Por Euler de França Belém

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A imprensa e a liberdade

Ruy Martins Altenfelder Silva “Entendo que a liberdade de imprensa é cláusula pétrea da Constituição Federal, por dizer respeito ao mais sagrado direito de uma sociedade de ser informada da verdade, não pelos detentores do poder, mas pela imprensa. Não podem, portanto, ser modificados os fundamentos do caput do artigo 220 da Lei Suprema.”  O parecer, de extrema clareza, encerra artigo em que o conceituado jurista Ives Gandra da Silva Martins analisa recentes manifestações de alguns  setores que, a pretexto da democratização da informação, voltam a insistir no controle da imprensa. E, mais uma vez, invocam o argumento da concentração de capital nos segmentos de jornais e emissoras de TV. Quando se discute a imposição de limites à liberdade de imprensa, é sempre bom ter na memória o risco embutido nessa questão essencial para o pleno exercício da democracia. A história recente do País mostra o que acontece quando detentores do poder de tendência autoritária e avessos ao contraditório assumem o controle da mídia. Sem imprensa livre, cortaram-se os canais para a circulação de informação e impediu-se que chegassem ao conhecimento da sociedade fatos de fundamental importância, entre os quais violações de direitos humanos, planos mirabolantes de desenvolvimento econômico e outros desmandos praticados nos porões do poder público. Aliás, esse cenário repete-se, sem exceção, na história de todas as ditaduras que, entre as primeiras medidas adotadas ao assumir o poder, inclui o cerceamento da liberdade de imprensa. Seria importante resfriar o clima que cerca essa discussão e levar o foco do debate para um ponto que poderia proteger a efetiva liberdade de imprensa, desestimulando novas tentativas de estabelecer controles danosos ao exercício da democracia e distantes dos desejos de largas parcelas da sociedade. A exemplo de todos os campos da vida nacional, a imprensa está submetida ao império da lei, pois conta, ao lado de dispositivos que asseguram seu livre exercício, com contrapesos que previnem – e punem, quando for o caso – abusos que eventualmente venham a ser cometidos. E, também a exemplo de tantos outros campos da vida nacional, a imprensa também está enredada no cipoal em que se transformou a legislação brasileira, composta por leis que não dialogam entre si, gerando insegurança, confusão e fragilidades que alimentam tentações de controle. Muitas datam de décadas, tendo sido promulgadas antes dos avanços tecnológicos que alteraram profundamente a comunicação social, que hoje corre instantaneamente pelo planeta, envolvendo os bilhões de pessoas que têm acesso a um computador, um tablet, um smartphone. Enquanto isso, o Código Brasileiro de Radiodifusão está em vigor desde os anos 60, normatizando o rádio e a televisão. É das mais delicadas e sensíveis a proposta de discussão sobre um marco regulatório ou uma revisão das leis para a imprensa. Mas esse debate tem indiscutível papel estratégico para a consolidação do estado democrático de direito e para a sustentabilidade do pleno exercício da democracia. Exemplos dos países desenvolvidos e de longa tradição democrática indicam que coibir tentativas de impor censura à imprensa (seja de que tipo for) é tratar o problema pela metade. Nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Alemanha, leis específicas buscam generalizar o acesso à informação, assegurando a pluralidade de opiniões e a livre manifestação do pensamento, garantidos por princípios constitucionais. No Brasil, enquanto os dispositivos constitucionais sobre liberdade de expressão (artigos 220 a 223) aguardam regulamentação desde 1988, uma nova realidade enfatiza a urgência de se discutir com mais profundidade e serenidade o tema da liberdade de expressão e seus desdobramentos. Com o avanço do acesso à educação e à tecnologia da informação, a sociedade torna-se mais exigente e difícil de ser manipulada por grandes interesses, públicos ou privados. Passa a reivindicar transparência dos governos, das empresas e das organizações não governamentais – o que só será realidade com a imprensa livre. Não será empreitada fácil montar um código da comunicação social que compatibilize interesses e preserve direitos de todos. Tarefa que talvez se torne menos difícil se for transferida do sempre suspeito e polêmico discurso ideológico para o campo do direito, talvez mais árido, mas certamente mais eficaz para dar segurança ao setor e garantir o respeito aos direitos fundamentais da sociedade e do cidadão. Ruy Martins Altenfelder Silva é presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas (APLJ) e do Conselho Diretor do CIEE Nacional.

Forever 21 será inaugurada em agosto no shopping Flamboyant

No espaço onde funcionava a Livraria Saraiva, no terceiro piso, será instalada em agosto a loja Forever 21 do shopping Flamboyant. O shopping Passeio das Águas havia conquistado a Forever 21, superando o concorrente. Porém, mostrando que não dormem no ponto, Lourival Louza e uma filha conquistaram uma das lojas que mais vendem roupas no mundo. A Forever, loja parecida com a C&A e a Riachuelo, faz um sucesso extraordinário, principalmente entre o público feminino. Com frequência há filas gigantes nas suas portas.

José Eliton diz que não está formando grupo nem preparando artilharia contra Ronaldo Caiado

O vice-governador de Goiás e secretário de Desenvolvimento, o advogado José Eliton (PP), fez dois reparos em notas publicadas na coluna Bastidores, do Jornal Opção, na edição de domingo, 1º. “Na verdade, não estou formando um grupo político, embora os citados pela nota sejam mesmo meus amigos. Porque, na verdade, meu grupo é toda a base do governador Marconi Perillo. Nós somos um só grupo e, por isso, somos fortes e ganhamos várias eleições. O governador Marconi Perillo acabou de ser reeleito e, por isso, não cabe a mim ficar discutindo a sucessão de 2018. O que posso dizer é que 2018 não está no meu radar. Sou candidato, neste momento, a contribuir para que o governo de Marconi seja o mais bem-sucedido possível.” José Eliton, político civilizado e moderno, diz que não está preparando artilharia — nem pesada nem leve — contra Ronaldo Caiado. “Primeiro, não estou acompanhando o projeto político do senador. Não me interessa. Segundo, o que aprecio é o debate de ideias, sério e produtivo, e estou focado principalmente na questão dos resultados para melhorar, cada vez mais, a qualidade de vida dos goianos. A polêmica pela polêmica pode ser útil àqueles que estão discutindo, mas não melhora o dia a dia das pessoas.” O foco do governo Marconi, para os próximos quatro anos, “é tornar a economia de Goiás mais competitiva e, ao mesmo tempo, contribuir para distribuir, de maneira mais adequada, a renda para a população. Pensamos no crescimento econômico e, ao mesmo tempo, no desenvolvimento. Um não pode ser desvinculado do outro”, afirma José Eliton.

Missa de 7º dia da dentista Cristiane Diógenes, filha do jornalista Ary Diógenes, será nesta segunda

A missa de sétimo dia da morte da dentista Cristiane Diógenes do Nascimento Queiroz — filha do jornalista Ary Diógenes — será realizada na segunda-feira, 2, às 19 horas, na Igreja Rosa Mística, no Setor Bueno. Cristiane Diógenes morreu na segunda-feira, 23, e deixou uma filha, Laura, com menos de 30 dias. Ary Diógenes emociona-se ao falar de sua filha e da neta: “A Laurinha é bonita e saudável. Uma vizinha está doando leite e ela também toma leite na mamadeira. A Laura é um pedacinho da Cristiane que Deus nos legou”.

Dora Kramer anuncia que não vai mais escrever coluna no Estadão

A jornalista Dora Kramer anunciou, no Facebook, que não vai mais assinar sua coluna política no jornal “O Estado de S. Paulo”. A íntegra de seu post: “Aos leitores, amigos e afins: não há razão para maiores preocupações, inquietações e muito menos especulações a respeito de minha licença temporária. Não vou discutir o assunto, apenas dar uma satisfação a título de retribuição à atenção que sempre recebi. Depois de 41 anos de carreira e 20 de coluna (a serem completados em agosto próximo) a vida avisou que era hora de suspender os trabalhos a fim de que o prosseguir seja mais produtivo que a permanência. Com a confiança de que o capital acumulado faz com que o melhor esteja por vir. Abraço a todos e até a volta. Dora”. Dora Kramer não deu informações detalhadas sobre o motivo da saída. (Foto do site Comunique-se)

Lista dos brasileiros que têm conta na Suíça e são investigados pela Receita Federal

[Lírio Albino Parisotto: sem irregularidade] Uma lista com o nome de 106 mil pessoas que têm contas no banco HSBC na Suíça vazou recentemente. Segundo reportagem da revista “Época” — “A lista dos milhões” —, “os 8.667 brasileiros” citados “na lista tinham depósitos de cerca de 7 bilhões de dólares em 2006 e 2007”. A revista conseguiu o nome de 342 correntistas brasileiras que têm contas na unidade suíça do HSBC. A Receita Federal está investigando 15 deles. São os citados no caso SwissLeaks. Detalhe: a maioria dos mencionados nega que tenha contas na Suíça. A fonte das informações da Receita Federal, no Brasil, é o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O texto de “Época” é assinado por Thiago Bronzatto, com reportagem de Filipe Coutinho e Flávia Tavares. A lista dos 15 investigados 1 — Arnaldo José Cavalcanti Marques — Pecuarista. O Coaf frisa que teria enviado “recursos a um suspeito com o tráfico de drogas”. Sua versão: admite ter conta no HSBC do Uruguai, mas não na Suíça. Garante que não fez transação com pessoas envolvidas com drogas. 2 — Conceição Aparecida Paciulli Abrahão — Dona de casa. Polícia Federal sugere envolvimento em crimes contra a Lei de Licitações. Sua versão: O marido não quis responder à indagações da “Época”. 3 — Dario Messer — Doleiro. A Polícia Federal o investigou por meio da Operação Sexta-Feira 13. Denunciado por formação de quadrilha, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A CPI dos Bingos o apontou como “operador do PT”. Sua versão: o advogado Moacyr Dutra frisa que seu cliente não tem conta na Suíça e que o dinheiro movimentado por ele é de origem legal. 4 — Elie Hamoui — Empresário do ramo alimentício. Mandou 11 mil reais para a conta bancária de uma pessoa investigada pela Polícia Federal sob suspeita de lavagem de dinheiro. Sua versão: garante que não tem contas na Suíça e sublinha que não se pessoas que fizeram alguma transação com ele é investigada pela PF. 5 — Generoso Martins das Neves — Empresário. Administrador da empresa de ônibus Braso Lisboa. Numa conjunta com parentes, tinha 3,3 milhões de dólares na Suíça, entre 2006 e 2007. Sua versão: não tem conta no HSBC. 6 — Jacks Rabinovich — Empresário. Tem participações nos grupos Vicunha e Fibra. O Coaf aponta que fez “uma operação de seguros atípica”. Não apresentou sua versão À “Época”. 7 — Jacob Barata — Empresário. Dirigente do grupo Guanabara. Rei do Transporte do Rio de Janeiro. O Coaf aponta que é citado em relatórios da Polícia Federal e na Justiça do Rio de Janeiro por suposta lavagem de dinheiro. Sua versão: alega que não tem conta na Suíça e que não foi notificado nem pela PF nem pela Justiça. Garante que não tem pendência junto à Receita Federal e tampouco teria sido investigado pelo Coaf. 8 — Jean Marc Schwartzenberg Consultor de mídia e responsável por venda de vídeos da agências de notícias France Press. Seu nome aparece no Coaf e teria conta na Suíça. Sua versão: Ele sustenta que não remeteu dinheiro ao HSBC da Suíça. 9 — José Roberto Cury — Engenheiro, fundador da Tricury Construções e Participações. O Coaf enviou informações sobre movimentação bancária que tem a ver com conta no exterior. Sua versão: diz que nada sabe sobre as investigações SwissLeaks.   10 — Lirio Albino Parisotto — Empresário, diretor-presidente da Videolar, investidor da Eternit e da Usiminas. A área de Inteligência da Receita Federal o mencionou como tendo contas na Suíça. Sua versão: admite ter conta na Suíça, mas que o saldo “é declarado e compatível com sua receita”. Constavam 45,8 milhões na sua conta suíça. 11 — Luiz Carlos Nalin Reis — Arquiteto, ex-secretário de Planejamento do Acre O Coaf garante que fez “uma operação de seguros atípica”.  Sua versão: não atendeu a revista “Época”. 12 — Mário Manela — Empresário. Investigado pela Polícia Federal por evasão de divisas, com apoio de doleiros. Estaria envolvido em “irregularidades praticadas pelas empresas Barenboim e MBrasil Empreendimentos”. Sua versão: sustenta que não teve nem tem conta na Suíça. 13 — Renato Plass — Administrador. O Coaf diz que seu nome é mencionado como tendo relações com uma empresa que cometeu crimes fiscais e teria usado “laranjas”. Suas movimentações financeiras são investigadas. Sua versão: não atendeu aos repórteres da revista “Época”. 14 — Ricardo Steinbruch — Diretor-presidente da CSN e do Grupo Vicunha. O Coaf sugere que “fez operações de grande valor, mas ‘em tese’, compatíveis com sua situação financeira”. Sua versão: “A família Steinbruch declara que todos os ativos no exterior pertencentes a essa família têm finalidade lícitas e estão de acordo com a lei. Quanto às menções a pessoas de sobrenome Steinbruch constantes de dados que foram roubados do banco HSBC e manipulados, reiteramos que não correspondem à verdade e, por sua origem criminosa, não merecem comentários”. 15 — Samuel Chadrycki — Empresário e advogado. O Coaf informou que “as comunicações sobre ele são relacionadas a seguros, e os valores movimentados são, ‘em tese’, compatíveis com sua capacidade financeira”. Sua versão: a “Época” não conseguiu contato com o empresário.

O goiano Marco Antônio da Silva Lemos assume cargo de desembargador no Distrito Federal

O juiz Marco Antônio da Silva Lemos assume na terça-feira, 3, às 18 horas, em Brasília, o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. A solenidade será realizada no Auditório Ministro Sepúlveda Pertence, na Praça Municipal, lote 1, Bloco A, Térreo. Marco Antônio da Silva Lemos, antes de se dedicar à magistratura, foi repórter do Jornal Opção e do “Diário da Manhã”. [O link https://jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/imprensa/especie-de-ingles-dos-tropicos-marco-lemos-se-torna-desembargador-distrito-federal-no-dia-3-de-marco-28561/ traz um pouco de informações sobre o jornalista Marco Antônio da Silva Lemos]  

Prêmio Nobel da Paz é denunciado por assédio sexual e renuncia a cargo na ONU

E há a suspeita-se que Rajendra Pachauri tenha inflado dados sobre o aquecimento global

O PMDB deve pôr fim à DR com o PT em maio e vai se ‘divorciar’ de Paulo Garcia

[caption id="attachment_29727" align="alignright" width="620"]Iris Rezende e Paulo Garcia: o primeiro até que tem apreço pessoal pelo segundo, mas sabe que, politicamente, este o “contamina” Iris Rezende e Paulo Garcia: o primeiro até que tem apreço pessoal pelo segundo, mas sabe que, politicamente, este o “contamina”[/caption] O Jornal Opção ouviu vários peemedebistas a respeito da DR entre o PMDB e o PT. DR, como se sabe, é “discutir a relação” — coisa típica de casais, mas que homens, diga-se, detestam e mulheres adoram. No caso, o PT aposta na DR, comportando-se como noiva ou esposa. Mas o PMDB, com o típico comportamento masculino, foge da DR como a presidente Dilma Rousseff foge da Petrobrás e o Diabo da cruz. Os peemedebistas, sob o manto protetor do off, disseram, sem meias palavras, que a DR entre o PMDB e o PT vai ser estendida, de maneira interesseira, até maio (mês das noivas) ou junho (mês dos namorados) de 2016. “O PMDB vai se livrar do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT, entre maio e junho de 2016. Até lá, vai cozinhá-lo em banho-maria para não perder a estrutura que mantém no Paço Municipal.” E depois? Depois da DR intensa, e chatérrima, o PMDB de Iris Rezende vai deixar a esposa, o PT, na chapada. O que querem o PT e o PMDB?, perguntaria Freud, se vivo fosse. O PT, depois de se sentir explorado pelo PMDB, quer “pensão alimentícia”. Para sobreviver, quer bancar o vice de Iris Rezende na disputa de 2016. Tem até o nome que, na tese do petismo, o Rei Lear do PMDB avalia supostamente como mais palatável: a deputada Adriana Accorsi. O problema é que, cansado da DR interminável e da decadência sem elegância do PT, o PMDB de Iris não quer vice petista. Quer, isto sim, o divórcio. Repita-se: entre maio e junho de 2016. O PT avalia que não sobrevive sem a pensão alimentícia, quer dizer, sem o PMDB. Por isso quer estender a DR até 2016 e, quem sabe, 2018. O PMDB quer livrar-se do PT e, sem DR, engatar outro relacionamento — com o DEM de Ronaldo Caiado. Tese: o DEM, ou melhor, o senador não tem desgaste em Goiânia e, sobretudo, não tem projeto político pessoal para a capital. Por isso, se torna uma espécie de general eleitoral apropriado para Iris disputar a prefeitura. O DEM, novo parceiro ou parceira, é uma borracha para apagar o PT com suas DRs penelopianas.

Júnior Friboi prefere se desfiliar a ser expulso do PMDB. Frederico Jayme vai se defender

[caption id="attachment_29729" align="alignright" width="620"]Júnior Friboi e Frederico Jayme: o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende decidiu que não vai conviver com os 2 políticos no PMDB Júnior Friboi e Frederico Jayme: o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende decidiu que não vai conviver com os 2 políticos no PMDB[/caption] O empresário Júnior Friboi está numa fase criativa e feliz de sua vida, tanto pessoal quanto profissional. Casado pela segunda vez, é pai de um menino pequeno — uma de suas alegrias. Sua filha dirige um empreendimento bem-sucedido em Goiânia, no Setor Marista. O outro filho o acompanha nas negociações do frigorífico Mataboi. Seu objetivo é constituir, em pouco tempo, um dos mais poderosos frigoríficos do país. O que lhe dá dor de cabeça é outra coisa, uma amante às vezes ingrata: a política. Iris Rezende “infiltrou” uma tese na cabeça de seus seguidores: mais do que ganhar eleição, o fundamental é expulsar Friboi das hostes do PMDB. O vice-presidente da República, Michel Temer, os prefeitos de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, e de Jataí, Humberto Machado, e os deputados federais Pedro Chaves e Daniel Vilela não aceitam. Tese deles: no lugar de expulsar, é preciso aglutinar. Se dependesse de uma votação em todo o partido, Friboi não seria expulso. Pelo contrário, seria aclamado como líder — até presidente do partido. Acrescente-se que a eleição para presidente do Diretório Regional será realizada tão-somente em outubro deste ano. Ao conversar com integrantes do PMDB, Friboi, sem se propor a construir um muro de lamentações, disse que um de seus objetivos é (ou era) aglutinar os peemedebistas e ampliar a convergência, organizando o partido em todo o Estado — não se preocupando apenas com Goiânia, como é o caso de Iris Rezende — com vistas às eleições tanto de 2016, para as prefeituras, quanto para 2018, para o governo de Goiás. Se não for expulso, hipótese cada vez mais remota, trabalhará para a antecipar o processo eleitoral (a disputa pelo comando do Diretório). Porém, como o partido está implodindo e buscando um líder de fora, como o senador Ronaldo Caiado (DEM), se o partido decidir pela expulsão pura e simples, Friboi confidenciou que deve desfiliar-se. Prefere não ser expulso. O advogado Dorival (Dori) Mocó, do PMDB, vai notificar tanto Friboi quanto Frederico Jayme — acusados de infidelidade partidária — para que apresentem, no prazo de 15 dias, suas defesas. A Comissão de Ética reuniu-se na semana passada para discutir a questão. Dos sete integrantes da comissão quatro defendem o expurgo. Frederico Jayme disse ao Jornal Opção que vai apresentar sua defesa. “Estranho o fato de Iris Rezende, que jamais aceita explicar a origem de seu patrimônio e não discute suas infidelidades partidárias, trabalhar, nos bastidores, pela nossa expulsão.” O chefe de gabinete do governador Marconi Perillo planeja apresentar duas defesas — uma oral e uma escrita — detalhadas. “Quero pôr os pingos nos is”, frisa. “Ao me defender, vou aproveitar para contar a história de Iris e seus posicionamentos históricos.” Peemedebistas que apoiam Friboi e Frederico Jayme dizem estranhar o fato de Iris Rezende criticar a aproximação dos dois políticos com o governador Marconi Perillo, do PSDB, mas trabalhar para “entregar” o PMDB ao senador Ronaldo Caiado, que pertence a outro partido.

Irista de carteirinha diz que Júnior Friboi e Frederico Jayme são cartas fora do baralho. Serão expulsos

Na semana passada, o Jornal Opção conversou com um irista do círculo íntimo do ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende e perguntou: “Quais as chances de Júnior Friboi e Frederico Jayme permanecerem no PMDB?” A resposta foi curta e mais direta do que grossa: “Frederico sabe quem é Iris, mas Júnior não sabe. Os dois estão 100% fora do PMDB. Nós, os iristas, nem queremos mais discutir o assunto. Vamos deixar a questão para a instância partidária”. O peemedebista diz que o PMDB, “como qualquer outro partido”, tem seu estatuto. “O que posso dizer é que será cumprido. Na eleição de 2014, o partido lançou Iris Rezende para governador, mas Júnior e Fre­derico decidiram apoiar Marconi Perillo, do PSDB. O lugar deles é junto ao tucano. Queremos distância de quem não acredita em fidelidade partidária.”

Pesquisador diz que vai ser eleito prefeito de Goiânia aquele que se apresentar como anti-Paulo Garcia

[gallery type="square" ids="28098,27940"] Pergunta do Jornal Opção para dois pesquisadores experimentados: “Qual deverá ser o perfil básico do próximo prefeito de Goiânia?” Os experts disseram praticamente a mesma coisa e nós sintetizamos seus pensamentos: “Vai ganhar aquele candidato que se apresentar como o anti-Paulo Garcia”. Mas quem pode se apresentar como “anti-Paulo Garcia”? Os pesquisadores dizem que Jayme Rincón (PSDB), o possível candidato apoiado pelo governador Marconi Perillo, ou Vanderlan Cardoso, do PSB, são os únicos que podem se apresentar como integralmente anti-Paulo Garcia. Os pesquisadores afiançam que Iris Rezende pode até se afastar do prefeito petista, sugerindo que não é responsável por sua gestão e até não aceitando um vice indicado pelo PT, porém não terá como ser o anti-Paulo Garcia. Iris Rezende, do ponto de vista político, é o “pai” de Paulo Garcia. É seu criador. É inescapável.

Fusão entre PTB e DEM pode levar o senador Ronaldo Caiado ao comando do PMDB de Goiás

[caption id="attachment_29721" align="alignright" width="620"]Ronaldo Caiado: a fusão  do DEM com o PTB pode  empurrá-lo para o PMDB Ronaldo Caiado: a fusão do DEM com o PTB pode empurrá-lo para o PMDB[/caption] Estão adiantadas as conversações entre a presidente nacional do PTB, Cristiane Brasil (filha de Roberto Jefferson) e o prefeito de Salvador, ACM Neto, chefão do DEM. A fusão do PTB com o DEM — o nome do partido seria PTB — resultaria numa legenda com uma bancada de 46 deputados federais. Porém, segundo o colunista Felipe Patury, da revista “Época”, pelo menos seis políticos procurariam novos pousos. A turma mais afinada com a presidente Dilma Rousseff, como o deputado federal Jovair Arantes, migraria para o PL ou para o PSD. O senador Ronaldo Caiado (DEM), embora lhe agrade ficar na oposição ao governo petista, é visto como a caminho do PMDB. Com o aplauso do vice-presidente da República, Michel Temer. Caiado sabe que, para disputar o governo de Goiás, não pode fazê-lo pelo DEM, quer dizer, pela terceira via — isolado. Porque será presa fácil dos postulantes da primeira e da segunda vias. O PMDB o banca? Sim, se disputar pelo PMDB. É o verdadeiro jogo. Se der certo a fusão DEM-PTB, ele pode se filiar ao partido de Iris Rezende sem cometer infidelidade partidária.

Rubens Otoni diz que o PT tem bons nomes para a disputa em Goiânia. Mas insiste em compor com o PMDB

rubensO deputado federal Rubens Otoni (PT) afirma que o comando da Celg em Goiás será definido tecnicamente pela Eletrobrás. “É muito difícil, no caso, uma indicação política. Sobre a Sudeco, o comando, no momento, está sob o controle político do Pros de Mato Grosso.” Rubens Otoni garante que seu irmão, o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide, “não está preocupado com cargos no governo federal”. Mas ressalva: “Antônio é qualificado, é gestor e tem representação política. Só que insisto que não está correndo atrás de cargos, até porque não precisa. Porém, se a oportunidade surgir, poderemos indicá-lo”. Sobre uma possível aliança com o DEM, Rubens Otoni diz que não foi bem entendido. “Se o PT lançar candidato a prefeito de Goiânia, com o PMDB na vice, não há por que não aceitar o apoio do DEM. Acrescento que acho legítimo o PMDB pleitear a cabeça de chapa. Digo sempre que uma aliança, que tem sido vitoriosa, é mais produtiva tanto para o PMDB quanto para o PT.”

Os eleitores estão saturados de ver Iris Rezende em todas as disputas. Há um certo tipo de estresse

Presidente do PL, Cleovan Siqueira (foto) afirma que, pela lógica, Iris Rezende será candidato a prefeito de Goiânia. “Não digo que Iris Rezende (PMDB) é ‘fraco’, porque não é. Mas é possível que o eleitor esteja saturado de vê-lo em todas as disputas. Há um estresse político quando o nome de Iris Rezende é mencionado, mesmo em rodas em que estejam presentes peemedebistas mais jovens.” Cleovan Siqueira sublinha que o presidente da Agetop, Jayme Rincón (PSDB), é um “nome forte”. “Se Jayme for bem trabalhado, apresentado como o gestor inovador que a cidade precisa para adquirir nova dinâmica e sair da modorra, dificilmente será derrotado. Pode até começar com índices mais baixos, pelo fato de ainda ser pouco conhecido, mas tende a crescer na campanha — enquanto candidatos como Iris Rezende começam lá no alto e vai, aos poucos, despencando. Iris é um ótimo candidato para perder. Ele é o Pirro goiano. Jayme empolga as bases, é carismático.” O deputado Francisco Júnior, se tiver um pouco mais de “pegada”, é um “nome muito bom”, frisa Cleovan Siqueira. “Ele é preparado, conhece a cidade e tem noção do que é de fato planejamento urbano. Uma chapa com Jayme e Francisco tem a cara moderna de Goiânia.” O partido que terá mais dificuldade de se posicionar em Goiânia é, na opinião de Cleovan Siqueira, o PT. “O partido tem uma história respeitável, tem quadros preparados e sérios, mas atravessa um momento difícil. Pode-se dizer que o PT está às portas do Purgatório e se aproximando, a passos rápidos, do Inferno. Dante Alighieri ficaria impressionado.” “A deputada Adriana Accorsi é um nome consistente, assim como Humberto Aidar e Edward Madureira. Aquele que se candidatar pelo PT em Goiânia deveria ganhar um prêmio pelo heroísmo”, diz aquele que, em Brasília, é conhecido como mr. PL — tal sua identidade com o partido que está ajudando a criar. *Leia Mais PL movimenta grande movimento para o dia 17. Vai entregar certidões em todos os Estados para os TREs