Por Irapuan Costa Junior

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Acertos de Bolsonaro que a imprensa não divulga mas o povo percebe

Registro de empresas passa a ser automático nas juntas comerciais, o governo vasculha abusos nos benefícios de anistiados e cancela anúncio de 17 milhões de reais

Agustina Bessa-Luís realça grandeza mas sem excluir crueldade do Marquês de Pombal

O Marquês de Pombal foi grande ao administrar desastres e implantar medidas efetivas na economia, na educação e na administração. Mas não economizou nos desmandos

BNDES leva calote de Cuba, Venezuela e Moçambique, amigos do PT e inimigos do Brasil

O banco brasileiro teve prejuízo de cerca de 4 bilhões relativos a empréstimos a países da América Latina e África

Hitlerismo aproximou-se mais da esquerda do que da direita

O chanceler Ernesto Araújo não sugeriu nuances, mas não está equivocado: há aproximações entre o nazismo e a esquerda O nazismo é de esquerda? A discussão aberta pelo chanceler Ernesto Araújo, embora puramente acadêmica, teve ao menos uma vantagem: deixou histérica a esquerda tupiniquim, acostumada, nos últimos 30 anos, a falar sozinha e não dar voz a contestadores, na imprensa e nas universidades. A colocação abala uma das vantagens levadas pelo marxismo na Segunda Guerra: enquanto o nazismo se tornava uma execração mundial, condenado nos processos do Tribunal de Nuremberg, o comunismo, tão nefasto quanto, saíia ileso, ocupava metade da Europa e a China, tentava se espalhar pela África e América Latina. Não conseguiu, mas também não desapareceu, e ainda perturba e faz sofrer muita gente, não só na Venezuela, Coreia do Norte ou em Cuba, mas por toda a parte, aqui inclusive. A afirmação feita pelo chanceler, de que o nazismo é de esquerda, e que foi apoiada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, mereceu pronta (embora superficial) refutação por parte da esquerda. Ela merece alguns considerandos, até porque nossos esquerdistas pouco leem, e quando escrevem, apenas apelam para seus chavões, e os leitores merecem melhores esclarecimentos. A questão, abordada do ponto de vista teórico, não é simples. Esquerda e direita não são conceitos monocromáticos, uma vez que comportam, um e outro, várias nuances. De uma maneira geral, ser de esquerda comporta a crença no materialismo, na estatização dos fatores de produção (recursos naturais, força de trabalho, máquinas e equipamentos), no internacionalismo, na predominância do coletivo sobre o individual e no igualitarismo, principalmente. Ser de direita implica em aceitar como verdades a crença religiosa, o capitalismo (ou liberdade econômica), o Estado mínimo, os direitos individuais, a hierarquia de valores pessoais. A esquerda tem seus teóricos em Marx, Engels e Lênin. O nazismo teve um único teórico: Adolf Hitler. Outros nazistas, como Alfred Rosenberg (autor do livro “O Mito do Século Vinte”) se autoproclamaram teóricos nazis, mas foram desautorizados pelo próprio Hitler. O Führer deixou, como registros de seu pensamento, um livro escrito (“Minha Luta”), outro com uma coletânea de seus discursos de 1922 a 1941 (“Minha Nova Ordem”), e outro, ainda, com os registros de suas conversas à mesa, entre 1941 e 1944 (“Conversações sobre a Guerra e a Paz”). Pelas ideias expressas nesses documentos e pela prática nazista, pode-se concluir ser o nazismo de esquerda ou de direita? O nazismo nunca foi uma doutrina materialista, antirreligiosa. Hitler, apesar de seu anticlericalismo, acreditava num Criador, e se achava imbuído de uma missão divina. Mas acreditava, por outro lado, num Estado forte economicamente e era anticapitalista (o capital era ferramenta manipulada pelo judaísmo internacional, dizia). Se tolerou e até conviveu com os grandes industriais alemães (Krupp, Messerschmitt, I.G. Farben e outros) foi por necessitar deles para rearmar rapidamente a Alemanha após a derrota na Primeira Guerra. Finda a guerra, na Alemanha nazista, as empresas privadas seriam apenas as empresas familiares, e as grandes indústrias seriam estatais (as únicas que poderiam emitir ações para venda ao público), previa Hitler. O Estado deveria pairar acima das atividades econômicas e a orientação seria do Partido Nazista (partido único, como no comunismo). Hitler não acreditava em qualquer tipo de internacionalismo. A Alemanha nazista seria super-nacionalista. E racista. Mas aceitava um tipo de igualitarismo militar. Pensava em uma nação onde a obediência seria um dos valores máximos do cidadão. E a obediência seria devida ao Estado, encarnado na cúpula do Partido. A burguesia, no seu entender, era algo desprezível, sinônimo de acomodação e fraqueza. Gostava da burguesia tanto quanto a aprecia a indefectível Marilena Chaui. Em “Minha Nova Ordem” contam-se às dezenas as diatribes de Hitler contra os burgueses. Num discurso pronunciado em Munique, numa das grandes mobilizações partidárias antes da subida ao poder (em 1922), Hitler deixa bem claro seu desprezo tanto pela esquerda (que julgava instrumento bolchevista de apropriação da ideia socialista) como pela direita (a democracia é débil e é judaica, dizia). Hitler julgava-se arauto de um novo movimento de supremacia alemã, nacionalista e racista, diferente de todos os antecessores, mas socialista. Por outro lado, a concepção hitlerista do sindicalismo (defendida no livro “Minha Luta”) era muito próxima daquela defendida por Trotski, e (após a Nova Política Econômica leninista) também defendida por Stálin: sindicato nacional dirigido pelo partido. Seria o nazismo de esquerda, como quer nosso chanceler? Difícil afirmar, categoricamente. Pelo visto, o hitlerismo aproximou-se bem mais da esquerda do que da direita. Hitler não era um ignorante, tanto que conseguiu empolgar uma das nações mais cultas do mundo de então. Até os genocidas podem ser inteligentes. E há paralelos entre o sistema vivido pela Alemanha nazista e pelo que hoje vive a China socialista. A Alemanha só poderia se reerguer dos escombros da Primeira Guerra Mundial e se tornar potência militar se contasse com seus industriais e deixasse livre o sistema econômico capitalista. No futuro as coisas correriam de maneira diferente, se Hitler vencesse a guerra. A China hoje só consegue se desenvolver adotando um sistema híbrido onde na economia são livres a iniciativa e o capital enquanto na política há um Estado socialista forte que tudo controla com mão de ferro. E que está dando certo, ao menos por enquanto. Vale ler o livro “Os Ditadores — A Rússia de Stálin e a Alemanha de Hitler” (José Olympio, 840 páginas, tradução de Marcos Santarrita), do historiador britânico Richard Overy. A leitura sugere “parentesco” e, claro, diferenças entre ambos. Stálin, por exemplo, era mais cruel com seus generais do que Hitler. Mas os dois totalitarismos são, singularidades à parte, “irmãos".

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Política da “Desinformação” protege a esquerda e acusa a direita

O presidente Jair Bolsonaro e os ministros Vélez Rodríguez e Damares Alves são vítimas frequentes da “Dezinformatsiya”. Já Marielle Francisco virou “ídolo”

Carlos Chagas, Rondon e César Lattes quase ganharam o Prêmio Nobel

Os três brasileiros, um deles com o endosso de Albert Einstein, foram lembrados para o Nobel, mas não levaram devido à escassa projeção do Brasil no exterior

Ideologia nas redações distorce fatos para beneficiar determinados políticos

Imprensa criou o mito de um Renan Calheiros “competente” e partiu para cima de Davi Alcolumbre

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O escritor André Giusti e o talento das estórias curtas

O talento crítico é expresso com rara clareza, e transborda em “Novas Tendências”.  E intrigante: para um livro escrito em 2003, há dois contos verdadeiramente proféticos

Os artistas e a ilusão do “Estado-babá”

Eles adoram bradar slogans políticos nos palcos e se angajam em movimentos dos quais entendem muito pouco

Grupo Globo pagou propina pela Copa?

O Grupo (a TV) Globo? Pagou ou não pagou propina para transmitir os jogos da Copa do Mundo, co­mo afirma e reafirma o delator, o em­presário argentino Alejandro Buzarco?

Governo tem de atacar o déficit público

Se não for atacado o déficit público, começando com a Previdência, o país continuará a patinar na recessão e no desemprego. Ou piorará. Daí porque é urgente a reforma previdenciária possível no momento, que deve ser seguida, mais cedo ou mais tarde, por uma revisão de privilégios e correção de injustiças nas aposentadorias. Devemos ter cuidado com o alarido mistificador da es­quer­dalha, que quer que tudo fique como está. Se tudo fica como está hoje, amanhã o Brasil estará tão inviável quanto uma Venezuela. E devemos lembrar que esse pessoal foi contra tudo que era bom para o país, como o Plano Real e a Lei de Res­pon­sabilidade Fiscal. Até foi contra a Constituição de 1988. Não que ela seja ou fosse boa. Não a queriam melhor, mas pior, mais socialista e estatizante.

Rombo no BNDES pode ser maior do que o petrolão

Os governos petistas desviaram bilhões de reais, via BNDES, para ditaduras de esquerda. A imprensa tratou com certa discrição dois absurdos ocorridos em Moçam­bique: o aeroporto de Nacala, construído pela Ode­brecht, que se encontra quase abandonado, por não existirem voos, e a pretensa fábrica de medicamentos para aids, que produz apenas aspirinas, por falta de pessoal especializado. Não é preciso dizer que o BNDES não recebe nem os juros, quem diria o capital dos dois empréstimos. Tudo muito previsível. A cumplicidade da imprensa é visível, no permanecer fechada a caixa preta de nosso banco de fomento. Os bilhões de dólares do BNDES desviados para fora, que tanta falta fazem aqui dentro, não são objeto de qualquer investigação. Também o Minis­tério Público Federal, até agora, ig­norou o que talvez seja o maior desvio de dinheiro público já feito no país, maior mesmo que mensalão e petrolão reunidos.