Por Do Leitor

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O silêncio dos inocentes: a polêmica sobre o caso do padre César Garcia

Rafael Carneiro Rocha Qualquer pessoa adulta que viva em sociedade deve ter a imaginação devidamente abastecida de episódios que envolvem relacionamentos entre homens e mulheres. Temos um repertório considerável de exemplos reais (vindos da família, dos amigos e dos vizinhos) e imaginários (vindos dos filmes, dos livros, das músicas e das novelas) de juras de amor eterno, paixões arrebatadoras, namoros secretos, crimes passionais e adultérios. Somos muito hábeis para reter informações sobre relacionamentos dos outros, mas temos também, graças à nossa inteligência, a capacidade de emitir juízos sobre esses assuntos. Quando lemos uma notícia sobre um crime passional, opinamos facilmente que, se um determinado namorado amasse, verdadeiramente, a jovem amada, ele não a teria assassinado brutalmente por uma crise de ciúmes. Quando sabemos que uma mulher é avisada, de antemão, pelo marido que ele dá escapulidas periódicas, mas que ainda assim, pretende manter o casamento, nos compadecemos facilmente com a indignação dela. Os nossos juízos, nestes casos, são fundamentados a partir de convicções bastante razoáveis. A razão, simplesmente, nos orienta a repudiar o que é contraditório ao conceito do qual pensamos. Imaginemos o seguinte jogo, cujo conteúdo é tão somente um acordo de razão. Duas pessoas aceitam, livremente e de comum acordo, um dado princípio. Uma delas desobedece, em seguida, àquele princípio. Se formos solicitados, a partir desse caso, a utilizar a razão para apontar quem está certo e quem está errado, não teremos dificuldade alguma em estabelecer essa relação. Quem guardou o princípio está certo e quem o desobedeceu está errado. Infelizmente, certos debatedores públicos, por falharem no exame meticuloso dos conteúdos dos quais opinam, ao considerarem um impasse entre dois elementos de um problema como uma rivalidade entre quem tem razão e quem não tem, não hesitam em considerar como certo o traidor do princípio e, como errado, o guardião. Isso ocorre, na maioria das vezes, não porque quem faz o discurso é, necessariamente, um estúpido, mas porque adotou como ponto de partida um conceito precário. Se retornarmos ao exemplo do namorado assassino, caso nos fosse acrescentado que esse indivíduo defendia, conceitualmente, que tinha amor pela vítima, a nossa razão nos inclinaria a afirmar que ele a amava segundo critérios precários. A possibilidade de assassinar uma pessoa por causa de ciúme não é algo que uma pessoa sensata atribuiria à definição de amor. De qualquer forma, esse é um exemplo de reconhecimento imediato da vítima. Somente um advogado cínico, de boa retórica, poderia defender aquele namorado. Por outro lado, em alguns casos, precisamos examinar com mais agudeza as regras do jogo para que não tachemos como vítima o elemento que fugiu do compromisso assumido. Imaginemos, portanto, um contexto em que dois elementos, livremente e de comum acordo, estabelecem que o amor seja explicado a partir de atributos estabelecidos por uma tradição religiosa, tais como obediência e fidelidade ao Magistério. O elemento daquele contexto que atribuir conceitos que contradizem a tradição religiosa estará, no âmbito da análise racional, errado. Isso se explica porque a afirmação de tal erro parte de uma imposição da nossa própria razão, e não dos conteúdos daquele credo. O observador externo àquele contexto, que tem dúvidas acerca dos conceitos da religião, pode participar legitimamente de um debate racional, mas será fatalmente irracional o elemento que aceitou o acordo religioso e que quer mantê-lo paralelamente à sua desobediência aos princípios dos quais jurou livremente ser um fiel guardião. É nesse sentido que se deve aplicar coerência de princípios à Arquidiocese de Goiânia, que recentemente emitiu uma polêmica nota, com o seguinte trecho: “O Pe. César recebeu a ordenação sacerdotal aos 12 de dezembro de 1984, pela imposição das mãos de Dom Fer­nando Gomes dos Santos, primeiro arcebispo de Goiânia. Na ocasião, o novo padre assumiu o grave compromisso de anunciar a Boa Nova, ensinar a doutrina católica, administrar sacramentos e oferecer bênçãos segundo a Tradição da Igreja e em comunhão com o Magistério Eclesiástico. O neossacerdote assim se comprometeu livremente, sendo acolhido como padre diocesano, um colaborador do ministério dos arcebispos de Goiânia”. Talvez estejamos entorpecidos por relatos de amor que nos vêm das fofocas dos vizinhos, dos slogans politicamente corretos e da cultura popular, de modo que não nos preocupemos mais em refletir sobre os princípios que regulam histórias de amor cada vez mais raras. Talvez o compromisso de um sacerdote em amar a Igreja seja algo estranho aos nossos entendimentos exigentes por exemplos “práticos”, imediatos e tanto mais sensacionalistas para que possamos compreendê-los devidamente. O problema é que um conceito de caráter misterioso como o amor, não se revela necessariamente a partir de estardalhaços retóricos, de discursos autopiedosos e de preferências apetitivas. A própria Igreja nos propõe a amar muito mais a partir de um convite ao profundo exame de consciência do que no conhecimento dos discursos de seus dois milênios de Magistério vigoroso e rico sobre o assunto (ainda mais a partir de frases selecionadas do papa, interpretadas fora do contexto da tradição de que ele é o depositário principal). No contexto da tradição católica, todos aqueles que são tidos como exemplos de pessoas que muito amaram, muito se re­colhiam em orações, meditações e mortificações silenciosas. Antes de falar de amor, é preciso se calar um pouco. O silêncio é bom para todos. É bom para os parceiros de negócios, para os ateus, para os indecisos, para os estudantes, para os casais, para o jovem que precisa discernir se deve ou não ser sacerdote e para os debatedores públicos, que precisam escolher argumentar a partir de princípios bem fundamentados. Rafael Carneiro Rocha é servidor público, jornalista e especialista em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás (Ifiteg).

“Que exemplo estamos dando a nossos filhos?”

Edna Freitas Sobre a nota “‘Foi um horror’, diz Joaquim Barbosa sobre xingamentos contra a presidente Dilma” (Jornal Opção Online), que exemplo esses pais estão dando para seus filhos? Estamos no fim do mundo mesmo. Se achamos que o governo não esta correto, então vamos mostrar para eles que somos piores? Não concordo com as atitudes dessas criaturas, que ao invés de dar o bom exemplo, vão ao estádio fazer baixarias para que os outros países vejam como o Brasil está ficando. Concordo com o sr. ministro. E-mail: [email protected]  

“Gestão da Cemig é um exemplo a ser seguido”

Helton Junior A Celg sempre foi usada como instrumento de fornecimento de financiamento de campanha de políticos inescrupulosos. Os gestores sempre foram políticos. Estava na cara de que nunca iria para frente. Apontem-me alguma coisa que um político, nos tempos atuais, fez, que não teve o intuito de levar o dele? Parabéns aos gestores da Cemig [Companhia Energética de Minas Gerais], um exemplo a ser seguido. Uma pena Goiás não ter sido gerido por vocês. E-mail: [email protected]

“Verdade contada e sentida nas obras de Gabriel García Márquez”

Serginho Brasil Ao passo que li cada linha do artigo “Nunca consegui sair de Macondo”, de Larissa Parente (Jornal Opção 2031, caderno Opção Cultural), percebi que os admiradores de Gabo (olha a minha intimidade) sentem toda a paixão que esse homem dedicou sobre cada palavra de suas obras. Mais do que isso, somaram às suas vidas a verdade contada e sentida em cada obra. Sinto não escrever sobre a morte, ela que vem para tirar o homem de dentro do mundo que ele construiu. E-mail: [email protected]

“Grande dom para a escrita”

Lenna Borges Encantada com o texto de Larissa, apesar de conhecedora de sua admiração/paixão por Gabriel García Márquez. Não tenho intimidade (ainda) de chamá-lo pelo apelido carinhoso. Estou tentando (ano corrido demais) ler sua maior obra, por sua influência, e assim compartilhar contigo minhas considerações. Abraços, você tem um grande dom para a escrita. Pratique mais vezes. E-mail: [email protected]

“Barbosa se aposenta por ser honesto”

Josuelina Filgueiras Creio que a antecipação da aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa é devido a sua honestidade. Não deve ser fácil para ele abrir mão de seus princípios, relevar aquilo que considera errado, fora da lei. Dizem que ele é orgulhoso, vaidoso, sei mais lá o quê. Se fosse, não abriria mão de 10 ou 11 anos a que tem direito de permanecer no STF. Seu temperamento não é de gratidão. Quem o nomeou como o primeiro ministro negro da Corte pensando que poderia manipulá-lo se ferrou feio, principalmente no julgamento do mensalão. Na vida do ministro não cabe o dito: se não pode com o inimigo, alie-se a ele. Bravo, bravo, ministro Joaquim Barbosa! E-mail: [email protected]  

“Sou uma simples eleitora querendo um novo amor”

Margaret Maranhão Sobre a nota “Iris Rezende assinala que pode recuar em pré-candidatura” (Jornal Opção Online), não precisava de nada disso, apenas que o passado aceitasse o presente. O PMDB e Iris Rezende já tiveram um casamento sólido, como versa a música de Adoniran Barbosa: “De tanto levar/ flechada do teu olhar/ meu peito até parece sabe o quê? ‘Tauba’ de tiro ao ‘álvaro’ / não tem mais onde furar.” Não tem mais! As flechas foram as derrotas que foram tidas como traições. Sou uma simples eleitora, querendo um novo amor. E-mail: [email protected]  

“Saúde à família real!”

[caption id="attachment_7102" align="alignleft" width="300"]cartas Dom João de Orléans[/caption] Nei Oliveira Eu conto com as mentes ilustres da Nação, para semear a boa semente da boa informação. Saúde à família real! O ensino na mão do Estado, como está, é um grande perigo para a Nação e para sua própria subsistência. Com a aplicação da ideologia enganadora, nunca o povo enxergará sua verdadeira identidade. Somos o único país da América que pode se tornar um império com monarquia parlamentarista, mas como disse ilustríssimo dom João de Orléans na entrevista ao Jornal Opção (edição 2029), o povo não está preparado para conviver com uma forma de governo virtuoso e de elevada estima, com a honra e a moral como pilares de virtudes a guiar a Nação para a excelência humana com a participação de um povo brilhante e honrado. Já passou da conta, para que as Forças Armadas devolvam à nação o que ela em 1889 usurpou. Avante, povo da nação brasileira! E-mail: [email protected]  

“Entrevista para compreender as esferas do poder”

Magda Gobira A entrevista com dom João de Orléans é longa. Mas salvem-na e leiam-na devagar. Ajuda a compreender o ponto de vista de alguém que sempre esteve nas esferas do poder no Brasil e discorre sem agressividade sobre Estado e poder, povo e partido. Brasileiros e brasileiras, sim, com muito orgulho, mui­to amor e muita honra! E-mail: [email protected]  

“Discussão fulanizada”

Elias Rocha A discussão política em Goiás (e no Brasil) é fulanizada (o poderoso fulano prefere escolher beltrano, guerra entre os sicranos etc.). Nada de ideias inovadoras, propostas concretas de construção de uma sociedade melhor. Apenas disputas de egos e interesses de grupos. Somos uma terra de Macunaímas, de um tropicalismo ultrapassado fantasiado de democracia. Mesmo na minha pequena cidade de Iporá, já temos por aqui uns oito candidatos a deputado estadual disputando os nossos parcos votos. Reforma política já, com voto distrital, inclusive. E-mail: [email protected]  

“Governo é omisso em questão de terras”

Mônica Alves Corrêa Sou proprietária de área rural no Mato Grosso do Sul, invadida em 2013 por índios da etnia Terena, cuja origem é o Chaco paraguaio. A respeito do texto “Quando flechas e ataques cibernéticos se cruzam e ferem o coração da República” (Jornal Opção 2030), tenho a dizer que nossas terras têm títulos desde 1873, sendo que em sua origem era uma sesmaria. Desde a invasão e com nossa vida do avesso, temos percorrido assembleias e tribunais e a questão não progride. Índios manipulados e incitados pelo próprio governo federal, na figura de Gilberto Carvalho [ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência], querem ampliar suas terras, com violência e abusos. Proprietários defendem seu direito a produzir em paz. O governo e a Justiça Federal são omissos e estão na plateia. Não pode resultar boa coisa. E-mail: [email protected]  

“Orgulho de ser Jornal Opção”

Márcio Costa Rodrigues Leio a nota “Jornal Opção obtém mais de 1 milhão de acessos num mês” (coluna “Imprensa”, edição 2030) e digo: Parabéns, Jornal Opção! Or­gulho-me de fazer parte desta estatística. E-mail: [email protected]  

“Leitor do Opção desde a adolescência”

Rildo Alves Uma alegria muito grande ver este sucesso do Jornal Opção. O jornalista Euler de França Belém sabe que sou leitor antigo, diria que desde a adolescência. E tive o enorme prazer de passar um tempinho na redação, quando pude aprender a admirar mais ainda a equipe que até então eu acompanhava apenas por meio do jornal impresso, que lia toda semana. Abraço a todos e sucesso. E-mail: [email protected]  

“Só restou a Joaquim Barbosa sair”

Marcelo Luiz Correa Comentando o texto “Sem Barbosa, o Supremo será uma casa para o governo acabar de mobiliar ao seu gosto” (Jornal Opção 2030), não se deve comparar a aposentadoria de Joaquim Barbo­sa à renúncia de Jânio Qua­dros. Barbosa sai de cabeça erguida, sabe que o Supremo tornou-se uma corte subjugada, onde não se julga com imparcialidade e justiça: lá a maioria é subserviente ao PT. Se o seu esforço de forjar julgamentos imparciais e justos falhou, só lhe resta sair. E-mail: [email protected]  

Descanse em paz, Capitão América

cartas.qxd Fernando Silva Nós, colorados, vivemos tempos difíceis nos anos 90. No início dos anos 2000, vimos ser formado um time que aos poucos foi nos devolvendo a confiança, a vontade de torcer, de gritar com força novamente o nome do Inter. Esse time tinha a liderança de Fernan­dão, e isso fazia muita diferença, era decisiva para continuarmos crendo na vitória, que aqueles tempos difíceis haviam ficado no passado, que não voltaríamos a beliscar o titulo e fracassar novamente. Nos anos de 2004 e 2005, isso até voltou a ocorrer, mas podíamos sentir em Fernandão, Tinga, Índio, Clemer e Iarley que algo estava mudando, que a postura não era mais a mesma. No fatídico 16 de agosto de 2006, pudemos soltar um grito preso na garganta por tantos anos, graças à liderança, à técnica, à vibração e ao entusiasmo de Fernandão e seus capitaneados. Fernandão, não tenho palavras para te agradecer. Descanse em paz, Capitão América, nunca te esqueceremos. A Nação Colorada, jamais o esquecerá. E-mail: [email protected]  

“Sem temer a morte”

Manuel Ferreira Parabéns ao sr. Valdeci Mar­ques pelo texto “Já me preparo para a morte” (Jornal Opção 2029, caderno Opção Cultural). Sempre valorizei as pessoas que miram para além deste mundo tão transitório quanto carregado de ilusões, pelas quais nos esforçamos tanto (não sei para quê!). Desde que procurei estudar com mais persistência as perspectivas futuras, orientado pelas luzes do Evangelho (e, no meu caso, sob a interpretação espírita), mais e mais penso na grande transição, e, ao contrário do que alguns poderiam supor, deixo de temê-la, começo a entender o significado da ressurreição, e assim, mais facilmente, me deixo submeter mais facilmente às experiências que estão preparadas para mim e cada um de nós. Em bate-papos, nos questionamos: até quando você quer viver: 80, 100 anos? Sinceramente e sem esperar credibilidade ou não, eu afirmo: até quando estiver preparado para mim. Hoje, amanhã, mês que vem, 80, 100 anos... sei lá! Tenho certeza de que há uma inteligência maior olhando por todos nós, segundo a máxima “nenhuma folha cai da árvore sem a vontade de Nosso Pai”. E-mail: [email protected]  

“Acontecimento que poderia ter mudado a história”

Carlos Spindula O texto “A história de um complô, entre a ficção e a realidade, pra matar o nazista Hitler”, de Irapuan Costa Junior na coluna Contraponto (Jornal Opção 2029) é uma excelente história, narrada em cima de um acontecimento que, se tivesse dado certo, poderia ter alterado a história, ou pelo menos ter poupado a vida de muitos. E-mail: [email protected]  

 “Deixem as pessoas escreverem ou lerem o que quiserem”

Epaminondas Silva Acho difícil que Machado tenha se prevenido de uma coisa natural: as línguas evoluem. Quando ele escreveu “as escravas riam à socaba” (em “Missa do Galo”), ele não tinha como prever que um dia, o termo “à socaba” pararia de ser empregado (assim como também, “escravas” — mas, felizmente, o patrulhamento não o atingiu como seu comparsa, Mark Twain). Um século depois, visitar Machado de Assis demanda esforço porque a língua não é estática. A literatura não é à prova de erros. Por que deveria ser à prova de uma revisão? E por que a revisão mataria o original? Se é possível um original não sobreviver à evolução da língua, será que o era assim tão clássico? Se há “70% de analfabetos funcionais”, as obras originais de Machado de Assis fizeram pouco para resgatá-los. Ou, melhor dizendo, as pessoas que acham que as obras de Machado de Assis estão num pedestal fizeram menos ainda para mudar este cenário. Então temos três panoramas: o ideal (ler Assis no original); o alternativo (ler “simplificado”); e o pior dos panoramas, não ler nada. Desses três, me expliquem, por que o panorama “alternativo” é pior do que o “pior”? E, sério mesmo, vocês acham que apenas o “ideal” é válido? Só tivemos deste então os panoramas “ideal” e “pior” e, veja, temos “70% de analfabetos funcionais”. Este imbróglio está mobilizando muito mais indignados do que quando a Caixa Econômica Federal retratou Machado de Assis como um caucasiano, num comercial. Então, ficamos assim: não se simplificam obras literárias. Ótimo, passaremos a ler Dostoievski no original, em russo. Afinal, ler uma tradução em português não é “facilitar”? O problema não é reescrever Machado de Assis. O problema é exclusivamente as pessoas acharem que livros realmente interferem na visão das pessoas. A pon­to de as obras serem alçadas à con­dição de instrumentos sagrados, intocáveis. Bobagem, se livros mudassem as pessoas, o “50 Tons de Cinza”, um livro que reuniu mais leitores no último ano do que Ma­chado de Assis na última década, teria criado uma geração de mu­lheres, por assim dizer, “rodrigueanas”. Livros não mudam as pes­soas. Ninguém vai rever sua condição de vida por devorar Ma­chado naquele português re­bus­cado que ninguém mais pratica. De quebra, estão numa enorme inversão, em que o sujeito que lê “simplificado” sai embrutecido da experiência. Por favor, deem mais crédito à inteligência alheia. As pessoas podem muito bem escolher por conta própria o que leem, por prazer. Se querem ler Machado “simplificado”, Paulo Coelho, Lya Luft ou qualquer coisa descartável, ainda tenho a ilusão que vivemos num grau de democracia em que as pessoas têm liberdade de perderem seu tempo lendo o que querem. E isto é mais interessante para a literatura do que uma professora aborrecida obrigando seus alunos a lerem um texto árido, pela única motivação que, se não ler, vai tirar zero na prova. Neste ponto, o original de Assis provocou muito mais deserções do gosto das pessoas pela literatura do que abriram novos horizontes para ela. Nossa educação falha gloriosamente a partir do momento em que mostra que existe apenas uma literatura: a de língua portuguesa. Resultado? Geração após geração com gente avessa à leitura. E gente avessa à leitura, sinto muito dizer, existe independentemente de haver um Machado de Assis “mastigadinho”. E isso tem mais a ver com essa visão que certas literaturas são sagradas e obrigatórias. Deixem as pessoas escreverem ou lerem o que quiserem. E-mail: [email protected]  

“Llosa serve para explicar o caso com Machado de Assis”

Zedu Lima A excelente abordagem de José Maria e Silva [sobre o “assassinato” da escrita de Machado de Assis] me remete a este comentário que Mário Vargas Llosa fez em uma entrevista da edição de 20/10/2010 da revista “Veja”: “A linguagem é preciosa para o escritor. Quando você está submerso nas massas, há muita pressão para rebaixar a fala, de forma a ser entendido pelo maior número de pessoas. É preciso repetir e simplificar, simplificar e repetir. No final, acabava traindo a mim mesmo e ao que há de mais sagrado para o trabalho do escritor.” E-mail: [email protected]  

“Patrícia Secco torna o mundo mais complexo”

Lara Lafur Mas se Patrícia Secco, deturpando Machado de Assis, escreve que “a índole natural da ciência é a aceitação”, toda essa complexidade que acompanha o desenvolvimento científico e que “O Alienista” capta com incrível precisão termina por desaparecer sem deixar rastro. Com isso, ao invés de facilitar Machado de Assis, ela torna o mundo ainda mais complexo — ao calar uma das vozes geniais que mais soube compreendê-lo. E-mail: [email protected]

“Orgulho-me muito de ser negra”

Erika Guimarães Esses dias me perguntaram o que achava sobre a polêmica que aconteceu sobre o racismo no caso do jogador Daniel Alves, do Barcelona. Enfim, esses dias sofri um preconceito bobo. Ouvi a seguinte frase: “Ela é até bonita e inteligente por ser negra”. É ridículo. Ouvi sem querer essa frase, mas me doeu muito como se eu não fosse capaz, ou como se não pudesse ser negra e bonita. Orgulho-me muito de ser negra e fico me perguntando o porquê de haver um preconceito horrível, que, infelizmente, no Brasil as pessoas fingem não existir. Eu tive uma base boa, meus pais, mas fico pensando em milhares de negros que acabam tendo vergonha da cor, do cabelo crespo. Eu acho que as escolas poderiam ajudar nisso a autoestima negra. Está faltando isso. Acho que a polêmica poderia existir para discutirmos e melhorar, mas isso não acontece. Erika Guimarães é assistente administrativa. cartas.qxd

“Feliz pela festa do automobilismo”

Davi Prado Sou piloto de jet ski e campeão mundial em 2012, na categoria ski velocidade. Sinto-me muito feliz de assistir a essa grande festa do automobilismo aqui em minha cidade. Esporte é saúde, princípio para uma boa educação e qualidade de vida. Com orgulho, representarei todos os brasileiros no próximo Mundial, pela quarta vez, e tentarei conquistar o título de bicampeão mundial. E-mail: [email protected]

“Grato pela reportagem sobre o autódromo”

Kurt Feichtenberger Parabéns ao jornalista El­der Dias pela matéria sobre o Autódromo de Goiânia (Jor­nal Opção 2028). Palavras exatas de quem tem o co­nhecimento da arte de escrever. Obrigado pelo espaço concedido ao nosso novo autódromo. Kurt Feichtenberger é vice-presidente da Federação de Motociclismo de Goiás (FGM). E-mail: [email protected]

“Orgulho pela volta da Stock Car”

Gleidmar Vieira Fiquei muito orgulhoso por nosso Estado estar novamente no calendário da Stock Car, esse retão do circuito de Goiânia é sensacional. E-mail: [email protected]

“Decisão de Júnior Friboi é pessoal”

Adalberto de Queiroz Muito bom o editorial “Crise sugere que Iris e Friboi estão desconectados da realidade” (Jornal Opção 2029). O de que gostei mais foi a erudição que passa por um simples bate-papo entre amigos (cultos, naturalmente). Gostei muito da metáfora culinária na comparação “empresário x político”, que me fez rir muito... E se o “fogo brando” de Iris funcionou para essa batalha, não seria um desastre completo para o prato principal — as eleições? No caso do sr. José Batista Júnior, que, “coisificado” — como acertadamente diz o texto —, tornou-se Júnior Friboi, não tomo o todo pela parte. Diferentemente do que todos pensam, Júnior não é “a estrela da JBS”, mas, sim, uma peça no xadrez organizacional — o que, certamente, mais se expôs fora do ambiente corporativo... Ocorreu-me pensar que a decisão dele é pessoal e passa por “sonho antigo” de um jovem empreendedor pobre e “self-made man”... A nenhum repórter ocorreu perguntar-lhe isso? Finalizo com uma observação de Ortega Y Gasset, sobre o ato da decisão e este “grand finale” aventuroso e negativo para o velho PMDB: “Antes de fazer alguma coisa, cada homem tem que decidir, por sua conta e risco, o que ele vai fazer. Porém essa decisão torna-se impossível se o homem não possui algumas convicções sobre o que são as coisas ao seu redor, ou os outros homens, ou ele mesmo. Uni­camente tendo em vista tudo isto, ele pode preferir uma ação à outra; pode, em resumo, viver...” Adalberto de Queiroz é blogueiro.  

“Nada mais justo que Iris ser candidato”

Odlan Cruzeiro O deputado Francisco Gedda (PTN) diz ficou comprovado que Iris Rezende vai ser “o eterno candidato do PMDB”. Se Iris foi um dos fundadores do PMDB, nada mais justo que ser o candidato. Tem mais intimidade dentro do partido, mais eleitores e outros predicados. Agora é difícil querer entrar em um partido como esse e de cara ser candidato a governador. Se os possíveis pré-candidatos fossem Maguito Vilela, Daniel Vilela, Samuel Belchior, Bruno Peixoto ou outro entre tantos, poderia até se contestar. Mas, nestas circunstâncias, tem de ser Iris. E-mail: [email protected]  

“Um projeto de trem-bala para a antiguidade”

Levino Bransão A presidente Dilma Rousseff inaugurou o trecho da Ferrovia Nor­te-Sul entre Anápolis e Palmas. Se a ferrovia está projetada para ter 4.156 quilômetros e levaram 27 anos para concluírem 855 quilômetros, a permanecer nesse ritmo a mesma será terminada em 2120. Imagine então quando ficará pronto o trem-bala. Tal projeto já pertencerá à antiguidade. E-mail: [email protected]  

“Xuxa foi hostilizada por ser um ícone”

Joaquim Neto Sobre a nota “Pastor hostiliza Xuxa em sessão sobre Lei da Palmada e é destituído da CCJ” (Jornal Opção Online), considero sem fundamento o que o Pastor diz, porque, no momento em que a Xuxa participa de um filme ela está como uma atriz; ora, isso não quer dizer que ela seja uma molestadora de crianças. Existem vários filmes, séries etc. em que atores fazem um papel polêmico. No caso, a questão caiu sobre Xuxa por ela ser um ícone. Se fosse assim, então, todos os atores que usam arma de fogo e ma­tam outro ator em uma novela teriam de ser recriminados, ou carimbados na vida “pessoal” como terroristas? E-mail: [email protected]

“O Estado superestatista somente atrapalha”

Everaldo Leite cartas1 As empresas geram riqueza, o Estado oferece assistencialismo. Aliás, o dinheiro destinado a este advém também da produção do setor privado. Dinheiro não nasce em árvore, não é cacau. Um país é rico quando possui fatores de produção em eficiente combinação, conseguindo obter a produtividade necessária para gerar emprego, renda e salários melhores. Se há contínua inflação por aumento irresponsável da base monetária, se há grande endividamento por excesso de crédito subsidiado, se o governo é populista e provoca déficits por razão eleitoreira, se as instituições perdem a credibilidade, se a burocracia e o estatismo aumentam, se a carga tributária não para de crescer, tudo isto significa ingerência do Estado sobre a economia real, que não raramente resulta em baixa competitividade, baixo crescimento e falta de interesse em se investir. Governo e economia deveriam se manter o mais distante que pu­dessem, portanto. A economia, no âmbito da concorrência verdadeira, motiva melhor o desenvolvimento e a justa distribuição, sobretudo porque as decisões tomadas pelos agentes (trabalhadores, empresários, acionistas, rentistas, consumidores etc.) têm como parâmetro o comportamento dos preços e a disposição das oportunidades, um conhecimento que o Estado (técnicos, gestores etc.) não possui em sua totalidade por estar dissolvido na sociedade. Ninguém sabe mais sobre os negócios, sobre os mercados, do que aqueles que estão efetivamente envolvidos no processo, desde o pipoqueiro na Praça da Matriz até os gestores de uma gigantesca companhia internacional de produção de aço, desde um desempregado que encontrou uma atividade informal que tem melhorado a sua vida até um grande executivo que resolve abrir seu próprio empreendimento. O Estado superestatista somente atrapalha esta ação natural e espontânea dos indivíduos, quando resolve impor regras excêntricas e forçar artificialmente a distribuição. Isto hoje está óbvio no Brasil, que continua subdesenvolvido tendo todos os fatores de produção que necessita para ser desenvolvido. Todavia, o Estado é importante, a política e as leis são importantes. Estes servem, sim, para definir os limites dos interesses econômicos e impedir um ultraliberalismo (o lado oposto do superestatismo). A assistência social, devidamente restringida e em conformidade com programas bem formulados de redirecionamento do cidadão à vida ativa econômica, impede que o infortúnio de alguns se torne um tipo de “destino dos fracassados e oprimidos”. Ademais, o Estado precisa continuar a construir ordens jurídicas para que haja transparência nas relações sociais e econômicas, e a desconstruir leis obsoletas que suscitam discriminações, para que haja igualdade na dignidade humana - evitando políticas desnecessárias de cotas. A economia não pode ser escrava da democracia, como questiona o economista Rodrigo Constan­tino, mas deve continuar sob o olhar crítico do conjunto da sociedade no objetivo de impedir que os mercados ou alguns indivíduos (lobos e afins) se tornem um mal para o desenvolvimento ético e político das pessoas, mas de incentivar que se torne um bem para o desenvolvimento material dos cidadãos. Assim, a falha que leva à desigualdade somente pode ser combatida com o estímulo da sociedade — às vezes pela política de Estado — à geração de riqueza e não dos desdobramentos residuais de serviços assistenciais. A desigualdade, como se sabe, não é diminuída pela distribuição via tributação, mas, sim, pelo crescimento sustentável da economia, através da poupança, da baixa taxa de juro e do investimento, por meio também do consumo e do comércio livre entre pessoas, Estados e países. Perceber tudo isto é quase uma autoevidência; entretanto, infelizmente, são muitas as cortinas de fumaça jogadas sobre os olhos dos indivíduos, advindas essencialmente do interesse pessoal de alguns políticos, acadêmicos, profissionais e empreendedores velhacos, que, se não estão se beneficiando do capitalismo de compadrio, estão vivendo politicamente e economicamente à custa da pobreza (que, em público, dizem ser contrários) e da ignorância (que, em segredo, adoram que dure) de parte significativa da sociedade. Como disse antes, governo e economia deveriam se manter o mais distante que pu­dessem, mas... Everaldo Leite é economista, professor e colaborador do Jornal Opção. E-mail: [email protected]  

“Nossa cidade não tem nada de sustentável”

Tadeu Alencar Arrais Como professor do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa), eis a minha resposta à reportagem “Gra­ciliano Ramos, não, mas prefeitos atuais sofrem com a falta de planejamento urbano” (Jornal Opção 2028): primeiramente, devemos ter a clareza do significado da palavra patrimonialismo que foi usada, historicamente, para demarcar as relações promíscuas entre o público e o privado. É uma característica, como pode ser observado em Raimun­do Faoro [sociólogo e cientista político, autor de “Os Donos do Poder”], de governos absolutistas e personalistas. Qualquer semelhança com o PT de hoje não é mera coincidência. Esse é o primeiro erro. Ao defender que as áreas públicas não sejam vendidas, o Iesa está, de fato, contra a visão patrimonialista do atual governo municipal, que mistura o público ao primado. Os grandes grupos imobiliários, felizmente, não frequentam os gabinetes de professores do Iesa com a assiduidade que frequentam o Paço Municipal. Em seguida, quero afirmar o compromisso do Iesa com a construção de uma cidade sustentável, que preserve espaços públicos, ao contrário da política urbana patrocinada pelo governo municipal. É no mínimo irônico que os representantes do governo municipal, que se recusaram a debater o assunto, só manifestem sua opinião agora. Segundo dizem no Paço, a ordem agora é tentar minimizar os prejuízos políticos. Apostam na curta memória da população. Essas áreas só serão desafetadas, isso é insofismável, por causa da lamentável situação das finanças públicas. O modelo espacial do Plano Diretor, que já não era bom, foi rasgado. O secretário Nelcivone Melo cita, como exemplo, o shopping na Peri­metral Norte. Parece que não conhece, de fato, a região. Sugiro que, pelo menos uma vez na semana, se atreva, em comunhão com o senhor prefeito Paulo Garcia, a tentar se locomover naquela região. Pre­fe­rencialmente um dia de chuva, com a água brotando das galerias e escorrendo das vertentes do Córrego Cavei­rinha para o Meia Ponte. Ali seria um lugar perfeito para uma espécie de Parque Linear. Nossa cidade, repito, não tem nada de sustentável. Essa é, aliás, uma das poucas unanimidades que presencio nos corredores do Iesa. Tadeu Alencar Arrais é professor do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa) da UFG. E-mail: [email protected]  

“Patrícia Secco não teve a decência do inglês que respeitou Machado de Assis”

Leonardo Corrêa [caption id="attachment_4997" align="alignleft" width="300"]Machado de Assis: defesa de sua obra contra adaptação de Patrícia Secco (centro) com citação de John Gledson (direita) Machado de Assis: defesa de sua obra contra adaptação de Patrícia Secco (centro) com citação de John Gledson (direita)[/caption] O jornalista José Maria e Silva foi perfeito no artigo “Discípula de Paulo Freire assassina Ma­chado de Assis” (Jornal Opção 2029). Disse tudo o que eu queria dizer e muito mais. Patrícia Secco não teve a decência de John Gledson, o inglês que reuniu em um livro, “Contos/Uma An­­­­­to­­­lo­gia — Machado de Assis”, dentre outros, “O Alienista”. Com a palavra, John Gledson: “Pro­curamos apresentar um texto modernizado ortograficamente e fiel às intenções de Machado de Assis. É uma tarefa menos simples do que pode parecer. Significa reproduzir a última versão publicada em vida pelo autor, a que representa a sua vontade final.” (…) “Essa preocupação de apresentar um texto fidedigno pode parecer pedantismo. Certamente, não é: mas, nesse contexto, quero salientar um aspecto crucial desses textos, que requer um cuidado e um respeito especial pela vontade do autor. (…) Machado não hesitava em quebrar as regras gramaticais estritas, embora sempre de maneira discreta. A área mais difícil e mais fascinante é a pontuação, que afeta tanto o andamento de uma frase como o de um parágrafo, e pode produzir uma pausa irônica, ou até omitir essa pausa a fim de não acentuar demais a ironia, deixando ao leitor o prazer ou o desafio de encontrá-la por si mesmo. Isso quer dizer que temos de nos ater ao sistema de pontuação machadiano, que em alguns aspectos não é o moderno, porque interferir, por pouco que seja, nesse tecido tão cuidadosamente calculado pode afetar o conjunto.” E-mail: [email protected]  

“Prefeito de Palmas fala, fala e não diz nada”

Benedito de Castro [caption id="attachment_5001" align="alignleft" width="300"]Prefeito Carlos Amastha (PP) recebe críticas de leitor pelo  conteúdo da entrevista concedida à edição 2028 do Jornal Opção Prefeito Carlos Amastha (PP) recebe críticas de leitor pelo
conteúdo da entrevista concedida à edição 2028 do Jornal Opção[/caption] Ao ler a entrevista intitulada “Palmas terá o melhor sistema de transporte coletivo do mundo” (Jornal Opção 2028), como tenho dito em diversas oportunidades volto a dizer: o sr. prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), fala, fala e não diz nada. O que fala e escreve é muito bonito no papel, mas na prática não é nada disso e ele deixa muito a desejar no que diz respeito à gestão pública, pois até agora, passados que são um ano e quatro meses de sua posse, ele ainda não disse a que veio. Amastha se gaba muito de ter conseguido mundos e fundos em termos de recursos para o município, mas infelizmente não vemos ne­nhum investimento na cidade e nada de diferente, desde que o ex-prefeito Raul Filho (PT) deixou o cargo. O que temos visto, e muito, são as viagens do prefeito ao exterior, na maioria das vezes para tratar de assuntos particulares, gerando uma insatisfação muito grande à população, pois que a cidade fica sem seu administrador, porque não tem a figura do vice-prefeito. É bom que se diga que todas as obras que são inauguradas ou tocadas neste momento, foram iniciadas no governo do ex-prefeito Raul Filho, não tendo nada de novo que tenha sido começado na gestão atual, a não ser um relógio digital, que já foi modificado várias vezes, e que tem sido motivo de críticas e até zombaria por parte da população. As três prioridades básicas de qualquer governo municipal — e que são saúde, educação e infraestrutura (pois que a segurança pública é atribuição do Estado) — não estão sendo atacadas. A saúde vai de mal a pior, com falta de médicos, enfermeiros, equipamentos, insumos e medicamentos e, embora a população reclame constantemente, não se vislumbra uma solução em curto prazo. Quanto à educação, também está mal. Há ameaça de greve dos funcionários da área por causa de salários baixos, a infraestrutura é deficiente e existem outros reclamos. Também não se tem notícia de nenhuma previsão de melhora e nem mesmo a ida do sr. prefeito a Cingapura para copiar o que é feito por lá em termos de educação tem resolvido, pois a meu ver, isso é só desculpa para viajar ao exterior e tratar de assuntos particulares, como tem feito constantemente. Com relação à infraestrutura, está do mesmo jeito que a deixou o ex-prefeito, ou talvez um pouco pior, pois não foi feito praticamente nada, a não ser trabalhos para ornamentação e montagem de arquibancadas para Natal, carnaval e agora os festejos do aniversário da cidade. O que interessa mesmo ainda não foi feito, pois os buracos nas ruas e avenidas estão cada vez maiores, conforme se tem visto “in loco” ou pela imprensa escrita e televisiva. Neste período de chuvas que está prestes a terminar é que saltam aos olhos as deficiências no escoamento e na drenagem de águas pluviais, provocando alagamentos na cidade, o que a torna quase intransitável. Esta é a melhor cidade em saneamento básico do Brasil? É uma utopia. Ao contrário do prefeito em­preendedor, como ele se intitula, temos um prefeito falastrão e que só tem cuidado de política e politicagem, desde que assumiu a Prefeitura de Palmas. É bom que se diga que sua eleição foi uma dessas aberrações políticas tipo “Tiririca”, com todo o respeito, pois o prefeito só foi eleito pelo voto de protesto, e sua má gestão começou já no período de transição — tanto que seu vice-prefeito, o deputado Sargento Aragão (Pros) nem ao menos assumiu seu cargo, por não concordar com a mudança de rumos sobre o que havia sido estabelecido na campanha e que temos a infelicidade de comprovar atualmente. Outras mazelas: o péssimo transporte coletivo; a mudança da sede do governo para um prédio luxuoso de propriedade do dono da concessionária desse mesmo transporte; a deficiência na coleta do lixo; a limpeza malfeita da cidade; o problema dos quiosques; o aumento exorbitante do IPTU; o tratamento prioritário que vem sendo dado à política, em detrimento dos interesses e da melhora da qualidade de vida da população. Tudo isso poderia por mim ser citado, mas certamente, iria tomar tanto espaço neste veículo de comunicação, que, salvo melhor juízo, não seria nem publicado. Finalizando, devo dizer que a campanha eleitoral com vistas às eleições municipais de 2016 e as eleições estaduais de 2018 já está lançada e vou guardar essa extensa e enfadonha entrevista, para cobrar, no momento oportuno, o cumprimento das promessas que estão sendo feitas pelo sr. Prefeito Carlos Amastha. E-mail: [email protected]

“Pra que serve o agente de trânsito?”

Cláudio Curado Sobre a nota “Agentes de trânsito de Goiânia entram em greve” (Jornal Opção On­line) será interessante saber pra que serve o agente de trân­sito em Goiânia. Se um si­naleiro falha, ele não aparece. Se chove, ele não aparece. Se tem fila dupla na porta da es­cola, ele não aparece. Se estacionam em local proibido perto do Tribunal de Justiça, ele não aparece. Mas se é para mul­tar, ficando escondido atrás de árvore no Centro (vá­rias pessoas e eu, inclusive, já vimos isto) lá está ele o agente arrecadador de trânsito! Cláudio Curado é presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Goiás.

“Dilma é melhor que os políticos de nossos pesadelos”

Wagner Silva Chaves Discordo do jornalista Cezar Santos, o autor do texto “Dilma não tem força para impor sua candidatura” (Jornal Opção 2026, coluna “Ponto de Partida”), em gênero, número, grau e pessoa. Ela fez faxina, sim. Pesquise nos seus livros de História do Brasil e verifique: em que gestão política que algum corrupto foi para a prisão? Quando? Em que gestão política a inflação foi a mais baixa? Dilma pode não ser a candidata dos nossos sonhos, mas é melhor do que os políticos de nossos pesadelos. E-mail: [email protected]

“Legião de ‘Marias’ com seus ‘Rosários’ pelos bandidos”

Denis Monteiro Parabenizo-o, ilustre dr. Irapuan, por mais um artigo arrojado, corajoso e verdadeiro, com o texto “Política de segurança só dará certo se criminalizar o bandido e não o policial” (Jornal Opção 2027). Nós, Brasileiros com “B” maiúsculo, cidadãos de bem, estamos cansados dessa avacalhação em que se tornou nosso País. A inversão de valores é notória e vergonhosa. O respeito aos direitos humanos deveria alcançar também os humanos de verdade, as pessoas de bem, enfim, os agentes públicos de segurança, todavia, o que vemos, constantemente é uma legião de “Marias” com seus “Rosários” rezando para que bandidos não sejam sequer ofendidos moralmente. E-mail: [email protected]

“Parabéns ao Opção pela nova cara na internet”

Antônio Macedo O Jornal Opção tem um conteúdo interessante, abrangente, com informações consistentes e muito bem escritas e está aberto a todas as tendências políticas. Isso me fez o seu leitor assíduo há muitos anos. Parabenizo a toda sua equipe pela alta qualidade do jornalismo e pela nova cara do veículo na rede. Antônio Macedo é médico. E-mail: [email protected]  

“Família Batista vai usar experiência na área privada por Goiás”

Eduardo Balduíno Júnior Friboi, ao contrário de Marconi Perillo, tem experiência com excelência em gestão, em uma empresa que ele começou do nada e tem hoje 180 mil colaboradores no mundo. Quantos outros frigoríficos já quebraram no Brasil e a JBS continua crescendo mais que 20% ao ano. E nem adianta falar que é por que tem dinheiro do BNDES, porque o [frigorífico] Bertin tinha e quebrou e o Marfrig [outro frigorífico] está tendo enormes prejuízos e pode falir a qualquer momento. Ainda vale lembrar Eike Batista, que afundou com um monte de dinheiro do BNDES. A família Batista compra empresas quebradas e as levanta (sempre fez isso) e vai utilizar essa experiência na área privada para desenvolver Goiás. E-mail: [email protected]  

“O povo tem de abrir os olhos”

Dedimar Gomes Esses deputados do PMDB não estão pensando no Estado e no povo, mas unicamente no dinheiro de Júnior Friboi. O povo tem de abrir os olhos. É uma vergonha E-mail: [email protected]  

“Se Iris não for candidato, Marconi ganha no 1º turno”

Odlan Cruzeiro Iris Rezende não se acabou po­liticamente. Pode até querer, mas... Fizemos uma pesquisa interna aqui na empresa onde trabalho: Iris ganha de Marconi Perillo; Marconi ganha de Friboi, com 70% de vantagem; Marconi ganha de Gomide, Vanderlan ou Júnior. Ou seja, se Iris não for candidato, Marconi vai ganhar no primeiro turno. E-mail: [email protected]

“Raimundo Queiroz para presidente do Flamengo”

Jarbas Freitas Novais Li a entrevista de Raimundo Queiroz ao Jornal Opção (edição 2028). Ele foi o melhor presidente que o Goiás já teve. O clube só será grande quando Raimundo voltar a comandá-lo. Parabéns a ele, gostaria que fosse presidente do Flamengo, pois ai nos não seriamos o maior do Brasil, mas, sim, do mundo. E-mail: [email protected]  

“Se o presidente do STF pode, por que a sociedade não pode?”

Deolinda Taveira Tudo começa quando o presidente do STF toma para si o papel de herói e mesmo à revelia da objetividade da lei condena e ainda assume publicamente o ímpeto vingativo que o motiva. O que resta à sociedade? Se ele pode, por que a sociedade não pode? Desmoralizar as instituições é dar espaço para todo tipo de desmando. No final, estamos todos na fila para ser a próxima vítima dessa sociedade vingativa tão apreciada e estimulada pelo nobre presidente do STF a agir com as próprias mãos. E-mail: [email protected]

“Análise do racismo sem simplificação do problema”

Ademir Luiz Inteligente, a análise da polêmica do futebol no texto “Ney­mar, brilhante, manda dizer: macaco é quem joga banana nos outros” (Jornal Opção 2026). Em momento algum simplificou o problema nem caiu na tentação de repetir a velha ladainha: se você é rico e famoso, com certeza está mal intencionado. Elder Dias, mais uma vez, dando lição de jornalismo. Ademir Luiz é doutor em História professor da Universidade Estadual de Goiás. E-mail: [email protected]

“Qual o real valor de vidas interrompidas subitamente?”

Silvaine Santos O caso do acidente da morte da filha [Lucimar Veiga] da prefeita de Jussara e de mais três morrem em acidente na GO-070, no domingo, 4, mostra que o que infelizmente acontecem por imprudência de pessoas irresponsáveis que colocam a própria vida e a de outras em risco, destruindo famílias. Às vezes segundos fazem toda diferença; melhor perder algum compromisso ou chegar atrasado do que simplesmente não chegar. Até quando isso vai acontecer? Qual o real valor de vidas que são interrompidas inesperadamente? E-mail: [email protected]

“Comediantes cuidando das ruas da capital”

Cirlei Araújo O trânsito goianiense é caótico e costuma ser fatal, pois aliada à infraestrutura deficiente e à falta de civilidade dos motoristas e motociclistas, ainda temos o cerol. E tome comediantes escolhidos pelo governo e muito bem pagos com nossos impostos nas campanhas de conscientização para obtermos um trânsito mais seguro. Isso não funciona. A nós, espectadores via mídia, essas perdas humanas — como a da jovem atropelada por um caminhão na GO-080 — são uma coisa é triste; aos familiares, extremamente trágica; e aos governos, deveria ser. É vergonhoso que pouco se faça para mudar esse quadro. E ainda há pessoas que reclamam, “pra que estudar Física, se tal matéria não serve para nada?”. Eu diria que é útil, no mínimo, para evitar acidentes no dia a dia, assim como na construção civil, nos meios de transporte etc. Isso explica a nossa imensa dificuldade de estabelecer relações de causa e efeito quer seja no trânsito, na política ou no funcionamento das instituições brasileiras. Parece pouco mas o desprezo pelo conhecimento e o desrespeito são sintomáticos de nosso atraso como sociedade. Cirlei Araújo é sargento do Exército. E-mail: [email protected]

“Traição imperdoável contra Iris Rezende”

Marcos Paulo Medeiros Nas eleições que Iris Rezende venceu, votei nele. Nas que perdeu, perdi com ele. Nunca abandonei Iris. O que fizeram com o nosso líder maior manchou a história do PMDB goiano. Foi uma covardia, uma traição imperdoável. “Goela” abaixo tomaram o PMDB de Iris, dos goianos de bem, e o entregaram a um “cowboy” do asfalto, que usa chapéu importado e finge que sabe tocar berrante. Por onde passou o Friboi quebrou a cara. Não conseguiu seu intento. No PMDB de Goiás, conseguiu o que queria, com anuência dos Vilelas e outros que sabemos. Agora vem um bando de corvos pregarem união no PMDB. Virem-se e mostrem que são fortes de fato. Ganhem a eleição. Ou vão querer que nós também, como cordeirinhos, nos curvemos ao poderio econômico do vendedor de carne? E-mail: [email protected] [caption id="attachment_3811" align="alignleft" width="150"]cartas.qxd Foto: Facebook[/caption]

“Parabéns pelo texto sobre Suindara”

Welligton Dias Fui companheiro de cena e diretor de Suindara Coelho. Quero agradecer ao jornalista Frederico Vitor por descrevê-la tão bem e parabenizá-lo pelo texto “Suindara: para muito além de seu último ato” (Jornal Opção Online). E-mail: [email protected]

“Quais os três melhores livros sobre a Grande Guerra?”

Gyorgy M. J. Caro jornalista Euler de França Belém, sobre a matéria “Melhores livros sobre a Primeira Guerra Mundial em português. E um em inglês” (Jornal Opção 2003), tenho a dizer que há bastante tempo pesquiso documento e livros sobre as duas Guerras Mun­diais, e com grata surpresa topei com seu artigo sobre a 1ª Guerra na internet. Resido em Natal e, mesmo sendo uma cidade linda, aqui não tem boas livrarias nem bibliotecas de peso. Sei que é muito difícil, mas peço-lhe o favor de apontar os três melhores livros sobre a “Grande Guer­ra” na sua relação. Explico o motivo: a única livraria da cidade é a Saraiva e por não ter os livros mencionados, devo encomendar, isto é, pagar adiantado sem direito a devolução ou troca. E-mail: [email protected]

“Criamos nossos filhos com desigualdade”

Cecília Mello Sobre a re­portagem “Mes­mo com avanços, mu­lhe­res ainda são vítimas de preconceito” (Jornal Opção 1966), não acredito que seja o homem que imponha esse preconceito. Acredito que eles dão continuidade ao que foi ditado desde os primórdios. Cria­mos nossos filhos com desigualdade. Meninas têm sempre mais obrigações na casa do que meninos, que por sua vez já têm argumentos que prontifiquem que eles são homens e não têm obrigação de arrumar nada. Talvez as mulheres que já têm consciência disso criem seus filhos com mais igualdade, mas isso se mostra uma mudança sem dúvida em longo prazo. É basicamente quebrar uma cultura mundial. E-mail: [email protected]

“Vale mais a imagem que o caráter na política”

Maicon Yero Na política, o ideal seria a escolha pelo caráter e não pela imagem, como ocorre hoje. O marketing político vale mais do que a própria pessoa e o próprio partido. Vide o deputado Tiririca (PR) e outros puxadores de votos que nada tem a ver com a política. Enquanto a imagem valer mais do que as pessoas, teremos inaptos comandando a Presidência, os Estados e as prefeituras. Como acontece nos tempos atuais, um lamaçal de denúncias e corrupção, enriquecimento ilícito. Quan­do a população terá instrução para poder escolher bons nomes, honestos? Os políticos atuais querem isso? E-mail: [email protected]

“Não há solução entre judeus e palestinos”

Manoel Silva Em 2004, quando o primeiro-ministro Ariel Sharon tirou seus irmãos judeus à força de suas casas e deu o território aos palestinos, o que aconteceu? Os palestinos (os radicais, claro) continuaram a explodir carros-bomba e lançando mísseis contra Israel. Então não há solução, pois na verdade eles não querem terras, mas, sim, apenas destilar seu ódio contra Israel, como disse o ex-líder do Irã [Mahmoud Ahmedinejad], o que querem mesmo é que Israel seja lançado no mar. E-mail: [email protected]

Leitores Avaliam a implantação do portal do Jornal Opção Online na internet e a nova cara do veículo na rede

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“Fatores que explicam o sucesso”

Fernando Cupertino Para mim há dois fatores que explicam o sucesso: a qualidade do jornalismo do Jornal Opção e a facilidade e praticidade na utilização de seu website, de longe o melhor dos jornais de Goiás! Fernando Cupertino é médico e professor da Universidade Federal de Goiás.

“Os leitores agradecem”

Júlia Salomão Parabéns ao Jornal Opção e pela excelente equipe que a cada dia se renova. Os leitores agradecem.

“Ficou fácil de navegar”

Jeferson de Castro Vieira O portal ficou ótimo. Fácil de navegar, atual e com notícias bem analisadas. Acho que o Opção contribui para a democratização da informação. Informação não é para ser represada, mas divulgada através de portais de livre acesso. Parabéns por mais essa iniciativa. Show de bola Jeferson de Castro Vieira é economista e professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).

“Seriedade e credibilidade”

Alberto Nery Jornal sério tem credibilidade. Parabéns ao Opção. E-mail: [email protected]

“Veículo inteligente”

João Bosco C. Freire Patrícia Moraes Machado, Euler de França Belém e sua equipe articularam um veículo inteligente, com capacidade para pesquisas profundas, além de análises sóbrias dos conteúdos; e o resultado não podia ser outro. Vai mais longe ainda, muito mais. Parabéns a todos. João Bosco C. Freire é advogado.

“Site muito bom”

Mirelle Irene Parabéns, o site está muito bom! Mirelle Irene é jornalista e repórter da Rádio Bandeirantes 820 AM.

Recomendações a articulista

Ademir Luiz Recomendo que o articulista Marcel Pilatti [do texto “O mais humano dos filmes bíblicos”, Jornal Opção 2026, caderno Opção Cultural] veja (ou reveja) os clássicos “Evangelho Segun­do São Mateus”, de Pasolini; “Rei dos Reis”, do mestre Ni­cholas Ray; e mesmo “Jesus de Nazaré”, de Franco Zeffirelli, antes de conclamar o mediano “Paixão de Cristo” — um filme repleto de incongruências de roteiro — como “de longe a melhor produção sobre Jesus Cristo no cinema”. Abraços e que Jesus esteja contigo! Ademir Luiz é doutor em História e professor na Universidade Estadual de Goiás (UEG). E-mail: [email protected]

cartas.qxd“Filme ‘Noé’ se revela uma advertência”

Francisco José Bezerra Sá As colocações de Noé no filme revelam que ele era, como foi, um produto cultural e religioso de seus antepassados, Abraão e Isaac. Um homem com profunda fé em Deus e uma visão quase panteísta, já que se caracteriza como zeloso pela Criação, pelos animais e pelas plantas. Venceu sua fatalidade religiosa ao optar pelo amor e assim mais ainda se aproxima de Deus ao fugir ao sacrifício de suas duas gêmeas e perpetuar a humanidade. Herdeiros que não cuidam da Criação, da natureza e não tem amor pelos inocentes (animais e plantas) temos entre nós. E nisso o filme se revela uma advertência. Quem perece é uma humanidade que fez do homem o centro e o deus do mundo, fracassando por causa disso ao se relacionar com os demais seres vivos. Em síntese, o filme traz uma mensagem de fé e de respeito pela Criação e adverte para os males que podem advir se o homem repetir esses caminhos em sua relação com ela, E-mail: [email protected] [caption id="attachment_3818" align="alignleft" width="220"]Castello Branco / Foto: Wikipédia Comms Castello Branco / Foto: Wikipédia Comms[/caption]

Sobre Castello Branco

Denise Duarte Muito interessante o texto “Biografia mostra como o general legalista Castello Branco se tornou o golpista que derrubou João Goulart em 1964” (Jornal Opção 2021). Meu pai era major do Exército, morreu em 1987 e contava histórias de Castello Branco para minha mãe. Ela sabe detalhes sobre esses assuntos. Segundo ele, Castello Branco não condenava ninguém sem prévio julgamento, não sei se isto está nos livros nem se é realmente verdade. Ela me contou sobre o dia em que Castello Branco chorou ao ver Jango passando a palavra para o cabo Anselmo num palanque, ou seja, o chefe-maior das Forças Armadas deixando um cabo falar, o que demonstrava o caráter, digamos, “light” de Jango. Mas parte da imprensa só fica ressaltando os livrinhos de histórias do MEC, alguns colunistas então, não saíram da 4ª série primária. Muito interessante este conteúdo. Parabéns! Denise Duarte é jornalista. E-mail: [email protected]

“É preciso ter capacidade de dialogar”

Antonio Alves Não tenho a mesma visão fundamentalista a ponto de esquecer que há princípios de comportamento social para atingir as pessoas que tenham ideias diferentes das minhas. Acho que não adianta pensar em mudanças radicais, como “se eu não quero pagar imposto, eu não pago imposto”. Ora, se não quero pagar imposto, também não devo querer ter direito a educação, saúde, segurança, in­fraestrutura etc. Mas a julgar pelo discurso de muitos manifestantes — que são muitos, porém não representam nem 10% das pessoas que votam — o candidato que eles querem não é Ronaldo Caiado; querem um presidente fora do comum, capaz de transformar o Brasil da noite para o dia. Isso não quer dizer que o deputado seja incapaz de administrar o país, mas é preciso ter capacidade de dialogar. Lembram-se do que aconteceu com Fernando Collor? Em um debate, em 1989, Caiado disse a Leonel Brizola [ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro] que ele não aprendeu nada no período em que esteve exilado; hoje o sr. Caiado cita as considerações do Brizola para rotular outros partidos. Então Caiado mudou de opinião a respeito de si? E-mail: [email protected]

“História oficial da Guerra do Paraguai está longe da realidade”

Carlos Humberto Sobre o artigo “Guerra do Paraguai: uma batalha que será sempre maldita. Mas o Brasil não é vilão” (Jornal Opção 2009), tenho a dizer que a história oficial do conflito está longe da realidade. Tanto é que os documentos da guerra são ultrassecretos, sinal de que muita coisa feia rolou por lá. O Conde d’Eu [nobre francês, que se tornou príncipe consorte do Brasil após se casar com a princesa Isabel], por exemplo, em uma oportunidade mandou fechar todas as portas de um hospital paraguaio e botar fogo nele com todos os doentes dentro. Isso sem contar a pilhagem que os soldados aliados fizeram em todo o País. Levaram tudo que puderam e nem o cemitério de Assunção [capital do Paraguai] escapou. E-mail: [email protected]

“Olhar elucidativo sobre a Amazônia”

Fred Passos “Outro olhar sobre a Ama­zônia” (Jornal Opção 2011), de Thiago Burigato, é um texto bacana. Extenso, mas bastante elucidativo sobre a atual condição da Amazônia que, vira e mexe, é alvo de campanhas políticas e fruto de interesse da “indústria da preservação e pensamento ecológico” (não sei bem se isso explica, mas seria uma comparação com a indústria da fome e da seca do Nordeste, que serve de palco político). Parabéns! E-mail: [email protected] [caption id="attachment_3820" align="alignleft" width="250"]Foto: Luís Novaes Foto: Luís Novaes[/caption]

“Ermírio de Morais, professor em todas as áreas”

Gilberto de Oliveira Antônio Ermírio de Moraes, um professor em todas as áreas em que era questionado, tinha amplo conhecimento . Nunca levava “cola”, sabia tudo : do Estado, do País e do mundo, sem recorrer a qualquer anotação. Dava prazer poder ouvi-lo em qualquer assunto. Que Deus o ilumine. Obrigado, Antônio Ermírio, por ter me dado a honra de ouvi-lo em muitas ocasiões. Deus de bondade, ilumine os cientistas a encontrarem os meios de cura para o mal de Alzheimer. E-mail: [email protected]

“Devemos nos orgulhar de sermos caipiras”

Ronaldo Brasil Sobre a nota “TV Anhanguera busca identidade com Goiás mas novela da TV Globo avacalha os goianos” (Jornal Opção 2025), na coluna “Imprensa”, não vejo em que a novela avacalha os goianos assim como não vejo nada de negativo sermos caipiras. A novela tem personagens como Virgílio, de Humberto Martins, que representa muito bem a mansidão e bondade do povo goiano; a Shirley, de Viviane Pasmanter, que mostra o nosso lado expansivo, alegre, festeiro — apesar de ela ser vilã, até gosto dela. Tem também o Laerte, de Gabriel Braga Nunes, um homem do mundo, que conquistou o público fora do País com seu talento para a música clássica, e não tem nada de caipira. A novela só peca por não mostrar mais a nossa linda Goiânia. Nós goianos temos de parar com essa bobagem de nos ofendermos quando nos chamam de caipira, já que somos caipiras, sim, e devemos nos orgulhar disso. Quando chamou Goiânia de “fazenda asfaltada”, o “Rei” Roberto Carlos não queria ofender, foi uma expressão de carinho, o que ele sentiu e foi o que muita gente de fora sente quando vê nossa esplêndida capital pela primeira vez, afinal em poucas grandes cidades do Brasil se encontra tantas áreas verdes em pleno centro e, podem crer, nossos bosques têm mais vida. Onde se consegue comer goiaba ou seriguela madurinha colhida do pé, sentado na praça ouvindo o joão-de-barro cantar? E-mail: [email protected]

“O ‘novo’ já cansou o goiano”

Odlan Cruzeiro Com a saída de Iris, ganhou novamente Marconi, e ganharam Gomide e Vanderlan. Perdeu o PMDB. Parabéns para Maguito Vilela, seu filho [deputado estadual Daniel Vilela] e seu sobrinho [deputado federal Leandro Vilela] e o “novo” Junior Friboi. Vamos ver se conseguem ganhar de Marconi, o que duvido muito. Como eleitor, acredito que esta proposta de “novo” através de Junior Friboi. Infeliz­mente não pegou e não vai pegar. É só ver o que o Tempo Novo fez, quando se fala em “novo”, todos engolem em seco e viram a cara. É muito mais interessante para o PMDB ter algo real e consistente do que esse “novo” de marketing, que tudo mundo está cheio. Se Júnior aceitar ser o candidato a vice, com certeza ela será o mais beneficiado de todos: vai ganhar a eleição, será respeitado e realizará um sonho que ele vem tentando há vários anos: consolidar-se como politico. Marconi, vai ficar sozinho na reta final, o único que é um politico fiel é Ronaldo Caiado, os outros da base, se analisarmos bem, já pularam de galho em galho. E os que nunca pularam não sabem se vão ou se ficam. Quanto a Iris versus Friboi, está em jogo a sigla: se ganha Iris, o PMDB ganha e Junior também ganha; se Friboi ganha, perdem todos, inclusive o “novo”. Dessa palavra, “novo”, os goianos já estão cansados. E-mail: [email protected]

“Parece que só o paciente tem obrigações nos tratamentos psicológicos”

Márcio Costa Rodrigues O caso de Suindara Alexandre Coelho me faz pensar quando o preconceito quanto as pessoas que apresentam este tipo de problema vai diminuir. Fui diagnosticado com bipolaridade, mas ninguém levanta os motivos que levaram ao desenvolvimento da doença. As pessoas parecem agir como se fôssemos a uma prateleira e escolhêssemos uma determinada enfermidade, como se fosse voluntário nosso comportamento. São doenças de difícil diagnóstico, às vezes. Frequentemente médicos diferentes apresentam diagnósticos também diferentes. Pior: além disso são de difícil tratamento e nem todos — apesar de ostentarem seus títulos de filiados à Sociedade Brasileira de Psiquiatria ou ao CRP [Conselho Regional de Psicologia] — estão capacitados para o tratamento. Apesar de prontamente cobrar para fazê-lo. Falo isso como paciente que levou 23 anos desde uma manifestação inicial da doença e o seu correto tratamento. Só para o diagnóstico “correto” foram 20 anos, mais 3 ainda para o tratamento adequado. Somos questionados: você não procurou ajuda, você não manteve o tratamento? Parece que o único que tem obrigações é o paciente. Afinal, aqueles que lhe aplicam os tratamentos estão protegidos pelo direito discricionário, como me alertou um advogado. Já fui chamado do psicopata, demitido da Embrapa Amapá, ameaçado de prisão, internação, etc. Tratado como pessoa indesejável, ao qual deveria ser aplicada alguma solução. Isso eu sendo concursado e regido pela Lei 8.112/90. Hoje vivo em Goiás, meu Estado natal, mas, como no Amapá não havia condições para tratamento — e por eu ter sido qualificado como indesejável pela Superintendência Federal de Agricultura do Amapá —, estou privado do convívio familiar com minha esposa e filhas, pois minha esposa é servidora do governo do Amapá e não pode ser “transferida” para Goiás. Daqui a pouco, eles vão pedir meu voto de novo. Como se diz nas redes sociais: “kkkkkkkkkk”. E-mail: [email protected]

Suindara 2“Linda homenagem a Suindara”

Vera Lucia Fonseca Linda a mensagem a Suin­dara Coelho [encontrada morta no domingo, 27] feita por seu amigo, o jornalista Frederico Vitor [Jornal Opção Online]. Sua amizade, com toda a certeza, e essa vibração de amor humano e de Deus, que você enviou a ela nessas palavras, a ajudarão a atravessar os portais por onde passar, a caminho da luz. Pedirei a Deus por ela, também. Vera Lucia Fonseca é jornalista. E-mail: [email protected]

“Pela 1ª vez não vou votar no PMDB”

Rosimeire Campos Sou e sempre fui PMDB, mes­mo antes de ter idade para votar. Mas, pela primeira vez, não vou vo­tar em meu partido. Não voto em oportunista, não voto no “Boi”. E-mail: [email protected]

“Só aparece corrupção quando há oposição”

Túlio Henrique Sobre a reportagem “Bom era na ditadura, quando não tinha corrupção. Ah, não?” (Jornal Opção 2012), é complicado encontrar um militar que se enriqueceu/corrompeu, até mesmo porque a ditadura militar não fez — e não faria — um levantamento a partir de uma CGI [Comis­são Geral de Investigação] de si própria. O que dizer dos documentos oficiais do Exército do período militar que são inacessíveis à consulta civil? Se alguém quiser pesquisar sobre a história deste período, tem de se contentar com o arquivo presente na biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, que contém uma parte desses documentos. Só aparece corrupção na medida em que exista oposição direta, com acesso a meios de comunicação e tudo, o que bem sabemos que não existia na ditadura. O perigo de uma ditadura, tanto de esquerda quanto de direita, é a legitimação da violência de Estado constitucionalmente, e por seu caráter autoritário que cria a ilusão da inexistência de corrupção, sendo mais viável se pensar sobre a inexistência de denúncia sobre risco de morte. Não se trata de “co­nhecer a história” apenas pra saber o que aconteceu. Trata-se de conhecer o “que é história” primeiro. E-mail: [email protected]

“Ótimo texto do futuro do jornalismo”

Júnior Bueno Poucas vezes me deparei com um texto tão primoroso e sensível como “Autorretrato de uma reportagem velha” (Jornal Opção 2024). O futuro do (bom) jornalismo descansa em braços excelentes. Parabéns, Kaito Campos. E-mail: [email protected]

“Parabéns ao Opção por seu moderno portal de notícias”

Darlan Braz de Oliveira Gostaria de parabenizar o Jornal Opção, este importante veículo da comunicação goiana e do Brasil, pelo lançamento de seu portal de notícias. Sem dúvida alguma, um importante instrumento de informação a todos os seus leitores. Acreditamos que, com essa nova e moderna ferramenta, teremos acesso a informações de forma mais ágil e maior interatividade e acessibilidade. Desta forma, nós, leitores assíduos que somos, nos orgulhamos muito com a qualidade e a simplicidade da informação nessa nova ferramenta e plataforma tecnológica. Darlan Braz de Oliveira é vice-presidente estadual do PPS e presidente do diretório municipal de Goiânia. E-mail: [email protected]

“Será que as pessoas se absteriam do benefício de experiências com animais?”

Bruno Flamarion Segundo Paulo Freire, “a leitura de mundo só adquire significado se contextualizada”. É isso que constantemente não acontece. Por não estarem no âmbito de pesquisas científicas com animais, muitas pessoas sequer têm o reconhecimento da real importância dessas pesquisas na evolução humana. Assim, muitas vezes acabam partindo para o lado da ignorância, como no caso ocorrido no Instituto Royal. Não faz parte de seus “contextos” matar cruelmente um animal apenas para brincar de cientista. É assim que muitos enxergam o procedimento, mas faz parte do contexto das mesmas pessoas utilizar todas as novidades científicas que foram conquistadas por meio desses recursos. Já que os mesmos não concordam com tais experimentos, poderiam se abster de todos os benefícios que os mesmos experimentos proporcionam, não concordam? Por isso tudo, é muito bom o pon­to de vista do professor Elder Sales no artigo “E se não usássemos os a­ni­mais... ou vegetais?” (coluna “Bio Lógica”, Jornal Opção On-Line). E-mail: [email protected]

“É preciso pensar também no poder de compra do salário”

Rafaela Kelly Em relação ao texto “Invasão chinesa abala indústria goiana” (Jornal Opção 1913), só para deixar claro, o salário da China pode até ser baixo, mas isso vai de acordo com o poder de compra que ele oferece. Eu escrevo da China, em Guangdong, e o salário médio aqui é de US$ 300 dólares, mas esse valor dá a uma pessoa daqui o mesmo nível de vida que uma classe C no Brasil. Na Índia, por exemplo, o salário médio é de US$ 200 e o mesmo ocorre. Não se podem comparar apenas valores, mas o poder de compra que aquele salário dá ao cidadão. E-mail: [email protected]

 cartas.qxd“Texto sobre menoridade penal deveria ser enviado aos senadores”

Denise Duarte Só mesmo José Maria e Silva para salvar o jornalismo goiano. O texto “Estatuto cria a figura do infrator de família que substituiu o menor de rua” (Jornal Opção 2020) está impecável. Digno de ser enviado a todos os senadores que votaram contra a maioridade penal. Vou compartilhá-lo no meu Facebook e no Twitter. Faço uma sugestão: escreva, brilhantemente como sempre, da incoerência da trupe do PC do B querendo fechar o SBT, acho que só pessoas como você conseguem falar com fundamento sobre tal bizarrice. Parabéns mais uma vez. Denise Duarte é jornalista. E-mail: [email protected]

cartas.qxd“Francisco Ludovico merece as maiores homenagens”

Antônio Macedo Já havia lido essa excelente entrevista republicada pelo Jornal Opção com o médico Francisco Ludovico (edição 2022), com quem tive a satisfação de conversar algumas vezes. Era muito receptivo. Ocupa posição de destaque na história da medicina em Goiás não só por ser o fundador da Faculdade de Medicina, mas também pelos relevantes serviços prestados à população goiana no Hospital Santa Genoveva. Tinha conhecimentos sólidos e uma ampla visão de clínica médica e cirurgia, além de sentir prazer pelo exercício da profissão. Foi, portanto, um grande médico e uma ótima figura humana. É merecedor das maiores homenagens. Antônio Macedo é médico. E-mail: [email protected]

“Precisamos mudar muito até termos um país decente”

Antonio Alves Parabéns a José Maria pelo texto esclarecedor e sensato. Uma coisa é certa: contra os fatos não existem argumentos. A incoerência dos intelectuais, do Legislativo, do Executivo, do Judiciário e muitas entidades da sociedade civil ao tratar bandidos de alta periculosidade como reeducandos é gritante. Se fora dos presídios, no convívio com cidadãos de bem, eles não foram capazes de se adaptar aos princípios de comportamento social, imagine dentro de um presídio, onde estão lidando com criaturas da pior espécie. Enquanto o Estado e a sociedade estiverem pensando mais no bem-estar do bandido preso e de seus familiares, o restante da sociedade continuará a perecer. Está claro que o Brasil ainda precisa mudar muito para se tornar um país decente, desde a maneira de pensar da sociedade em geral até a forma de agir dos três Poderes. E-mail: [email protected]

“Uma história que os comunistas daqui não contaram”

P. C. Albuquerque Diante do exposto no texto “China de Mao Tsé-tung e Chu En-Lai não deu apoio decisivo à Guerrilha do Araguaia” (Jornal Opção 2016), posso muito bem chegar à conclusão de que debaixo do “tapete” da história do Partido Comunista do Brasil não se encontra apenas pó e poeira, mas, essencialmente, certas verdades que não poderiam jamais ser reveladas aos demais camaradas, ilustres iludidos, que verdadeiramente se engajaram na luta com arma em punho, sob o risco de colocar em xeque a própria moral e autonomia do PCdoB no sentido de levar adiante esse projeto revolucionário (guerrilha do Araguaia). Como se vê, o PCdoB não recebeu do PC Chinês uma espécie de “credencial” revestida de autoridade e reconhecimento para levar adiante um movimento fadado ao mais absoluto fracasso. Esse é mais um aspecto dessa história que os “iluminados” comunistas nunca nos contaram. E-mail: [email protected]  

“Nota dez para o novo Jornal Opção Online”

cartas.qxd Helenir Queiroz Parabéns pela forte mu­dan­ça no jor­nal online, que ficou bem mais in­terativo e bo­nito. O jornal em versão flip ainda faz uma falta danada. Mas são microdetalhes de um enorme e bem sucedido pro­jeto. Nota dez! Estou de fé­rias nós USA mas sempre passo os olhos no Jornal Opção. Helenir Queiroz é presidente da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg).

“Tendência natural é o sucesso”

Carlos Honorato Parabéns a todos os envolvidos nas mudanças do site do Jornal Op­ção. O visual ficou mais limpo e bem mais fácil de ler. Juntando isso ao bom conteúdo do jornal impresso e do online, a tendência natural é o sucesso. Carlos Honorato, é jornalista e ex-editor do “Correio Braziliense” e do “Jornal de Brasília”.

“Parabéns pela nova era”

Dinamarques Gomes Eu talvez seja um dos primeiros a levantar a bandeira de felicitações a este conceituado jornal pela feliz iniciativa, uma vez que o momento exige cada vez mais uma interação com o mundo virtual cada vez mais evidente. Parabéns, Jornal Opção, nesta sua nova era. E-mail: [email protected]

“Trocar Vilmar por Caiado é não entender de política”

[caption id="attachment_2555" align="alignleft" width="200"]Jalles Fontoura: entrevista repercute Jalles Fontoura: entrevista repercute[/caption] Samuel Lisboa O prefeito de Goianésia, Jalles Fontoura (PSDB) falou, na entrevista ao Jornal Opção (edição 2024) tudo que muitos gostariam de falar, mas não têm oportunidade. Trocar Vilmar Rocha (PSD) por Ronaldo Caiado (DEM) é muita falta de entender de política. Não acredito que o governador Marconi Perillo pelo menos sonha em fazer essa aberração. Como disse Jalles, Caiado agrega rejeição. Vilmar é credibilidade. E-mail: [email protected]

“Credibilidade é diferente de voto”

Dionísio Sena Em que pese a opinião do prefeito Jalles, credibilidade é diferente de voto. Vilmar é fiel e tem credibilidade, mas é Caiado quem tem voto — além do tempo de televisão do DEM. Logo, a base (infelizmente) precisa de Caiado. E-mail: [email protected]

“Jalles Fontoura está enganado”

Arlete Ribeiro O sr. Jalles Fontoura está en­ganado em suas declarações. O deputado Ronaldo Cai­a­do soma. Agrega e muito. Goiás e o Brasil precisam muito de ho­mens de coragem como Caiado. E-mail: [email protected]

“O mais importante é a lealdade”

Fontaine Irineu Vilmar Rocha representa lealdade e companheirismo. Com Caiado, se a vitória vier, este será adversário no dia seguinte. As palavras do entrevistado Jalles Fontoura foram esclarecedoras a respeito do que é mais importante: lealdade com conhecimento de causa ou a síntese da síndrome de Estocolmo. E-mail: [email protected]

“Interesse é só comercializar a mesma bobagem”

[caption id="attachment_2557" align="alignleft" width="620"]Foto: Reprodução Youtube Foto: Reprodução Youtube[/caption] Noemi Araújo Sobre a reportagem “Novela da Globo mostra uma Goiânia que não existe mais” (Jornal Opção 2024), a emissora pode gravar em Goiânia ou na Índia, ou na Turquia, mas uma novela global não tem nenhum compromisso com os costumes e hábitos locais. O interesse é comercial e globalizar a mesma bobagem. Além disso, Goiânia tem algum flautista que tentou enterrar o amigo vivo e que tenha se transformado em artista rico bonzinho? E-mail: [email protected]

“Parabéns a Marcos Nunes Carreiro”

Elismar Veiga Li a notícia “Repórter do Jornal Opção fica em 1º lugar no Prêmio UEG de Jorna­lismo” (edição online) e dou parabéns ao jornalista Marcos Nunes Carreiro e ao jornal por esse nobre reconhecimento! E-mail: [email protected]

“Luciano do Valle foi um marco para os narradores”

[caption id="attachment_2558" align="alignleft" width="150"]Foto: Divulgação/Rede Bandeirantes Foto: Divulgação/Rede Bandeirantes[/caption] Emanoel Messias Um guerreiro e amante do esporte, Luciano do Valle (foto) foi um marco para os narradores esportivos. Acompanhei sua trajetória desde a Rede Globo e sei também da importância de sua liderança desde que chegou à Band. Teve, sem dúvida, um papel de inovação no grupo Bandeirantes e sua história será seguida por muitos de nós como exemplo de profissional. E-mail: [email protected]

“Ideólogos de gênero agem às escuras”

Raniel Nascimento “Pedagogia inspirada no feminismo transforma o ser humano em zumbi” (Jornal Opção 2024) é uma excelente matéria. Parabéns a José Maria e Silva, poucos — pouquíssimos — estão se dando conta do perigo da ideologia de gênero. Estive na Câmara dos Deputados, como cidadão comum, acompanhando, semanas atrás, uma das discussões na Comissão da Câmara que discute a aprovação do PNE [Plano Nacional de Educação]. Havia ali muitos jornalistas. Pasmem: pouquíssimos sabiam do que se trata a ideologia de gênero. O objetivo dos ideólogos é este mesmo: fazer com que ninguém saiba o que é a ideologia. Agem às escuras, com expressões subliminares, com o intuito de criar, como bem disse o autor deste texto, uma ditadura. O exemplo catastrófico da Suécia criou pais isolados das crianças; terceirização da educação ideológica pelo Estado; crianças massificadas nas escolas; educação sexual nas escolas, totalmente contaminada pela ideologia; perseguição estatal; aborto; e decadência social. Já se discute, por lá, o que fazer para reverter o quadro caótico provocado pela ideologia. E-mail: [email protected]

“Cortina de fumaça sobre o problema dos menores”

[caption id="attachment_2559" align="alignleft" width="230"]Leitores discutem artigo  polêmico sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente / Foto: RC. Sardinha Leitores discutem artigo
polêmico sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente / Foto: RC. Sardinha[/caption] Daniel Rodrigues O fato de o texto em nenhum momento citar qualquer dispositivo do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é extremamente revelador. Claramente o autor cita a lei “por ouvir” falar, especialmente quando escreve “em outros tempos, um menor com esse grau de periculosidade já teria sido expulso de casa para viver nas ruas e, toda vez que fosse preso, a polícia jamais cogitaria entregá-lo aos pais. Ele iria diretamente para um reformatório”. Além de demonstrar total desconhecimento a respeito do ECA, esse trecho encerra também uma contradição interna no argumento do autor. Ele espera que os menores infratores sejam mandados para um reformatório ou para a cadeia? Se ele espera que sejam reformados, não faz sentido exigir a redução da imputabilidade penal (cláusula pétrea da Constituição, segundo alguns juristas). Por conseguinte, o autor trai a si mesmo ao identificar veladamente que o que falta é cumprir a legislação, não alterá-la. Considerando que o percentual de menores infratores que cometem crimes violentos é muito baixo, reduzir a maioridade penal simplesmente para todos os crimes teria um efeito nefasto. Tal proposta claramente se mostra como uma medida demagógica, já que, se não temos celas suficientes para os criminosos de hoje, o que falar então para os menores de idade? O ECA possui instrumentos que permitem internar os menores que cometem crimes mais graves (Art. 122), mas pergunte para o Estado se ele quer construir centros de internação? Hoje, na ausência de estabelecimentos adequados, os menores são soltos imediatamente. Pergunte para o Estado se ele tem interesse em investir em educação, planejamento familiar, políticas de combate ao consumo de drogas (não apenas à repressão) etc.? Opiniões como essa jogam uma cortina de fumaça sobre o problema e isentam o Estado e a sociedade dos custos de implementar os projetos políticos que escolhemos em 1988. Sendo prático, melhor seria alterarmos o ECA no Artigo 122, fazendo incluir o crime de tráfico de drogas como sujeito à internação. Mas isso também seria inútil, pois a saída é descriminalizar as dro­gas, uma vez que as políticas a­tuais repressivas se demonstraram totalmente um fracasso. Paralela­mente, podemos discutir a redução de maioridade penal apenas para crimes praticados mediante grave violência (homicídio, roubo, estupro, extorsão mediante sequestro etc.), já que representam, estatisticamente, pouco do total dos atos in­fracionais cometidos por menores. E-mail: [email protected]

“Francisco Ludovico merece as maiores homenagens”

Antônio Macedo Já havia lido essa excelente entrevista republicada pelo Jornal Opção com o médico Francisco Ludovico (edição 2022), com quem tive a satisfação de conversar algumas vezes. Era muito receptivo. Ocupa posição de destaque na história da medicina em Goiás não só por ser o fundador da Faculdade de Medicina, mas também pelos relevantes serviços prestados à população goiana no Hospital Santa Genoveva. Tinha conhecimentos sólidos e uma ampla visão de clínica médica e cirurgia, além de sentir prazer pelo exercício da profissão. Foi, portanto, um grande médico e uma ótima figura humana. É merecedor das maiores homenagens. Antônio Macedo é médico. E-mail: [email protected]

“Precisamos mudar muito até termos um país decente”

Antônio Alves Parabéns a José Maria pelo texto esclarecedor e sensato. Uma coisa é certa: contra os fatos não existem argumentos. A incoerência dos intelectuais, do Legislativo, do Executivo, do Judiciário e muitas entidades da sociedade civil ao tratar bandidos de alta periculosidade como reeducandos é gritante. Se fora dos presídios, no convívio com cidadãos de bem, eles não foram capazes de se adaptar aos princípios de comportamento social, imagine dentro de um presídio, onde estão lidando com criaturas da pior espécie. Enquanto o Estado e a sociedade estiverem pensando mais no bem-estar do bandido preso e de seus familiares, o restante da sociedade continuará a perecer. Está claro que o Brasil ainda precisa mudar muito para se tornar um país decente, desde a maneira de pensar da sociedade em geral até a forma de agir dos três Poderes. E-mail: [email protected]

“Texto sobre menoridade penal teria de ser enviado aos senadores”

Denise Duarte Só mesmo José Maria e Silva para salvar o jornalismo goiano. O texto “Estatuto cria a figura do infrator de família que substituiu o menor de rua” (Jornal Opção 2020) está impecável. Digno de ser enviado a todos os senadores que votaram contra a maioridade penal. Vou compartilhá-lo no meu Facebook e no Twitter. Faço uma sugestão: escreva, brilhantemente como sempre, da incoerência da trupe do PC do B querendo fechar o SBT, acho que só pessoas como você conseguem falar com fundamento sobre tal bizarrice. Parabéns mais uma vez. Denise Duarte é jornalista. E-mail: [email protected]

“Uma história que os comunistas daqui não contaram”

P. C. Albuquerque Diante do exposto no texto “China de Mao Tsé-tung e Chu En-Lai não deu apoio decisivo à Guerrilha do Araguaia” (Jornal Opção 2016), posso muito bem chegar à conclusão de que debaixo do “tapete” da história do Partido Comunista do Brasil não se encontra apenas pó e poeira, mas, essencialmente, certas verdades que não poderiam jamais ser reveladas aos demais camaradas, ilustres iludidos, que verdadeiramente se engajaram na luta com arma em punho, sob o risco de colocar em xeque a própria moral e autonomia do PCdoB no sentido de levar adiante esse projeto revolucionário (guerrilha do Araguaia). Como se vê, o PCdoB não recebeu do PC Chinês uma espécie de “credencial” revestida de autoridade e reconhecimento para levar adiante um movimento fadado ao mais absoluto fracasso. Esse é mais um aspecto dessa história que os “iluminados” comunistas nunca nos contaram. E-mail: [email protected]

Os partidos políticos, as eleições e as novas lideranças

Adão José Peixoto Recentemente apontei o fato de os partidos políticos em Goiás ignorarem as “jornadas de junho”. Trata-se das manifestações promovidas pelo Movimento Passe Livre, nas principais cidades do país, que reivindicavam, além do fim do aumento das tarifas do transporte coletivo, o passe livre, o fim da corrupção na gestão dos serviços públicos, a ética na política e o compromisso dos partidos com a construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais humana. A crítica aos partidos políticos apontava para a necessidade de mudança em suas práticas, no sentido de superar a prática do fisiologismo, do clientelismo e do corporativismo e adotar uma prática que privilegie a ética, a melhoria dos serviços públicos e a distribuição mais igualitária da riqueza produzida pela sociedade. Essas “jornadas de junho” disseram não às velhas práticas políticas, mostrando que a sociedade não aguenta e nem vai mais aceitar passivamente a prática do toma lá da cá, a barganha de favores numa preocupação única de assumir cargos para seus filiados ou protegidos, e a prática da corrupção, do enriquecimento ilícito de agentes públicos. Isso implica não apenas que os partidos apresentem, em épocas de eleições, projetos políticos que traduzam esses compromissos e se comprometam a cumpri-los de fato, mas também que valorizem novas lideranças que possam representar esses anseios. A pesquisa Serpes de intenção de voto para governador apresentada no dia 23 de março mostra a indefinição do quadro eleitoral, já que na pesquisa espontânea, a indicação de votos nos candidatos soma 19,8% enquanto que 76,5% são de indecisos. Os políticos que aparecem como prováveis candidatos são os que têm manifestado interesse em se candidatar. São velhas lideranças políticas ou lideranças sem expressão política que não representam anseios de mudança e transformação. Não representam as perspectivas de mudanças reivindicadas pelas “jornadas de junho”. É importante ressaltar que liderar as pesquisas antes do período de propaganda eleitoral não é sinônimo de garantia de eleição. Em Goiás, há várias lideranças que podem representar estes anseios e que precisariam ser mais valorizadas e incentivadas a aceitar a candidatura a governador. Estas são “novas lideranças”, novas não pela idade que possuem, mas pelo compromisso ético que têm demonstrado no desempenho de suas funções como Edward Madureira Brasil, Helenir Queiroz, Milca Severino Pereira e Wolmir Amado. Edward Madureira Brasil, ex-reitor da UFG — filiado ao Par­tido dos Trabalhadores e a quem a cúpula partidária, tímida, avessa à renovação, teima em indicar para candidato a deputado federal —, é um dos novos políticos de maior expressão em Goiás. Ele pode representar os anseios populares, pela facilidade de diálogo com os diversos partidos políticos, com os movimentos populares, com o empresariado, com os sindicatos e com a juventude. Edward ocupou a reitoria da UFG num período em que as universidades federais receberam grande volume de recursos financeiros e soube montar uma equipe que administrou com competência a universidade. Helenir Queiroz, primeira mulher presidente à frente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), recentemente reeleita, é fundadora da empresa Multidata Tecnologia. Muito dinâmica, é capaz de mobilizar as pessoas e sempre assumiu com determinação os desafios. He­lenir possui enorme apoio da classe empresarial e grande respeito dos diversos segmentos da sociedade goiana. Milca Severino Pereira, também ex-reitora da UFG e ex-secretária da Educação de Goiás na gestão do governador Mar­coni Perillo, é uma pessoa dinâmica e sempre pautou sua atuação pela ética e o cuidado com a gestão pública. Mesmo administrando a UFG num período de grandes dificuldades financeiras, conseguiu fazer uma boa gestão. Na Secretaria da Educação, desenvolveu um excelente trabalho e foi responsável pela melhoria da avaliação da educação em Goiás no Ideb. Milca consegue dialogar com os partidos políticos, com os sindicatos, com os movimentos sociais e com a juventude. Wolmir Amado, reitor da PUC Goiás, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Bra­si­leiras (Crub), sempre pautou sua atuação com ética. Conseguiu um novo status para a Universidade Católica de Goiás, transformando-a em Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Ampliou suas atividades de ensino e pesquisa e colocou-a no patamar das grandes universidades confessionais do País. Adão José Peixoto é mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Puccamp-SP), doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás.

“Entrevista corajosa de Marcelo Melo”

[caption id="attachment_2219" align="alignleft" width="620"]Foto: Ivaldo Cavalcante Foto: Ivaldo Cavalcante[/caption] Eliézer Bispo Entrevista corajosa e inteligente de quem realmente co­nhece o PMDB e Goiás (Jor­nal Opção 2023). O Estado, principalmente a região do Entorno de Brasília, carece de uma cabeça pensante e um parlamentar atuante em Brasília. Sendo eleito, Marcelo Melo (PMDB) vai dar continuidade a um trabalho muito bom que começou a fazer quando foi deputado federal. Quanto a Júnior Friboi (PMDB), as colocações deixam bem claro que ele tem perfeitas condições de ser o candidato peemedebista e administrar Goiás de forma justa e eficaz, sem apadrinhamento político ou loteamento do governo. Marcelo está de parabéns pelas respostas, demonstrando ter preparo e conhecimento de causa. E-mail: [email protected]

“Uma coisa é o mito, outra é o líder”

Almir Ferraz Parabenizo o ex-deputado Marcelo Melo pela clareza e contundência de sua análise sobre o quadro atual. O maior partido do Brasil tem sua chance de se renovar agora em Goiás. Uma coisa é o mito, outra coisa é o líder. Como dizia o professor Milton Justus, meu amigo, “marmelada é doce, mas se comer muito faz mal”. E-mail: [email protected]

“O povo, que vota, quer quem?”

Odlan Cruzeiro De fato Junior Friboi, não é um politico, mas, sim, um empresário. Na política, a habilidade de falar e de cativar conta muito mais do que a palavra de um empresário. Não adianta os diretórios e delegados do PMDB em sua maioria apoiarem Junior. E o povo que vota, quer quem? E-mail: [email protected]

“Cortina de fumaça sobre o problema dos menores”

[caption id="attachment_2220" align="alignleft" width="620"]Leitores discutem artigo polêmico sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente Leitores discutem artigo polêmico sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente[/caption] Daniel Rodrigues O fato de o texto em nenhum momento citar qualquer dispositivo do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é extremamente revelador. Claramente o autor cita a lei “por ouvir” falar, especialmente quando escreve “em outros tempos, um menor com esse grau de periculosidade já teria sido expulso de casa para viver nas ruas e, toda vez que fosse preso, a polícia jamais cogitaria entregá-lo aos pais. Ele iria diretamente para um reformatório”. Além de demonstrar total desconhecimento a respeito do ECA, esse trecho encerra também uma contradição interna no argumento do autor. Ele espera que os menores infratores sejam mandados para um reformatório ou para a cadeia? Se ele espera que sejam reformados, não faz sentido exigir a redução da imputabilidade penal (cláusula pétrea da Constituição, segundo alguns juristas). Por conseguinte, o autor trai a si mesmo ao identificar veladamente que o que falta é cumprir a legislação, não alterá-la. Considerando que o percentual de menores infratores que cometem crimes violentos é muito baixo, reduzir a maioridade penal simplesmente para todos os crimes teria um efeito nefasto. Tal proposta claramente se mostra como uma medida demagógica, já que, se não temos celas suficientes para os criminosos de hoje, o que falar então para os menores de idade? O ECA possui instrumentos que permitem internar os menores que cometem crimes mais graves (Art. 122), mas pergunte para o Estado se ele quer construir centros de internação? Hoje, na ausência de estabelecimentos adequados, os menores são soltos imediatamente. Pergunte para o Estado se ele tem interesse em investir em educação, planejamento familiar, políticas de combate ao consumo de drogas (não apenas à repressão) etc.? Opiniões como essa jogam uma cortina de fumaça sobre o problema e isentam o Estado e a sociedade dos custos de implementar os projetos políticos que escolhemos em 1988. Sendo prático, melhor seria alterarmos o ECA no Artigo 122, fazendo incluir o crime de tráfico de drogas como sujeito à internação. Mas isso também seria inútil, pois a saída é descriminalizar as dro­gas, uma vez que as políticas a­tuais repressivas se demonstraram totalmente um fracasso. Paralela­mente, podemos discutir a redução de maioridade penal apenas para crimes praticados mediante grave violência (homicídio, roubo, estupro, extorsão mediante sequestro etc.), já que representam, estatisticamente, pouco do total dos atos in­fracionais cometidos por menores. E-mail: [email protected]

“Texto sobre menoridade penal teria de ser enviado aos senadores”

Denise Duarte Só mesmo José Maria e Silva para salvar o jornalismo goiano. O texto “Estatuto cria a figura do infrator de família que substituiu o menor de rua” (Jornal Opção 2020) está impecável. Digno de ser enviado a todos os senadores que votaram contra a maioridade penal. Vou compartilhá-lo no meu Facebook e no Twitter. Faço uma sugestão: escreva, brilhantemente como sempre, da incoerência da trupe do PC do B querendo fechar o SBT, acho que só pessoas como você conseguem falar com fundamento sobre tal bizarrice. Parabéns mais uma vez. Denise Duarte é jornalista. E-mail: [email protected]

“Francisco Ludovico merece as maiores homenagens”

Antônio Macedo Já havia lido essa excelente entrevista republicada pelo Jornal Opção com o médico Francisco Ludovico (edição 2022), com quem tive a satisfação de conversar algumas vezes. Era muito receptivo. Ocupa posição de destaque na história da medicina em Goiás não só por ser o fundador da Faculdade de Medicina, mas também pelos relevantes serviços prestados à população goiana no Hospital Santa Genoveva. Tinha conhecimentos sólidos e uma ampla visão de clínica médica e cirurgia, além de sentir prazer pelo exercício da profissão. Foi, portanto, um grande médico e uma ótima figura humana. É merecedor das maiores homenagens. Antônio Macedo é médico. E-mail: [email protected]

“Precisamos mudar muito até termos um país decente”

Antonio Alves Parabéns a José Maria pelo texto esclarecedor e sensato. Uma coisa é certa: contra os fatos não existem argumentos. A incoerência dos intelectuais, do Legislativo, do Executivo, do Judiciário e muitas entidades da sociedade civil ao tratar bandidos de alta periculosidade como reeducandos é gritante. Se fora dos presídios, no convívio com cidadãos de bem, eles não foram capazes de se adaptar aos princípios de comportamento social, imagine dentro de um presídio, onde estão lidando com criaturas da pior espécie. Enquanto o Estado e a sociedade estiverem pensando mais no bem-estar do bandido preso e de seus familiares, o restante da sociedade continuará a perecer. Está claro que o Brasil ainda precisa mudar muito para se tornar um país decente, desde a maneira de pensar da sociedade em geral até a forma de agir dos três Poderes. E-mail: [email protected]

“Uma história que os comunistas daqui não contaram”

P. C. Albuquerque Diante do exposto no texto “China de Mao Tsé-tung e Chu En-Lai não deu apoio decisivo à Guerrilha do Araguaia” (Jornal Opção 2016), posso muito bem chegar à conclusão de que debaixo do “tapete” da história do Partido Comunista do Brasil não se encontra apenas pó e poeira, mas, essencialmente, certas verdades que não poderiam jamais ser reveladas aos demais camaradas, ilustres iludidos, que verdadeiramente se engajaram na luta com arma em punho, sob o risco de colocar em xeque a própria moral e autonomia do PCdoB no sentido de levar adiante esse projeto revolucionário (guerrilha do Araguaia). Como se vê, o PCdoB não recebeu do PC Chinês uma espécie de “credencial” revestida de autoridade e reconhecimento para levar adiante um movimento fadado ao mais absoluto fracasso. Esse é mais um aspecto dessa história que os “iluminados” comunistas nunca nos contaram. E-mail: [email protected]

Otávio Lage, eleito e não nomeado

[caption id="attachment_1783" align="alignleft" width="300"]Otávio Lage: único governador eleito no período militar Otávio Lage: único governador eleito no período militar[/caption] Jales Naves As eleições de 1965 em Goiás para governador foram as mais disputadas de todos os tempos e em todas as instâncias, quando os dois principais partidos políticos, que eram rivais, novamente se enfrentaram nas urnas. Do pleito surgiu uma nova liderança: o governador eleito Otávio Lage. Fazendeiro moderno e inovador, um dos responsáveis pela consolidação da cultura do café na região do Vale do São Patrício e até então desconhecido do mundo político, ele se destacou pela dinâmica administração que realizou em Goianésia —, então uma cidade pequena, inexpressiva —, como prefeito de 1962 a 1965, e também por ser filho do deputado federal Jalles Machado, um dos principais líderes da UDN histórica e que se sobressaiu pela firme atuação como parlamentar, defendendo os interesses de Goiás e lutando contra os aliados de Getúlio Vargas no Estado, em especial o antigo PSD. Determinado, ousado e com uma mensagem nova, para tirar Goiás de um atraso histórico, que o deixava na lanterna dos Estados brasileiros, ele conquistou o direito de ser candidato pela União Demo­crática Nacional numa disputa muito acirrada. Venceu na convenção estadual do partido o deputado federal Emival Caiado, considerado favorito, e lutou para ocupar espaço e consolidar sua candidatura com mais três partidos: PTB, PSP e PDC. Foi difícil obter o apoio do governador eleito de forma indireta, marechal Emílio Ribas Júnior, e da cúpula militar, pois, um dia antes da convenção udenista, o presidente da República, marechal Humberto Castello Branco, lançou a candidatura a governador, pelo PSD, do deputado federal Gerson de Castro Costa, conforme registraram os jornais do dia. Depois de superar os obstáculos e dificuldades que se antepunham e assumindo a liderança desse processo, Otávio Lage soube se impor, consolidar a sua candidatura e, utilizando-se de estratégias de marketing, conquistar o eleitorado, a partir de um mote especial. A crítica da oposição, de ser despreparado para a função por ser “roceiro”, foi utilizada como instrumento dessa mudança: ele chegava às cidades sempre com um chapéu na cabeça e entrava pelas principais ruas montado a cavalo, ou num trator, ou numa carroça, e saía cumprimentando todas as pessoas. Dessa forma, foi se tornando conhecido, divulgando sua plataforma de trabalho, centrada em três eixos — educação, energia e estradas — e firmando seu nome. Na oposição, que ainda dominava o Estado, simbolizada pela fi­gura do senador Pedro Ludovico, o candidato era o médico e deputado federal José Peixoto da Sil­vei­ra, um dos principais quadros do PSD, que tinha ocupado as três principais secretarias de Estado (Fa­zenda, Educação e Saúde), a­lém de ter sido deputado estadual. A situação era difícil, mas prevaleceu a mensagem desenvolvimentista, a proposta de construção de um novo Goiás a partir dos três eixos, o que realmente aconteceu. E o resultado, favoreceu o candidato da UDN. Essa observação se torna importante ainda hoje, não só para resgatar o nome e o importante trabalho realizado pelo ex-governador Otávio Lage, como para fazer justiça a um dos mais expressivos governantes de Goiás. Nos últimos anos, seus netos tiveram de defendê-lo diante de críticas improcedentes, injustas e que não correspondiam à verdade. Eles admiravam o avô pela postura íntegra, pelo comportamento ético e por ser um empreendedor preocupado em unir forças para viabilizar projetos, como a destilaria de álcool, a cogeração de energia a partir do bagaço da cana, o plantio de seringueiras, a inovação tecnológica no campo a partir de se­mentes certificadas etc. Quando frequentavam o ensino médio, já se preparando para o vestibular, vários de seus netos tiveram de discutir com os professores de História, que teimavam em dizer que ele tinha sido nomeado governador de Goiás pelos militares. Inclusive, uma questão em vestibular de uma importante instituição de ensino superior, em 2003, tratava desse tema e dessa forma, colocando Otávio Lage como governador nomeado e não eleito em pleito democrático e popular. Otávio Lage foi, na verdade, o único governador de Goiás eleito no período militar, em pleito direto e com a efetiva participação do eleitor. Um registro que se torna necessário diante da falta de compromisso de professores com a verdade e que atinge uma pessoa que foi, por princípio, um democrata no exercício de suas funções no Executivo goiano, honrando o mandato que cumpriu, mesmo em um período de exceção. Jales Naves é jornalista e biógrafo de Otávio Lage.  

“Um outro ângulo para o ‘roubo’ do papa”
cartas.qxdCelina Alho Vejo o gesto do papa Francisco (foto) de ficar com o crucifixo de seu confessor morto por outro ângulo. O que acontece quando o caixão desce à sepultura? Tudo o que está dentro dele é destruído. O corpo se decompõe, as roupas e os demais objetos se deterioram. Aquele crucifixo – valioso porque pertencente a um padre misericordioso – por causa do gesto de Jorge Bergoglio, foi poupado da destruição. Continua sendo útil! Mais, do que isso, hoje ainda serve de inspiração ao ser humano Francisco, que humildemente usou a infeliz palavra “ladrão” para explicar o que fez. Pois fiz isso também, eu mesma, no cemitério, no momento em que o caixão de minha mãezinha se fechava, ao retirar de seu peito a fita vermelha do Apostolado da Oração [movimento católico], extremamente valiosa para ela, a ponto de, ao sentir que se aproximava o momento de partir para a casa do Pai, pedir-me que a vestisse com o uniforme do Apostolado e pusesse, em seu peito, sua fita vermelha de zeladora. Aos prantos, concordei. E fiz-lhe a vontade. Sem o menor embaraço, “salvei” da destruição a valiosa fita, com a medalha e a insígnia do Coração de Jesus. Hoje a envergo eu, sobre meus ombros, como zeladora que me tornei do Apostolado, sentindo que carrego comigo algo que ela beijava e usava com muito carinho. E, unida à minha mãezinha, hoje na eternidade feliz, me sinto forte e inspirada para assumir com responsabilidade minha condição de apóstola da Oração. Foi roubo isso? Claro que não! É preciso ser alguém muito ignorante em matéria de fé – ou muito mal intencionado mesmo – para interpretar assuntos como esse dessa forma. Obrigada, Senhor, pelo papa Francisco. Abençoai-o agora e sempre! E enviai vosso Espírito Santo sobre todas aquelas pessoas que usam sua inteligência de forma equivocada e fazem juízos descabidos, amargos e, mesmo invocando o vosso nome, são capazes de dispersar ao invés de unir. E-mail: [email protected]  
“Friboi sempre participou da política”
friboi.qxd Antônio Alves Dizer que Júnior Friboi (foto) não precisa de governo para ficar rico é uma aberração. Ele sempre participou da política como financiador de campanha. O financiador de campanha não ajuda o político: ambos se ajudam, seja de uma forma ou de outra. Isso não quer dizer que praticam atos ilícitos, mas que o poder econômico caminha junto com o poder político. Se você for candidato sem dinheiro, termina a campanha e nem o pessoal do seu bairro fica sabendo, ou melhor, nem seus amigos. E-mail: [email protected]
“Cadê a reforma política?”
cartas.qxdArivaldo Araújo Sobre o artigo “Ecos da ditadura” (Jornal Opção 2021), de Daniel dos Santos Rodrigues, creio que Contardo Calligaris [psicanalista e colunista da “Folha de S. Paulo”] não está dizendo nenhuma novidade [ao falar que falta um projeto ao País]. De muito, Sérgio Buarque já dizia que a democracia sempre foi um grande mal-entendido entre os brasileiros. O PT teve o mérito de enxergar os miseráveis do País. Ficou nisso. Garante-se eleitoralmente por isso e nada mais que isso. O PSDB somente separou uma elite paulista, mais paulista e governou para São Paulo. Política café com café. No fundo, precisamos de reformas, as mais variadas (tributária, política, do Judiciário, para ficar com três). Fora isso, continuaremos fazendo da nossa democracia um imenso e emaranhado mal-entendido. Parabéns ao autor, quando se lembrou das reformas que nunca fizemos. Esse é o ponto. Por falar nisso, onde anda a reforma política proposta com tanta veemência pela presidenta? Esperando um outro junho vermelho? Arivaldo Araújo é servidor público federal. E-mail: [email protected]  
“Francisco pode promover uma ruptura radical”
P. C. Albuquerque Até para um leigo protestante como eu, que acompanha, de longe, as ações e posturas do papa Francisco, fica evidente que ele está em rota de colisão com os interesses da alta cúpula vaticanista. O Vaticano é uma cidade-Estado, um ente híbrido composto por duas naturezas: uma política (estatal) e outra religiosa (Igreja). A impressão que se tem é de que o papa fez uma opção pelo aspecto Igreja, deixando para um plano secundário o aspecto político. Pode-se, diante disso, vislumbrar uma ruptura radical dentro desse panorama dividido, tendo por um lado os que não abrem mão do status quo e, por outro, os “seguidores”' de Francisco. Para muitos, isso é improvável, mas não é impossível. E-mail: [email protected]  
“Duas frases de Chico Ludovico”
Natanry L. Osorio Ao Jornal Opção nossa gratidão pela justa homenagem ao grande mestre Chico Ludovico (edição 2022), extraordinário homem, médico que exercia a medicina como missão e verdadeiro sacerdócio. Chico era um sábio e nunca me esqueço de duas coisas que dele ouvia: “Deixe seus filhos pisarem na terra, o que não mata engorda.” Outra foi aos 40 anos. Tinha grande dúvida se deveria fazer cirurgia de mioma com retirada do útero e ele me disse: “Naty (forma de ser tratada em família), para mim depois dos 40, quando uma mulher como você, que já tem cinco filhos não quer mais outros, o útero passa a ter duas funções: porta-bebê e porta-câncer.”. De imediato autorizei a cirurgia, feita com maestria por ele, meu primo, padrinho de casamento e grande amigo. Nunca me arrependi. Que o Senhor o tenha na anta glória. E-mail: [email protected]  
“Hora de nos aprofundarmos sobre as questões tecnológicas”
Hélio Augusto Abreu O texto “Marco Civil da In­ter­net tenta pôr ordem naquilo que se esvai pelo ar” (Jornal Opção 2022) é muito interessante e instigante. Faz-nos pensar nas estratégias adotadas pelo governo com relação a simplesmente atender a um apelo tecnológico momentâneo ou nos aprofundarmos realmente em um estudo para chegarmos a elaboração série de medidas que nos colocam na vanguarda tecnológica que possa se moldar de acordo com as inovações. E-mail: [email protected]  
“Resenha à altura de Vargas Llosa”
Maria Helena Coutinho Excelente a resenha “Ma­rio Vargas Llosa mostra que a cultura está a serviço do espetáculo” (Jor­nal Op­ção 2020, caderno Opção Cultural). O autor, Salatiel Soares Correia, vai além do conhecimento da obra do escritor peruano. É realmente culto. E-mail: [email protected]  

“Bakunin, abnegado defensor das classes oprimidas”

Nestor Máquino Parabéns a Carlos Russo Jr. e ao Jornal Opção pela boa matéria “Bakunin: agitador, internacionalista, libertário e antiautoritário” (caderno Opção Cultural, edição 2021). Bakunin é, sem dúvidas, o principal expoente do socialismo anarquista e um dos mais injustiçados teóricos das ciências sociais. Isso sem contar que foi um dos maiores exemplos de abnegação e firmeza na defesa dos interesses das classes trabalhadoras e oprimidas. E-mail: [email protected]  
“Parabéns por não distorcer a história”
Álvaro Freire Parabéns ao jornalista Marcos Nunes Carreiro por seus artigos, sempre cheio de lucidez e isenção. Venho acompanhando seus artigos e me surpreendo positivamente a cada um que vejo. Parabéns por não distorcer a história, como faz a maioria dos grandes meios de comunicação, de maneira que não se conheça a verdadeira história de nosso País. Uma mentira contada várias vezes acaba como verdade. E isso não é por acaso: é tudo arquitetado e planejado. E-mail: [email protected]  
“Com medo de viver”
Thyrza Flores Sem entender tamanha violência dos últimos tempos. Pedi a Deus mais tempo e me vejo com medo de viver.

“Um mestre chamado Francisco Ludovico”

Durante dez anos tive oportunidade de trabalhar com esse mestre da medicina chamado Francisco Ludovico. Agradeço pela oportunidade de novos conhecimentos, pelo primeiro emprego e por seu sorriso

“Nelson Rodrigues foi acometido de presunção”

[caption id="attachment_910" align="alignright" width="620"]Leitor contesta incursão do dramaturgo Nelson em questão sociólogica | Foto: Arquivo/Agência Estado Leitor contesta incursão do dramaturgo Nelson em questão sociólogica | Foto: Arquivo/Agência Estado[/caption] Cirlei Araujo A obra de Nélson Rodrigues é seminal no campo da dramaturgia, mas daí a ser enaltecido como sociólogo/antropólogo a distância é muito grande. Generalista no mínimo e falaciosa ao extremo sua afirmação de que “o brasileiro tem complexo de inferioridade”, pois reduz todos os brasileiros à categoria de seres incapazes de se autoafirmarem, ao certo pelo fato de nosso maior dramaturgo e cronista esportivo se acreditar porta-voz da Nação e se esquecer de que, já naquela época, havia inúmeros brasis. Como se vê, Nelson foi acometido de audaciosa presunção. Por outro lado, ao menos provoca a discussão e a indignação e nos faz rever e defender alguns conceitos. Acredito que projetar um sentimento de inferioridade de atletas, cronistas e dirigentes, a maioria iletrados à época, foi algo que se difundiu mais pela notoriedade do autor da frase do que da pertinência da afirmação. Não li o livro, mas vejo que o autor não abordou a preação de mulheres indígenas e suas importantes consequências para a formação do gentílico brasileiro. Outro aspecto não abordado e muito importante era a prática do “cunhadismo” entre os indígenas, consubstanciada no oferecimento de várias esposas ao recém-chegado, geralmente um branco e suas inovações tecnológicas. Enfim, foi baseado na necessidade de braços, e não em preocupações e pruridos raciais, que o Brasil foi construído. Fosse o brilhante dramaturgo pernambucano um pouquinho mais consciente da importância da multiculturalidade (Gobineau, racista e amicíssimo de Dom Pedro II, que acreditava-se descendente do deus nórdico Odin, não era diferente) e das inúmeras omissões dos nossos pais fundadores (ou “fraudadores”), não teria expressado essa infame frase. Vejo isso como um reflexo das teses de supremacia racial que procuravam destacar mais as diferenças do que as semelhanças entre as pessoas sendo que o país foi formado basicamente por imigrantes e estes foram forçados, preados, voluntários, subvencionados e convencidos (antepassados de Rita Lee). Se ser um vira-lata é não ter raça definida, é não ter pedigree, a maioria dos brasileiros, que é mestiça, por analogia, também o é, e isso não significa ausência de valor. Por outro lado, é preferível estar disposto a aprender sempre e absorver novos conhecimentos, e isso pressupõe capacidade de autocrítica e certa humildade, que se atribuir um valor que não se tem e irresponsavelmente legar às futuras gerações tragédias e sofrimentos evitáveis como os megalomaníacos governantes costumam fazer. Em resumo, o fatalismo e racismo do conde Gobineau são criticados por ninguém menos que Tocqueville. Este afirmava que as ideias pessimistas do conde refutavam qualquer esforço de se construir um país, ao afirmar que os destinos dos homens estavam atrelados a uma raça. Esse pensamento conduziria a uma resignação e naturalizava a desigualdade, tornando a ação política dos cidadãos ineficaz ao processo de mudanças, eliminando, assim, a iniciativa individual no terreno dos acontecimentos históricos. Hoje sofremos as consequências disso. Cirlei Araújo é sargento do Exército. E-mail: [email protected]  

“Hora de mostrar que somos um povo honesto”

Fernando Borgomoni Para o jornalista José Maria e Silva, autor do texto “Estudo da FGV sobre benefícios da Copa não passa de propaganda enganosa” (Jornal Opção 2017): Pense bem, exatamente porque “até os esquimós” sabem que somos o país do carnaval e do futebol, e exatamente porque nós sabemos que temos, como povo e como nação, muitas outras qualidades, mostremos com a perfeita organização desse grande evento que somos um povo “honesto, responsável e laborioso”. Ou você não acredita no povo brasileiro? E-mail: [email protected]  

“Uma excelente entrevista de Graciliano Ramos”

Gonzalo Armijos “A última entrevista de Gra­ciliano Ramos” (Jornal Opção 1944, caderno Opção Cultural) é excelente. Uma joia! Uma das primeiras obras brasileiras que li ao chegar ao Brasil, no início dos anos 80, foi “Memórias do Cárcere”, do grande escritor alagoano. Nunca vou esquecer. Gonzalo Armijos é filósofo e professor da UFG. E-mail: [email protected]  

“Guerrilheiros do passado não se converteram à democracia”

Odiombar Rodrigues Sobre o texto, “Estatuto do Desarmamento não contribui para reduzir a violência” (Jornal Opção 1988), da coluna “Contraponto”, de Irapuan Costa Junior, podemos dizer que o estatuto foi uma medida muito “inteligente”, pois, por meio dele, o governo está construindo o caos social que muito interessa aos “revolucionários” bolivarianos e castristas. Quando ele estiver plenamente instalado, um “salvador” tomará o poder em nome do “restabelecimento” da ordem social. Ninguém imagina que os “guerrilheiros” do passado tenham se convertido à democracia. E-mail: [email protected]  

“Juventude tratada brutalmente”

Fernanda Bento Ainda em tempo sobre a chacina brutal ocorrida no Morro do Mendanha: em toda a imprensa que noticiou esse crime brutal, as vítimas são denominadas mulheres. Só uma observação: apenas uma delas é maior de 18 anos. Foram jovens e adolescentes assassinadas, não mulheres. Mais uma prova de como nossa juventude vem sendo brutalmente tratada. E-mail: [email protected]

Neymarketing e sua onipresença em campanhas. Imagina na Copa

cartas1Jayme Diogo Araújo Escolha uma grande marca brasileira e tente não encontrar o Neymar em uma delas. Ou faça melhor: conte quantas vezes o queridinho da publicidade brasileira aparece diariamente em sua timeline ou no intervalo do seu programa favorito na TV. Fato é que as atenções estão tão voltadas ao craque do Barcelona que a presença do jogador já é companheira fiel quando o assunto é propaganda. Guaraná Antarctica, Claro e Santos Futebol Clube já realizaram ações publicitárias com o Neymar, todos no mesmo dia e no mesmo intervalo comercial na TV. O fato curioso chama a atenção pela forma como a mídia tenta inserir sua imagem na mente das pessoas. Em contrapartida, a marca fica sem ligação exclusiva com a celebridade e vice-versa, tornando rasa sua participação e consequentemente um porta-voz de qualquer assunto, qualquer marca e qualquer negócio. Mas engana-se quem pensa que o senhor dos cabelos descolados foi a celebridade que mais apareceu nas timelines, banners interativos e na telinha. Sim, em termos de aparição na mídia o Neymar ficou em 2º lugar, de acordo com pesquisa relevada no portal Yahoo, perdendo apenas para o galã Reynaldo Gianecchini, que apareceu nada menos que 8 mil vezes em intervalos comerciais em 2013. Em ano de Copa do Mundo essa “Neymarmania” ficará ainda mais evidente. Primeiro, pelo apelo universal da paixão pelo futebol; e, em segundo lugar, pelo anseio das marcas em utilizar o Menino da Vila em suas campanhas. Imagine só nos dias do Mundial: Neymar para todo lado, aparecendo ainda mais e mais. Camiseta, pôster, álbum de figurinhas, no chiclete, na TV, na timeline do Facebook, no SMS do celular e, quem sabe, em anúncios de cueca. Sim, de cueca! Pois essa foi a última campanha em que o craque apareceu, esta semana. Possivelmente, Neymar pode encerrar esse ano de 2014 como líder de inserções comerciais na TV e em campanhas publicitárias, ainda mais se o Brasil conquistar o hexa com a ajuda de seus gols. A partir daí teremos um novo conceito para aprender nos bancos de escolas de marketing e em faculdades: “Técnicas de Neymarketing” aplicadas às campanhas publicitárias. Viva a Copa do Mundo, viva o Neymarketing! Jayme Diogo Araújo é publicitário, professor do Instituto de Pós-Graduação (Ipog) e especialista em Mídias Digitais.  

“Luz para o caminho das trevas do futebol goiano”
Cláudio Curado Poucas vezes vi um artigo tão lúcido sobre o futebol goiano como este [“O futebol goiano morreu, só não sabe disso ainda”, Jornal Opção On-Line]. Toca em várias feridas como, por exemplo, a questão da equipe do Goiás. O mais organizado clube goiano disputa apenas um campeonato por ano — o Goiano, o qual tem chances de ganhar. Do resto, ele apenas participa. E a Federação Goiana de Futebol (FGF) não consegue explicar sua própria utilidade, além de dar emprego a cartolas que, na iniciativa privada, não conseguiriam ir além de contínuos. Sem contar nossa crônica esportiva e sua crônica dependência dos cartolas. É esperar que esta luz ilumine o caminho de trevas onde está nosso futebol. Claudio Curado é presidente do Sindicado dos Jornalistas do Estado de Goiás. E-mail: [email protected]  
“Edemundo é digno de admiração”
Salomão Torres O secretário Edemundo Dias é pessoa digna de admiração. É uma lástima que homens como ele encontrem uma séria resistência, da parte de muitas outras autoridades, ao tentar colocar em prática ideias que poderiam melhorar nosso País. Parabéns ao Jornal Opção pela entrevista (edição 2018). E-mail: [email protected]  
“As pessoas são muito hipócritas sobre animais em laboratório”
[caption id="attachment_615" align="alignleft" width="620"]Leitores analisam questão polêmica do uso de animais em pesquisas de laboratórios científicos | Foto: Paulo Victor/AE Leitores analisam questão polêmica do uso de animais em pesquisas de laboratórios científicos | Foto: Paulo Victor/AE[/caption] Mariana Maciel Concordo plenamente com o que disse o professor Elder Sales no artigo “E se não usássemos os animais... ou vegetais?” (coluna “Bio Lógica”, Jornal Opção On-Line). As possibilidades de estudo para formas de cura, de medicamentos, vacinas etc. ficariam muito limitadas, se é que haveria possibilidades. As pessoas são muito hipócritas em dizer que isso é errado, que não se deve fazer isso com os animais, pois na hora em que é lançado na mídia que a cura foi encontrada para determinada doença são os primeiros a comemorar sem se lembrar de que, para se chegar àquele resultado, foram feitos diversos estudos e testes em animais. Os cientistas não estão ali para maltratar ou torturar os bichos, mas, sim, para buscar formas de melhorar, qualificar os meios de reabilitação em saúde. Olhando para a situação dos animais, é claro que a gente se sente mal, mas até então é a forma mais viável para fazer estudos das reações de medicamentos, aparelhos e demais técnicas simulando o corpo humano, possibilitando então a evolução do conhecimento científico sobre as formas de cura em saúde. E-mail: [email protected]  
“Condenam as pesquisas, mas usam o que vem delas”
Rogiane Oliveira De fato, existem linhas de radicalidade e de radicalismos para qualquer questão, seja política, religiosa, social... e a ciência, certamente, não seria exceção. Ra­dicalidade aconteceu e acontece todas as vezes que pessoas inquietas, indignadas e inconformadas com certa realidade resolvem ser e fazer diferente. Foi talvez o que pensaram os primeiros cientistas, cansados do empirismo mal fundamentado, ao decidir dar luz às propostas de cura por medicamentos, por exemplo, usando animais. Isso foi radical, em uma era cheias de tabus, conceitos indissolúveis e preconceitos. Agora, radicalismo foi quando Hitler, por exemplo, quis provar a “pureza” da raça ariana eliminando todos os que pudessem ofender sua genética perfeita. Talvez se ele tivesse usado ervilhas ou ratos, funcionasse também. Mas, ele aderiu ao “ismo” para sua causa. Assim, são aqueles que condenam as pesquisas com animais. Usam e abusam de tudo o que advém delas, mas adoram a pose de um suposto respeito à natureza. Ainda não considero que os animais vêm sendo abusados pelos seres humanos nesse sentido. Diferentemente, por exemplo, daqueles que têm um cãozinho em casa, dizendo ser este seu melhor amigo, e o deixam morrer de fome. Ou de alguns mauricinhos que botam fogo em índios ou num cavalo inocente no meio da rua. Assim, quando um ratinho é morto num laboratório, por mais que o cientista não sinta um mínimo de remorso, o ecossistema não acabou ali. Muito pelo contrário. Foi mais uma tentativa para combater o câncer, a aids ou a ignorância de alguns. E-mail: [email protected]  
“Mercado imobiliário deve ser analisado caso a caso”
[caption id="attachment_616" align="alignleft" width="620"]Suspeita de desaquecimento do mercado imobiliário: leitor refuta hipótese de bolha | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção Suspeita de desaquecimento do mercado imobiliário: leitor refuta hipótese de bolha | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] Raffael Correia Definição de bolha imobiliária: prática extensa, artificial e insustentável de sobreprecificação de bens imóveis. A atual precificação não é artificial; se fosse, não haveria a realização que de fato há. Haver imóveis vagos não é o melhor indicador de “estouro” de coisa alguma. Ina­dim­plência, alto nível de endividamento (que hoje está em 45% no Brasil, contra 104% dos Estados Unidos e da União Europeia) e deterioração do valor do metro em 15% ou mais ao ano (menos do que isso é cenário de recessão, o que também não é o caso). A matéria da “Exame” citada pela reportagem de Marcos Nunes Carreiro [“A onda de construções que tomou Goiás pode estar com os dias contados”, Jornal Opção 2018] começa com “o preço dos apartamentos nunca foi tão alto”. Analisando os últimos séculos, essa frase caberia em praticamente qualquer afirmação anual. O ajuste de mercado já está ocorrendo, gradualmente os imóveis estão se valorizando, mas não como nos últimos seis anos. Em boa parte, pela retirada de facilidades das principais linhas de crédito imobiliário que até 2012 impulsionaram o mercado. Como essas avaliações são feitas em dólar, a valorização de 15% da moeda americana em 2013 deu uma ideia de perda de valor, uma vez que a valorização média dos imóveis não passou de 8%. Soma-se a isso uma importante mudança de comportamento de compra e venda: uma diferença cada vez maior entre o valor que se anuncia e o valor com que se realizam os negócios. Há dez anos, em uma negociação essa diferença era de 5% a 15%; hoje, essa diferença pode chegar a 30% — os órgãos de que cumprem informar o andamento do mercado imobiliário desprezam esse fato, que é crucial para se entender a evolução dos preços. Apenas esses pontos demonstram que a precificação é sustentável em médio prazo. Com o aumento dos juros e a moderação do empréstimo bancário, deve haver uma igual moderação dos lançamentos e um equilíbrio no valor de imóveis usados, que é a realidade atual. Reco­mendo, contudo, que cada caso seja analisado separadamente, pois o mercado é muito sensível e aquilo que é verdade em uma rua pode se tornar confuso na próxima esquina. E-mail: [email protected]  
“Militarismo de volta não é a solução”
Jonas W. Rocha A respeito da matéria “Bom era na ditadura, quando não tinha corrupção. Ah, não?” (Jornal Opção 2012), estou vendo pessoas que eu conheço querendo os militares de volta, por causa da corrupção. Não esqueçamos que os nazistas eram militares e eles limparam os tesouros que os judeus guardavam e faziam os holandeses extraírem muito petróleo de forma forçada sem pagá-los. Quem os quer de volta? Será que pensam que suas famílias vão melhorar, vão prosperar mais? Será que dentro dessas famílias não vai ter algum primo, irmão, alguém que se coloque contra os militares e vai temer pela própria condição física e pela vida por isso? E mais, pela questão da esquerda: esse governo que temos agora não é esquerda faz muitos anos. Nem a China é mais socialista, só tem ainda a estrutura de governo similar à época de Mao. Não é colocando os militares de volta que as coisas vão mudar para o rumo que queremos. E-mail: [email protected]  
“Partido de Marina vai terminar falando sozinho”
Elias Rocha Sou de Iporá, terra de Van­der­lan Cardoso, mas não decidi ainda meu voto para governador. No entanto, fico indignado com o “fogo amigo”, como visto na matéria “Rede Sus­ten­tabilidade desmente frase de Marina Silva elogiando Van­der­lan Cardoso em rede social” (Jornal Opção On-Line), pois Vanderlan pode até não ser politicamente viável, mas sempre foi considerado homem correto e probo. Com este comportamento desdenhoso, esnobe e jacobino, o partido de Marina Silva vai terminar falando sozinho. E-mail: [email protected]  
“Uma excelente entrevista de Graciliano Ramos”
Gonzalo Armijos “A última entrevista de Gra­ci­liano Ramos” (Jornal Opção 1944) é excelente. Uma joia! Uma das primeiras obras brasileiras que li ao chegar ao Brasil, no início dos anos 80, foi “Memórias do Cárcere”. Nunca vou esquecer. Gonzalo Armijos é filósofo e professor da Universidade Federal de Goiás. E-mail: [email protected]  
“Guerrilheiros do passado não se converteram à democracia”
Odiombar Rodrigues Sobre o texto, “Estatuto do Desarmamento não contribui para reduzir a violência” (Jornal Opção 1988), da coluna “Con­traponto”, de Irapuan Costa Junior, podemos dizer que o estatuto foi uma medida muito “inteligente”, pois, por meio dele, o governo está construindo o caos social que muito interessa aos “revolucionários” bolivarianos e castristas. Quando ele estiver plenamente instalado, um “salvador” tomará o poder em nome do “restabelecimento” da ordem social. Ninguém imagina que os “guerrilheiros” do passado tenham se convertido à democracia. E-mail: [email protected]  
“Juventude tratada brutalmente”
Fernanda Bento Em toda a imprensa que noticiou esse crime brutal, as vítimas são denominadas mulheres. Só uma observação: apenas uma delas é maior de 18 anos. Foram jovens e adolescentes assassinadas, não mulheres. Mais uma prova de como nossa juventude vem sendo brutalmente tratada. E-mail: [email protected]  
“Com medo de viver”
Thyrza Flores Fico sem entender tamanha violência. Sempre pedi a Deus mais tempo de vida. Hoje me encontro com medo de viver.

“Marcar posição sobre liberdade da mulher pode ser enganoso”

Antonio Alves “Liberdade ainda que tardia!” A mulher que carrega seus preconceitos machistas também quer ter liberdade de ser preconceituosa. A cultura escraviza, mas há espaço para todas. Mui­tos preconceitos são sociais, mas ao mesmo tempo individuais. Certa vez, li em Gilberto Freyre que a religião do povo brasileiro é uma mistura de catolicismo, protestantismo e espiritismo. A princípio, cheguei a acreditar que tais crenças são independentes, mas com o tempo, percebi que elas vão se fundindo ao longo da história. Assim também é o machismo e o feminismo, a tendência é diminuírem as diferenças. Não gosto de marcar posição, porque muitas vezes o posicionamento torna-se falso e enganoso. A minha esposa não trabalha fora por uma questão estratégica, mas sai sozinha quando há necessidade e a partir do momento em que trabalhar fora for mais vantajoso não vejo nenhum problema nisso. E-mail: [email protected]  

“Ótimo livro de Pedro Sérgio”
cartas1 Jairo Barcelos A propósito do texto “Qual­quer se­me­lhança com a realidade não é mera coincidência”, no Opção Cultural (Jornal Op­ção 2016), li o livro “Maraçu Não Tem Remorso”, do professor Pedro Sérgio dos Santos. Um mergulho na história recente e uma ótima trama ficcional. Vale a pena. E-mail: [email protected]  
“Lamentável opinião sobre Leonardo Boff”
Crispim Santos Sinceramente, não sei como um jornal de credibilidade como o Jornal Opção cede espaço para análises tão sem fundamento como essa de Irapuan Costa Junior [“A ovelha negra Leonardo Boff tenta se reaproximar da Igreja Católica”, coluna “Con­tra­ponto”, edição 1985]. Será que o autor não conhece a história de Leonardo Boff, sua capacidade intelectual? Boff é um dos maiores intelectuais da história do Brasil, reconhecido internacionalmente por suas posições na luta por meio ambiente e direitos humanos. La­men­tável a posição do ex-governador. Leo­nardo não precisa da Igreja para ser ouvido no mundo inteiro. Aliás, é a Igreja que precisa dele. Crispim Santos é geógrafo. E-mail: [email protected]  
Nota do colunista Irapuan Costa Junior:
Respondendo ao leitor Cris­pim Santos, eu começaria pelo fim: a Igreja não precisa de Genésio (ou Leonardo, como ele prefere) Boff. Se precisasse, não o teria condenado ao silêncio em 1985 e não teria se preparado para expulsá-lo em 1992 (expulsão a que ele se antecipou). Respeito a opinião do leitor, que julga Boff um dos maiores intelectuais brasileiros, mas espero que respeite também a minha, que é oposta. Para mim, maiores intelectuais brasileiros são figuras como Carlos Chagas, David Lattes, Euclides da Cunha, Gil­berto Freyre, Machado de Assis e muitíssimos outros, antes de chegarmos ao ex-padre. No meu pensar, nem chegaríamos, pois vejo estatura intelectual na qualidade e não na quantidade. O leitor acha minha análise sobre Boff sem fundamento, mas não rebate nenhuma afirmação mi­nha. E eu apenas comentei uma entrevista do ex-padre, cujas palavras são cabalmente desmentidas pelos fatos e por uma entrevista do papa Francisco, no Brasil. Por fim, também ao contrário do leitor, acho que o Jor­nal Opção tem sua credibilidade por abrigar opiniões divergentes. Se ele acha que o jornal deveria me submeter à censura, acho que ele deve dar abrigo a cartas inconformadas, ainda que vagas, como a do leitor.