente interessa no debate político brasileiro: as propostas dos candidatos para o Brasil nas áreas da Segurança Pública, Saúde e Educação, entre outras. Esses, sim, são assuntos sérios.
No segundo debate entre os presidenciáveis, promovido pela RedeTV! na sexta-feira, 17, a Ursal, felizmente, não voltou à tona. Cabo Daciolo decepcionou aqueles que esperavam mais pérolas e tiveram que se contentar com as mesmas frases religiosas sem sentindo algum. A esperança é que, daqui para a frente, os políticos e os eleitores se concentrem em aspectos mais produtivos.
Origem
É importante, porém, explicar a origem de tudo isso. A primeira aparição do termo Ursal foi em um artigo intitulado "Os companheiros", publicado em 9 de dezembro de 2001 pela socióloga Maria Lúcia Victor Barbosa no site do filósofo Olavo de Carvalho, tido como o guru da nova direita brasileira.
No texto, Maria Lucia criticava discurso de Lula da Silva (PT), então pré-candidato a presidente, durante reunião de partidos de esquerda da América Latina, em Havana, Cuba. "Será o fim da integração latino-americana", disse o petista, criticando a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), chamada por ele de "projeto de anexação" dos Estados Unidos.
A sociológica, por sua vez, questionou a integração mencionada por Lula da Silva e cunhou o termo Ursal, de maneira irônica, tendo, inclusive, trocado "Repúblicas" por "Republiquetas". "Mas qual seria, me pergunto, essa tal integração no modelo Castro-Chávez-Lula? Quem sabe, a criação da União das Republiquetas Socialistas da América Latina (URSAL)?", indagou.
Reportagem do jornal "Folha de S. Paulo", de 13 de agosto de 2018, assinada por Denise Perotti, ouviu Maria Lúcia, que confirmou que a Ursal não passou de uma invenção e se disse surpresa ao ver que sua piada foi parar em um debate entre presidenciáveis. “Isso é meu, olha onde foi parar, eu fiquei boba.”
Entretanto, é possível encontrar na internet sites que tratam a Ursal como uma realidade. Há até um "Dossiê Ursal", ilustrado por uma foto do senador Aécio Neves (PSDB) e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Vale deixar claro para quem ainda não entendeu: trata-se de uma teoria da conspiração da pior categoria.
Cabo Daciolo
Por fim, vale contar um pouco da história de Cabo Daciolo, um dos principais personagens da política na última semana e que, de repente, surgiu para o público — seu nome pouco aparecia antes das confirmações das candidaturas; hoje, é um dos mais comentados.
Em 2011, Cabo Daciolo liderou a greve dos bombeiros no Rio de Janeiro e ficou preso durante nove dias em Bangu I em decorrência de sua atuação. Três anos depois, elegeu-se deputado federal pelo PSOL. O candidato à Presidência pelo Patriota foi filiado ao Avante antes de chegar ao atual partido.
Religioso, o presidenciável apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com o objetivo de alterar o parágrafo primeiro da Constituição Federal. A ideia era trocar "todo poder emana do povo" por "todo poder emana de Deus". Este foi o motivo que levou a expulsão de Cabo Daciolo do PSOL, em 2015.

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