Neymarketing e sua onipresença em campanhas. Imagina na Copa
26 março 2014 às 14h07
COMPARTILHAR
Escolha uma grande marca brasileira e tente não encontrar o Neymar em uma delas. Ou faça melhor: conte quantas vezes o queridinho da publicidade brasileira aparece diariamente em sua timeline ou no intervalo do seu programa favorito na TV. Fato é que as atenções estão tão voltadas ao craque do Barcelona que a presença do jogador já é companheira fiel quando o assunto é propaganda.
Guaraná Antarctica, Claro e Santos Futebol Clube já realizaram ações publicitárias com o Neymar, todos no mesmo dia e no mesmo intervalo comercial na TV. O fato curioso chama a atenção pela forma como a mídia tenta inserir sua imagem na mente das pessoas. Em contrapartida, a marca fica sem ligação exclusiva com a celebridade e vice-versa, tornando rasa sua participação e consequentemente um porta-voz de qualquer assunto, qualquer marca e qualquer negócio.
Mas engana-se quem pensa que o senhor dos cabelos descolados foi a celebridade que mais apareceu nas timelines, banners interativos e na telinha. Sim, em termos de aparição na mídia o Neymar ficou em 2º lugar, de acordo com pesquisa relevada no portal Yahoo, perdendo apenas para o galã Reynaldo Gianecchini, que apareceu nada menos que 8 mil vezes em intervalos comerciais em 2013.
Em ano de Copa do Mundo essa “Neymarmania” ficará ainda mais evidente. Primeiro, pelo apelo universal da paixão pelo futebol; e, em segundo lugar, pelo anseio das marcas em utilizar o Menino da Vila em suas campanhas. Imagine só nos dias do Mundial: Neymar para todo lado, aparecendo ainda mais e mais. Camiseta, pôster, álbum de figurinhas, no chiclete, na TV, na timeline do Facebook, no SMS do celular e, quem sabe, em anúncios de cueca. Sim, de cueca! Pois essa foi a última campanha em que o craque apareceu, esta semana.
Possivelmente, Neymar pode encerrar esse ano de 2014 como líder de inserções comerciais na TV e em campanhas publicitárias, ainda mais se o Brasil conquistar o hexa com a ajuda de seus gols. A partir daí teremos um novo conceito para aprender nos bancos de escolas de marketing e em faculdades: “Técnicas de Neymarketing” aplicadas às campanhas publicitárias. Viva a Copa do Mundo, viva o Neymarketing!
Jayme Diogo Araújo é publicitário, professor do Instituto de Pós-Graduação (Ipog) e especialista em Mídias Digitais.
“Luz para o caminho das trevas do futebol goiano”
Cláudio Curado
Poucas vezes vi um artigo tão lúcido sobre o futebol goiano como este [“O futebol goiano morreu, só não sabe disso ainda”, Jornal Opção On-Line]. Toca em várias feridas como, por exemplo, a questão da equipe do Goiás. O mais organizado clube goiano disputa apenas um campeonato por ano — o Goiano, o qual tem chances de ganhar. Do resto, ele apenas participa. E a Federação Goiana de Futebol (FGF) não consegue explicar sua própria utilidade, além de dar emprego a cartolas que, na iniciativa privada, não conseguiriam ir além de contínuos. Sem contar nossa crônica esportiva e sua crônica dependência dos cartolas. É esperar que esta luz ilumine o caminho de trevas onde está nosso futebol.
Claudio Curado é presidente do Sindicado dos Jornalistas do Estado de Goiás.
E-mail: [email protected]
“Edemundo é digno de admiração”
Salomão Torres
O secretário Edemundo Dias é pessoa digna de admiração. É uma lástima que homens como ele encontrem uma séria resistência, da parte de muitas outras autoridades, ao tentar colocar em prática ideias que poderiam melhorar nosso País. Parabéns ao Jornal Opção pela entrevista (edição 2018).
E-mail: [email protected]
“As pessoas são muito hipócritas sobre animais em laboratório”
Mariana Maciel
Concordo plenamente com o que disse o professor Elder Sales no artigo “E se não usássemos os animais… ou vegetais?” (coluna “Bio Lógica”, Jornal Opção On-Line). As possibilidades de estudo para formas de cura, de medicamentos, vacinas etc. ficariam muito limitadas, se é que haveria possibilidades. As pessoas são muito hipócritas em dizer que isso é errado, que não se deve fazer isso com os animais, pois na hora em que é lançado na mídia que a cura foi encontrada para determinada doença são os primeiros a comemorar sem se lembrar de que, para se chegar àquele resultado, foram feitos diversos estudos e testes em animais.
Os cientistas não estão ali para maltratar ou torturar os bichos, mas, sim, para buscar formas de melhorar, qualificar os meios de reabilitação em saúde. Olhando para a situação dos animais, é claro que a gente se sente mal, mas até então é a forma mais viável para fazer estudos das reações de medicamentos, aparelhos e demais técnicas simulando o corpo humano, possibilitando então a evolução do conhecimento científico sobre as formas de cura em saúde.
E-mail: [email protected]
“Condenam as pesquisas, mas usam o que vem delas”
Rogiane Oliveira
De fato, existem linhas de radicalidade e de radicalismos para qualquer questão, seja política, religiosa, social… e a ciência, certamente, não seria exceção. Radicalidade aconteceu e acontece todas as vezes que pessoas inquietas, indignadas e inconformadas com certa realidade resolvem ser e fazer diferente. Foi talvez o que pensaram os primeiros cientistas, cansados do empirismo mal fundamentado, ao decidir dar luz às propostas de cura por medicamentos, por exemplo, usando animais. Isso foi radical, em uma era cheias de tabus, conceitos indissolúveis e preconceitos.
Agora, radicalismo foi quando Hitler, por exemplo, quis provar a “pureza” da raça ariana eliminando todos os que pudessem ofender sua genética perfeita. Talvez se ele tivesse usado ervilhas ou ratos, funcionasse também. Mas, ele aderiu ao “ismo” para sua causa. Assim, são aqueles que condenam as pesquisas com animais. Usam e abusam de tudo o que advém delas, mas adoram a pose de um suposto respeito à natureza.
Ainda não considero que os animais vêm sendo abusados pelos seres humanos nesse sentido. Diferentemente, por exemplo, daqueles que têm um cãozinho em casa, dizendo ser este seu melhor amigo, e o deixam morrer de fome. Ou de alguns mauricinhos que botam fogo em índios ou num cavalo inocente no meio da rua. Assim, quando um ratinho é morto num laboratório, por mais que o cientista não sinta um mínimo de remorso, o ecossistema não acabou ali. Muito pelo contrário. Foi mais uma tentativa para combater o câncer, a aids ou a ignorância de alguns.
E-mail: [email protected]
“Mercado imobiliário deve ser analisado caso a caso”
Raffael Correia
Definição de bolha imobiliária: prática extensa, artificial e insustentável de sobreprecificação de bens imóveis. A atual precificação não é artificial; se fosse, não haveria a realização que de fato há. Haver imóveis vagos não é o melhor indicador de “estouro” de coisa alguma. Inadimplência, alto nível de endividamento (que hoje está em 45% no Brasil, contra 104% dos Estados Unidos e da União Europeia) e deterioração do valor do metro em 15% ou mais ao ano (menos do que isso é cenário de recessão, o que também não é o caso).
A matéria da “Exame” citada pela reportagem de Marcos Nunes Carreiro [“A onda de construções que tomou Goiás pode estar com os dias contados”, Jornal Opção 2018] começa com “o preço dos apartamentos nunca foi tão alto”. Analisando os últimos séculos, essa frase caberia em praticamente qualquer afirmação anual. O ajuste de mercado já está ocorrendo, gradualmente os imóveis estão se valorizando, mas não como nos últimos seis anos. Em boa parte, pela retirada de facilidades das principais linhas de crédito imobiliário que até 2012 impulsionaram o mercado. Como essas avaliações são feitas em dólar, a valorização de 15% da moeda americana em 2013 deu uma ideia de perda de valor, uma vez que a valorização média dos imóveis não passou de 8%.
Soma-se a isso uma importante mudança de comportamento de compra e venda: uma diferença cada vez maior entre o valor que se anuncia e o valor com que se realizam os negócios. Há dez anos, em uma negociação essa diferença era de 5% a 15%; hoje, essa diferença pode chegar a 30% — os órgãos de que cumprem informar o andamento do mercado imobiliário desprezam esse fato, que é crucial para se entender a evolução dos preços. Apenas esses pontos demonstram que a precificação é sustentável em médio prazo. Com o aumento dos juros e a moderação do empréstimo bancário, deve haver uma igual moderação dos lançamentos e um equilíbrio no valor de imóveis usados, que é a realidade atual. Recomendo, contudo, que cada caso seja analisado separadamente, pois o mercado é muito sensível e aquilo que é verdade em uma rua pode se tornar confuso na próxima esquina.
E-mail: [email protected]
“Militarismo de volta não é a solução”
Jonas W. Rocha
A respeito da matéria “Bom era na ditadura, quando não tinha corrupção. Ah, não?” (Jornal Opção 2012), estou vendo pessoas que eu conheço querendo os militares de volta, por causa da corrupção. Não esqueçamos que os nazistas eram militares e eles limparam os tesouros que os judeus guardavam e faziam os holandeses extraírem muito petróleo de forma forçada sem pagá-los. Quem os quer de volta? Será que pensam que suas famílias vão melhorar, vão prosperar mais? Será que dentro dessas famílias não vai ter algum primo, irmão, alguém que se coloque contra os militares e vai temer pela própria condição física e pela vida por isso? E mais, pela questão da esquerda: esse governo que temos agora não é esquerda faz muitos anos. Nem a China é mais socialista, só tem ainda a estrutura de governo similar à época de Mao. Não é colocando os militares de volta que as coisas vão mudar para o rumo que queremos.
E-mail: [email protected]
“Partido de Marina vai terminar falando sozinho”
Elias Rocha
Sou de Iporá, terra de Vanderlan Cardoso, mas não decidi ainda meu voto para governador. No entanto, fico indignado com o “fogo amigo”, como visto na matéria “Rede Sustentabilidade desmente frase de Marina Silva elogiando Vanderlan Cardoso em rede social” (Jornal Opção On-Line), pois Vanderlan pode até não ser politicamente viável, mas sempre foi considerado homem correto e probo. Com este comportamento desdenhoso, esnobe e jacobino, o partido de Marina Silva vai terminar falando sozinho.
E-mail: [email protected]
“Uma excelente entrevista de Graciliano Ramos”
Gonzalo Armijos
“A última entrevista de Graciliano Ramos” (Jornal Opção 1944) é excelente. Uma joia! Uma das primeiras obras brasileiras que li ao chegar ao Brasil, no início dos anos 80, foi “Memórias do Cárcere”. Nunca vou esquecer.
Gonzalo Armijos é filósofo e professor da Universidade Federal de Goiás.
E-mail: [email protected]
“Guerrilheiros do passado não se converteram à democracia”
Odiombar Rodrigues
Sobre o texto, “Estatuto do Desarmamento não contribui para reduzir a violência” (Jornal Opção 1988), da coluna “Contraponto”, de Irapuan Costa Junior, podemos dizer que o estatuto foi uma medida muito “inteligente”, pois, por meio dele, o governo está construindo o caos social que muito interessa aos “revolucionários” bolivarianos e castristas. Quando ele estiver plenamente instalado, um “salvador” tomará o poder em nome do “restabelecimento” da ordem social. Ninguém imagina que os “guerrilheiros” do passado tenham se convertido à democracia.
E-mail: [email protected]
“Juventude tratada brutalmente”
Fernanda Bento
Em toda a imprensa que noticiou esse crime brutal, as vítimas são denominadas mulheres. Só uma observação: apenas uma delas é maior de 18 anos. Foram jovens e adolescentes assassinadas, não mulheres. Mais uma prova de como nossa juventude vem sendo brutalmente tratada.
E-mail: [email protected]
“Com medo de viver”
Thyrza Flores
Fico sem entender tamanha violência. Sempre pedi a Deus mais tempo de vida. Hoje me encontro com medo de viver.